Centros de dia podem reabrir a partir de 15 de agosto de forma faseada
"O processo de reabertura desta resposta social deverá concretizar-se de forma faseada", anunciou o Ministério do Trabalho.
Os centros de dia vão poder reabrir a partir de 15 de agosto, mas de forma faseada e condicionados a uma avaliação prévia da Segurança Social e entidade de saúde local sempre que funcionem juntamente com outras respostas sociais.
Numa nota publicada esta sexta-feira no portal do Governo, refere-se que “no caso dos centros de dia com funcionamento acoplado a outras respostas sociais, o reinício das atividades ocorre mediante avaliação das condições de reabertura, a realizar pela instituição, Instituto de Segurança Social, I.P. e autoridade de saúde local”.
O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) elaborou um guião orientador para a reabertura, no âmbito da pandemia de Covid-19, que foi enviado esta sexta-feira para as instituições integradas na Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS), disse à Lusa o padre Lino Maia, que preside ao organismo.
Segundo Lino Maia, no universo de instituições tuteladas pela CNIS, mas também pela União das Misericórdias Portuguesas (UMP) haverá mais de 1.500 centros de dia, dos quais mais de metade funcionam de forma independente de qualquer outra resposta social.
“Atendendo ao risco, ainda prevalecente, de contágio e propagação da Covid-19 ,bem como ao facto dos utentes dos Centro de Dia constituírem um grupo particularmente vulnerável para a covid-19, o processo de reabertura desta resposta social deverá concretizar-se de forma faseada”, determina o guião orientador do MTSSS.
Para evitar situações de risco nos casos em que os centros de dia funcionam em conjunto com outras respostas sociais, a CNIS está a recomendar às suas instituições que reabram apenas os centros de dia autónomos, disse Lino Maia. O presidente da CNIS disse também que nos casos em que não seja possível voltar a acolher os utentes dos centros de dia será mantido o apoio domiciliário que continua a ser prestado.
Na conferência de imprensa de hoje na Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a situação epidemiológica em Portugal relativamente à Covid-19, o subdiretor-geral, Rui Portugal, frisou a importância de quebrar a solidão dos idosos. “É tão importante o isolamento e a garantia de não transmissão da doença para pessoas que frequentam centros de dia como possivelmente também é importante restaurar os momentos de afetos para essas mesmas pessoas”, disse Rui Portugal.
O subdiretor-geral da Saúde referiu que as avaliações de risco em relação à doença têm que ser equilibradas com o bem-estar e saúde mental dos mais velhos, frisando que “não existe risco zero”, sobretudo com o quadro epidemiológico que Portugal ainda apresenta.
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