“Mais de 1.400” trabalhadores da Altice Portugal aderiram ao programa de saídas voluntárias
A Altice Portugal indica que "mais de 1.400" trabalhadores pediram para deixar a empresa ao abrigo do programa de saídas voluntárias lançado este mês. As candidaturas terminaram na sexta-feira.
Mais de 1.400 trabalhadores da Altice Portugal candidataram-se ao programa de saídas voluntárias lançado pela empresa no início do mês. O número que está “em linha com as expectativas” do grupo, disse fonte oficial ao ECO.
Foi a 3 de março que a empresa liderada por Alexandre Fonseca anunciou o arranque da segunda fase do “Programa Pessoa”, uma iniciativa interna que visa reduzir o número de trabalhadores por via de pré-reformas e rescisões voluntárias. O prazo de candidaturas, inicialmente apontado para dia 15, foi prolongado até sexta-feira, dia 19, passando a empresa a permitir também a suspensão do contrato de trabalho.
Findo o prazo para manifestações de interesse, o ECO instou a Altice Portugal a fazer um balanço da adesão ao programa. Fonte oficial da empresa respondeu: “A adesão à segunda fase do Programa Pessoa, que terminou na passada sexta-feira, esteve em linha com as expectativas da empresa, tendo registado mais de 1.400 candidaturas voluntárias por parte dos colaboradores. No atual momento, já iniciámos a fase de análise, decisão e comunicação interna.”
A modalidade principal, de pré-reformas para trabalhadores com 55 ou mais anos de idade, pressupõe o pagamento de 80% do vencimento-base e diuturnidades, acrescido de 40% de outras rubricas remuneratórias, caso existam. O programa permite ainda a garantia e manutenção dos planos de saúde e benefícios de comunicações aplicáveis a cada momento. Na altura, ao que o ECO apurou, a empresa poderia reduzir até 2.000 postos de trabalho ao abrigo deste programa, de um total de 8.000 empregos diretos e 20.000 indiretos.
Em plena pandemia de Covid-19, o Chief Corporate Officer da Altice Portugal, João Zúquete da Silva, explicou, num email enviado aos trabalhadores, que a necessidade de cortar estes postos de trabalho resulta de “um contexto extremamente desafiante”. O objetivo é, segundo o gestor, “tornar a empresa mais ágil, mais eficiente e mais adaptada para fazer face a realidades cada vez mais complexas e difíceis”.
A primeira versão deste “programa organizacional integrado” foi anunciada em janeiro de 2019. Na altura, a empresa propôs também duas modalidades: trabalhadores com idade entre 50 e 55 anos puderam candidatar-se à suspensão do contrato de trabalho, ficando a receber a totalidade do vencimento base e metade das remunerações variáveis até à reforma; já os trabalhadores com mais de 55 anos de idade puderam candidatar-se à pré-reforma, com a empresa a pagar 80% do valor correspondente à prestação da suspensão do contrato de trabalho até à reforma.
(Notícia atualizada pela última vez às 13h59)
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