Vieira reage à polémica: “Nunca vi uma campanha tão ofensiva e caluniosa”
O presidente do Benfica considera que estão a ser "ultrapassados todos os limites" na polémica sobre o apoio do primeiro-ministro à sua recandidatura através da comissão de honra.
Luís Filipe Vieira considera que a polémica à volta do apoio de António Costa à sua recandidatura a presidente do Benfica é uma “campanha ofensiva, caluniosa e vergonha”. Para o atual líder do clube lisboeta estão a ser “ultrapassados todos os limites”.
“Nunca vi uma campanha tão ofensiva e caluniosa“, disse o presidente do Benfica este domingo, em declarações transmitidas pela TVI24, referindo mais tarde que também era “vergonhosa”. “Nunca vi e reparem que já estou aqui há muitos anos”, acrescentou, assinalando que estão a ser “ultrapassados todos os limites” com esta polémica, ainda que diga ser “imune” às críticas.
Em causa está a decisão do primeiro-ministro de integrar a comissão de honra da candidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica. Atualmente existem dúvidas se esta decisão pode violar o Código de Conduta do Governo. Certo é que António Costa já foi criticado pelos partidos da esquerda à direita, incluindo pelo líder do PSD, apesar de o deputado social-democrata Duarte Pacheco também fazer parte dessa comissão de honra, de acordo com a informação revelada pelo Expresso.
“O tempo vai passando e a verdade vem sempre ao de cima”, disse ainda, remetendo declarações para mais tarde: “Falarei quando entender que o devo fazer”.
Em junho deste ano, o diretor de comunicação do Benfica, Luís Bernardo, criticou Pinto da Costa, presidente do Porto, pela “promiscuidade” com Rui Moreira, presidente da câmara do Porto, nomeadamente ao integrá-lo para a sua lista para o Conselho Superior, um órgão de cariz consultivo. “Já não bastava o nível de promiscuidade política, sem paralelo, evidente nas listas de Pinto da Costa com um desfile de atuais e ex-políticos, ficámos agora a saber que o designado sucessor para presidente do FCP e atual presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, é notícia porque já reuniu com colegas autarcas para discutir assuntos relacionados com a construção da prometida futura academia do FCP”, lê-se nessa declaração.
“Pelos vistos é preciso relembrar o óbvio: pode um decisor político ter um relacionamento institucional com clubes de futebol? É óbvio que sim. Mas poderá e deverá fazê-lo pertencendo aos órgãos representativos desse mesmo clube? É óbvio que não“, defendia.
Este sábado, João Varandas Fernandes, vice-presidente do Benfica, saiu em defesa do primeiro-ministro e de Vieira: “Em Portugal, lamentavelmente está instalada uma cultura de suspeição e de hipocrisia, marca dos nossos tempos“, disse, argumentando que “não é por serem políticos, António Costa e Fernando Medina, que estão impedidos de tomar posição na eleição do seu clube”.
“Fernando Medina tem dado provas de isenção para com todos os clubes da cidade. Apoiar não é favorecer. Como Governantes tem bem demonstrado; equilíbrio e sentido de dever para com todos”, considera Varanda Fernandes, assinalando que “há uma diferença entre o que aconteceu no Porto e o apoio de António Costa”. “António Costa não integra qualquer lista à direção do clube, observem a quantidade de políticos no Conselho Superior do F.C.Porto. Esta perseguição ao Benfica e ao seu Presidente é lamentável e reprovável”, conclui.
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