Bloco de Esquerda pede fiscalização a “toda a rede” do metro de Lisboa com mais de 30 anos
Na sequência da derrocada na estação da Praça de Espanha do metro de Lisboa, os bloquistas propõe um reforço de autocarros e a fiscalização a "toda a rede" do metro com mais de 30 anos.
Na sequência da derrocada no túnel do metro de Lisboa na zona da Praça da Espanha, o Bloco de Esquerda (BE) propõe um reforço de autocarros naquela zona, mas também uma fiscalização conjunta a “toda a rede” do metro que tenha sido construída há mais de 30 anos.
O partido propõe mais autocarros entre o Marquês de Pombal e as Laranjeiras, dado que “as filas intermináveis que se viram ao longo da manhã” desta quarta-feira, refere o BE, em comunicado. Para os bloquistas, “o que foi mobilizado não é suficiente e continuará a não o ser perante a morosidade prevista para a recuperação da linha”, atualmente prevista para um ou dois dias.
Além da resposta imediata ao acidente, o Bloco pede que sejam adotadas medidas de prevenção de novos acidentes. Assim, aponta a necessidade de “uma inspeção conjunta entre Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), Câmara Municipal de Lisboa e Metro de Lisboa a toda a rede de metro com mais de 30 anos de construção“, justificando que esta derrocada “pôs a nu a fragilidade da rede e as consequências trágicas que pode ter”.
Os bloquistas pedem ainda o acesso aos documentos do processo e projetos da empreitada da Praça de Espanha, que está atualmente a ser construída na zona onde decorreu a derrocada. Afirmando que “todas as obras com proximidade do Metro carecem de parecer e fiscalização”, o partido questiona a existência de documentos e se foram implementadas todas as medidas de segurança.
Referindo que “a monitorização das condições dos túneis do metro de Lisboa é feita regularmente pelo próprio metro de Lisboa”, o Bloco afirma, contudo, que “é hoje necessário um levantamento geral, de forma a garantir a segurança dos lisboetas”. “Esta decisão custa dinheiro, mas a segurança de quem todos os dias utiliza o metro, assim como quem frequenta as escolas de Lisboa, tem de ser a nossa prioridade”, lê-se.
O presidente da Câmara de Lisboa admitiu esta quarta-feira que a derrocada se deveu a um “erro grosseiro” na obra que estava a ser feita pela autarquia, o Bloco de Esquerda afirma que, ainda assim, “é imperativo analisar a globalidade da estrutura do túnel afetado de forma a assegurar que as trepidações e movimentos a que a estrutura foi sujeita não comprometeram mais profundamente a segurança global da infraestrutura”.
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