Economia cai entre 2,0% a 3,4% em cadeia no primeiro trimestre
O ISEG, BBVA e Bankinter apontam para uma quebra da economia entre os 2,0% e 3,4%, em cadeia, no primeiro trimestre.
As estimativas mais recentes apontam para uma quebra da economia entre os 2,0% e 3,4%, em cadeia, no primeiro trimestre, devido à crise associada à pandemia de Covid-19, segundo números do ISEG, BBVA e Bankinter.
O número mais baixo é previsto pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), da Universidade de Lisboa, que estimou, na quarta-feira, uma contração económica entre os 2,0% e 2,5% no primeiro trimestre do ano relativamente ao último trimestre de 2019.
O BBVA, cujas perspetivas económicas para Portugal de 2020 foram conhecidas esta sexta-feira, estima uma contração de 2,5% do PIB, em cadeia, no primeiro trimestre de 2020, estimando também que se terá verificado uma descida no consumo das famílias de 1,9% nesse período.
Já o Bankinter, numa atualização das perspetivas económicas para Portugal divulgada esta semana, prevê uma quebra do PIB de 3,4% no primeiro trimestre, com um acentuar das perdas em 15,7% no segundo, mas “uma recuperação forte do crescimento em cadeia a partir do 2º semestre de 2020”.
Previsão semelhante foi hoje feita pelo BBVA, que antecipa que “a queda da atividade durante o segundo trimestre será significativa”, esperando que “a recuperação seja também intensa a partir do terceiro”, mas em todo o caso “insuficiente para regressar imediatamente ao nível de atividade prévio à crise”.
O banco alerta que “setores chave como o automobilístico, o químico, o metalúrgico e o têxtil podem ver-se condicionados na recuperação” devido à complexidade da cadeia de valor das suas indústrias, com o setor da indústria transformadora a ser “o que tem maior dependência de matérias importadas”.
Na nota hoje divulgada, o BBVA aponta ainda que “Portugal é o segundo país com maior proporção de contratos temporários da zona euro”, algo que “incrementa a probabilidade de um maior ajuste na atividade”, com estes grupos a estarem “mais desprotegidos”, juntamente com quem não se encontra no mercado de trabalho formal.
O banco basco prevê, para o conjunto do ano, uma recessão de 6,5%, ao passo que o Bankinter reviu o seu cenário base para uma recessão de 5,6% (era de 2,7% na anterior previsão, de 31 de março), sendo o pessimista de uma quebra de 8,5% e o otimista de 2,7%, e o ISEG não atualizou a sua previsão (de queda de 4% a 8% do PIB), remetendo-a para mais tarde.
Para 2021, o BBVA espera uma recuperação do PIB de 4,9%, e o cenário base do Bankinter assume uma recuperação de 4,7%, sendo o pessimista de 5,9% e o otimista de 3,0%.
Relativamente à taxa de desemprego, o BBVA prevê que atinja os 10,1% em 2020, reduzindo-se para 8,3% em 2021, ao passo que o Bankinter estima um aumento dos 6,5% de 2019 para 10,5% em 2020, passando depois para 9,5% em 2021.
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