Descida do IVA da luz vai custar 150 milhões de euros em 2021

Em 2020 o Governo avançou com uma autorização legislativa para diminuir o IVA da eletricidade para a taxa intermédia de 13% para os primeiros 100 Kwh consumidos em cada mês.

A proposta de Orçamento do Estado para 2021, entregue esta segunda-feira à noite pelo Governo na Assembleia da República, avalia a perda da receita fiscal (e consequente aumento do rendimento das famílias) associado à “redução permanente da taxa de IVA da eletricidade” em 150 milhões de euros.

“Prevê-se que a perda de receita associada às medidas de política se situe em 388 milhões de euros (sem fundos europeus), com destaque para a redução do IVA da eletricidade (150 milhões de euros) e para a alteração na retenção da fonte de IRS, que deverá proporcionar um rendimento adicional às famílias (200 milhões de euros)”, esclarece o documento.

Em 2020 o Governo avançou com uma autorização legislativa para diminuir o IVA da eletricidade de 23% para a taxa intermédia de 13% para os primeiros 100 kWh consumidos em cada mês (150 kWh para famílias numerosas). Diz a proposta de OE2021 que a taxa de IVA na eletricidade passa a ser “progressivo, sendo aplicada uma taxa intermédia aos primeiros níveis de consumo, em relação a potências contratadas em baixa tensão normal (BTN)”.

Explica o Orçamento do Estado para 2021 que “a medida abrange mais de 80% dos consumidores do mercado elétrico em Portugal e prevê uma majoração de 50% para as famílias numerosas”, ou seja, agregados familiares constituídos por cinco ou mais pessoas.

“Ambientalmente, a medida tem como propósito estimular a eficiência energética dos consumos, fixando o limite ao qual é aplicável a taxa intermédia num nível tendencialmente abaixo daquele que é o nível médio de consumo mensal de eletricidade em Portugal por nível de potência contratada”, pode ler-se no documento, que sublinha ainda “o impacto estimado de cerca de 150 milhões de euros, o que permite às famílias poupanças anuais significativas, aumentando assim o seu rendimento disponível”.

O Governo refere que “os efeitos da medida sentir-se-ão nas famílias a partir de janeiro de 2021, prolongando-se ao longo de todo ano”.

(Notícias atualizada)

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Famílias ajudam financiamento do Estado com 973 milhões. OTRV caem

Se acontecer o mesmo que nos últimos dois anos, estes valores poderão até ser revistos em alta já que o Governo tem sido conservador nas estimativas de reinvestimento dos aforradores.

O financiamento do Estado vai contar com a ajuda das poupanças das famílias no próximo ano. No Orçamento do Estado para 2021, o ministério das Finanças aponta para um saldo de 973 milhões de euros conseguidos com certificados do Tesouro. Mas voltou a excluir as Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV).

No caso dos Certificados do Tesouro (CT), o Governo espera emitir 4.955 milhões em 2021, enquanto as amortizações vão situar-se em 4.129 milhões. Já em Certificados de Aforro (CA), espera captar 781 milhões, sendo que tem de devolver 634 milhões aos investidores.

Feitas as contas aos vários produtos de poupança e investimento que permitem às famílias comprarem dívida pública portuguesa, o saldo é positivo e os aforradores nacionais vão ajudar a financiar o Estado este ano (mais até que o estimado anteriormente) e no próximo.

A expectativa de subscrições líquidas de produtos de aforro foi revista em alta (para 868 milhões de euros), mediante o comportamento observado ao longo de 2020″, explica o Governo na proposta de OE. Nos últimos dois anos, o Governo acabou por ser conservador nas estimativas de reinvestimento. “Espera-se que o contributo anual dos instrumentos de aforro se mantenha relevante, podendo alcançar um valor próximo de 973 milhões de euros“.

Foi exatamente a captação de poupanças das famílias acima do esperado que tem compensado o adiamento das OTRV. Para este há uma linha prevista que ainda não avançou, enquanto, em 2021, as Finanças voltam a abandonar este instrumento. Aliás, há mesmo 3.450 milhões de euros que atingem as maturidades.

Composição do financiamento do Estado em 2021

Fonte: Ministério das Finanças

Dívida de longo prazo dá 16 mil milhões

A principal fonte de financiamento serão as Obrigações do Tesouro (OT). “À semelhança dos anos anteriores, o financiamento de 2021 deverá ser maioritariamente assegurado por via de emissões líquidas de OT, refere.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP deverá emitir 24.850 milhões de euros em OT, mas terá de devolver ao mercado outros 8.727 milhões em títulos que atingem as maturidades, o que perfaz o montante líquido de 16.123 milhões de euros. Por sua vez, o saldo de BT deverá aumentar cerca de 1,3 mil milhões de euros (com a emissão de 13.763 milhões de euros de nova dívida de curto prazo, mas o reembolso de 12.456 milhões).

Em simultâneo, Portugal vai receber o dinheiro da Europa, no âmbito do SURE, que vai contribuir com 2.934 milhões de euros para o financiamento do Estado português em 2021, tal como este ano. “Os desembolsos ao abrigo do SURE deverão ser de montante semelhante aos do ano de 2020, atingindo cerca de 2,9 mil milhões de euros”, acrescentam as Finanças.

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Governo quer até 25% da administração central em teletrabalho no interior do país

No âmbito da medida que prevê a descentralização dos serviços públicos, o Governo vai permitir o teletrabalho para 25% dos trabalhadores até ao final da legislatura e apostar em espaços de cowork.

O Governo vai permitir o teletrabalho para 25% dos trabalhadores da administração central com funções compatíveis, até ao final da legislatura, no âmbito da transferência dos trabalhadores para o interior do país, refere a proposta de Orçamento do Estado para 2021, apresentada na noite desta segunda-feira.

A medida pretende contribuir para “uma maior flexibilidade da prestação de trabalho, em termos de horário e de conjugação com a vida pessoal, familiar e profissional e, simultaneamente, mitigar o absentismo”.

A transferência de serviços públicos para o interior “será alicerçada num programa de portabilidade dos postos de trabalho, visando o aproveitamento das estruturas locais existentes, nomeadamente nas autarquias ou noutras instituições do Estado, para que possam ser criados centros de teletrabalho no interior do país, designadamente através da disponibilização de espaços de trabalho partilhados (co-work)“, lê-se ainda no relatório do OE para 2021.

 

De acordo com a proposta orçamental, a implementação destes espaços de trabalho partilhado, “permite ao trabalhadores uma maior flexibilidade na gestão do seu dia-a-dia, fixar população nas regiões de menor densidade populacional, melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores da Administração Pública, bem como a manutenção das relações sociais no contexto laboral”.

Só no próximo ano serão identificados os serviços públicos e os seus trabalhadores a transferir para o interior do país.

A proposta orçamental foi entregue esta segunda-feira no Parlamento pelo Governo. A votação na generalidade está agendada para 28 de outubro e a votação final global do documento para 26 de novembro.

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Governo vai devolver 200 milhões às famílias com o IVAucher

Orçamento do Estado prevê devolver 200 milhões de euros aos portugueses do IVA gasto na restauração, alojamento e cultura.

O IVAucher é uma das medidas em destaque na proposta de Orçamento do Estado para 2021. Através desta medida, criada para “dinamizar e apoiar os três setores mais afetados pela pandemia ()”, o Estado conta devolver 200 milhões de euros às famílias para voltarem a gastar no mesmo setor.

Com a pandemia a castigar especialmente a restauração, o alojamento e a cultura, o Governo decidiu criar um voucher que permite aos portugueses acumularem o IVA gasto nestes setores.

O consumidor “acumula o valor correspondente à totalidade do IVA suportado em consumos” nestes setores, “durante um trimestre” e, depois, pode “utilizar esse valor, durante o trimestre seguinte, em consumos nesses mesmos setores”.

Esta medida, que visa ajudar estes setores, e “simultaneamente, impulsionar o consumo privado”, vai ter impacto nas contas públicas. O Governo estima um impacto de 200 milhões de euros, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado.

Não se sabe quanto tempo irá durar a medida, mas o impacto é relevante. Para dar uma noção do custo da medida, refira-se que é igual à perda de receita pela alteração na retenção da fonte de IRS, que deverá proporcionar um rendimento adicional às famílias

(Notícia atualizada às 22h02 com mais informação)

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Banco de Portugal dá 374,5 milhões a João Leão. CGD rende 159,6 milhões

Governo conta com 374,5 milhões do Banco de Portugal e 159,6 milhões da Caixa Geral de Depósitos para financiar o Orçamento do Estado do próximo ano, que procura responder aos desafios da pandemia.

O supervisor da banca tem dado dividendos chorudos ao Governo nos últimos anos e 2021 não será exceção. O ministro das Finanças, João Leão, preparou um Orçamento do Estado em que conta receber 374,5 milhões de euros do até há pouco tempo seu “chefe” e agora governador do Banco de Portugal, Mário Centeno.

Além disso, a proposta orçamental que foi entregue esta segunda-feira no Parlamento perspetiva dividendos de 159,6 milhões da Caixa Geral de Depósitos (CGD), isto se o Banco Central Europeu (BCE) o permitir. O banco público tinha em mente distribuir 300 milhões ao Estado este ano, por conta dos elevados lucros em 2019, mas essa intenção foi travada pelo regulador europeu que mandou a toda banca congelar os dividendos por causa da situação de pandemia.

Tanto do Banco de Portugal como a Caixa têm sido “generosos” com o Executivo nos últimos anos, com dividendos milionários que têm sido uma importante fonte de receita para aquilo que foi trajetória de reequilíbrio das contas públicas da era Centeno.

Desde 2016, com Carlos Costa como governador, o Banco de Portugal pagou ao Estado, sob a forma de remuneração acionista, mais de dois mil milhões de euros (montante ao qual se somam impostos de 1,2 mil milhões no mesmo período), à boleia da política ultra expansionista dos bancos centrais na aquisição de títulos de dívida dos Governos da Zona Euro. Os dividendos que o supervisor português pagará em 2021 terão uma “paternidade” partilhada, uma vez que Carlos Costa só passou o testemunho a Mário Centeno em julho deste ano.

Em relação à Caixa, depois do dividendo de 200 milhões em 2019 (com base nos resultados de 2018), que marcou o regresso do banco público a uma política de remuneração acionista que estava interrompida desde 2010, Paulo Macedo preparava a entrega de outros 300 milhões este ano, o que não veio a concretizar-se por decisão do BCE. Será desta?

Recentemente, o CEO da Caixa revelou que o banco deverá “apagar” este ano os prejuízos de 1.800 milhões registados em 2016, sinalizando lucros acima dos 500 milhões. Com Paulo Macedo, a Caixa tem habituado o Executivo a um payout de 40%, que significaria dividendos de, pelo menos, 200 milhões.

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Governo põe 468,6 milhões no Orçamento para o Fundo de Resolução

A proposta de Orçamento do Estado para 2021 inscreve verba de 468,6 milhões de euros para o Fundo de Resolução, que tem injetado dinheiro no Novo Banco.

O Governo inscreveu uma verba de 468,6 milhões de euros no Orçamento do Estado para 2021 para o Fundo de Resolução, que tem injetado milhões o Novo Banco nos últimos anos, de acordo com a proposta que foi entregue na Assembleia da República.

O relatório que acompanha a proposta orçamental que foi entregue esta segunda-feira no Parlamento prevê um financiamento de médio e longo prazo ao Fundo de Resolução de 468,6 milhões de euros, sem referir especificamente o destino desse empréstimo. O ECO questionou o Ministério das Finanças sobre este tema, mas não obteve ainda uma resposta.

A incerteza em torno de um novo empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução para injetar no Novo Banco ganhou força nas últimas semanas, depois de o Bloco de Esquerda ter feito depender a aprovação do Orçamento do Estado do fim das injeções no Novo Banco com recurso a fundos públicos. Há duas semanas, através do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, o Governo assumiu “o compromisso de procurar não considerar nenhum empréstimo público do Estado ao Fundo de Resolução em 2021”.

Até hoje, dos 3.000 milhões pedidos pelo Novo Banco ao abrigo do acordo de capital contingente, negociado aquando da venda do banco ao fundo americano Lone Star, mais de 2.000 milhões vieram dos cofres públicos sob a forma de empréstimos ao Fundo de Resolução através de transferências do Orçamento do Estado.

O contrato de capital contingente prevê empréstimos públicos até 850 milhões de euros por ano ao Fundo de Resolução.

Em cima da mesa poderá estar um empréstimo ao Fundo de Resolução na ordem dos 300 milhões de euros de um sindicato bancário formado por Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Santander e BPI, de acordo com o Jornal Económico.

(Notícia atualizada às 22h51)

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Dívida cede para 130,9% em 2021, após recorde este ano. Governo espera continuar a poupar nos juros

António Costa quer conter o aumento do endividamento público ao rentabilizar o dinheiro da Europa a fundo perdido. Recuperação do PIB também vai ajudar a reduzir o rácio no próximo ano.

O peso da dívida pública na economia portuguesa vai recuar no próximo ano, após o máximo histórico deste ano. O ministério das Finanças liderado por João Leão estima que a dívida atinja 130,9% do PIB no próximo ano, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2021, entregue esta segunda-feira pelo Governo ao Parlamento.

Após vários anos em que Portugal tem vindo a reduzir o endividamento público, a pandemia obrigou a inverter a tendência com o Estado a reforçar o financiamento junto dos mercados para fazer face às necessidades acrescidas. Para 2020, a estimativa do Governo é que a dívida se situe em 134,8% do PIB, um valor que é revisto em baixa face ao inscrito no Orçamento Suplementar (que era de 138,8%).

Ainda assim, será um máximo histórico para o país. Já em 2021, a projeção aponta para 130,9%, o que representa uma quebra homóloga de 3,9 pontos percentuais, segundo a projeção inscrita no OE. Esta quebra deverá acontecer mesmo que o valor nominal da dívida aumente já que a principal razão deverá situar-se na economia. A estimativa das Finanças é que o PIB cresça 5,4%, após uma recessão de 8,5% deste ano.

“Em 2021 espera-se que o rácio da divida pública retorne à trajetória descendente dos anos anteriores a 2020. Nesse sentido, prevê-se uma redução do rácio de -3,9 p.p. para 130,9% do PIB. O principal contributo será dado pela retoma do crescimento nominal do PIB e, em segundo plano, pela redução dos depósitos das administrações públicas em cerca de 1,7 p.p. do PIB“, explica João Leão no relatório.

Além do efeito do crescimento económico, o primeiro-ministro António Costa já tinha referido querer aproveitar o dinheiro da Europa a fundo perdido para não sacrificar a sustentabilidade financeira. “Temos uma dívida pública muito elevada e temos de sair desta crise mais modernos e mais verdes, mas também mais sólidos do ponto de vista financeiro”, dizia Costa, no mês passado, quando apresentou as linhas gerais do Plano de Recuperação.

O Governo continua igualmente a contar com uma despesa do Estado com juros da dívida mais baixa. O OE 2021 indica que este encargo vai cair 5,9% no próximo ano para 6,6 mil milhões de euros, face a 7.015 em 2020. “O Programa Gestão da Dívida Pública (PO06) com uma despesa total consolidada de 95.127 milhões de euros dispõe de 6.601,9 milhões de euros para suportar encargos com juros da dívida pública em 2021”, refere ainda o relatório.

Esta quebra deve-se à descida das taxas em novas emissões em resultado dos estímulos monetários do Banco Central Europeu (BCE), bem como da recuperação da confiança de investidores internacionais e agências de rating em Portugal.

Desde 2011 — quando o país pediu assistência financeira internacional e pagou o máximo histórico de 5,8% para emitir nova dívida — que as taxas de juro nas emissões têm caído. Os últimos dados disponíveis indicam que Portugal pagou uma taxa média de 0,6% pela nova dívida emitida esta ano, enquanto a totalidade do stock tinha um juro de 2,5% no final do ano passado.

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OE prevê que PIB cresça 5,4% em 2021. Défice desce para os 4,3%

O Ministério das Finanças desenhou o OE 2021 com a expectativa de que a economia vai recuperar 5,4% no próximo ano, permitindo que o défice desça para os 4,3% do PIB.

O Governo conta com uma recuperação de 5,4% da economia portuguesa em 2021, levando o défice orçamental a descer para os 4,3% do PIB. Esta é a previsão que consta do relatório do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021) entregue esta segunda-feira pelo Ministério das Finanças na Assembleia da República.

O relatório conta ainda com as previsões relativas a 2020: após seis anos consecutivos de crescimento económico em Portugal, o PIB vai contrair 8,5% este ano. Por outro lado, o défice orçamental irá subir para os 7,3%, depois de se ter registado o primeiro excedente da democracia em 2019.

Face ao Orçamento Suplementar, as previsões para 2020 pioram, mas as estimativas para 2021 melhoram. No caso deste ano, o Governo explica no relatório que a deterioração da previsão do PIB reflete uma maior queda do consumo privado e das exportações, assim como uma contração do consumo público, o que não é compensado totalmente pela menor redução do investimento e por uma diminuição mais intensa das importações.

Relativamente à taxa de desemprego, o Governo prevê agora que esta suba para 8,7% em 2020, baixando no próximo ano para os 8,2%. Por sua vez, o emprego deverá encolher 3,8% este ano, seguindo-se uma pequena recuperação de 1% em 2021.

Já a taxa de inflação (IHPC) deverá ser negativa, fixando-se em -0,1% em 2020, recuperando em 2021 para 0,7%.

Exportações afundam mais de 20%, mas recuperam 10% em 2021

As vendas ao exterior vão sofrer uma queda de 22% em 2021, face ao ano anterior, registando uma quebra superior à das importações (-17,9%). No ano seguinte, as exportações vão recuperar 10,9%, ficando ainda assim bastante aquém dos valores anteriores à pandemia. As vendas ao exterior vão beneficiar principalmente do crescimento dos países da Zona Euro, fazendo crescer a procura externa sobre os bens e serviços portugueses.

Essa recuperação permitirá que o PIB ganhe fôlego em 2021 com um crescimento de 5,4%, refletindo o contributo positivo tanto da procura externa líquida (exportações descontadas das importações) como da procura interna, “por via de um maior dinamismo das componentes de consumo privado, investimento e consumo público, e de um crescimento das exportações mais intenso que o esperado para as importações”, nota o Governo.

Esta estimativa assume que haverá um “menor nível de incerteza, face a 2020, e uma gradual melhoria no mercado de trabalho, levando a um ligeiro aumento no rendimento disponível das famílias e a uma redução da taxa de poupança”. É de assinalar ainda o crescimento de 5,3% do investimento total na economia, “resultado de um forte aumento do investimento público, beneficiando da forte execução de investimentos estruturantes, e de um aumento do investimento privado, associado a uma melhoria das expectativas relativas à procura global”.

Além disso, o consumo público — o dinheiro que o Estado gasta em serviços à população — irá crescer 2,4%, após uma queda de 0,3% em 2020 provocada pelo encerramento de vários serviços públicos durante o confinamento. O Ministério das Finanças faz questão de explicar em rodapé que “as autoridades estatísticas trataram o encerramento de serviços públicos como uma diminuição da quantidade de horas trabalhadas, independentemente da realidade do teletrabalho”.

Face a estes números, o Conselho das Finanças decidiu endossar as estimativas e previsões macroeconómicas apresentadas.

(Notícia atualizada às 21h49 com mais informação)

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Este OE “combate a pandemia, protege as pessoas e apoia a economia e o emprego”, diz António Costa no Twitter

António Costa diz que esta proposta de Orçamento do Estado para 2021 "combate a pandemia, protege as pessoas e apoia a economia e o emprego".

António Costa assinou a proposta de Orçamento do Estado para 2021. Partilhou o momento no Twitter, afirmando que este documento, num contexto de pandemia, “protege as pessoas e apoia a economia e o emprego”.

O primeiro-ministro diz que “este é sempre um momento importante, mas este ano, pela situação que atravessamos, ainda mais“, frase que acompanha com uma foto da assinatura da proposta de OE 2021.

Num ano em que a Covid-19 “mudou profundamente as nossas vidas”, Costa defende o documento que João Leão entregou, entretanto, na Assembleia da República, sem garantia de aprovação tendo em conta a oposição do Bloco de Esquerda.

Costa diz que com esta proposta “não alteramos o rumo que começámos em novembro de 2015. Não há recuos em nenhum dos progressos alcançados desde então”.

“Este é um Orçamento que combate a pandemia, protege as pessoas e apoia a economia e o emprego“, remata o primeiro-ministro que além deste momento partilhou ainda um vídeo no Youtube sobre o OE 2021.

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Miguel Marques de Carvalho reforça Cruz Vilaça Advogados

A Cruz Vilaça Advogados reforçou a sua equipa de europeu e concorrência com Miguel Marques de Carvalho. O novo consultor transita da PLMJ.

A Cruz Vilaça Advogados (CVA) reforçou a sua equipa com a integração de Miguel Marques de Carvalho, enquanto consultor. O advogado, que transita da PLMJ, centra a sua prática na área de direito europeu e da concorrência.

“Com esta contratação, a CVA consolida ainda mais a sua posição como sociedade de advogados de referência em duas das áreas do direito mais relevantes para o país, os cidadãos e as empresas”, refere a firma em comunicado.

Para o novo reforço da CVA, Miguel Marques de Carvalho, é um “privilégio de poder integrar uma equipa de excelência, liderada por um dos mais notáveis juristas a nível internacional nos domínios do direito europeu e da concorrência, com um percurso extraordinário e sem paralelo em Portugal”.

“A contratação de Miguel Marques de Carvalho, pela sua grande experiência e qualidade técnica e profissional, reforça e aprofunda, a um tempo, a capacidade da CVA de assessorar e apoiar os seus clientes em todos os domínios relevantes do direito europeu e da concorrência, e a especialização da sociedade em matérias de enorme complexidade, que requerem saber-fazer e conhecimentos profundos do direito e da realidade europeia”, refere José Luís da Cruz Vilaça, líder da CVA.

Constituída em 2019, a CVA integra uma equipa de dez advogados e juristas com muitas décadas de experiência de trabalho em direito europeu e da concorrência e com um conhecimento aprofundado do funcionamento das instituições europeias.

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É um OE que “não acrescenta crise à crise”. Leão está aberto ao diálogo para garantir a aprovação

O ministro das Finanças, João Leão, já entregou a proposta do Orçamento do Estado para 2021 ao presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.

O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, recebeu esta segunda-feira na sala das visitas do Parlamento a proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021) das mãos do ministro das Finanças, João Leão, que faz este ritual pela primeira vez. O ministro foi acompanhado da secretária de Estado do Orçamento, Cláudia Joaquim. A conferência de imprensa deste orçamento só acontecerá esta terça-feira às 9h00.

Em declarações transmitidas pela SIC Notícias após a entrega da proposta, João Leão garantiu que este é um “orçamento sem austeridade, que não acrescenta crise à crise“. O ministro das Finanças reforçou a ideia de que já “abertura negocial” para convencer a esquerda e o PAN a viabilizar o documento entregue pelo Governo.

Para Leão este é um “orçamento bom para Portugal e para os portugueses” que dá “meios financeiros e humanos para o combate à pandemia” e que “aposta na recuperação da economia, proteção do emprego e do rendimento”. Aliás, a aposta é que haja uma “recuperação rápida da economia”. O ministro remeteu mais esclarecimentos para a conferência de imprensa desta terça-feira.

O processo orçamental passa agora para as mãos dos deputados que votarão a proposta pela primeira vez a 27 e 28 de outubro na generalidade, o que permitirá (ou não) viabilizar o documento para este ser discutido na especialidade. Neste momento, o Executivo ainda não tem a garantia de que terá votos suficientes.

Se a proposta do Governo passar, inicia-se o processo de audições na especialidade e a entrega de propostas por parte dos partidos, cujo prazo de submissão acaba a 13 de novembro. Esta segunda-feira o Executivo veio assinalar que tem “disponibilidade total” para continuar a negociar o OE, após o BE ter sinalizado que poderá não viabilizar o documento.

A votação final global ocorrerá a 27 de novembro, sendo expectável que o OE 2021 entre em vigor a 1 de janeiro do próximo ano.

(Notícia atualizada às 21h21 com mais informação)

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App Stayaway Covid avisou ministra do Trabalho do contacto com Manuel Heitor

Ana Mendes Godinho assegura que a aplicação Stayaway Covid a notificou do contacto com o ministro Manuel Heitor, que testou positivo à Covid-19.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS), Ana Mendes Godinho, foi notificada pela aplicação Stayaway Covid após o contacto com o seu colega de Governo, o ministro Manuel Heitor, que veio a testar positivo à Covid-19, segundo assegurou a própria.

“App Stayaway Covid a funcionar e alertar que estive em contacto com uma pessoa com teste positivo. Fundamental que todos a usemos”, declarou a ministra na rede social Twitter.

Ana Mendes Godinho esteve em contacto com o ministro do Ensino Superior durante o Conselho de Ministros de quinta-feira, que durou horas.

A utilidade e eficácia daquela aplicação de telemóvel foi colocada em causa há dias pelo presidente do PSD, Rui Rio, por causa de ter participado numa reunião do Conselho de Estado com alguém que também foi infetado com Covid, António Lobo Xavier. O líder social-democrata disse não ter sido notificado pela Stayaway Covid e o seu comentário no Twitter mereceu um esclarecimento por parte da equipa que desenvolveu a app.

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