CTT fatura mais 41% em poupança e seguros até março

  • ECO Seguros
  • 7 Maio 2020

Contando uma média de 12 100 colaboradores no final do primeiro trimestre, o Grupo CTT registou um gasto a rondar 90 euros por trabalhador em seguros de trabalho e doenças profissionais.

Os produtos de poupança e seguros renderam cerca de 66,6% da receita trimestral atribuída ao segmento de serviços financeiros e retalho consolidado pelo grupo CTT. De acordo com informação da empresa, a parcela poupança e seguros gerou uma receita de 8,63 milhões de euros, mais 41% face ao valor contabilizado nos primeiros três meses de 2019 (período agora revisto em base proforma por alterações de normas contabilísticas) e a representar quase 67% da receita apurada no agora designado segmento Serviços Financeiros e Retalho (SFR).

Nos dois primeiros meses do ano, os títulos de dívida pública (Certificados de Aforro Certificados do Tesouro Poupança e Crescimento) atingiram 6,6 milhões de euros de rendimentos (+66,4%) e 1,18 milhões de euros de subscrições, progredindo perto de 90% face a igual período de 2019.

Sendo atualmente a área com a menor contribuição para as receitas do grupo, atrás dos segmentos Correio; Expresso & Encomendas e Banco, o SFR totalizou receita trimestral de 12,97 milhões de euros (+23% face a igual período de 2019), por sua vez a contribuir para 7,2% do volume de negócios consolidado do grupo CTT – Correios de Portugal no trimestre.

Globalmente, a entidade refere que o trimestre correu bem até ao segundo mês do ano. Em março, por força das medidas públicas para conter a propagação do contágio pela doença do novo coronavírus (covid-19), “os negócios foram em geral negativamente afetados”, refere o comunicado submetido à CMVM.

Contextualizando o impacto da crise sanitária na sua atividade, o grupo de correios, banca e serviços financeiros reporta que, depois de 11 de março, a declaração de pandemia (pela OMS) e, sete dias depois, o decreto de Estado de emergência (com restrições no direito de circulação dos cidadãos e, impacto ao nível operacional) inverteu-se a evolução positiva do negócio, dando lugar a uma quebra acentuada das receitas na ponta final do trimestre.

A área de negócio de Correio “foi muito afetada”, mas o segmento SFR “sofreu o maior impacto, observando uma redução significativa nas subscrições dos Títulos da Dívida Pública”, refletindo a dependência do canal de retalho que sofreu uma diminuição na procura em resultado do confinamento e horários das lojas CTT, lê-se no documento.

No entanto, o segmento SFR que – por via de alterações de perímetro adotadas no âmbito de normas IFRS – também beneficiou da migração de operações que anteriormente integravam o segmento Correios, registou incremento homólogo de 55% no lucro operacional (ebit), o qual se aproximou dos 7,25 milhões de euros no final do trimestre.

No período terminado a 31 de março, o número médio de pessoal do grupo CTT era de 12 118 mais dezassete colaboradores face ao total de um ano antes. Na rubrica de gastos com pessoal, a parcela “seguros de trabalho e doenças profissionais” representou cerca de 1,09 milhão de euros, mais 6,9 mil euros face a 31 de março de 2019. Em média, os CTT-Correios de Portugal gastaram cerca de 90 euros em seguros por trabalhador.

A terminar, a empresa afirma que tem vindo a assegurar a continuidade das suas operações. O impacto da covid-19 “no crescimento dos negócios na sua rentabilidade não pode ser quantificado com fiabilidade, na medida em que este é extremamente difícil quantificar, com um razoável grau de confiança, uma vez que depende da duração da pandemia e da severidade dos seus impactos na economia (…).”

Na nota que introduz aos indicadores financeiros do trimestre, os CTT perspetivam o resto do exercício adiantando que, “em abril de 2020, ouve sinais positivos de estabilização em algumas áreas, apesar de o correio e os serviços financeiros continuarem sob grande pressão”. Os impactos da COVID-19 nos objetivos de rendimentos e ganhos para o exercício de 2020 não podem, por enquanto, “ser quantificados de forma precisa e fiável.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Future Lloyd’s valida sindicato de subscrição criado por startup

  • ECO Seguros
  • 7 Maio 2020

O Syndicate 4747 é produto de uma startup e começa a operar em julho no âmbito do projeto Future Lloyd's.

A Carbon Underwriting é o MGA (Managing General Agent) que obteve o acordo de princípio da Lloyd´s para criar o seu próprio sindicato de colocação na plataforma londrina, mais precisamente um Syndicate-in-a-Box (SIAB) na gíria internacional da indústria.

O novo Syndicate 4747 não será apenas mais um dos muitos que operam no universo do mercado Lloyd’s of London. Corporiza o ambicioso projeto da startup (Carbon) e iniciará a atividade efetiva a partir de 01 de julho, com uma expectativa para subscrever até 15 milhões de libras esterlinas em volume bruto de prémios no primeiro ano, podendo vir a atingir 62,5 milhões de libras (cerca de 72 milhões de euros) ao fim do terceiro ano de atividade.

Este sindicato, marcadamente insurtech, o segundo entre os SIAB da nova era do Lloyd’s, vai assumir riscos nos ramos de património e acidentes e será gerido pela Asta, por sua vez agente independente que funciona como incubador de MGAs (Managing General Agents), respondendo atualmente por uma carteira de 10 sindicatos no Lloyd’s.

A MGA responsável pelo projeto nomeou Nicholas Tye como subscritor ativo do novo sindicato, apoiado por uma equipa que inclui um diretor-geral (Stephen Card), um chefe do serviço de subscrição (Jacqui Ferrier), um subscritor principal e responsável pela área de tecnologia (Ben Laidlaw).

Os sindicatos são a coluna vertebral do Lloyd´sof London e, junto com os corretores, MGAs, e clientes de seguros, animam o famoso hub londrino de seguros. Os SIAB (Syndicate-in-a-Box) são agora uma nova realidade (em que a Asta tem papel importante) no quadro do projeto Future da plataforma Lloyd´s, cujo objetivo é captar inovação, empreendedorismo e projetos de capital rentáveis.

Citado num comunicado da Carbon, Stephen Card, CEO, saúda o apoio da parceira Asta, cuja ligação considera fundamental para o trajeto feito pela startup no acesso ao Lloyd´s, e vinca: “A nossa ambição foi sempre a de criar um sindicato nosso, mas a escala era o maior obstáculo. O enquadramento dos SIAB, aliado ao apoio da Asta, permitiram-nos obter a licença da Lloyd´s mais cedo do que esperávamos. Com os custos de reporte e requisitos de capital mais reduzidos que o modelo SIAB proporciona foi mais fácil construir um modelo de negócio rentável sem depender da escala.”

Um dos objetivos do projeto Future, lançado em 2019, é que os SIAB funcionem como núcleos de incubação através dos quais empresas inovadoras e rentáveis possam participar no mercado por um período determinado sem que tenham de suportar os custos de uma presença física no Lloyd´s.

Realçando a particularidade dos SIAB, Julien Tighe, diretor geral da Asta realça que é a melhor solução para os empreendedores em atividade de subscrição poderem aceder ao Lloyd´s de forma “menos onerosa e mais rápida.”

No quadro do Future Lloyd´s, o SIAB 4747 encaixa como subscritor especialista de capacidade internacional. A startup apoia-se numa plataforma tecnológica própria, designada Graphene (compatível com as normas DA SATS), capaz de analisar portefólios de diferentes intervenientes do mercado e reduzir custos ao longo de toda a cadeia de seguro.

A primeira companhia a lançar um SIAB foi a Munich Re Syndicate, filial da resseguradora alemã e MGA de longa data no Lloyd´s.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marsh & McLennan fatura mais 5% no primeiro trimestre ajustando a compra da JLT

  • ECO Seguros
  • 7 Maio 2020

A Marsh & McLennan apresentou resultados trimestrais ajustando os cálculos por forma a refletir a combinação com a Jardine Lloyd Thompson, uma aquisição concluída em abril de 2019.

O negócio de gestão risco e corretagem de seguros do grupo Marsh & McLennan Company (MMC) gerou receitas de 2,9 mil milhões de dólares (cerca de 2,7 mil milhões de euros) no primeiro trimestre de 2020 (1ºT), mais 20% (em termos reportados) face a igual período de 2019, ou mais 5% em base subjacente.

Do total faturado neste segmento, 2,1 mil milhões (+5% em base subjacente) são receitas da Marsh, a filial de corretagem do grupo MMC, e os restantes 827 milhões de dólares correspondem à faturação da subsidiária de resseguro Guy Carpenter (GC), que progrediu 7% face a idêntico período de 2019. O lucro operacional do conjunto Marsh+GC alcançou 854 milhões de dólares, uma subida de 17% na variação homóloga.

Citado no comunicado, Dan Glaser, presidente e CEO da Marsh & McLennan Co., realça o “excelente primeiro trimestre” da companhia. “Assinalamos o aniversário da aquisição da JLT e estamos a perceber os benefícios da combinação. (…), Embora a pandemia da COVID-19 vá afetar todos os negócios em 2020, a Marsh & McLennan tem provado ser uma empresa resistente, com capacidades únicas, talento e experiência que nos permitirão ajudar os nossos clientes neste momento de necessidade”.

O lucro operacional da MMC ascendeu a 1,1 mil milhões de dólares no 1ºT de 2020, em progressão de 14%, enquanto o resultado líquido (lucro atribuível) totalizou 754 milhões de dólares, crescendo 5,3% face aos primeiros três meses de 2019.

Em termos consolidados, a companhia sediada em Nova Iorque realizou 4,7 mil milhões de dólares de receita no período encerrado em março, um volume 14% superior ao faturado um ano antes (+5% em base subjacente).

Os cálculos em base subjacente ajustam os resultados como se a Marsh & McLennan e a JLT já estivessem combinadas no final do 1º trimestre de 2019, explica o comunicado. Este método de comparação obvia ao facto de a aquisição da Jardine Lloyd Thompson Plc (JLT) ter sido acordada e anunciada em setembro de 2018, por cerca de 5,6 mil milhões de dólares, mas a transação concluída apenas em abril do ano passado.

A Marsh & McLennan incorpora diversas empresas líderes em consultoria de risco, corretagem de seguros, serviços de estratégia empresarial e gestão de capital humano, nomeadamente a Marsh (agora combinada com a JLT), GC, Mercer e Oliver Wyman.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Municípios querem mais investimento público para ajudar economia local

  • Lusa
  • 7 Maio 2020

Os municípios salientam que com a redução, dos impostos cobrados, entre outras coisas, as próprias câmaras poderão ter rendimentos insuficientes para enfrentar uma nova crise.

Os municípios querem uma aceleração do investimento público já contratualizado para que possam injetar dinheiro na economia a nível local, num cenário de preocupação com o desemprego e os problemas socioeconómicos após a pandemia.

Em declarações à Lusa, o presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Manuel Machado, realçou que as câmaras têm investido meios ainda não quantificáveis no combate de primeira linha à pandemia, mas estão já preocupadas com as consequências no futuro próximo, que se prevê de “desemprego, salários que correm o risco de não serem pagos, um conjunto de problemas que podem ser minorados ou resolvidos através de uma maior proximidade nas medidas de natureza económica de apoio às empresas e também às pessoas”.

A retoma após a pandemia, de acordo com os municípios, passa “também pelo investimento público municipal ou autárquico”, realçando que, com a redução, dos impostos cobrados, entre outras coisas, as próprias câmaras poderão ter rendimentos insuficientes para enfrentar uma nova crise.

Por isso, agora que a fase do desconfinamento se iniciou, enviaram ao primeiro-ministro um documento no qual se mostram disponíveis para um diálogo para “uma resposta articulada à crise financeira, social e económica, sem descurar a resposta à pandemia”, que permita acelerar investimento a nível local.

Machado defendeu ser necessário “acelerar os investimentos públicos municipais com alguns procedimentos que devem ser simplificados a nível da contratação pública e, por outro lado, o reforço das dotações dos fundos europeus para operações que já se encontram aprovadas ou em vias de aprovação”.

O autarca salientou que, mesmo para quem já tem os planos aprovados e contratados na generalidade, com dotações financeiras alocadas com fundos europeus, “cada operação leva algum tempo” por estar “sujeita a um conjunto de procedimentos complexos no âmbito do Código dos Contratos Públicos”, que podem “atrasar um ou dois anos a concretização de uma obra ou uma operação no âmbito desse plano estratégico”.

“Se nós conseguirmos aperfeiçoamento legislativo para, com toda a responsabilidade, tomarmos as decisões, nós conseguimos acelerar o investimento público a nível autárquico. Ora, esta é uma forma de colocar dinheiro na economia, de estimular as empresas de construção civil, de equipamentos, as fábricas. Tudo isso ajuda, e de um modo generalizado, todo o território nacional”, defendeu.

Manuel Machado defendeu ainda que estas componentes devem ser consideradas no âmbito da revisão do Orçamento de Estado e na preparação do Orçamento do Estado para o próximo ano. Entre outras medidas que os municípios querem discutir com o Governo estão também a contratação de empréstimos e a adoção de “um fundo de solidariedade para todos os países membros da União Europeia”.

“De outro modo estará em descrédito também a União Europeia, que pode correr riscos que serão evitáveis se houver esta consciência [de que o] futuro comum é comum a todos os países da Europa. Mesmo [para] aqueles que pensam que são ricos, a situação de pandemia veio evidenciar que há aqui uma fragilidade muito relevante muito importante”, salientou.

O presidente da ANMP considerou que esta “fragilidade muito relevante” decorre de, nas últimas décadas, “ter havido uma centrifugação da capacidade produtiva do espaço europeu para outros territórios”, com uma motivação com base “no lucro e na exploração de mão-de-obra barata”.

“Ora isso deve merecer uma reflexão de todos os responsáveis políticos e não só, mesmo dos cidadãos. As dificuldades com que nos deparamos nestes dias, que foram intensíssimos, não podem deixar de nos preocupar, porque as coisas mais elementares, quando foram necessárias, não estavam armazenadas em Portugal ou sequer na Europa. Estavam algures no mundo a ser produzidas e a capacidade produtiva da Europa foi evidente que não é suficiente, não está capacitada e tem de ser retomada essa capacidade de produção de bens no espaço europeu, incluindo em Portugal”, considerou.

O autarca defendeu que “o reforço da capacidade produtiva em Portugal, no espaço europeu, é essencial para reduzir a dependência (…) do avião, do voo, do avião de carga que transporta zaragatoas, ou as máscaras ou outros bens”.

“Não o dizemos neste documento, mas preocupa-nos também o risco que se corre de, perante respostas eficazes e atempadas, a pandemia passar para além do vírus, que já é altamente preocupante, para o vírus da política e da democracia. E isto há que evitar mesmo. E nós podemos dar esse contributo”, salientou ainda.

Portugal registou 1.105 mortes relacionadas com a covid-19 e 26.715 infetados, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fundo de Garantia Automóvel com 4 mil processos por falta de seguros em 2019

  • Lusa
  • 7 Maio 2020

O FGA recebeu durante o ano passado 4.372 processos de acidentes e pagou 12,8 milhões de euros a vítimas de quem não tinha alegadamente o obrigatório seguro.

O Fundo de Garantia Automóvel recebeu, em 2019, 4.372 processos de acidentes em que o responsável não tinha alegadamente o obrigatório seguro, mais 2% face a 2018, segundo a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.

De acordo com o relatório estatístico do Fundo de Garantia Automóvel (FGA), divulgado pelo regulador dos seguros, já as indemnizações pagas em 2019 foram de 12,8 milhões de euros, mais 15% do que em 2018.

Ainda no ano passado, os processos relativos a danos materiais representaram cerca de 85% do total e os casos de lesão corporal cerca de 15%. Houve ainda a participação de 23 acidentes mortais, menos um do que em 2018.

A reparação dos danos materiais custou ao FGA quase 3,9 milhões de euros e as indemnizações por lesão corporal, que incluem danos não patrimoniais, danos patrimoniais futuros, despesas médicas, medicamentos, transportes e outros danos emergentes, foram de 6,9 milhões de euros.

As indemnizações por morte totalizaram 1,96 milhões de euros.

O FGA tem direito de exigir aos responsáveis que não tinham seguro o reembolso dos valores gastos, tendo em 2019 recuperado 2,7 milhões de euros.

O Fundo de Garantia Automóvel é um fundo público autónomo destinado a cumprir as obrigações indemnizatórias decorrentes de acidentes rodoviários ocorridos em Portugal, quando o responsável do acidente seja desconhecido ou, sendo conhecido, não tenha seguro de responsabilidade civil automóvel.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Venda da Brisa “reforça a capacidade financeira” do grupo Mello. “Estamos a olhar para novas oportunidades”

Vasco de Mello, presidente da Brisa, diz que o grupo está preparado para fazer crise da Covid-19, apontando para a necessidade de o tecido empresarial se reinventar.

O grupo Mello poderá investir em novos setores após a venda da Brisa, segundo o presidente da concessionária de autoestradas portuguesa. Vasco de Mello acredita que a empresa ficará mais capitalizada após o fecho da operação — que ainda não recebeu autorizações regulatórias — e, por isso, mais resiliente à crise pandémica. “A operação vai reforçar a capacidade financeira do grupo e penso que de facto as empresas melhor capitalizadas vão ter oportunidades interessantes“, afirmou Vasco de Mello, numa conferência online organizada pela Nova SBE sobre estratégias de relançamento da economia.

O Grupo José de Mello e a Arcus acordaram, no fim de abril, a venda de 81,1% da Brisa a um consórcio formado pela APG (gestora de ativos da ABP, o fundo de pensões dos funcionários públicos e do setor da educação dos Países Baixos), o NPS (serviço nacional de pensões da República da Coreia) e a SLAM (gestora de ativos da Swiss Life, a maior seguradora do ramo vida na Suíça). O valor do negócio está próximo de 2,5 mil milhões de euros.

Apesar de ainda não querer avançar onde vai ser usado o encaixe financeiro da venda, Vasco de Mello assume a hipótese de o grupo entrar em novos negócios. “Estamos presentes em áreas que vamos continuar a investir, como a saúde e indústria, e iremos com certeza olhar para outras oportunidades“, sublinhou.

O presidente da Brisa lembrou que a operação ainda não está concluída, está acordada a aguardar as autorizações das autoridades, o que é esperado que aconteça até final de setembro.

Vasco de Mello disse ainda que a operação concretiza numa altura em que a pandemia afeta todos os negócios é um “sinal de enorme confiança de grandes investidores com perspetiva de longo prazo em relação a Portugal”.

“Penso que Portugal tem aqui uma oportunidade de ouro nesta crise. Vão ser alteradas cadeias de fornecimento, em que Portugal pode aproveitar as vantagens competitivas que tem e explorar essas oportunidades. A competição por investimento vai ser cada vez maior e temos de criar um campo de igualdade de circunstâncias“, acrescentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucro da REN cai 67,5% para 4,3 milhões no 1.º trimestre

  • Lusa
  • 7 Maio 2020

A empresa aponta que os resultados foram impactados pela queda do EBITDA e pela contribuição extraordinária sobre o setor energético.

A REN – Redes Energéticas Nacionais registou 4,3 milhões de euros de lucro no primeiro trimestre, menos 67,5% do que em igual período de 2019, foi esta quinta-feira anunciado.

“A REN registou um resultado líquido de 4,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2020, um recuo de 8,9 milhões de euros em comparação com o período homólogo”, indicou, em comunicado, a empresa liderada por Rodrigo Costa. Em comparação com o primeiro trimestre de 2019, os resultados apresentam uma redução de 67,5%.

De acordo com a gestora das redes energéticas, os resultados foram impactados pela queda do EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) e pela contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE) que, pela primeira vez, “incorporou a Portgás, e assim aumentou a taxa efetiva de imposto paga pelo grupo para 43,9%”.

Entre janeiro e março, o EBITDA da REN totalizou 118,9 milhões de euros, o que traduz uma redução de 5,1%.

Por sua vez, os resultados financeiros, no período em causa, foram negativos em 13,6 milhões de euros, valor que compara com os – 15,5 milhões de euros apurados no primeiro trimestre de 2019. Já o investimento (capex) até março foi de 27 milhões de euros, mais 60,5% do que no período homólogo, com a eletricidade a representar 76% do montante total.

Nos primeiros três meses do ano, a dívida líquida da empresa situou-se em 2.759,3 milhões de euros, uma progressão de 5,2% face a igual período do ano anterior, “reflexo da aquisição e consolidação da Transemel em outubro de 2019”.

Na sessão desta quinta-feira da bolsa, as ações da REN cederam 0,61% para 2,43 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Parlamento fixa suspensão da caducidade dos contratos de arrendamento até 30 de setembro

O Parlamento aprovou a proposta do Governo que prevê que, até 30 de setembro, os prazos de caducidade dos contratos de arrendamento ficam suspensos, bem como a execução das hipotecas de casa própria.

O Governo quis mudar a lei atual e o documento acabou mesmo por ser alterado. Com várias propostas diferentes, o Parlamento aprovou a proposta do Executivo que prevê que, até 30 de setembro, os prazos de caducidade dos contratos de arrendamento ficam suspensos. Além disso, os senhorios não podem avançar com a denúncia dos contratos, nem podem ser executadas as hipotecas quando se trate de habitação própria e permanente.

Esta quinta-feira, após o debate quinzenal, a proposta do Governo foi aprovada com os votos a favor do PS, Bloco de Esquerda, PAN, PEV e da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira e com a abstenção do PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega.

Até aqui, a lei criada pelo Executivo — Lei n.º 1-A/2020 — previa que, “durante a vigência das medidas de prevenção, contenção, mitigação e tratamento da infeção epidemiológica (…) e até sessenta dias após a cessação de tais medidas”, ficavam suspensas as caducidades dos contratos de arrendamentos, as denúncias e oposição à renovação dos contratos por parte dos senhorios e a execução de hipoteca sobre habitação própria e permanente.

Mas o Governo quis alterar a lei. Até esta quarta-feira, propunha que fosse definido um prazo máximo até 30 de junho para esta suspensão mas, entretanto, acabou por acolher a proposta do PS que previa um limite até 30 de setembro.

Levadas a discussão ao Parlamento foram outras propostas: o Bloco de Esquerda queria manter a lei como estava — suspensão até 60 dias depois de terminarem as medidas de mitigação –, o PSD queria um prazo de até 60 dias depois de terminar o estado de calamidade, o PAN propôs três meses após o fim do estado de calamidade e a deputada não inscrita, Joacine Katar Moreira, propôs que estas suspensões terminassem a 30 de julho.

(Notícia atualizada às 18h32 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CCP pede prolongamento do ‘lay-off’ e programa de apoio com perdões fiscais

  • Lusa
  • 7 Maio 2020

Além do prolongamento do lay-off, a CCP quer um programa dirigido às empresas, a dois anos, que inclua perdões fiscais e apoios a fundo perdido.

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) defendeu esta quinta-feira o prolongamento do ‘lay-off’ simplificado e a criação de um programa dirigido às empresas, a dois anos, que inclua perdões fiscais e apoios a fundo perdido.

A posição da CCP surge na sequência do balanço que faz da situação económica das empresas e das medidas lançadas pelo Governo em resposta à pandemia de covid-19, numa altura em que passaram quase dois meses sobre o decreto do primeiro estado de emergência.

É evidente que a situação económica das empresas é muito débil, e que as medidas lançadas, numa primeira fase pelo Governo, não serão suficientes”, lê-se num comunicado da CCP, que aproveita para reiterar que “a retoma da economia demorará muito tempo a acontecer”.

Neste contexto, a confederação patronal presidida por Joao Vieira Lopes considera “imperioso” o aprofundamento ou prolongamento de algumas das medidas tomadas, propondo nomeadamente a prorrogação do atual regime do ‘lay-off’ simplificado porque, “as empresas continuam a ver os seus créditos reduzidos”, o que lhes “retira qualquer margem às empresas para desenvolver negócios dentro e fora da União Europeia, e mesmo no mercado nacional”. As empresas podem beneficiar deste apoio durante um mês, podendo este período ser prorrogado mensalmente, até ao máximo de três meses.

Em complemento, a CCP defende o desenho de um programa de recuperação da economia nacional para, no mínimo dois anos, com medidas “estruturadas de apoio às empresas incluindo perdões fiscais e outras medidas de financiamento a fundo perdido ou amortizáveis a longo prazo”.

No que diz respeito às medidas já em curso, nomeadamente a que permite às empresas diferir o pagamento das rendas, a CCP considera que esta não tem em conta a dimensão da paragem económica e alerta que a “esmagadora maioria”, sobretudo as de menor dimensão, não terá capacidade para começar a pagar a renda habitual e um duodécimo das que ficaram em atraso, já em julho.

É, neste contexto, necessário abordar esta problemática de forma realista, quer quanto a prazos para o diferimento, quer mesmo equacionando reduções de rendas”, precisa a CCP.

A CCP pede também “especial atenção” para as lojas inseridas em centros comerciais, que continuam ainda encerradas, alertando para a necessidade de criar medidas que garantam a impossibilidade de despejo com fundamento no não pagamento de rendas nos meses em que foram forçadas a encerrar e que impeça que lhes sejam exigidas indemnizações, caso tenham necessidade de fechar portas até ao final do ano.

O reforço das linhas de financiamento (seja da linha de crédito Capitalizar 2018 – COVID-19 ou da linha específica COVID-19 – apoio à atividade económica) é também defendido pela CCP, que reforça a proposta com o facto de o Governo ter dito que o valor das solicitações ascendeu já a nove mil milhões de euros, superando a dotação inicial de 6,2 mil milhões de euros.

“O reforço destas linhas não deve inviabilizar, no entanto, a rápida operacionalização dos apoios a fundo perdido para as pequenas e microempresas, anunciados, recentemente, pelo Governo”, precisa o comunicado que elogia a medida hoje aprovada pelo Conselho de Ministros que alarga as medidas de apoio extraordinário aos sócio-gerentes de micro e pequenas empresas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Unilever Food Solutions lança plataforma para apoiar restaurantes locais

Os restaurantes podem aderir gratuitamente à plataforma, que vai estar disponível em todo o território português.

O braço de restauração e hotelaria da Unilever lançou uma nova plataforma para encorajar os consumidores a apoiar os restaurantes locais, escolhendo Portugal para a estreia. Os restaurantes podem aderir gratuitamente, que vai estar disponível em todo o território português.

Na plataforma, apelidada de My Local Eatz, os restaurantes “poderão partilhar os seus menus e os detalhes de contacto para receber os pedidos”, explica a Unilever, em comunicado. O objetivo é também dar a conhecer aos consumidores os restaurantes da sua localidade que têm serviço de entrega ou takeaway e se estão abertos ou encerrados.

O processo de adesão à plataforma “não tem custos para os restaurantes, pois não tem comissões associadas”, sinaliza a empresa, apontando que isto significa que a totalidade da encomenda dos utilizadores “beneficia o restaurante e o local”. Também não há custos para o consumidor.

Mariana Hortega, marketing manager da Unilever Food Solutions Portugal, aponta que a empresa está “numa posição única para ajudar – ao criar uma solução relevante e gratuita para os restaurantes, neste momento crítico”, citada em comunicado. “O My Local Eatz também ajuda muitos portugueses que desejam apoiar os restaurantes locais”, acrescenta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BE dá mão ao PSD e aprova lay-off para sócios-gerentes

Os deputados aprovaram, esta quinta-feira, a proposta do PSD que prevê o alargamento do mecanismo de lay-off aos sócios-gerentes das empresas mais afetadas pela pandemia de coronavírus.

Foi aprovada esta quinta-feira a proposta do PSD que estabelece o alargamento do regime de lay-off simplificado aos sócios-gerentes das empresas mais afetadas pela pandemia de coronavírus. O diploma mereceu os votos a favor do PSD, CDS-PP, Chega, Iniciativa Liberal, PAN, PEV e Bloco de Esquerda. O PS foi o único a votar contra e o PCP a abster-se.

Esta proposta da bancada de Rui Rio — que baixa agora à comissão — prevê o alargamento do lay-off simplificado “aos gerentes das micro e pequenas empresas, como como aos membros dos órgãos estatutários de fundações, associações ou cooperativas”, independentemente do número de trabalhadores que tenham a cargo e do volume de faturação da empresa.

Além disso, este diploma propõe a revogação do apoio já lançado pelo Governo para estes portugueses, que lhes garante até 635 euros.

A propósito, até agora, essa ajuda estava destinada apenas aos sócios-gerentes sem trabalhadores dependentes e com até 60 mil euros de faturação anual, mas esta quinta-feira o Executivo de António Costa aprovou em Conselho de Ministros o seu alargamento aos sócios-gerentes com trabalhadores, fixando como único critério ter um volume da faturação não superior a 80 mil euros.

A discórdia está, assim, instalada entre o Executivo e o Parlamento. Dentro do Governo, existe o entendimento de que a concretização da proposta do PSD agora aprovada poderá violar a lei-travão do Orçamento, já que seria sinónimo de uma nova despesa. Ao Público, o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro disse: “Haveria alguma dificuldade de isto surgir via Parlamento, por uma questão técnico-jurídica que é a lei-travão, que não permite aos partidos apresentar medidas que tenham despesa”.

(Notícia atualizada às 18h09)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fotogaleria: debate quinzenal atrás das máscaras

Ferro Rodrigues decretou o uso de máscara obrigatório no interior da Assembleia da República. O debate quinzenal seguiu a regra.

As medidas de prevenção decretadas nas últimas semanas pelo Governo já se tinham feito sentir na vida parlamentar da Assembleia da República. Assistência no plenário limitada, de modo a garantir distanciamento de segurança, meios de higienização distribuídos pelo edifício e uso facultativo de máscara por parte dos deputados.

Ainda assim, a partir do início desta semana, passou a ser obrigatório o uso de máscara para quem quiser entrar, circular ou permanecer no Parlamento, num despacho determinado pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.

Por isso, os deputados (e jornalistas) seguiram as regras à risca durante o debate quinzenal com António Costa, retirando as máscaras apenas no momento em que intervinham em plenário.

Veja a fotogaleria abaixo:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.