PSD quer estrutura semelhante à do tempo da troika para coordenar relançamento
Rio propõe constituição de estrutura, semelhante à ESAME, nos tempos da troika, para coordenar relançamento da economia no pós-covid, com um secretário de Estado na dependência do primeiro-ministro.
O PSD defendeu esta quarta-feira a constituição de uma nova estrutura, semelhante à ESAME nos tempos da troika, para coordenar todo o programa de relançamento da economia na fase pós-covid, com um secretário de Estado na dependência do primeiro-ministro.
A medidas consta do “programa de recuperação económica” do PSD, documento hoje apresentado pelo líder do partido, Rui Rio, e pelo presidente do Conselho Estratégico Nacional (CEN), Joaquim Miranda Sarmento, que é também o porta-voz social-democrata para a área das finanças públicas.
Além deste programa de recuperação, o PSD promete apresentar um outro de estabilização da economia, quando for mais clara a resposta europeia à crise, e defende que ambos devam ser coordenados por uma entidade na dependência do “primeiro-ministro, à imagem da ESAME”, que teve como missão acompanhar as medidas do Memorando de Entendimento nos anos da troika e que foi liderada pelo então secretário de Estado Carlos Moedas.
“O programa que temos pela frente será ainda mais exigente que o da troika. Daí que seja fundamental criar uma entidade como a ESAME, dirigida por um Secretário de Estado (adjunto do primeiro-ministro) apenas com esta competência e com assento no Conselho de Ministros”, defende o partido.
Para os sociais-democratas, “a criação desta entidade é também crítica para uma utilização eficiente dos fundos europeus ao abrigo do programa de reconstrução económica que vier a ser aprovado”.
O PSD considera ainda que “é necessário reformular todo o Ministério da Economia, de modo a conferir-lhe a “alma” de uma política económica” e voltar a colocar neste Ministério a “diplomacia económica”, atualmente nos Negócios Estrangeiros.
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