Contratos de financiamento do Fundo de Capitalização e Resiliência assinados

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2021

Fundo de Capitalização e Resiliência tem a finalidade de apoiar a solvabilidade e resiliência financeira das empresas, bem como no investimento produtivo e no crescimento e consolidação empresarial.

O Ministério da Economia anunciou que foram assinados esta sexta-feira os contratos de financiamento que permitem a dotação progressiva do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) até um total de 1.300 milhões de euros.

Em comunicado, o Ministério informa que “foram hoje celebrados o contrato de empréstimo, entre Direcção-Geral de Tesouro e Finanças (DGTF) e Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI), e o contrato de financiamento, entre Banco Português de Fomento (BPF), IAPMEI e Estrutura de Missão Recuperar Portugal (EMRP), que permitem a dotação progressiva do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) até um total de 1.300 milhões de euros, com recursos financeiros provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) nacional”.

O Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) tem a finalidade de apoiar a solvabilidade e resiliência financeira das empresas, bem como no investimento produtivo e no crescimento e consolidação empresarial.

Segundo a nota do Ministério, “o Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR), com uma dotação pública inédita associada a estas prioridades de, pelo menos, 1.300 milhões de euros, será absolutamente estruturante, no amplo domínio de política pública, que engloba o acesso a financiamento em condições competitivas no panorama europeu, a capitalização empresarial e a dinamização de mercado de capitais, e tem como objetivo primordial o aumento da resiliência financeira do tecido económico nacional”.

Contribuindo materialmente para “a solução do problema de subcapitalização estrutural do tecido empresarial português, ampliado pela pandemia”, o FdCR promoverá o continuado esforço de capitalização e o acesso de empresas não-financeiras a soluções de capital, com particular ênfase para o necessário reforço de solvabilidade, criando condições adequadas para que possam beneficiar do período de recuperação e relançamento da economia, refere a nota.

Em paralelo, o FdCR “procurará constituir um apoio importante para investimento produtivo e em crescimento e consolidação empresarial”, acrescenta.

Desenvolvendo vários objetivos desta política pública, o FdCR “é multiforme, promovendo Programas de Investimento distintos, com flexibilidade de atuação – investimento público, coinvestimento público e privado, fundo de fundos e concessão de garantias públicas a investimento privado – implementados através de instrumentos financeiros de capital e quase capital”, adianta o comunicado do Ministério liderado por Pedro Siza Vieira.

A nota adianta que o FdCR também “contribui significativamente para a dinamização do mercado de capitais, materializando, em linha com o espírito pretendido pela Comissão Europeia, a promoção pública do investimento privado e da capitalização, procurando garantir a otimização da alocação dos recursos públicos e a maximização do seu impacto”.

O Banco Português de Fomento assume, em pleno alinhamento com a sua missão, o decisivo papel de sociedade gestora do Fundo de Capitalização e Resiliência.

No âmbito da sua natureza multiforme, o FdCR, através dos vários Programas de Investimento que dinamizará, “atuará com elevado grau de flexibilidade, para apoiar o tecido empresarial através de instrumentos de capital e quase capital”, refere.

Os Programas de Investimento do FdCR “serão amplamente divulgados e detalhados, em documento próprio afeto a cada programa, designadamente no que se refere aos critérios de elegibilidade, que devem enquadrar, nomeadamente, viabilidade financeira, rentabilidade operacional, adequação do modelo de negócio e, sempre que adequado, posicionamento estratégico em relação ao interesse nacional e/ou europeu”, assegura o ministério no comunicado.

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Há 20 anos que tem euros na carteira. Vêm aí mais 20?<span class='tag--premium'>premium</span>

O euro veio facilitar a vida dos cidadãos e empresas europeias, mas trouxe desafios económicos. A memória do choque das dívidas soberanas ainda perdura. Será que aguenta outro?

Há 20 anos que na sua carteira circulam euros. Foi a 1 de janeiro de 2002 que a nova moeda única da Zona Euro começou a ser usada pelos cidadãos, após dois anos de adaptação. Atualmente o euro pode ser usado em 19 países, é a segunda moeda mais utilizada no mundo e prepara-se para se tornar digital. Trouxe facilidades, mas também desafios, como a crise das dívidas soberanas. Será que tem mais 20 anos pela frente?É recorrente a discussão de que a União Europeia, e em particular a Zona Euro, está à beira do precipício, a cada crise política, económica, de refugiados, de Estado de Direito, entre outros. Mas se há projeto europeu que mais esteve à beira de implodir foi o euro no auge da crise das dívidas soberanas, com a ameaça da saída da Grécia e de um potencial efeito dominó para outros

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“Já passámos à endemia”, diz Marcelo

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2021

O aumento de infeções "não é acompanhado pelo número de internados, que é um terço de há um ano, e o de cuidados intensivos é um quarto", destacou o Chefe de Estado.

O Presidente da República reforçou esta sexta-feira que a situação pandémica em Portugal é muito diferente do cenário de há um ano, apesar de o país estar há quatro dias a ultrapassar os números máximos anteriores de contágios. “Já passámos à endemia”, disse o Chefe de Estado.

Há uma diferença importante entre este ano e o ano anterior, que as pessoas já perceberam. Há uma multiplicação de contágios, a variante [Ómicron] contagia muito, há uma multiplicação porque há um grau de abertura [da sociedade], com o futebol, com os espetáculos, as pessoas trabalham e circulam, e isso naturalmente é diferente de uma situação de confinamento”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, à margem de uma visita ao Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Conceição da Costa de Caparica, no concelho de Almada, distrito de Setúbal.

Munido de um papel com o número de contágios, internamentos, hospitalizações em cuidados intensivos e mortes do último dia de 2020 e dos primeiros dias de 2021, o chefe de Estado explicou as diferenças entre a situação que o país viveu e aquela em que se encontra.

O aumento de infeções pelo SARS-CoV-2 agora, disse, “não é acompanhado pelo número de internados, que é um terço de há um ano, e o de cuidados intensivos é um quarto”, assim como o número de mortes, que no início de 2021 “foi galopando”.

“Quer isto dizer o quê? Que a situação é diferente, que devemos ter, naturalmente, as precauções e o bom senso impostos pelas circunstâncias, mas que nos habituámos aos poucos a viver com este fenómeno”, sustentou.

Por isso, Marcelo Rebelo de Sousa fez uma avaliação do momento que o país vive: “A pandemia está aí ainda, mas já passámos à endemia”.

No último dia do ano, o Presidente da República fez um balanço de mais um ano que em Portugal e em todo o mundo foi maioritariamente dominado pela pandemia, com avanços e recuos.

Já sobre desejos para o futuro e para o ano que começa no sábado, o chefe de Estado preferiu deixá-los para a habitual mensagem de Ano Novo.

PR confiante em campanha com condições apesar da pandemia

O Presidente da República considerou ainda que há melhores condições para realizar a campanha eleitoral das legislativas do que havia nas presidenciais, acrescentando que o problema dos eleitores em isolamento está a ser acautelado.

A campanha eleitoral neste próximo ano vai ser melhor do que aquela que eu tive. A campanha que tive em janeiro era com um galope monumental do número de mortes, internados e de cuidados intensivos… Mesmo assim foi feita, mas foi, sobretudo, uma campanha de debates televisivos e radiofónicos”, sustentou o chefe de Estado.

Reconhecendo que o esquema de campanha será semelhante este ano, com muito enfoque em debates, até porque a pandemia não acabou, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que “há mais espaço para mais campanha”, justificando a afirmação com a situação pandémica diferente que o país vive, nomeadamente a inexistência de um confinamento.

O Presidente da República também foi questionado sobre a previsão de haver quase 600.000 pessoas em isolamento em janeiro, o que poderá impedir milhares de portugueses de se deslocarem às urnas. “No ano passado o número de portugueses que estavam em isolamento profilático era provavelmente inferior àquele que vai ser agora, depende um bocadinho dos prazos de isolamento”, respondeu Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado acrescentou que “prazos mais curtos” de isolamento fazem com que haja menos isolados ao mesmo tempo, no entanto há um outro trabalho de preparação que tem de ser feito, nomeadamente na disponibilização de estruturas preparadas para impedir constrangimentos no voto.

Exige às autarquias, que já o começaram a fazer, estruturas antecipadas, que no ano passado foi em cima da hora […], ter sobretudo voluntários disponíveis para esse esforço. Tem de ser feito, porque a ideia é ter o maior número de portugueses a votar, devem poder votar, independentemente de estarem ou não isolados”, concretizou.

Marcelo Rebelo de Sousa recordou que na “primeira vez foi um bocado de improviso”, da segunda vez “a pressão é maior”, mas também tem de haver mais organização para isso. Sobre a possibilidade de uma solução estável sair das eleições de 30 de janeiro, o Presidente da República optou por dizer que essa decisão está nas mãos dos portugueses e que ninguém quer ter “eleições de dois em dois anos”.

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Farmácias fazem 304 mil testes ao Covid em dois dias

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2021

A 28 e 29 de dezembro, as farmácias realizaram 304.582 testes rápidos de antigénio (TRAg), contra os 273.089 feitos na quadra natalícia.

As farmácias realizaram 304.582 testes rápidos de antigénio (TRAg) nos dias 28 e 29 de dezembro, ultrapassando o valor máximo anterior, 273.089, que tinha sido atingido a 23 e 24 de dezembro.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, a 23 e 24 de dezembro foram realizados em Portugal 488.000 testes profissionais de antigénio, refere uma nota de imprensa da Associação Nacional de Farmácias, que precisa que 273.089 desses testes foram feitos em farmácias.

O número de farmácias que realiza testes continua a aumentar, sendo atualmente 1.400 em todo o território nacional (Continente e Regiões Autónomas) a realizar testes antigénio profissionais, acrescenta o comunicado.

Entre 16 e 29 de dezembro, foram realizados 1.200.000 testes nas farmácias portuguesas, sendo os dias com valores mais elevados 23 (159.754), 24 (114.194), 27 (119.083), 28 (147.804) e 29 (156.778) de dezembro.

“As farmácias continuam empenhadas no seu compromisso com a prevenção e mitigação do impacto da infeção por SARS-CoV-2, através da prestação deste serviço público de interesse nacional”, afirmou a presidente da Associação Nacional de Farmácias, Ema Paulino, citada na nota de imprensa.

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José Silva Rodrigues abandona administração da TAP

O administrador não executivo sai da companhia aérea ao fim de pouco mais de um ano no cargo.

O administrador José Manuel Silva Rodrigues renunciou ao cargo de vogal do Conselho de Administração da TAP, via carta ao presidente do conselho em 29 de dezembro, e com efeito no final de janeiro de 2022, anunciou a companhia aérea em comunicado à CMVM divulgado esta sexta-feira.

José Silva Rodrigues entrou para a administração da TAP em outubro de 2020, em representação de Humberto Pedrosa, com quem começou a trabalhar em 2013, ao ingressar no Grupo Barraqueiro. Antes disso esteve dez anos como presidente da Carris, tendo sido afastado pelo governo de Pedro Passos Coelho, na sequência do caso dos “swaps”.

O administrador não executivo, que tinha mantido o cargo na equipa que tomou posse com nova CEO em junho, sai da companhia aérea ao fim de pouco mais de um ano.

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Banco Montepio vende carteira de 253 milhões de euros

  • ECO
  • 31 Dezembro 2021

A carteira envolve 10.318 contratos e foi vendida a três sociedades com sede em Portugal.

O Banco Montepio vendeu uma carteira de 253 milhões de euros de créditos não produtivos, segundo comunicado enviado ao mercado esta sexta-feira. Esta carteira, que inclui mais de dez mil contratos, foi comprada por três sociedades com sede em Portugal.

“O montante bruto alienado foi de 253 milhões de euros, numa carteira que englobou 10.318 contratos registados em balanço e fora de balanço”, refere a nota no site da Comissão do Mercados de Valores Mobiliários. LX Investments Partners III, BTL Ireland Acquisitions II Designated Activity Company e BTLP Acquisitions I Unipessoal, Lda foram as sociedades compradoras, que “são regidas pela lei portuguesa e com sede em Portugal”.

O banco, detido pela Associação Mutualista, não indica qual o valor do encaixe, mas avança que “o impacto estimado desta venda nos resultados do Banco Montepio será imaterial, representando, no entanto, uma importante
redução das exposições não produtivas, contribuindo para uma diminuição de 1 ponto percentual” no rácio de NPE.

Assim, assinala o banco, esta operação irá contribuir para um “aumento de 3 p.b. no rácio de Capital Total do
Banco Montepio”.

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Presidente do BCE diz que o euro tornou os europeus “mais fortes” contra as crises

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2021

A presidente do BCE, Christine Lagarde, defendeu que o euro tornou os europeus “mais fortes” a lidar com as crises económicas e que desempenhou um “papel fundamental” na resposta europeia à pandemia.

O euro tornou os europeus “mais fortes” a lidar com as crises económicas, defendeu esta sexta-feira a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, dando como exemplo a resposta europeia na pandemia de covid-19.

“Não há dúvida de que somos mais fortes graças ao euro”, escreveu Christine Lagarde num artigo de opinião publicado em alguns jornais europeus, nomeadamente o Frankfurter Rundschau (Alemanha), o Corriere della Sera (Itália) e o La Provence (França), por ocasião das celebrações do 20.º aniversário da moeda comunitária, assinalado no sábado.

Há 20 anos, 12 Estados-membros, entre os quais Portugal, abdicaram das respetivas moedas para adotar o euro, considerado um símbolo da unidade europeia, apesar das diferenças entre as diversas economias.

Ao longo de duas décadas, o euro enfrentou graves crises e a própria sobrevivência da moeda chegou a ser colocada em causa, mas a líder do BCE mostrou-se convencida de que “os recentes choques económicos teriam sido ainda mais difíceis sem a estabilidade e integração que o euro deu” ao mercado único.

O euro tem “desempenhado um papel fundamental na coordenação da resposta na Europa” desde o aparecimento da pandemia, segundo Christine Lagarde, que lembrou o trabalho do BCE para assegurar as condições de financiamento da economia face à necessidade de apoiar vários setores que ficaram fortemente afetados com a covid-19.

A presidente do BCE afirmou também que a instituição está a trabalhar “incansavelmente” para “proteger as notas contra a contrafação” e que é seu dever “estudar possíveis formas complementares de pagamento, como o euro digital”.

Em julho, o BCE anunciou o lançamento de uma fase de trabalho com vista à introdução do euro digital no prazo de cinco anos, em resposta à crescente desmaterialização dos pagamentos e à proliferação de criptomoedas.

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Exportações de espumante da UE caem 6% em 2020 pela primeira vez em dez anos

As exportações europeias de espumante para o resto do mundo caíram 6% em 2020 pela primeira vez numa década, depois de um aumento médio de 8% ao ano, segundo dados divulgados pelo Eurostat.

As exportações europeias de espumante para o resto do mundo totalizaram 494 milhões de litros em 2020, uma redução de 6% e a primeira numa década face aos 528 milhões exportados em 2019, um valor que se deve ao fecho de inúmeros bares e restaurantes graças à pandemia de Covid, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat.

O crescimento do comércio de vinho abrandou significativamente com o efeito da pandemia de Covid-19, sendo que em anos anteriores as exportações aumentaram a um ritmo médio de 8% todos os anos. Apesar da queda, as exportações de 2020 totalizam quase o dobro das verificadas em 2010, sendo que o maior crescimento em registo se deu em 2014 com um aumento de 11% face a 2013.

As principais variedades de espumante vendido foram prosecco, correspondendo a 41% das exportações, champanhe com 13%, e cava nos 12%. Em comparação, foram importados de países não europeus cerca de 9,3 milhões de litros de espumante, o correspondente a 2% da quantidade exportada.

As vendas de prosecco em 2020 corresponderam a 205 milhões de litros, embora tenha atingido os 207 milhões de litros em 2019. Já as exportações de champanhe foram as mais afetadas verificando-se uma queda de 20%, passando dos 84 milhões de litros em 2019, para 66 milhões em 2020. A cava, produzida em Espanha, contrariou a tendência e aumentou as suas exportações em mais de 10% atingindo os 58 milhões de litros em 2020.

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Impresa conclui venda de posição na Lusa por 1,25 milhões de euros

A Impresa anunciou a conclusão da venda de uma participação de 22,35% no capital da Lusa à Páginas Civilizadas.

A Impresa vendeu à Página Civilizadas uma participação de 22,35% no capital social da agência Lusa por 1,25 milhões de euros. A informação consta de um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“A Impresa informa que celebrou, nesta data, com a Páginas Atualizadas o contrato de compra e venda definitivo, pelo qual foram transmitidas 476.064 ações, cada uma com o valor nominal de 2,50 euros, representativas de 22,35% do capital social da Lusa – Agência de Notícias de Portugal, pelo preço de 1.250.000,00 euros“, lê-se na nota divulgada esta sexta-feira.

A dona da SIC e do Expresso explica que esta alienação foi realizada no âmbito do plano estratégico para o triénio compreendido entre 2022 e 2022 e do reposicionamento da sua atividade, com “enfoque primordialmente nas componentes do audiovisual e do digital”.

“Decorrente do valor de alienação mencionado, o qual já era conhecido à data de encerramento das contas de 2020, a Impresa incorreu em perdas, tendo, em consequência, registado imparidades ainda nas contas de 2020 no montante de 24.925 euros, tal como indicado nas notas 25 e 28 do Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de dezembro de 2020, constante do Relatório e Contas Anual de 2020″, acrescenta a empresa, no referido comunicado.

De notar que a Páginas Civilizadas é detida pelo Grupo Bel, de Marco Galinha, que em 2020 assumiu o controlo da Global Media, grupo que inclui, por exemplo, o Diário de Notícias e a TSF. Marco Galinha já tinha, de resto, uma posição (através da Global Media Group) na agência de notícias em causa.

(Notícia atualizada às 16h31)

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Banco de Fomento ‘limpa’ 140 milhões de dívida da Efacec

A decisão de venda da Efacec à DST vai deslizar para 2022 e uma das razões é a exigência de redução de dívida para 90 milhões de euros. Banco de Fomento prepara linha de refinanciamento.

A reprivatização de 71,73% do capital da Efacec estava prometida para 2021, mas o Governo falhou o objetivo e agora já não se compromete com datas. “Neste momento, ainda está em curso” e “ainda não há data definida para a sua conclusão”, afirmou o ministro das Finanças, João Leão, no briefing do último Conselho de Ministros do ano. Há uma explicação para o arrastar das negociações com a DST, o único candidato na corrida: o grupo de engenharia liderado por José Teixeira exige que a Efacec reduza a dívida a 90 milhões de euros antes da venda. Agora, uma solução em cima da mesa passa pelo Banco de Fomento e por uma linha de refinanciamento de 140 milhões de euros em condições que significam, na prática, uma ‘limpeza’ de parte da dívida da Efacec.

As exigências da DST para aceitar a compra da Efacec são claras, como o ECO já revelou em primeira mão. A DST capitalizará a Efacec em 80 milhões de euros, mas põe condições ao Governo. O Estado tem de se responsabilizar por até 171 milhões de euros para garantir riscos diversos passados, tem de recapitalizar a Efacec num valor hoje estabilizado nos 62,5 milhões de euros e tem de assegurar que a dívida da Efacec desce para os 90 milhões de euros no chamado ‘pre-closing’, quando hoje a dívida supera os 230 milhões de euros. Nestes valores está já incluído o recente empréstimo de 45 milhões garantidos pelo Estado.

Na prática, a DST exige um perdão de dívida de 140 milhões de euros e as Finanças, e o Banco de Fomento, tutelado pelo ministério de Siza Vieira, estão a negociar uma solução financeira para o efeito. O argumento do Governo para esta linha de refinanciamento envolvendo o Banco de Fomento é mesmo a necessidade de dar cobertura às garantias públicas já prestadas, num primeiro empréstimo de 70 milhões de euros e neste segundo, de 45 milhões.

O ECO enviou várias perguntas para os ministérios das Finanças e da Economia e para o Banco de Fomento, nomeadamente o quadro legal que pode suportar o refinanciamento da dívida da Efacec nos termos propostos pela DST, mas não houve qualquer resposta.

Há poucas semanas, discutia-se a possibilidade de o Banco de Fomento fazer um empréstimo perpétuo, com taxa de juro zero, para substituir 140 milhões de euros de dívida da Efacec, o que corresponderia, na prática, ao referido perdão de dívida. Mas as regras do Banco de Fomento, liderado por Beatriz Freitas, não permitem empréstimos perpétuos, como notava o banco Haitong na avaliação da proposta da DST. O modelo de refinanciamento da dívida evoluiu para um empréstimo a 20 anos, renovável, a maturidade máxima nos instrumentos do Banco de Fomento, mas a DST continua a exigir que a operação não tenha custos acrescidos.

De acordo com informações recolhidas pelo ECO, o Banco de Fomento está a analisar a possibilidade de dar uma linha de refinanciamento de dívida à Efacec no valor de 140 milhões de euros, por um período de 20 anos, renovável, com 1,5% de juros, mas com carência de capital e juros nos primeiros dez anos. Mas não só. Uma solução analisada será envolver a Parpública, empresa pública que tem a participação na Efacec, e assumir, ela própria, uma parte do custo com juros ao Banco de Fomento. E a componente remanescente, 0,25 pontos a pagar pela Efacec, terá de ser compensada com o reforço do balanço no momento da recapitalização pública. Desta forma, o nível de dívida passaria para os 90 milhões, conforme exige a DST e, nas próprias contas do Haitong, o banco assessor da reprivatização, seria compatível com o nível histórico de resultados operacionais da empresa industrial, da ordem dos 35 milhões de euros.

Neste contexto, estará também em negociação o tipo de ações que ficará nas mãos da Parpública decorrente da operação de recapitalização, nomeadamente a possibilidade de a empresa pública deter ações preferenciais sem direito a voto, para não pôr em causa o controlo da Efacec por parte da DST, pelo menos com uma maioria de dois terços do capital.

As contas desta operação não terminam aqui. A DST exige também que o Estado assuma o compromisso de pagar até 8,2 milhões de euros de custos de reestruturação da Efacec, valor que a própria administração considera superior ao que será efetivamente necessário.

A alternativa à venda, na perspetiva do Governo, será a manutenção da Efacec debaixo do controlo da Parpública para uma reprivatização a prazo, noutras condições, mas esse caminho terá sempre de passar por Bruxelas e pela direção geral da Concorrência europeia. E se é verdade que a disponibilidade para ajudas de Estado é hoje maior por causa da Covid, essa janela vai fechar-se nos próximos meses, à medida que a situação pandémica passe a endémica.

De resto, além das exigências financeiras, a DST põe como condição para fechar o negócio da Efacec a aprovação da Autoridade da Concorrência, da Comissão Europeia no contexto dos auxílios de Estado, da Agência Portuguesa do ambiente e a obtenção, pela Parpública, de visto prévio ou declaração de conformidade do Tribunal de Contas.

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Wall Street inicia última sessão do ano em baixa

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2021

Entre as 30 cotadas do Dow Jones destacavam-se, nos primeiros minutos, os ganhos da IBM (0,35%) e Merck (0,26%) e as descidas da Microsoft (-0,79%) e Nike (-0,54%).

A bolsa de Nova Iorque registava uma ligeira descida no início da última sessão do ano, seguindo a tendência do fecho de quinta-feira.

ÀS 15:05 (hora de Lisboa), o índice Dow Jones descia 0,22%, para 36.319,35 pontos, e o Nasdaq recuava 0,20%, para 15.709,82 pontos. O índice alargado S&P 500 descia 0,01%, para 4.778,29 pontos.

Entre as 30 cotadas do Dow Jones destacavam-se, nos primeiros minutos, os ganhos da IBM (0,35%) e Merck (0,26%) e as descidas da Microsoft (-0,79%) e Nike (-0,54%).

Nos outros mercados, o barril de petróleo do Texas descia para 76,16 dólares e o rendimento da dívida do Tesouro a 10 anos subia de 1,51% para 1,52%.

A bolsa de Nova Iorque terminou em baixa na quinta-feira, com o Dow Jones a descer 0,25%, para 36.398,08, tal como o S&P 500, que perdeu 0,30%, para os 4.778,73 pontos.

Da mesma forma, o tecnológico Nasdaq fechou a baixar 0,16%, para 15.741,56 pontos, contra o atual máximo, de 16.057,44 pontos, verificado em 19 de novembro.

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Eurogrupo destaca objetivos alcançados com moeda “testemunho da unidade” europeia

  • Lusa
  • 31 Dezembro 2021

A zona euro também deve ser reforçada com uma união bancária fortalecida, o desbloqueio de novas oportunidades de recuperação e crescimento económico, assim como o reforço os mercados de capitais.

O Eurogrupo assinalou os 20 anos do euro, que ocorrem no sábado, refletindo sobre os objetivos alcançados com a introdução da moeda comum, considerando-a um “testemunho da unidade” europeia e defendendo a adequação à era digital.

“Amanhã, há 20 anos, cerca de 300 milhões de europeus tinham uma moeda totalmente nova nas mãos, o euro. De Lisboa a Helsínquia e Atenas, os cidadãos puderam retirar notas de euro nas caixas multibanco locais, comprar mantimentos com moedas de euro e viajar para o estrangeiro sem trocar moeda”, refere o artigo dos ministros das Finanças da zona euro, divulgado esta sexta-feira.

A passagem das então 12 moedas nacionais para o euro, é sublinhado no documento, “foi uma operação única na história: o Banco Central Europeu imprimiu mais de 15 mil milhões de notas de euro e cerca de 52 mil milhões de moedas foram cunhadas antes de 01 de janeiro de 2002”.

“Com base na expansão do Mercado Único, o euro tornou-se uma das conquistas mais tangíveis da integração europeia, juntamente com a livre circulação de pessoas, o programa de intercâmbio de estudantes Erasmus ou o levantamento das tarifas de roaming na União Europeia (UE)”, indica o Eurogrupo.

Os ministros das Finanças e membros da Comissão Europeia que dirigem a política económica da zona euro identificam, nesta retrospetiva, “algumas prioridades para o futuro” da moeda comum”.

“Com o grande entusiasmo dos seus primórdios, o euro cresceu e tornou-se na segunda moeda mais usada no mundo. A nossa moeda compartilhada continua muito popular – cerca de 80% dos cidadãos pensam que o euro é bom para a UE – e a área do euro continuou a expandir-se, dos 11 membros iniciais, para 19 países hoje, e mais em vias de aderir ao próximos anos”, dizem.

Segundo o documento, “quando chegou à adolescência, houve uma perceção mais ampla entre os Estados-membros e as instituições de que a arquitetura do euro não foi originalmente projetada para responder ao choque sísmico da crise financeira global e subsequente crise da dívida soberana”.

“Isto levou à reforma do quadro de governação da área do euro, o estabelecimento de um mecanismo de apoio conjunto para países em dificuldades financeiras e um sistema de supervisão comum para os bancos europeus: um reconhecimento de que a solução tinha de ser encontrada numa maior coordenação e integração mais profunda”, sublinhou o Eurogrupo.

No seu entender, essas crises iniciais permitiram ao euro amadurecer e fortalecer o seu papel internacional, e até “ajudaram muito na atual pandemia” de covid-19: “A sua natureza sem fronteiras revelou tanto a profundidade de nossa interdependência quanto a força de nossa unidade.”

Perante um aumento do impacto da crise pandémica, a resposta foi, acrescenta, “uma ação política muito mais rápida, decisiva e coordenada, em contraste com choques anteriores”, e que, juntamente com a implementação das vacinas contra a covid-19, “ajudou a área do euro a recuperar rapidamente dos efeitos económicos da pandemia”.

Precisamos de acompanhar a inovação e promover o papel internacional do euro. O próprio euro deve ser adequado à era digital. É por isso que apoiamos e contribuímos para o trabalho em curso do Banco Central Europeu sobre o formato digital da nossa moeda”, dizem os ministros, referindo-se ao futuro da moeda comum.

A zona euro, consideram, também deve ser reforçada com uma união bancária fortalecida, o desbloqueio de novas oportunidades de recuperação e crescimento económico, assim como o reforço os mercados de capitais.

Os níveis de investimento têm estado muito baixos por muito tempo: devemos investir fortemente e de forma sustentável nas nossas pessoas, infraestrutura e instituições”, defendem, referindo ainda que se deve garantir a sustentabilidade fiscal à medida que a população está a envelhecer.

Para o Eurogrupo, no contexto da revisão das regras orçamentais comuns, é preciso “garantir que as políticas orçamentais e económicas da área do euro se adequam ao seu propósito num ambiente alterado e respondem aos desafios futuros”.

“À medida que o mundo se recupera da pandemia, devemos agora combinar os nossos esforços e recursos para colher os benefícios de um mundo em rápida digitalização e enfrentar a emergência climática […]. A nossa moeda comum é um esforço coletivo sem precedentes e um testemunho da unidade que sustenta a nossa União”, afirma.

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