Exportações de componentes automóveis caem 10,8% em 2020
Apesar de um segundo semestre com uma "forte subida" e de dezembro ter sido o "melhor dezembro de sempre", 2020 encerrou com uma perda superior a 10% na exportação de componentes automóveis.
As exportações portuguesas de componentes automóveis registaram em 2020 “o melhor dezembro de sempre”, aumentando 7,3% e subindo pelo sexto mês consecutivo, mas encerraram o ano com uma quebra acumulada de 10,8%, informou esta terça-feira a associação setorial.
“A indústria de componentes para automóveis vem, uma vez mais, demonstrar a capacidade de resiliência através da extraordinária recuperação da forte queda que registou no primeiro semestre de 2020”, sustenta a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) em comunicado.
Tendo por base as “Estatísticas do Comércio Internacional” hoje divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a AFIA destaca que o crescimento homólogo de 7,3% das exportações do setor em dezembro “significa um aumento pelo sexto mês consecutivo”. “Aliás, este foi mesmo o melhor mês de dezembro de sempre, com as exportações a aumentarem para os 677 milhões de euros”, salienta.
No entanto, a “forte subida” homóloga de 5,3% registada no segundo semestre de 2020 não foi suficiente para compensar a “queda acentuada” de 25,7% ocorrida até junho, tendo-se as exportações de componentes automóveis ficado pelos 8,6 mil milhões de euros no acumulado do ano passado, menos 10,8% (equivalentes a menos mil milhões de euros) do que em 2019.
“Perante estes resultados confirma-se que as exportações de componentes automóveis, apesar do meio envolvente tão adverso, resistem melhor face à queda da produção automóvel na Europa. Um facto que demonstra, sem dúvida, a competitividade e capacidade de resiliência da indústria portuguesa de componentes automóveis”, considera a AFIA.
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