“De um dia para o outro tudo parou”. Discotecas planeiam reabrir no final de 2021
As discotecas fecharam portas no confinamento do ano passado e desde aí apenas puderam abrir enquanto cafés ou pastelarias. Há espaços que esperar reabrir no final deste ano.
Quando é que podemos voltar a… É a nova rubrica diária do ECO, numa altura em que se assinala um ano desde que foi confirmado o primeiro caso de Covid-19 em Portugal. Com o confinamento, muitas atividades fecharam portas e a nossa vida mudou. Com a descoberta e distribuição das vacinas, muitos países e algumas atividades já começam a planear o desconfinamento. Em Portugal, quando é podemos voltar ao nosso local do trabalho e às escolas? Quando é que poderemos voltar aos festivais de música e viajar sem restrições? E ao cinema, aos museus e a uma discoteca? Quando é que poderemos voltar a ver futebol nos estádios e ir ao ginásio? Nesta série de artigos fomos falar com responsáveis de cada um desses setores.
Para muitos portugueses, a última saída à noite foi há cerca de um ano, quando a pandemia obrigou bares e discotecas a fecharem portas. Desde aí, os espaços de animação noturna não voltaram a reabrir, exceto se na forma de cafés ou pastelarias. Numa altura em que se aguarda ainda o plano de desconfinamento, há discotecas que planeiam reabrir no final deste ano.
Os sócios do Jamaica, Tokyo e Europa, clubes noturnos históricos de Lisboa “frequentados por centenas de pessoas todas as semanas”, contam ao ECO que “de um dia para o outro tudo parou”. O confinamento no país foi decretado em meados de março do ano passado, 15 dias depois dos primeiros casos de Covid-19 identificados em território nacional.
O desconfinamento foi apresentado no final de abril e arrancou, por fases, em maio. Mas os bares e discotecas continuaram, na maioria do tempo, fechados, podendo apenas abrir enquanto cafés ou pastelarias. Foi determinada “a possibilidade de os estabelecimentos que são bares na sua origem funcionarem enquanto pastelarias e cafés, seguindo as mesmas regras de distanciamento que estas instituições têm”, explicou o Governo, na altura.
O impacto foi múltiplo: assegurar os rendimentos dos trabalhadores, pagar despesas correntes que não deixaram de existir e não abandonar o investimento no futuro.
No entanto, a medida não teve muita adesão no setor. Agora, com o confinamento geral, não podem mesmo receber pessoas. Assim, o impacto da pandemia “foi múltiplo”, notam Pedro Vieira, sócio do Europa, e Fernando Neto Pereira, sócio do Jamaica e do Tokyo, entre “assegurar os rendimentos dos trabalhadores, pagar despesas correntes que não deixaram de existir e não abandonar o investimento no futuro”.
Estes espaços vão mudar-se o Cais do Sodré para o Cais do Gás, num investimento de “2,3 milhões de euros, entre obras e rendas, a favor da Câmara Municipal de Lisboa”, que é proprietária dos armazéns e com quem estabeleceram um protocolo. A reabertura nos novos espaços está planeada para o final de 2021 “desde que a situação de saúde pública o permita”, sinalizam.
“A normalidade neste ou qualquer outro setor só volta se continuarmos a respeitar o que a ciência diz: usar máscaras, manter o distanciamento, não violar o desconfinamento e fazer a vacinação”, acrescentam ainda os sócios destes espaços noturnos lisboetas.
Quanto à preparação para o regresso, existirão “sistemas de ventilação e ar condicionado que assegurarão a renovação do ar a 100% para que a propagação de qualquer tipo de contaminação seja reduzida ao mínimo”, explicam, sendo que “os novos espaços no Cais do Gás são maiores e com áreas ao ar livre”.
“Hoje em dia, com ou sem Covid, é completamente impensável abrir uma discoteca sem as mais impecáveis condições de saúde pública”, reiteram os sócios dos novos espaços junto ao Tejo.
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