Consumo privado dispara em maio. É dia de “rally” em Wall Street
As bolsas norte-americanas estão novamente em alta face a um crescimento surpreendente nas vendas no retalho em maio, depois das quedas históricas de abril e março. Otimismo domina os investidores.
As bolsas norte-americanas estão novamente em alta, negociando com ganhos expressivos face ao otimismo dos investidores quanto à reabertura da economia. Dados surpreendentes do consumo privado em maio estão a incentivar esta aposta nos ativos de risco, depois do sell-off da passada quinta-feira.
O S&P 500 ganha 2,73%, para 3.150,32 pontos, enquanto o industrial Dow Jones soma mais de 800 pontos, valorizando 3,22%, para 26.591,57 pontos. O tecnológico Nasdaq avança 2,30%, para 9.949,56 pontos, ainda assim abaixo do máximo histórico registado recentemente e já em plena pandemia.
A constante valorização das bolsas num contexto de forte recessão continua a desafiar os dogmas dos mercados de capitais, apesar de os receios de uma segunda vaga ainda condicionarem as negociações. Ainda assim, esta terça-feira, o Departamento do Comércio revelou que as vendas no retalho dispararam 17,7% em maio, uma recuperação inesperada face às quedas históricas de abril e março. A subida representa um aumento no consumo privado e sinaliza confiança na economia, apesar das circunstâncias adversas.
Mas a puxar pelas bolsas estão também outros fatores, como a atuação da Fed para sustentar a economia norte-americana. A entidade liderada por Jerome Powell anunciou na segunda-feira que vai ampliar o programa de compra de dívida de empresas, o que contribuiu para o otimismo nos mercados. Powell deverá intervir esta terça-feira no Congresso dos EUA para falar sobre o impacto da pandemia, dias depois de ter admitido que o Covid-19 terá um impacto duradouro no mercado laboral.
Entre as cotadas em destaque está a Boeing, cujos títulos ganham quase 7%. A Apple soma 2,69% e a Amazon valoriza 1,48%. Nota ainda para os títulos da Tesla, que ganham 1,48%, para 1.005,15 dólares, perto de máximos históricos.
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