Trump acaba com programas de estímulo económico
Trump considera que alguns dos programas de empréstimos destinados a apoiar a recuperação económica, decorrente da pandemia, não deveriam ser prolongados até 31 de dezembro.
A administração Trump anunciou na quinta-feira que não vai prolongar vários programas implementadas em março, por causa da pandemia, e pediu à Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos da América (EUA) a devolução dos valores restantes.
A decisão foi comunicada à Fed pelo executivo do ainda Presidente dos EUA, o republicano Donald Trump, que considera que alguns dos programas de empréstimos destinados a apoiar a recuperação económica, decorrente da pandemia, não deveriam ser prolongados até 31 de dezembro, dá conta agência France-Presse (AFP).
De acordo com uma missiva enviada pelo Secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, ao presidente da Fed, é solicitada a devolução ao Tesouro dos “fundos não utilizados”.
“Isso permitirá ao Congresso realocar 455 mil milhões de dólares”, acrescentou o governante.
Na réplica, a Fed disse que “prefere que o pacote de medidas de emergência implementadas” durante a pandemia da doença (Covid-19) provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) “continue a desempenhar o papel importante de apoio” à economia norte-americana “ainda tensa e vulnerável”.
A carta enviada pelo Secretário do Tesouro pede, no entanto, o prolongamento dos restantes programas por mais 90 dias.
O Governo norte-americano implementou vários programas de estímulo à economia do país, uma vez que o “Grande Confinamento” decretado em todo o mundo e que incluiu também os Estados Unidos encerrou durante um período alargado vários setores de atividade e “atirou” milhões de cidadãos para o desemprego.
Contudo, muitos destes programas de empréstimos não tiveram o sucesso esperado e receberam, inclusive, críticas da Fed.
A decisão surge na mesma altura em que os números de infeções está a aumentar rapidamente em todo o país, provocando mais restrições à atividade económica, uma vez que várias empresas estão a encerrar por causa de surtos entre os funcionários.
Mas o Presidente eleito Joe Biden disse, também na quinta-feira, que um novo confinamento total a nível nacional está fora de questão.
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