Confiança dos consumidores volta a recuperar após mínimo em abril
Tanto a confiança dos consumidores como o clima económico voltaram a registar melhorias em junho. Mas valores continuam bastante abaixo da situação pré-pandemia.
A confiança dos consumidores voltou a recuperar “parcialmente” em junho pelo segundo mês consecutivo, depois de ter registado o valor mais baixo de sempre em abril, no pico da pandemia. Ainda assim, o indicador de confiança dos consumidores continua em terreno negativo, registando um valor de -22,5 (contra os -41,6 em abril e 32,1 em maio).
“Em junho, o indicador de confiança dos consumidores continuou a recuperar parcialmente, após ter apresentado em abril a maior redução face ao mês anterior e o valor mínimo desde maio de 2013”, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira.
De acordo com o gabinete de estatísticas, a melhoria da confiança dos consumidores deve-se a vários fatores, entre eles as “perspetivas relativas à evolução da situação económica do país, da condição financeira do agregado familiar e da realização de compras importantes, bem como das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar“.
O inquérito decorreu entre 1 e 16 de junho, quando o país deu início à terceira fase do plano de desconfinamento anunciado pelo Governo, depois do encerramento parcial da economia nos meses anteriores para conter a propagação do coronavírus.
Acompanhando a confiança dos consumidores, também o indicador de clima económico evidenciou recuperações em maio e junho, “sobretudo no último mês”, nota o INE, depois de se ter atingido em abril o valor mais baixo de sempre.
“Os indicadores de confiança recuperaram em todos os setores, com destaque para a indústria transformadora, que registou o maior aumento da série, depois de ter registado o mínimo da série no mês anterior”, explica o gabinete de estatísticas.
No setor da construção e obras Públicas e no comércio, os indicadores recuperaram parcialmente em maio e junho. Em relação ao indicador de confiança nos serviços, voltou a aumentar em junho, após ter apresentado em maio o valor mais baixo da série.
Sentimento económico com maior subida mensal na zona euro e UE
O sentimento económico recuperou cerca de 30% das quebras de março e abril, devidas à pandemia de Covid-19, tendo registado em junho uma subida mensal recorde na zona euro e União Europeia (UE), segundo dados da Comissão Europeia.
Em junho, o sentimento económico aumentou 8,2 pontos para os 75,7 face a maio na zona euro e 8,1 pontos para os 74,8 na UE, segundo dados divulgados pela Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia, as subidas mensais mais acentuadas registadas até agora em ambas as áreas.
O sentimento económico avançou, em junho, nas cinco maiores economias da zona euro, com maior expressão em França (9,4 pontos), seguindo-se a Holanda (8,3), Espanha e Itália (8,2 cada) e Alemanha (6,6).
O indicador de expectativas de emprego, por seu lado, subiu também pelo segundo mês consecutivo, com um avanço de 12,7 pontos para os 82,8 na zona euro e de 11,9 para os 82,7 na UE.
Em maio, o sentimento económico tinha já subido 2,7 pontos para os 67,5 na zona euro e 2,9 pontos para os 67,5 na UE, com as expectativas de emprego a crescerem, nesse mês, 11,2 em ambas as zonas (para os 70,1 pontos nos países do euro) e 70,8 nos 27 Estados-membros.
(Notícia atualizada às 11h03)
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