Mais de metade das empresas sente quebra na carteira de encomendas, diz estudo da CIP
Inquérito da CIP indica ainda que ordem das quebras na carteira de encomendas no início de junho são, em média, de 45%,
A pandemia não só paralisou praticamente a atividade das empresas nos últimos meses, como a retoma se avizinha muito difícil. Um inquérito da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, indica que no início de junho mais de metade das empresas apresentavam uma quebra na sua carteira de encomendas face ao mesmo período de 2019. E, em média, essa quebra foi de quase metade, com a CIP a revelar os sinais de preocupação que tal significa para a retoma da atividade empresarial.
De acordo com o resultados do inquérito sobre compras e vendas das empresas após o estado de emergência divulgado esta terça-feira pela CIP, numa amostragem de 561 empresas de um universo total de 150 mil, apenas 5% reportaram ter tido no início de junho um aumento da sua carteira de encomendas comparativamente à mesma ocasião do ano passado. Ouve ainda uma proporção de 16% das empresas que disseram ter mantido o nível de encomendas.
Mas o grosso das empresas — 58% –sinalizaram ter sofrido uma diminuição da sua carteira de encomendas. Para estas empresas, a quebra na carteira de encomendas foi, em média, de 45%, afetando sobretudo o setor da indústria.
“Não só mais de metade das empresas diminuiu as encomendas em carteira, como a quebra é de mais de metade”, lembra Pedro Dionísio responsável do Marketing FutureCast Lab do ISCTE que levou a cabo o trabalho de campo deste inquérito onde 76% das empresas inquiridas são micro ou de pequena dimensão. E acrescenta: “A queda de negócios vai-se ver repercutida nos próximos meses, porque não existindo encomendas em carteira, os seus volumes de negócios vão diminuir“.
Posição partilhada por João Almeida Lopes, vice-presidente da CIP, que diz ainda “a realidade é com certeza nalguns casos bastante mais preocupante do que as respostas ao inquérito indiciam”.
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