Guerra aberta na WeWork. Empresa processa SoftBank, seu principal acionista
O SoftBank retirou a oferta de compra de ações da WeWork no valor de três mil milhões de dólares. Perante a decisão, um comité especial do conselho de administração decidiu processar o grupo japonês.
Guerra aberta na WeWork. Depois de o SoftBank ter decidido retirar a oferta de compra de ações da empresa no valor de três mil milhões de dólares, que tinha sido acordada no âmbito do resgate à WeWork, o comité especial do conselho de administração da empresa decidiu processar o SoftBank, que é o seu principal acionista.
Depois de um IPO falhado, que envolveu acusações de más práticas de gestão na WeWork e o consecutivo afastamento do seu cofundador Adam Neumann, o grupo SoftBank tinha anunciado em outubro um mega pacote de resgate à empresa de aluguer de espaços para trabalho que incluía uma oferta para a compra de ações dos trabalhadores e investidores, no valor de até três mil milhões de dólares.
No total, o pacote de resgate iria beneficiar Newmann com até 1,7 mil milhões de dólares. Porém, no passado dia 2 de abril, foi divulgado que o grupo japonês liderado por Masayoshi Son decidiu cancelar a oferta de compra de ações da empresa. Não foi dada justificação para a retirada da oferta, que o SoftBank esperava concluir até outubro.
Perante este desfecho, que deixa a WeWork em ainda maiores dificuldades financeiras, a empresa decidiu avançar para tribunal contra o grupo japonês e seu maior acionista. Num comunicado, o comité especial da WeWork acusa o SoftBank de ter desrespeitado o acordo de resgate, falando numa “violação clara” das obrigações contratuais. O comité avança também com uma possível justificação, indicando que o SoftBank está sob “cada vez mais pressão de investidores ativistas” (uma eventual referência ao facto de, em fevereiro, o fundo Elliott Management ter revelado uma posição de 2,5 mil milhões de dólares no grupo).
Desta forma, os responsáveis da WeWork tencionam forçar o SoftBank a concretizar a proposta feita no ano passado, ou a pagar indemnizações por “danos” causados à empresa: “O SoftBank já recebeu a maioria dos benefícios que lhe eram devidos [nos termos do acordo], incluindo um controlo alargado da WeWork e benefícios económicos adicionais. A conduta condenável do SoftBank em falhar a consumação da oferta deixa os acionistas minoritários da WeWork sem a liquidez que lhes foi prometida”, considera o comité na mesma nota.
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