Bayer vai produzir 160 milhões de doses da vacina da CureVac contra a Covid-19
A alemã Bayer aliou-se à CureVac e estima produzir 160 milhões de doses da vacina experimental contra a Covid-19 a partir de 2022.
Grandes empresas farmacêuticas estão a unir-se para acelerar a produção de vacinas contra a Covid-19. O exemplo mais recente é o da gigante alemã Bayer, que anunciou esta segunda-feira um acordo para a produção da vacina experimental da CureVac, uma das que foram contratualizadas pela Comissão Europeia para distribuição nos Estados-membros.
A Bayer já tinha um acordo com a CureVac, mas que se limitava a apoio na obtenção de aprovações regulatórias e na distribuição global da vacina contra o novo coronavírus. Agora, essa parceria foi agora alargada, avança a Bloomberg (acesso condicionado), com a Bayer a aceitar produzir 160 milhões de doses da vacina da CureVac a partir de 2022, segundo estimativas próprias. Para tal, recorrerá à fábrica em Wuppertal, perto de Düsseldorf.
Esta vai ser a primeira vez que a empresa vai pôr mãos à obra para produzir uma vacina e a notícia dá continuidade a uma tendência que tem sido evidente nas últimas semanas. Perante a escassez de vacinas e os avisos dos especialistas para a necessidade de se acelerar a vacinação para travar a pandemia antes do surgimento de variantes mais perigosas, Sanofi e Novartis anunciaram recentemente que vão ajudar a escalar a produção de doses da vacina da BioNTech/Pfizer.
“Vamos precisar de vacinas para lá do verão. É possível que, devido a mutações que não podemos prever ainda, as vacinas tenham de ser ajustadas e alteradas. A tecnologia mRNA torna isso possível relativamente depressa”, disse o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, citado pela agência. Há já duas variantes a preocupar as autoridades de saúde mundiais, uma originada no Reino Unido e outra em África do Sul, e a estirpe britânica, mais contagiosa, está perto de ser a variante predominante na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Ora, a vacina da CureVac é desse tipo (mRNA), sendo administrada num regime de duas doses distanciadas por duas semanas. Pode ser armazenada durante três meses a uma temperatura entre dois e oito graus celsius, segundo uma plataforma de acompanhamento das vacinas desenvolvida pelo The New York Times. Porém, ainda não foi aprovada na União Europeia nem se conhece informação sobre a sua eficácia.
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