Interpol teme aumento “dramático” de crimes relacionados com vacinas
Existe o perigo de um aumento "dramático" do crime durante a distribuição das vacinas contra a Covid-19, alerta Jürgen Stock, secretário-geral da Interpol.
O secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, alertou esta segunda-feira para o perigo de um aumento “dramático” da criminalidade durante a distribuição das vacinas contra a Covid-19, que já começou em alguns países.
“Com a entrega das vacinas, o crime aumentará dramaticamente”, disse o responsável da polícia internacional, numa entrevista à revista alemã Wirtschaftswoche.
“Vamos assistir a furtos, arrombamentos de entrepostos e ataques durante o transporte de vacinas”, acrescentou, no dia em que as autoridades sanitárias europeias devem proferir a sua decisão sobre a autorização para o mercado de uma primeira vacina. Stock também espera um ressurgimento da corrupção “para obter o precioso remédio mais rapidamente”.
A primeira vacina, desenvolvida pelo laboratório alemão BioNTech associado à gigante norte-americana Pfizer, já recebeu luz verde de 16 países. Se a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) emitir uma autorização de comercialização para esta vacina, a vacinação poderá começar no domingo na União Europeia (UE).
Na Alemanha, a polícia federal é responsável por entregar as doses das vacinas que serão armazenadas em locais secretos. As autoridades temem também eventuais operações de sabotagem dos grupos “anti-vacinas”.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.685.785 mortos, resultantes de mais de 76,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 6.134 pessoas dos 374.121 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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