Casa da Moeda tem novos cartões amigos do ambiente. São sustentáveis e degradáveis
O próximo passo é desenvolver projetos para a implementação destes cartões feitos de PVC degradável ou PETG reciclado, a nível nacional e internacional.
Na maioria das carteiras dos portugueses são inúmeros os cartões que aí são guardados, desde o cartão do cidadão à carta de condução, vários cartões bancários de débito e crédito, cartão do seguro de saúde e um sem fim de outros cartões de programas de fidelização e descontos de lojas e cadeias de supermercados. Todos eles de plástico, por motivos de durabilidade e segurança.
Mas a Imprensa Nacional – Casa da Moeda S. A. (INCM) quer mudar este cenário e trazer para primeiro plano a sustentabilidade (até agora reduzida) destes objetos que estão presentes de forma constante na vida diária. Para isso apresenta duas novas opções de cartões sustentáveis e amigos do ambiente, feitos de PVC degradável ou PETG reciclado, “materiais que estão preparados para serem aplicados na produção dos diferentes cartões do nosso dia-a-dia, ao mesmo tempo que contribuem para um menor impacto ambiental no planeta”, referem em comunicado.
O próximo passo é desenvolver projetos para a implementação destes cartões, a nível nacional e internacional.
Para chegar aqui, a INCM analisou todo o ciclo de vida dos cartões, desde a origem das matérias-primas, passando pela produção, até ao fim de ciclo, de forma a avaliar a melhor opção para os novos cartões. Andreia Cardoso, Innovation Manager na INCM, explica que “nem sempre a opção mais verde é a melhor, pois a sua produção tem de ser avaliada consoante a durabilidade do material, pegada de carbono durante todo o ciclo de vida, descarte pós-consumo e a viabilidade de inclusão de elementos de segurança. Assim, é necessário efetuar uma decisão informada quando se pretende comercializar materiais ecológicos”.
Atualmente existem no mercado diversas opções de materiais ecológicos a serem utilizados na produção de cartões, sendo as escolhidas pela Imprensa Nacional – Casa da Moeda, o PVC degradável e o PETG reciclado, “soluções sustentáveis que respondem às necessidades atuais do mercado”.
Apesar de ser plástico na mesma, o PVC degradável pode ser colocado num aterro específico e tratado de forma adequada, acabando por não libertar gases tóxicos para o ambiente. No entanto, para se utilizar este material, é necessário uma atenção redobrada em relação aos compostos eletrónicos (antenas, chips, banda magnética, etc.). Para Andreia Cardoso também é importante “educar os clientes sobre o destino nos cartões no fim do ciclo de vida”.
Já o PETG, diz a INCM, é um tipo de poliéster que não liberta substâncias perigosas do início ao fim do seu ciclo de vida, o que permite que a sua reciclagem e incineração se realize sem emissão de gases nocivos. Apesar do consumo de água/energia e libertação de CO2 para a produção deste material ser ligeiramente superior ao do PVC, a sua elevada durabilidade torna a pegada de carbono similar aos seus concorrentes. Além disso, a energia térmica produzida durante a incineração pode ser usada para gerar eletricidade (reduzindo o consumo de combustível fóssil).
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