Mudanças no apoio a pais continuam “sem corresponder a dificuldades”. PCP quer alargar para além dos 9 anos
O Governo está a preparar algumas alterações aos apoios para os pais que têm de acompanhar os filhos, mas o PCP defende que ainda são necessários mais ajustes às medidas.
Com uma maioria negativa à vista, o Governo decidiu avaliar algumas alterações ao apoio para os pais, criado devido ao encerramento das escolas. No entanto, o PCP diz que estas continuam sem “corresponder ao conjunto de dificuldades identificadas”, avançando com as suas próprias propostas neste tema.
“As necessidades de apoio à família vão para lá das crianças com nove anos. Estendem-se para lá disso”, apontou João Oliveira, no Parlamento, referindo-se à proposta do Governo para que os pais com filhos até ao 4.º ano possam trocar o teletrabalho pelo apoio. Isto já que, até agora, aqueles em teletrabalho não têm acesso ao apoio.
Para além disso, quanto à medida que o Governo está a ponderar, para que os pais que apoiem à vez os filhos em casa possam receber o salário a 100% (atualmente recebem 66% da remuneração base), o presidente do grupo parlamentar do PCP defende que nem sempre as famílias “conseguem dividir entre pai e mãe o acompanhamento aos filhos”, dependendo das circunstâncias concretas e das atividades profissionais.
João Oliveira aponta que, “se as famílias têm de escolher entre manter salário ou prestar apoio a crianças e jovens, leva a resultados que não são desejados”. Até porque, como não querem ter a perda do salário, as famílias “deixam crianças com avós ou outras soluções que não se desejam do ponto de vista das medidas sanitárias”, sublinha.
Defende assim que as propostas que o PCP apresenta, nomeadamente o pagamento de 100% do salário dos pais, “não são de capricho, são de solução de problemas a atingir centenas de famílias”, sobretudo quando é necessário fazer uma “ginástica quase impossível em combinar assistência a jovens com o teletrabalho”. João Oliveira argumenta então que se deve definir um “regime de apoios que permita às famílias não terem de fazer opções como estas”.
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