Prolongar moratórias? Macedo diz que sim, mas não para todos

Paulo Macedo apoia o eventual prolongamento das moratórias, mas lembra que é preciso, para isso, que a EBA dê orientações nesse sentido para que o setor não seja penalizado. Mas esse prolongamento não deve ser generalizado, para “não se gerar um monstro”. O CEO da CGD defende que se apoie setores específicos, como o do turismo.

“Quando falarmos em prolongar as moratórias, isso depende da legislação europeia”, disse o presidente executivo do banco estatal, lembrando que “não há prolongamento de moratórias a não ser que a EBA dê orientações nesse sentido [garantindo, assim, que os bancos não são penalizados em termos de rácios de NPL]”. “Não é a vontade do banco A ou do Governo B”, atira.

Agora, “não me parece que se deva prolongar mais as moratórias, exceto para as empresas que não gerem cash flow”. Macedo diz que não se pode é “prorrogar moratórias a todas a empresas. Não deve ser continuado para não gerarmos um monstro”.

Paulo Macedo acrescentou que a CGD tem “clientes com moratórias que precisam muito, outros que pediram por cautela”. “E temos clientes que precisam e vão continuar a precisar, casos das empresas do turismo, agências de viagens e de eventos”, nota.

“A Caixa é claramente favorável a uma situação de apoio destes setores que não vão gerar proveitos nos próximos meses”, disse o CEO da CGD, sublinhando que esse apoio pode ser dado “através de linhas garantidas”. É um exemplo. Mas, esse apoio “deve ser feito”.