Medir a inteligência? Sim, com este jogo da Fundação Champalimaud

Criado por cientistas para mapear a inteligência, o hexxed mede a essência desta característica humana. Está disponível em todo o mundo.

Nem precisa de sair do seu telemóvel. O hexxed, um jogo desenvolvido por cientistas da Fundação Champalimaud, em parceria com a Universidade de Berkeley, na Califórnia, foi criado para mapear a inteligência humana. Atraves de uma série de puzzles, o jogo “foi desenhado para fornecer uma visão única sobre como funciona a inteligência”.

Gratuito e disponível para todo o mundo — em Android e iPhone –, o jogo permite analisar, através das respostas a exercícios simples, o processo mental que está por trás de estratégias simples e complexas de resolução de problemas, processo que realizamos diariamente, quase sem nos apercebermos.

“O hexxed junta-se a uma tendência global dos denominados jogos de ciência cidadã – onde, ao jogar, indivíduos em todo o mundo podem contribuir para descobertas científicas”, explica Gautam Agarwal, um dos cientistas que desenvolveu o jogo como parte do seu projeto de investigação no laboratório liderado por Zachary Mainen, na Fundação Champalimaud, citado em comunicado.

"O hexxed junta-se a uma tendência global dos denominados jogos de ciência cidadã – onde, ao jogar, indivíduos em todo o mundo podem contribuir para descobertas científicas.”

Gautam Agarwal

Cientista

O jogo é, também, uma forma de fazer a ciência sair do laboratório. “As experiências em ambiente laboratorial têm um número limitado de sujeitos e são, geralmente, repetitivas e enfadonhas. Por outro lado, os jogos online podem ser jogados por um número ilimitado de pessoas, em qualquer parte do mundo, e conduzir os jogadores a uma total entrega e participação, ficando como que imersos numa cadência constante de experiências novas e evolutivas”, acrescenta.

A equipa quer usar o jogo “para aprender não apenas sobre a inteligência humana mas, também, sobre a inteligência da máquina, elevando a diversidade dos dados recolhidos a um outro patamar”, adianta ainda o comunicado.

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Von der Leyen quer 27 a iniciar vacinação no mesmo dia

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2020

"Comecemos tão cedo quanto possível a vacinação, juntos, a 27, a começar no mesmo dia. Iniciemos a erradicação deste vírus horrível juntos e unidos”, diz Von der Leyen.

A presidente da Comissão Europeia exortou a União Europeia a iniciar “tão cedo quanto possível” uma campanha de vacinação contra a Covid-19, a arrancar em simultâneo nos 27 Estados-membros, para assegurar a erradicação do “vírus horrível”.

Num debate no Parlamento Europeu sobre a cimeira de líderes da UE da semana passada, Ursula von der Leyen, sublinhou que “ninguém deve pensar que está a salvo [da pandemia], não quando mais de 3.000 europeus morrem de Covid-19 a cada dia”, mas apontou que “finalmente há boas notícias”, com o desenvolvimento de vacinas, sendo que a primeira deverá ser aprovada já no início da próxima semana.

Reiterando que “a Comissão Europeia negociou a mais ampla carteira de candidatas a vacinas”, nada menos que seis, von der Leyen apontou que a primeira vacina deverá ser autorizada já dentro de poucos dias, depois de a Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter anunciado na véspera que antecipou a reunião para tomar uma decisão sobre a vacina Pfizer-BioNTech para 21 de dezembro, uma semana mais cedo que o previsto.

“A vacinação pode assim começar imediatamente, e outras [vacinas] seguir-se-ão no Ano Novo. E, no total, comprámos doses mais que suficientes para toda a gente na Europa, e ainda estaremos em condições de apoiar os nossos vizinhos e parceiros no mundo, para que ninguém fique para trás”, afirmou a presidente do executivo comunitário.

Von der Leyen ressalvou que, “para chegar ao fim da pandemia, é, no entanto, necessário que 70% da população vacinada”, o que admitiu ser uma “missão gigantesca”.

“Por isso, comecemos tão cedo quanto possível a vacinação, juntos, a 27, a começar no mesmo dia. Iniciemos a erradicação deste vírus horrível juntos e unidos”, disse.

Também esta sexta-feira, o primeiro-ministro garantiu que os Estados-membros estão a fazer “um grande esforço” para coordenar planos de vacinação nos 27 países da União Europeia. “Estamos a fazer todos um grande esforço para coordenar, de forma a que no mesmo dia, em todos os Estados-membros possamos iniciar o plano de vacinação. A Comissão fez um grande trabalho ao assegurar a compra conjunta”, disse Antónia Costa hoje em Paris para um almoço com o Presidente francês, Emmanuel Macron.

Sem precisar datas, o primeiro-ministro português indicou apenas que antecipação da aprovação da vacina pelas instâncias europeias para dia 21 de dezembro “é ótima notícia” e que a Comissão fez “um grande trabalho” ao assegurar a compra conjunta das vacinas.

No Conselho Europeu de quinta e sexta-feira da semana passada, o primeiro-ministro tinha apelado a que todos os Estados-membros da União Europeia iniciem as campanhas de vacinação simultaneamente, para assegurar uma imunidade de grupo “à escala da UE”.

“Sugeri efetivamente que pudéssemos tentar coordenar o esforço para que arrancássemos todos no mesmo dia com o processo de vacinação. Para termos imunidade de grupo à escala da UE, não basta que um país alcance essa imunidade de grupo, é um esforço que tem de ser realizado simultaneamente em todos os Estados, e a melhor forma de todos o fazermos de uma forma coordenada é podermos arrancar todos ao mesmo tempo”, defendeu.

A Comissão Europeia já assinou contratos com as companhias de vacinas AstraZeneca (300 milhões de doses), Sanofi-GSK (300 milhões), Johnson & Johnson (200 milhões), BioNTech e Pfizer (300 milhões), CureVac (405 milhões) e Moderna (160 milhões).

Na conferência de imprensa no final do Conselho Europeu, Von der Leyen adiantou que a EMA deverá dar o seu parecer sobre a vacina da Moderna em meados de janeiro, continuando a ser estudada a de Oxford e AstraZeneca.

Na terça-feira, o subdiretor-geral da Saúde, comentando a antecipação da decisão da Agência Europeia do Medicamento sobre a vacina da Pfizer-BioNTech para 21 de dezembro, assegurou que o plano de vacinação contra a Covid-19 “é adaptável às circunstâncias”.

“Se esse facto acontecer, estaremos a pensar numa antecipação de oito dias em relação à vacinação e todo o esforço deve ser feito para que todas as questões logísticas sejam antecipadas em oito dias”, disse Rui Portugal na conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a evolução da pandemia.

O debate no Parlamento Europeu teve lugar no mesmo dia em que a assembleia aprovou o pacote de 47.500 milhões de euros de fundos estruturais concebido para ajudar os Estados-membros a financiar as medidas que mitiguem os efeitos imediatos da pandemia nas regiões mais afetados, o chamado «React-EU», parte da resposta europeia à crise da covid-19.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.621.397 mortos resultantes de mais de 72,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 5.733 pessoas dos 353.576 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se na Itália (65.857 mortos, mais de 1,8 milhões de casos), seguindo-se Reino Unido (64.908 mortos, mais de 1,8 milhões de casos), França (59.079 mortos, mais de 2,3 milhões de casos) e Espanha (48.401 mortos, mais de 1,7 milhões de casos).

(Notícia atualizada às 15h24 com as declarações do primeiro-ministro)

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Para as empresas, Web Summit “foi território desconhecido para todos”

Primeiro Web Summit online trouxe desafios mas também oportunidades aos participantes. Diogo Madeira da Silva, da Huawei, assegura que o balanço é positivo.

Quase duas semanas depois do final da edição deste ano do Web Summit, os participantes ainda fazem contas aos contactos e começam agora a trabalhar nos follow ups. As grandes empresas, por agora, continuam a reunir dados e informação para avaliar tudo o que foi feito antes e durante o maior evento de tecnologia e empreendedorismo do mundo.

Para a Huawei, o cenário não é muito diferente. “Para as empresas, foi território desconhecido para todos: nenhum responsável de uma marca ou gestor pôde dizer que sabia exatamente o que ia acontecer porque havia aqui uma grande dose de experimentação”, defende Diogo Madeira da Silva, diretor de comunicação da Huawei em Portugal.

O responsável acredita que, segundo os dados que já teve oportunidade de analisar, a mensagem passou. No entanto, falta ainda reunir e avaliar o trabalho feito ao longo dos dias por várias equipas de diferentes países. “Acreditamos que a mensagem passou: aquele que é o nosso tom e as nossas prioridades acabam por estar alinhadas com aquilo que são as prioridades da sociedade como um todo, com temas como a transição digital e energética. Grande parte da conversa passou ou centrou-se nesses temas, e isso é algo que nos deixa satisfeitos”, explica Diogo Madeira da Silva.

Diogo Madeira da Silva contava, em conversa com o ECO no pré-Web Summit, que o maior desafio das empresas num evento da escala da conferência internacional em formato online era “criar impacto”. Depois de ter reforçado a aposta no evento, a Huawei faz agora o balanço da participação na edição deste ano do Web Summit.

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Patrick Drahi sobe preço da OPA sobre a dona da Meo. Ações disparam 23%

Patrick Drahi elevou o valor da OPA sobre a Altice Europe de 4,11 para 5,35 euros por título. Prémio está a fazer disparar as ações da empresa na bolsa de Amesterdão.

Patrick Drahi abriu os cordões à bolsa para tentar garantir o sucesso da OPA lançada sobre a Altice Europe. Reviu em alta a contrapartida oferecida aos investidores, levando as ações a dispararem na bolsa de Amesterdão.

O fundador da empresa decidiu aumentar a sua oferta para 5,35 euros por ação, que avalia a Altice em cerca de 5,7 mil milhões de euros. Este valor compara com o inicialmente proposto, de 4,11 euros.

Drahi apresenta, assim, um prémio de 61% face à cotação da Altice Europe antes da OPA inicial, sendo este de 30% se considerada a proposta anterior, de 4,11 euros. Em bolsa, as ações da operadora seguem a ganhar 23% para 5,328 euros, ajustando à oferta.

Altice dispara em bolsa

A revisão em alta surge depois da pressão de muitos investidores, que consideravam a proposta pelos títulos da Altice Europe, a dona da Meo, de demasiado baixa.

Com esta revisão em alta do preço da OPA, Drahi garante que vários acionistas da operadora aceitam a oferta. São já vários os investidores que disseram que aceitam, entre eles a Boussard & Gavaudan, Diameter, Elliott, LB Partners, Lucerne, Sessa, Sheffield e Winterbrook, segundo a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

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Nas notícias lá fora: Vacina, Facebook e Twitter

  • ECO
  • 16 Dezembro 2020

O Twitter vai encerrar a aplicação Periscope em março de 2021 por esta já ser "insustentável". Enquanto isso, o Facebook vai guardar os dados do britânicos nos Estados Unidos.

O dia começa com a notícia de que os Estados Unidos deverão dar “luz verde” à vacina da Moderna esta semana. Mas há novidades no mundo tecnológico. O Twitter anunciou que vai encerrar a aplicação Periscope em março de 2021, enquanto o Facebook vai guardar os dados dos britânicos nos Estados Unidos. Saiba quais são as notícias que estão a marcar o dia lá fora.

Reuters

Vacina da Moderna deverá receber aprovação nos EUA esta semana

A vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Moderna deverá receber “luz verde” para ser administrada nos cidadãos norte-americanos ainda esta semana, depois de a Food and Drug Administration (FDA) a ter classificado como “segura” e “eficaz” esta terça-feira. Esta quinta-feira haverá uma reunião com consultores externos e, normalmente, a FDA segue o conselho deste painel, embora não seja obrigada a fazê-lo. A Casa Branca já começou a administrar a vacina da Pfizer esta segunda-feira. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

El País

Espanha cria fundo para aliviar fatura das renováveis na luz

Espanha criou o Fondo Nacional para la Sostenibilidad del Sistema Eléctrico (FNSSE), um fundo que será dotado de sete mil milhões de euros, valor que servirá para aliviar a fatura dos consumidores com os custos fixos das energias renováveis. O FNSSE, que daqui em diante será financiado por contribuições das empresas do setor, deverá permitir uma redução de até 13% no valor da fatura da eletricidade dos espanhóis. Leia a notícia completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol)

The Guardian

Facebook guarda dados do britânicos nos EUA

O Facebook vai “transferir” todos os utilizadores da rede social do Reino Unido para a sua sede. A decisão de passar estes internautas do Facebook Irlanda para os Estados Unidos foi tomada numa altura em que prosseguem as negociações entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido sobre o Brexit. O objetivo da rede social é garantir que os dados dos britânicos fiquem “protegidos” das regras de privacidade da UE. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

Le Monde

Twitter vai encerrar a aplicação Periscope em março de 2021

O Twitter vai encerrar em março a aplicação de transmissões ao vivo Periscope, explicando que a sua manutenção se tornou “insustentável” devido à queda do número de utilizadores nos últimos anos. “Sabemos que o custo de manutenção vai aumentar à medida que o tempo passa”, disse a empresa, que adquiriu esta aplicação em 2015. Nos próximos dias deixarão de poder criar-se contas no Periscope e em março de 2021 a aplicação deixará de estar disponível nas lojas virtuais. Leia a notícia completa no Le Monde (acesso livre, conteúdo em francês)

Bloomberg

Altice Europe aumenta preço da OPA para satisfazer fundos

Os acionistas da Altice Europe forçaram o fundador da empresa, Patrick Drahi, a aumentar a sua oferta para comprar as ações que este ainda não possui. A nova oferta, equivalente a 5,35 euros por ação, que avalia a Altice em cerca de 5,7 mil milhões de euros, representa um prémio de 61% face ao preço das ações a 10 de setembro, um dia antes de Drahi ter oferecido 4,11 euros por título. A primeira oferta do fundador avaliava a Altice em 4,9 mil milhões de euros, um valor considerado baixo pelos fundos de investimento. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

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Santa Casa vai duplicar oferta de Cuidados Continuados

  • ECO
  • 16 Dezembro 2020

O Hospital da Estrela está prestes a abrir como unidade de Cuidados Continuados. É a terceira da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a ganhar relevo em tempos de pandemia.

O antigo hospital militar, a funcionar ao lado da Basílica da Estrela desde o século XIX, vai abrir em breve, e de forma faseada, com cara lavada e novas funções. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está a transformar este complexo na sua terceira unidade de cuidados continuados integrados (UCCI), particularmente relevante em tempos de pandemia. Será “uma grande unidade da cidade de Lisboa”, considera Ana Jorge, coordenadora dos Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) desde 2016.

Terá 91 camas que vão integrar a rede nacional, servindo doentes de Lisboa e Vale do Tejo, em complementaridade com o Serviço Nacional de Saúde. “Tem três tipologias – convalescença, média e longa duração”, explica a ex-ministra da Saúde ao ECO. Vão da recuperação de uma cirurgia aos que, como diz Ana Jorge, “têm potencial de reabilitação, de voltar para a vida habitual e que ficam por um período até 90 dias” – como uma pessoa que tenha sofrido um AVC com reabilitação física, fisioterapia, terapia da fala e atividades terapêuticas – até um internamento em que “as pessoas que podem estar até 180 dias e a dependência é muito maior”.

No internamento de longa duração pode até prolongar-se para lá dos seis meses. “Há cuidados de saúde que não teriam de estar numa unidade desta natureza, poderia ser uma unidade residencial, desde que tivessem apoio, pois têm de manter regras de saúde, mas que precisam de estar numa unidade”, refere. Muitos destes utentes prolongam a sua passagem pelos Cuidados Continuados, concede Ana Jorge. “É evidente que não há muitas respostas e portanto ficam muito tempo estes doentes. Temos dificuldade em colocá-los em unidades residenciais, podiam ir para casa, desde que tivessem apoio”.

Nos Cuidados Continuados, por definição, “as pessoas devem ser colocadas o mais próximo possível da sua residência e da família para que não percam o contacto”, diz Ana Jorge.

A terceira unidade de Cuidados Continuados

A UCCI do As 91 camas que o Hospital da Estrela é a terceira que a SCML abre. Junta-se à UCCI Maria José Nogueira Pinto, em Cascais, aberta desde 2012 (e com 12 camas), e à UCCI São Roque, que inaugurou em 2019, no Parque de Saúde Pulido Valente, e tem 44 camas. Destina-se a quem vive na região de Lisboa e Vale do Tejo, em resposta à escassez de oferta.

Há uma carência de camas de cuidados continuados. É maior nalgumas áreas do que outras, nós precisamos na cidade de Lisboa de 800 pessoas, mas teremos umas 200 – é esta ordem de grandeza”, reconhece a coordenadora deste serviço da SCML.

A rede está sempre cheia. Sempre que um doente tem alta, dois dias depois existe logo ocupação”, nota Ana Jorge. Estes doentes são aqueles que a rede nacional considera que devem ocupar estas camas. “Nós, Santa Casa, não temos interferência na colocação de doentes”, esclarece.

Nesta altura, as UCCI da Santa Casa também estão a receber doentes que estão a recuperar da covid-19. “É um vírus respiratório, mas a doença é sistémica e dá, de facto, perda de massa muscular, emagrecimento, especialmente se os doentes estiveram em cuidados intensivos ou ventilados, e esta reabilitação é necessária fazer, porque às vezes têm outras patologias associadas”, refere.

Mais de uma dezena de andares de cuidados

As 91 camas dividem-se por 12 pisos, onde “cabem 13 doentes”, e vão exigir mais pessoal. “Temos de ter enfermeiros e auxiliares com turnos de 8 horas. temos terapeutas, mais os animadores...”. Nas contas de Ana Jorge, serão mais de 100 os profissionais que vão trabalhar na futura UCCI Rainha Dona Leonor, em homenagem à fundadora da Misericórdia.

O aumento no número de camas corresponde também ao aumento da oferta de reabilitação. Ana Jorge dá o exemplo do ginásio, que além de servir 91 pessoas, por estar instalado numa complexo de maior dimensão permitirá “simular a casa de uma pessoa – cozinha e banheira – que é para o treino de atividades da vida diária, como o fogão, forno, descascar batatas… Na casa de banho, permite o transfer e como ser auto-suficiente.

Um dos pisos destina-se a criar uma unidade de introdução da autonomia. “É como se fosse um centro de dia de reabilitação, beneficia dos espaços, do ginásio. Será para mais 20 ou 30 doentes, que vão e vêm”.

Descanso do cuidador, uma área pouco explorada

Com a nova UCCI, a Santa Casa espera ainda dar resposta a uma “área que não tem sido explorada, e que agora com a covid-19 teve menos relevância, que é o “descanso do cuidador”.

Recorrendo a esta figura, já prevista na lei, “a pessoa pode ficar durante um período de tempo na unidade de cuidados continuados enquanto aquele que cuida do seu familiar pode ser aliviado durante algum tempo e depois voltam para casa. Para que os cuidadores possam ir de férias, carregar baterias, recuperar energia e voltar a cuidar dos dos seus”, diz Ana Jorge. “Isso permite que mais pessoas fiquem a cuidar dos seus”, nota. Neste modelo, o tempo máximo de permanência na UCCI “pode ir até quatro meses, de preferência não seguidos”. “E não pode mudar de regime”, acrescenta Ana Jorge, defendendo que o “descanso do cuidador” chegue a mais pessoas.

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Von der Leyen diz que há “um caminho muito estreito” para acordo no Brexit

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2020

Para a UE, a questão é “simples”: é preciso “assegurar uma concorrência justa” no mercado único europeu, diz Ursula von der Leyen.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, diz que há um “caminho muito estreito” para um acordo comercial pós-Brexit com o Reino Unido, e que a responsabilidade da União Europeia (UE) deve ser procurar concretizá-lo.

“Como as coisas estão, não posso dizer-vos se haverá um acordo ou não. Mas posso dizer-vos que agora há um caminho para um acordo. O caminho pode ser muito estreito, mas está lá. E, como está lá, a nossa responsabilidade é continuar a tentar”, sublinhou Ursula von der Leyen durante a sessão plenária do Parlamento Europeu.

Diante dos eurodeputados, a presidente da Comissão Europeia sublinhou que “houve progressos na maioria dos assuntos”, mas continuam a haver dois pontos de bloqueio entre o Reino Unido e a União Europeia: as condições de concorrência justa e as pescas.

“Estamos agora numa situação em que estamos muito perto mas, ainda assim, demasiado longe uns dos doutros”, frisou Von der Leyen.

Na questão das condições de concorrência, a presidente do executivo comunitário sublinhou que, para a UE, a questão é “simples”: “assegurar uma concorrência justa” no mercado único europeu. Reforçou que a “arquitetura” europeia se baseia em dois pilares: as ajudas de Estado e os padrões de mercado.

“Nas ajudas de Estado, fizemos progressos, baseados em princípios comuns, garantias de execução doméstica e a possibilidade de, maneira autónoma, remediar a situação quando for preciso”, sublinhou Von der Leyen.

Já na questão dos padrões de mercado, a presidente da Comissão referiu que foi dado “um grande passo em frente” ao ter sido acordado um “mecanismo robusto de não regressão” entre os parceiros, mas que se mantêm “dificuldades acerca da maneira sobre como chegar a uma concorrência justa e que se mantenha no futuro”.

Ainda que tenha realçado que a criação de um mecanismo de resolução de diferendos “está agora largamente resolvida”, Von der Leyen sublinhou que a questão das pescas se mantém “muito difícil”.

“Nas pescas, as discussões continuam a ser muito difíceis: não questionamos a soberania do Reino Unido nas suas águas, mas pedimos previsibilidade e estabilidade para os nossos pescadores e pescadoras. Em toda a honestidade, às vezes parece que não conseguiremos resolver esta questão, mas temos de continuar a tentar”, frisou von der Leyen.

Perante uma assembleia que terá de ratificar um acordo antes do final do ano caso este seja negociado – tendo em conta que o período de transição do Reino Unido termina a 31 de dezembro – von der Leyen referiu que “os próximos dias serão decisivos”.

“O relógio põe-nos a todos numa situação muito difícil, sobretudo a este Parlamento devido ao seu direito de escrutínio e de ratificação. É por isso que quero agradecer-vos com sinceridade pelo vosso apoio e compreensão. Eu sei que, caso consigamos chegar lá, posso contar com o vosso apoio para um bom resultado”, concluiu von der Leyen.

O Reino Unido abandonou a UE a 31 de janeiro, tendo entrado em vigor medidas transitórias que caducam no próximo dia 31 de dezembro.

Na ausência de um acordo, as relações económicas e comerciais entre o Reino Unido e a UE passam a ser regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio e com a aplicação de taxas aduaneiras e quotas de importação, para além de mais controlos alfandegários e regulatórios.

As duas partes estão a preparar-se para o cenário de ausência de acordo (“no deal”), ainda apontado como o mais provável, e tanto UE como o Reino Unido estão a acelerar os respetivos planos de contingência.

Do lado europeu, a Comissão Europeia publicou na passada quinta-feira planos de contingência para que não sejam interrompidas a circulação rodoviária, o tráfego aéreo e as atividades de pesca, enquanto o Reino Unido confirmou este fim de semana que quatro navios da Marinha britânica estão a postos para proteger as águas de pesca do Reino Unido se não houver acordo com a UE.

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Orçamento atenua cortes nas pensões após desemprego prolongado

  • ECO
  • 16 Dezembro 2020

Devido à pandemia, o Governo decidiu aliviar o corte nas pensões a quem se reformar antecipadamente por desemprego prolongado. Reforma vai sofrer redução máxima de 6%.

O Parlamento aprovou, nas votações na especialidade do OE 2021, uma proposta que prevê um alívio no corte do valor da pensão a quem se reformar antecipadamente, em resultado de desemprego prolongado. De acordo com o Jornal de Negócios (acesso pago), embora o fator de sustentabilidade continue a tirar 15,5% ao valor da pensão, esta medida poderá representar um alívio de 6%.

Esta medida diz respeito a um dos dois regimes de acesso à pensão antecipada por desemprego de longa duração. Na prática, quem ficar sem emprego aos 52 anos ou depois disso, ao fim de mais de 22 anos de descontos, e se queira reformar entre os 57 e os 62 anos, depois de esgotado o subsídio de desemprego, o valor da pensão vai sofrer um corte de 0,5% por cada mês que falte até aos 62 anos.

Contudo, esse corte vai, no máximo, até aos 6% (0,5% por mês durante 12 meses) do valor da pensão, mas apenas se houver “12 meses de estado de contingência (ou superior) entre março de 2020 e o mês do requerimento da pensão antecipada”, disse fonte oficial do Ministério do Trabalho ao Negócios.

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De Londres a Praga, Europa volta a confinar à espera de um Natal seguro

  • ECO
  • 16 Dezembro 2020

Recolher obrigatório mais cedo, escolas e comércio não essencial fechados, uso de testes antigénio. Governos multiplicam medidas para que o Natal seja o mais seguro possível.

Na Europa, a segunda vaga da pandemia tanto abranda, como acelera. No outono vários países impuseram confinamentos parciais, como a Alemanha, França, Holanda e até o Reino Unido. Porém, os novos casos voltaram a aumentar recentemente — ou teimam em não abrandar — e os governos viram-se obrigados a agir, com receio que os contágios aumentem ainda mais nesta época festiva.

Do Reino Unido à República Checa, vários são os países que impõem novas medidas. Já em França, há um ligeiro levantamento das medidas, mas menor do que se esperava. Outros países ainda estão a estudar as possibilidades. É o caso de Itália, onde os governantes estão divididos quanto ao rumo a tomar, mas também Portugal, onde o plano para as festas será revisto na sexta-feira, 18 de dezembro.

Recolher obrigatório mais cedo, escolas e comércio não essencial fechado, uso de testes antigénio, são apenas algumas das medidas adotadas. Alguns países contam já com um confinamento mais duro do que na primeira vaga. Tudo para que o Natal seja o mais seguro possível.

Reino Unido

Londres vai entrar no “nível 3” de restrições, anunciou o ministro da Saúde, Matt Hancock, na segunda-feira. Mas a cidade não está sozinha, em Inglaterra também partes de Essex e de Hertfordshire passam para o nível de restrições máximo do país, avançou o The Guardian. Assim, bares e restaurantes vão funcionar apenas com take away e entretenimento em locais fechados e hotéis vão encerrar. Por outro lado, retalho, ginásios, igrejas e escolas podem continuar abertos.

Adicionalmente, encontros entre pessoas que não fazem parte do mesmo agregado familiar só poderão ocorrer ao ar livre e em locais públicos. Não é proibido viajar para fora da sua zona, mas não é aconselhado.

Na terça-feira o país registou mais de 18.000 infeções. Depois do pico em novembro, este número tem vindo a aumentar desde o início do mês. O número de casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias era, a 14 de dezembro, 348,2, segundo os dados do Centro Europeu para Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, em inglês).

Países Baixos

Os Países Baixos vão entrar no confinamento mais duro desde o início da pandemia. Na segunda-feira, o primeiro-ministro, Mark Rutte, anunciou o encerramento do país até 19 de janeiro. Isto significa o fecho de creches, escolas e atividades não essenciais (museus, jardins zoológicos, restaurantes, bares, cabeleireiros, ginásios). Abertos ficam apenas os supermercados, mercearias, farmácias e bancos. No primeiro confinamento, as escolas permaneceram abertas.

As famílias são ainda aconselhadas a ficar em casa e a receber, no máximo, duas pessoas por dia e três no Natal.

O número de infeções tem vindo a crescer no país, apesar do decréscimo registado na terça-feira (6.682). Ainda assim, a taxa de incidência nos últimos 14 dias por 100.000 habitantes tem aumentado desde o final de novembro, situando-se nos 546,7 casos na segunda-feira, 14 de dezembro, segundo os dados do ECDC.

Alemanha

A partir desta quarta-feira, 16 de dezembro, até pelo menos 10 de janeiro, a Alemanha entrará numa nova fase do confinamento. Porém, Helge Braun, chefe do gabinete de Angela Merkel, disse ser pouco provável levantar estas restrições em meados de janeiro.

Apenas o comércio essencial, como supermercados e farmácias, bem como bancos, continuará aberto. Já os cabeleireiros e similares terão de fechar. Os estabelecimentos que já estavam encerrados, como restaurantes, assim continuarão. As escolas também vão fechar e os trabalhadores são aconselhados a ficar em teletrabalho.

Os ajuntamentos privados continuam limitados a cinco pessoas de dois agregados familiares, com exceção do Natal, em que as regras serão menos apertadas para as famílias poderem estar juntas.

A taxa de notificação acumulada a 14 dias por 100.000 habitantes situava-se nos 341,1 casos na segunda-feira, segundo o ECDC. Na terça-feira foram confirmados mais 14.432 casos e 500 óbitos, o terceiro maior número de mortes em 24 horas desde o início da pandemia.

República Checa

O Governo anunciou, na terça-feira, que bares e restaurantes vão fechar fechar e que as lojas e serviços continuam abertos, mas vão ter de obedecer a regras mais apertadas de higiene. Adicionalmente, haverá recolher obrigatório entre as 23h e as 07h.

As visitas aos lares continuam a ser permitidas, mas terá de ser feito um teste de antigénio antes. Estes testes são a aposta do Governo checo que lançou uma campanha para a população os fazer de modo a detetar-se mais rapidamente surtos da doença.

Desde do relaxamento de restrições, que ocorreu há cerca de um mês, a taxa de reprodução (número de pessoas infetadas por caso positivo) subiu para 1,2, nível semelhante ao de meados de outubro, quando os checos lideravam o ranking de contágios da União Europeia, informa a Lusa.

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Energia põe bolsa de Lisboa a seguir pares da Europa

Praça portuguesa beneficia da forte subida dos títulos do setor energético. EDP Renováveis brilha ao ganhar 1,75% para novo recorde.

Lisboa está em alta. Depois da queda na sessão anterior, a praça portuguesa segue o desempenho das restantes bolsas do Velho Continente, num dia de ganhos nos títulos do setor energético.

Enquanto o Stoxx 600 soma 0,5%, o PSI-20 apresenta um ganho de 0,6%, para cotar nos 4.804,79 pontos, com a generalidade das cotadas a negociarem em “terreno” positivo. Exceção para a Nos, que volta a perder valor.

Numa sessão marcada por algum otimismo dos investidores quanto ao sucesso das vacinas contra a Covid-19, são as empresas do setor energético que apresentam os melhores desempenhos em Lisboa.

A Galp Energia segue a ganhar 0,83% para 8,958 euros, beneficiando da recuperação do petróleo nos mercados internacionais, enquanto a EDP ganha 0,8%. A EDP Renováveis continua em níveis recorde, seguindo a valorizar 1,75% para 19,78 euros.

Nota positiva também para a Jerónimo Martins que avança cerca de 0,5%, dando assim o seu contributo para o desempenho da bolsa nacional. O mesmo faz a Sonae, com uma subida de 0,65%.

Os CTT também avançam. As ações da empresa de correios ganha 0,59% depois de Pedro Nuno Santos, o ministro das Infraestruturas, ter afirmado que o contrato de concessão vai ser prorrogado.

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Unilabs cria com Ronaldo “via verde” digital para testes de rastreio à Covid

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2020

O teste será feito em formato drive-thru. Na processo de marcação online, os utilizadores indicam a matrícula do veículo, escolhem o dia, hora e o drive-thru que pretendem.

A Unilabs, prestadora suíça de diagnóstico clínico, lançou esta quarta-feira uma solução “via verde” digital para testes de rastreio ao coronavírus, desenvolvida em parceria com a 7egend de Cristiano Ronaldo, que permite fazer a marcação através de smartphone ou computador.

“A solução vai estar disponível em todos os drive-thru da Unilabs de Norte a Sul do país”, adianta a empresa. Para o efeito, na marcação do teste, no site da Unilabs, além dos dados pessoais, os utilizadores indicam a matrícula do seu veículo, escolhem o dia, hora e o drive-thru onde pretendem fazer o teste, podendo ainda realizar o pagamento do mesmo.

“No dia do teste, basta chegar ao drive-thru escolhido, no dia e hora pretendidos e com o veículo indicado” e “a identificação será feita através da leitura digital da matrícula e o utilizador entra de imediato para uma via dedicada em exclusivo ao serviço go onde é verificada a sua identidade, realiza o seu teste e sai de seguida”, explica a Unilabs. O resultado é enviado, no prazo máximo de 24 horas, através da aplicação (app) Saúde Unilabs, correio eletrónico ou mensagem no telemóvel.

Trata-se de “uma solução tecnológica pioneira integralmente desenvolvida em Portugal que integra um sistema OCR (Optical Character Recognition) e um algoritmo de reconhecimento avançado conectados num ecossistema pensado e desenhado para ser altamente intuitivo e user friendly para os clientes“, refere a Unilabs.

“Quisemos tornar a experiência totalmente digital e usámos ferramentas de inteligência artificial já existentes, que no futuro farão parte de outros projetos da Unilabs”, afirma Luís Menezes, presidente executivo da Unilabs Portugal. “Trata-se de uma solução totalmente inovadora, que permite proporcionar uma experiência verdadeiramente centrada no utilizador: mais rápida, mais cómoda, conveniente e sem custos adicionais“.

A solução foi desenvolvida em parceria com a 7egend, agência de Cristiano Ronaldo, que conta no seu portfólio com marcas como Aser Ventures, Altice/Meo, Fnac, Galp, entre outros.

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Governo quer reconversão de trabalhadores das centrais de carvão para a transição energética

Na abertura do Green Economy Forum 2020, do ECO/Capital Verde, Galamba revelou que o Governo quer apostar na formação de profissionais para o setor energético do futuro, com salários mais elevados.

O Governo vai lançar um programa de formação profissional específico para a transição energética, tendo em conta os mega investimentos a realizar no setor energético do futuro que em vez do petróleo e gás importado será baseado em recursos renováveis endógenos e nas suas respetivas necessidades de formação, revelou João Galamba, secretário de Estado Adjunto e da Energia na abertura do Green Economy Forum 2020, organizado pelo ECO/Capital Verde.

Veja aqui a sessão de abertura do Green Economy Forum 2020

“Estamos [o Ministério do Ambiente e da Ação Climática] já a trabalhar com o Ministério do Trabalho. Se as coisas forem bem feitas, pode haver boas notícias para os trabalhadores. Não estamos só a falar de volume de emprego, mas de potencial qualitativo e até de aumento de salários”, disse Galamba.

“O setor energético, todo ele, no passado, era dependente de importações, com margens de lucro menores em Portugal porque parte da rentabilidade da cadeia de valor ficava nos países produtores de petróleo e gás. Agora, com a substituição por um recurso endógeno renovável o valor acrescentado bruto pode aumentar significativamente e isso é uma boa notícia para todos. Significa que é melhor a distribuição entre lucros e salários. Os cenários para os trabalhadores são melhores do que no passado”, explicou o secretário de Estado, garantindo que “a questão da reconversão dos trabalhadores das centrais a carvão que vão fechar em 2021 é prioritária”.

Galamba falou ainda do tema do momento — o hidrogénio verde –, da importância e das vantagens de Portugal estar na linha da frente na Europa, com vários projetos portugueses de hidrogénio já na corrida aos milhões de financiamento de Bruxelas.

Primeiro momento de debate anual ECO/Capital Verde

A poucas semanas de completar um ano de vida, e tendo-se já afirmado ao longo dos últimos meses como uma plataforma de referência nas áreas da Economia Verde e das Finanças Sustentáveis, o ECO/Capital Verde realiza o Green Economy Forum 2020.

Em cima da mesa nesta conferência estarão três grandes temas: Finanças Sustentáveis, Transição Energética e Recuperação Verde da Economia pós-pandemia. Vamos olhar já para 2021 tendo em mente o objetivo de alcançar uma economia verde e sustentável, dando voz e amplificando a mensagem dos principais players: Governo, bancos e empresas.

O Green Economy Forum 2020 conta com o apoio de CTT, EDP, EY, Millennium bcp, REN, Santander, SuperBock Group e Volkswagen, e poderá ser acompanhado online nos sites do ECO e Capital Verde.

Veja aqui o programa do Green Economy Forum 2020

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