BPI alerta para “aumento muitíssimo significativo” da intrusão da supervisão
Sem comentários sobre novo Código da Atividade Bancária, que o BdP pôs em consulta pública, CEO do BPI alertou alertou para o "aumento muitíssimo significativo" da intrusão da supervisão.
O novo CEO do BPI não teceu grandes comentários sobre o anteprojeto de Código de Atividade Bancária, que traz novas regras para o setor. Ainda assim, João Oliveira e Costa aproveitou a questão colocada pelos jornalistas sobre o tema para alertar para o “aumento muitíssimo significativo” da intrusão da supervisão na gestão dos bancos.
“O tema do anteprojeto de Código de Atividade Bancária não nos oferece um comentário digno de assinalar. Já dei uma vista de olhos, mas ainda não com profundidade”, começou por dizer o gestor.
Mas acrescentou de seguida: “Aquilo que temos vindo a assistir, e o setor financeiro tem aceite, sem grande problema, é de facto o aumento muitíssimo significativo da supervisão e até, diria, da intrusão da supervisão na gestão das instituições financeiras“.
João Oliveira e Costa abordava este tema com reparos àquilo que é o comportamento mais apertado das autoridades europeias e que deixa os bancos no Velho Continente em desvantagem competitiva em relação aos bancos americanos.
“Em bancos muito desenvolvidos de países muito desenvolvidos e que são considerados muito fortes em termos de supervisão e que não teve os mesmos problemas que houve na Europa como é o caso dos americanos, o nível de intrusão da parte do supervisor não é tão forte nem tão significativo, nomeadamente com determinadas exigências de rácios”, destacou.
Apesar do reparo, o gestor, que ainda aguarda “luz verde” do Banco de Portugal para que seja confirmado como presidente executivo do BPI, disse ter uma “visão pragmática” do assunto: “Temos de cumprir, executar e funcionar dentro das regras que é para isso que o supervisor nos dá o fit&proper“.
O BPI registou lucros consolidados de 85,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma queda de 66% face ao mesmo período do ano passado, depois de ter registado imparidades de 100 milhões de euros por causa da pandemia.
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