DBRS mantém rating da UE em AAA com perspetiva estável. Há menos “risco de fragmentação”

A agência de rating DBRS acredita que a resposta europeia à pandemia de Covid-19 fortaleceu a coesão do bloco.

A DBRS Morningstar confirmou o rating da União Europeia (UE) em AAA, com perspetiva estável. A agência de rating canadiana considera que a “resposta da UE à crise da Covid-19 demonstra capacidade e disposição para neutralizar choques económicos”.

Para a agência, “o compromisso dos Estados-membros com a União, reforçado recentemente por várias medidas para mitigar o impacto da pandemia da Covid-19, fortaleceu a coesão e reduziu o risco de fragmentação para a UE”, contribuindo assim para a avaliação de tendência estável, nota, em comunicado.

Apesar de admitir que a “introdução de um instrumento único denominado Next Generation EU conduzirá a um aumento acentuado da dívida da UE”, a DBRS reitera que “a União continua muito bem posicionada para cumprir as suas obrigações de serviço da dívida a longo prazo”.

Tanto o “aumento do limite máximo dos recursos próprios”, como “a introdução de novos recursos próprios da UE no futuro, proporcionam uma margem orçamental significativa à UE para cumprir os seus compromissos financeiros”.

Para além disso, também o “acordo final sobre o novo Quadro Financeiro Plurianual (QFP) para o período de 2021–27 reduziu significativamente as incertezas remanescentes sobre o orçamento da UE após a saída do Reino Unido do bloco”.

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#12 Fomos enganados nas barragens da EDP? E já temos mesmo um novo Novo Banco?

  • ECO
  • 26 Março 2021

As barragens da EDP, a nova injeção de capital no Novo Banco, o sucesso da Feedzai, o défice de 2020 e as moratórias de crédito estão em análise n'O Mistério das Finanças desta semana.

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Afinal, o Estado foi ou não enganado no negócio das barragens da EDP? E vamos ou não ter, finalmente, um novo Novo Banco? Estes são dois casos analisados no episódio desta semana d’ O Mistério das Finanças, podcast do ECO apresentado pelos jornalistas António Costa e Pedro Santos Guerreiro.

O episódio abre com um editorial sobre a Feedzai, o novo unicórnio português. E termina com análise ao défice orçamental de 5,7% em 2020 e com o fim das moratórias privadas, que fará retomar o pagamento de 3,7 mil milhões de euros em crédito à habitação de famílias portuguesas.

O Mistério das Finanças é um podcast semanal do ECO, disponível nas plataformas habituais, na apple podcast e spotify.

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Défice abaixo da meta do Governo. Partidos querem apoios sociais

Bloco e PCP apontam que o Governo deveria prolongar os apoios sociais durante este ano. CDS sublinha o aumento da carga fiscal.

O Instituto Nacional de Estatística revelou esta sexta-feira que o défice ficou em 5,7% em 2020, aquém da meta do Governo. Em reação aos dados, Bloco de Esquerda e PCP defendem que preocupação do Governo deveria focar-se nos apoios sociais, enquanto CDS destaca que a carga fiscal também aumentou. Já o PS considera que os números mostram que “o Governo não poupou esforços na resposta à crise”.

O Ministério das Finanças explicou que o valor ficou abaixo do esperado por causa do melhor desempenho da receita. João Leão adiantou também que o défice deste ano “vai ficar ligeiramente acima do previsto” devido aos apoios.” Em reação a estes dados, Mariana Mortágua apontou que “o que os números nos dizem é que o Governo não executou o Orçamento Suplementar, aprovado na Assembleia da República, para dar meios ao Governo para combater a crise”, mais de mil milhões de euros. Assim, o “Governo deixou por executar mais de mil milhões de despesa”, que “não executou porque não quis, são uma folga, que transita para 2021”, reitera a deputada do Bloco.

“Esta folga de mais de mil milhões de euros é o dobro do que custaria ao Estado prolongar os apoios em 2021 a todas as pessoas que os receberam em 2020″, sublinha, apontando que “é precisamente esse prolongamento que o Governo prometeu, que quer agora evitar e travar”. Para o Bloco, “se o Governo não dá a todas as pessoas o direito de ter um apoio em 2021 digno e igual a 2020 não é por falta de cabimentação orçamental”.

“É grave o suficiente que não tenha executado em 2020, e ainda mais grave que não use para corrigir erro de não prolongar apoios”, reiterou a deputada do Bloco, referindo-se à ameaça do Governo de recorrer ao Tribunal Constitucional para tentar travar três diplomas aprovados pela oposição na Assembleia da República, que reforçam apoios sociais à revelia do que o Executivo tinha estipulado no Orçamento do Estado para 2021.

Em resposta a esta posição do Bloco, o PS acusou o partido de não querer “ver os números que tem à frente”, considerando que o défice orçamental apresentado demonstra que “o Governo não poupou esforços na resposta à crise” decorrente da pandemia.

“Consideramos que o BE não quer ver os números que tem à frente. Em primeiro lugar, sabemos que nos últimos meses do ano de 2020 houve uma ligeira recuperação da nossa atividade económica, o que impediu uma queda maior da receita e por isso é que o défice [orçamental] também não é maior, e, ao mesmo tempo, as medidas que o Governo lançou de apoio à proteção do emprego, como o lay-off simplificado, foram medidas eficazes, porque travaram o crescimento do desemprego”, disse à agência Lusa o vice-presidente da bancada parlamentar socialista João Paulo Correia.

O deputado acrescentou ainda que o “desemprego não cresceu para o patamar previsto, porque se crescesse para esse patamar previsto a execução da despesa teria sido aquela que estava prevista”. Por essa razão é que os subsídios de desemprego e “as outras prestações sociais não atingiram o máximo da sua execução”, por causa das medidas “que foram implementadas e também porque a economia recuperou ligeiramente naquele período de desconfinamento de 2020”.

Já Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, reiterou que “privilegiar a redução do défice pelos apoios sociais demonstra que o Governo não esta verdadeiramente preocupado com situações de injustiça, de dramas, de pobreza”, em declarações transmitidas pela SIC.

Reagindo também aos dados conhecidos esta sexta-feira, o líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, sublinhou que o “défice nas contas públicas está a aumentar mas também a carga fiscal sobre portugueses está a aumentar, atingindo hoje cerca de 35% do PIB”. “Apesar do Estado se estar a endividar, está a roubar cada vez mais dinheiro às famílias”, apontou.

(Notícia atualizada às 21h50)

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Onze empresas portuguesas participam em exercício com produtoras de vacinas

  • Lusa
  • 26 Março 2021

Estas empresas vão participar, em 29 e 30 de março, num "exercício de interligação" com empresas produtoras de vacinas que estão a necessitar de maior capacidade de produção.

O ministro da Economia anunciou esta sexta-feira que onze empresas portuguesas irão participar, em 29 e 30 de março, num “exercício de interligação” com empresas produtoras de vacinas que estão a necessitar de maior capacidade de produção.

Pedro Siza Vieira falava à imprensa após uma reunião com o primeiro-ministro, António Costa, e o comissário europeu do Mercado Interno e líder do grupo de trabalho da União Europeia (UE) para as vacinas, Thierry Breton, na qual abordaram a produção de vacinas contra a covid-19.

Questionado sobre o papel de Portugal no desenvolvimento de vacinas, o ministro afirmou que foi identificado “um grupo de onze empresas que vai participar num evento, que decorrerá nos dias 29 e 30 deste mês, que será precisamente um exercício de interligação” entre empresas da Europa e as produtoras de vacinas que “têm necessidade de capacidade de produção”, ou seja, que têm sofrido atrasos no processo de fabrico de vacinas.

Esse exercício decorre da estratégia apresentada pela Comissão Europeia que, “entre outras coisas, visa aceder às capacidades da UE e assegurar que as capacidades existentes nos vários Estados-membros correspondem às necessidades de produção”, apontou.

Esperando “que algumas capacidades já existam”, Siza Vieira acredita que vai ter de ser feito “algum investimento daqui para a frente”.

O governante referiu-se à fábrica que está a ser construída no norte de Portugal, aludindo à empresa em construção em Paredes de Coura, “que visa apenas produzir vacinas para doenças virais” e que espera que possa “participar nesse esforço”.

Ao mesmo tempo, no âmbito da presidência do Conselho da UE, que Portugal assume até junho, o ministro assegurou estar a trabalhar com a Comissão “em termos de mapeamento de capacidades” e no apoio aos “esforços da ‘task force'” europeia para as vacinas, falando com os 27 e “certificando-se que este processo atua rapidamente”.

Outro tópico abordado na reunião foi a preparação dos Estados-membros para “começarem exercícios de vacinação em massa no próximo trimestre”, disse.

Dando o exemplo de Portugal, que está prestes a iniciar um processo de vacinação em massa com professores e outros funcionários da rede escolar, Siza Vieira assumiu que esse exercício “vai testar a nossa capacidade para ter a certeza de que somos capazes de implementar isso diariamente, conforme as vacinas que entregamos”.

Nesse sentido, acredita que “todos os Estados-membros devem começar a fazer esses exercícios porque, como agora vemos a habilidade de entregar vacinas rapidamente, também devemos ser capazes de ter a logística para realmente entregar as vacinas a toda a população”.

Sobre as limitações na entrega de vacinas, o ministro destacou a capacidade de produção e a entrega da produção pelos fornecedores como “os maiores entraves”.

No entanto, o responsável considera que agora há “mais visibilidade de como será esse abastecimento no próximo trimestre, graças ao esforço da ‘task force’ [da UE] e ao mapeamento da capacidade produtiva”.

O ministro foi ainda questionado sobre a possibilidade da quebra de patentes das vacinas, mas sublinhou que o problema na vacinação da UE é “logístico” e “não um problema de patentes”.

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Restauração pede ao Governo “informação clara e antecipada” sobre desconfinamento

  • Lusa
  • 26 Março 2021

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal quer ter informação "clara e antecipada" sobre a reabertura parcial das esplanadas prevista para o próximo 5 de abril.

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) apelou esta sexta-feira ao Governo para que disponibilize “informação clara e antecipada” sobre a nova fase de desconfinamento para que as empresas possam estar preparadas.

“No dia 05 de abril terá início um novo levantamento das restrições, que incluirá a reabertura parcial das esplanadas. No entanto, ainda não se conhecem detalhes sobre as medidas previstas”, apontou a AHRESP no seu boletim diário.

Neste sentido, a associação apelou ao Governo para que disponibilize “informação clara e antecipada” para que as empresas possam estar preparadas.

Na semana passada, a AHREP já tinha solicitado ao executivo esclarecimentos sobre as regras de desconfinamento.

O Governo anunciou esta sexta-feira o prolongamento das atuais regras em vigor no plano de desconfinamento e que só vai definir as regras para depois da Páscoa na próxima semana, no dia 01 de abril.

“O Governo hoje decidiu de forma eletrónica prorrogar o atual decreto até 05 de abril e decidir apenas quais são as regras a partir de 05 de abril no próximo dia 01 de abril, na próxima quinta-feira. Significa que vamos decidir com base em dados mais atuais e mais próximos da realidade nesse dia. Esta é uma decisão de cautela e de alerta quanto às condições que temos de garantir para poder prosseguir o plano de desconfinamento”, afirmou a ministra da Presidência.

 

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Wall Street em alta com confiança numa recuperação rápida

Numa altura em que acelera a vacinação contra a Covid-19, expectativas de uma recuperação económica animam os investidores em Wall Street.

Wall Street fechou a semana em alta, com os investidores confiantes numa recuperação económica rápida após a pandemia, nomeadamente com a aceleração da vacinação. A aposta foi nas cotadas da banca, tecnologia e cuidados de saúde, que ajudaram a impulsionar o desempenho dos principais índices de referência norte-americanos, que registaram ganhos superiores a 1%.

Depois de declarações do presidente da Reserva Federal norte-americana a apontar para uma recuperação económica mais rápida do que o esperado, dados divulgados esta sexta-feira mostraram que as pressões sobre os preços estão controladas, acalmando os receios de um aumento da inflação.

O industrial Dow Jones subiu 1,39%, para os 33.072,45 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 1,66%, para os 3.974,52 pontos. O tecnológico Nasdaq avançou 1,24%, para os 13.138,73 pontos.

Nos ganhos, destaque para as cotadas da banca. O Bank of America avançou 2,71% para os 38,68 dólares, o JPMorgan subiu 1,62% para os 155,09 dólares e o Citigroup ganhou 1,81% para os 73,02 dólares.

Nota ainda para as tecnológicas, numa sessão em que a Apple ganhou 0,51% para os 121,21 dólares, a Microsoft avançou 1,78% para os 236,48 dólares e o Facebook subiu 1,54% para os 283,02 dólares.

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Negociações da PAC chegam a um “princípio de acordo”, diz ministra da Agricultura

  • Lusa
  • 26 Março 2021

Um "princípio de acordo" foi atingido no que respeita ao “novo modelo de desempenho, relativamente à periodicidade bianual, bem como aos níveis de tolerância para efeito da sua revisão”.

A presidência portuguesa da União Europeia (UE) considera que as negociações desta sexta-feira sobre a reforma da Política Agrícola Comum (PAC) permitiram chegar a um “princípio de acordo” e “desbloquear caminho” para um eventual acordo este semestre.

“Progredimos nas negociações, alcançámos um bom princípio de acordo e estamos mais perto de podermos aspirar pela conclusão desta reforma até ao final do semestre”, disse, em conferência de imprensa, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

A ministra, que falava no final de um ‘super trílogo’ entre o Conselho, o Parlamento Europeu (PE) e a Comissão Europeia, especificou ter-se chegado a um “princípio de acordo” nomeadamente no que respeita ao “novo modelo de desempenho, relativamente à periodicidade bianual, bem como aos níveis de tolerância para efeito da sua revisão”.

Os negociadores aproximaram posições também no que respeita “à orientação do apoio dos pagamentos diretos, aos controlos da condicionalidade e à transparência na aplicação de fundos”.

“Este é apenas um pequeno passo, mas muito significativo na resposta global à reforma da PAC”, afirmou.

A presidência portuguesa da UE, acrescentou, vai continuar “empenhada e com espírito de abertura” nas negociações, salientando que o ‘super trílogo’ desta sexta-feira permitiu “desbloquear caminho e começar a construir pontes.

“O compromisso que hoje obtivemos permite criar a dimensão política entre as três instituições, nomeadamente os colegisladores do PE e do Conselho, para construir a proposta final quanto a este regulamento”, disse.

A PAC 2021-2027 deverá ser aprovada este semestre para poder entrar em vigor em 2023, estando até lá a ser regida por regras transitórias, de modo a manter, nomeadamente, os apoios aos agricultores.

No ‘super trílogo’ estiveram em discussão com os negociadores do PE os três regulamentos que compõem a PAC: o dos planos estratégicos, o da governação horizontal – financiamento, gestão e acompanhamento da PAC -, e o da organização comum do mercado de produtos agrícolas.

Na reunião estiveram presentes, para além da ministra da Agricultura, pelo Conselho da UE, o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Frans Timmermans, que tutela o Pacto Ecológico Europeu, o comissário europeu da Agricultura, Janusz Wojciechowski, o presidente da Comissão de Agricultura do PE, Norbert Lins, e os relatores de cada um dos regulamentos em debate.

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Governo “plenamente convicto” que cheque para o Novo Banco será inferior a 476 milhões

O Governo diz que está "plenamente convicto de que o valor final" da injeção no Novo Banco será inferior à que inscreveu no Orçamento. O banco pede 598 milhões.

O Novo Banco pediu 598 milhões de euros ao abrigo do mecanismo de capital contingente. O Fundo de Resolução tem dúvidas quanto a 160 destes milhões, mas o Ministério das Finanças também. Daí que afirme que está “convicto” de que o valor final a entregar ao banco liderado por António Ramalho será inferior à verba prevista no Orçamento do Estado deste ano.

O Governo está plenamente convicto de que o valor final, após a verificação das entidades competentes, ficará abaixo do previsto na proposta de Orçamento de Estado 2021“, refere o ministério liderado por João Leão em comunicado. Recorde-se que o Governo inscreveu no Orçamento uma verba de 476 milhões de euros.

Em causa estão divergências entre o Novo Banco e o fundo financiado pela banca por causa da operação espanhola que o banco decidiu pôr à venda no ano passado e cujo processo vai já na reta final. Há dúvidas, designadamente, sobre quem tem de “pagar” a provisão feita por força da descontinuação do banco em Espanha.

Enquanto o Fundo de Resolução disse estar a analisar se os impactos de descontinuação de Espanha nas contas do Novo Banco “estão abrangidos, nos termos do contrato, pelo mecanismo de capitalização contingente”, o Governo sublinha que este trabalho “é da maior relevância para a verificação dos pressupostos e para a avaliação do valor reclamado” pelo Novo Banco. Pelo que “ficará a aguardar pela informação que lhe seja transmitida pelo Fundo de Resolução sobre esta matéria”.

Do lado do banco, António Ramalho, recusando “diferendos” com o seu acionista, afirmou em conferência de imprensa que, “podendo haver dúvidas de elegibilidade dos 160 milhões de euros, por razões de cautela, o conselho de administração decidiu não contabilizar o montante no rácio de capital”. Contudo, a expectativa é a de que venha a receber esta verba do Fundo de Resolução e a reforçar os capitais da instituição.

O ministério de João Leão lembra ainda que, além do contrato, que garante será cumprido (apesar do travão do Parlamento a novas injeções), aguarda pela conclusão do relatório especial da Deloitte relativa ao pagamento efetuado pelo Fundo de Resolução no ano passado. Esse relatório deverá “ser concluído em breve”, assinalam as Finanças.

(Notícia atualizada às 20h04)

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Advogados aprovam referendo para escolher CPAS ou Segurança Social

Após nove meses desde o pedido de convocação da AG, os advogados aprovaram o referendo que vai permitir discutir o sistema de previdência: Quase seis mil advogados votaram.

Em Assembleia Geral, realizada esta sexta-feira, os advogados aprovaram eletronicamente o referendo que vai discutir o sistema de previdência: manter a atual Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) ou mudar para o regime geral da Segurança Social. Esta é a primeira assembleia-geral realizada a pedido da própria classe que teve inicío às 9.00 e só ao final do dia, por volta das 19.00 se soube o resultado. Votaram 5465 advogados – presentes e representados num total de cerca de 35 mil advogados inscritos na Ordem dos Advogados. A favor votaram 3523 advogados (71%) e contra o referendo 1384 (28%).

Isto porque a reunião magna tinha cerca de 80 inscritos para intervirem que — ao longo do dia – foram fazendo pequenas declarações, incluindo o presidente da CPAS, Carlos Pinto de Abreu.

Nesta reunião foi ainda chumbado o Orçamento para a OA. A votação realizou-se por voto eletrónico.

Foi em junho de 2020 que mais de três mil advogados solicitaram ao bastonário a convocação de uma Assembleia Geral para aprovar a realização de um referendo onde seria votada a possibilidade de os advogados poderem escolher o seu regime de previdência social.

A discussão sobre o regime de previdência social dos advogados tem sido recorrente ao longo dos anos, mas face ao período de estado de emergência que o país enfrentou, intensificou-se. Durante este período os tribunais estiveram encerrados impedindo que os advogados tivessem direito a qualquer apoio social por parte da CPAS.

Uma vez que os advogados não descontam para a Segurança Social, mas antes para a CPAS, estes profissionais não têm direito aos apoios do Estado. Face à pandemia Covid-19, a OA por várias vezes alertou a direção da CPAS para a adoção de algumas medidas, de forma a garantir o apoio aos beneficiários. Ainda assim, a Caixa de Previdência recusou-se a isentar os associados.

“Esta circunstância tornou ainda mais evidente a incapacidade da CPAS em se configurar como um verdadeiro regime de previdência e proteção social. O descontentamento geral dos advogados em relação à sua Caixa de Previdência culminou com o pedido de convocação daquela assembleia geral extraordinária”, nota o grupo de advogados dinamizadores do referendo.

Em outubro, a CPAS anunciou a atribuição de seguro por doença e acidentes pessoais. Prémios que serão, segundo fonte oficial da instituição, assumidos pela CPAS e não pelos mais de 38 mil advogados e solicitadores inscritos.

Na prática, significa que os advogados, solicitadores e agentes de execução passam a receber um subsídio diário se estiverem doentes ou tiverem sofrido algum tipo de acidente. Semelhante a uma baixa médica a que os trabalhadores incluídos no regime de Segurança Social têm direito.

Estudo avalia sustentabilidade da

A CPAS tem uma sustentabilidade em que apenas os advogados com mais de 45 anos sabem que a CPAS ainda estará ativa aos 60 anos. Segundo o relatório do Grupo de Trabalho que estudou a sustentabilidade da CPAS — que abarca cerca de 35 mil beneficiários — concluiu-se que este mesmo sistema de previdência rem uma sustentabilidade por 15 anos.

Segundo o mesmo documento — que ainda não está finalizado mas cujas conclusões o ECO/Advocatus teve acesso e que conta com membros da Ordem dos Advogados e da própria CPAS — as dívidas das contribuições para este sistema de previdência, entre março e Julho de 2020, ultrapassaram os 600 mil euros. A CPAS fez ainda 125 acordos de pagamento das contribuições em prestações neste período –– para que os advogados pagassem a contribuição a prestações — data que corresponde ao primeiro confinamento, na sequência da pandemia.

De acordo com o mesmo documento, entre maio e junho de 2020, foram aceites 538 pedidos de advogados que pediram para reduzir o escalão, de forma a pagar um valor mais baixo de contribuição e 611 pedidos de pagamento em prestações. Atualmente, no mínimo, qualquer advogado tem de pagar 251 euros à CPAS, independentemente do valor que ganhem ao final do mês. Mas houve também 200 advogados que pediram a redução de escalão que não foram aceites por não preencherem os requisitos necessários, na sua maioria beneficiários já com dívida de contribuições e também alguns beneficiários reformados ou com inscrição cancelada ou suspensa.

Apesar de vários advogados terem solicitado a suspensão do pagamento das contribuições, cujo valor mínimo é de 251,38 euros, devido à quebra de rendimentos causada pela pandemia, a CPAS apenas aprovou um Regulamento que estabeleceu medidas excecionais e temporárias como a possibilidade de diferimento de contribuições (pagamento em prestações) ou de redução do escalão contributivo.

 

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Webinar “Agente de seguros: Uma Profissão com Futuro”

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  • 26 Março 2021

No passado dia 25 de março, a MetLife promoveu um webinar onde foram abordadas as vantagens de ser um agente de seguros exclusivo da multinacional. Assista aqui.

Neste webinar, Oscar Herencia, vice-presidente da MetLife para o sul da Europa e diretor-geral da MetLife na Ibéria, Paulo Dantas e Carla Lopes, ambos National Sales Managers, Jaime Teodoro, Agente de Seguros – Agency Manager da Agência Lisboa Roma, e Gabriela Campos, Agente de Seguros da Agência Porto DSF, exploraram os principais desafios da profissão e as vantagens de ser um agente MetLife, multinacional líder mundial em Seguros de Vida e de Acidentes Pessoais.

Se não teve oportunidade de acompanhar a sessão em direto, reveja-a agora:

Para apresentar a sua candidatura para ser um agente de seguros exclusivo MetLife, clique aqui.

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Operação Marquês: Sócrates sabe se vai a julgamento dia 9 de abril

Ivo Rosa enviou despacho a garantir quer há condições para a realização presencial da decisão instrutória do processo da Operação Marquês.

A decisão instrutória do processo da Operação Marquês — que ditará se José Sócrates irá ou não a julgamento por mais de 30 crimes — está marcada para o dia 9 de abril.

“Tendo em conta a evolução favorável da pandemia e a aprovação da revisão da suspensão de prazos, que entrará em vigor no dia 6 de abril, mostram-se reunidas todas as condições, incluindo sanitárias, para realizar de forma presencial a leitura da decisão instrutória”, segundo despacho de Ivo Rosa, a que o ECO teve acesso.

A fase de instrução, pedida por 19 dos arguidos, começou em 28 de janeiro de 2019, sob a direção do juiz Ivo Rosa, do Tribunal Central de Instrução Criminal. O juiz vai deixar de ter exclusividade no processo Operação Marquês após esta decisão instrutória.

Um ano e três meses depois, em março do ano passado, teve início o debate instrutório, que terminou em 2 de julho. Agora, o juiz irá ler uma súmula da decisão numa audiência pública, que decorrerá numa sala do tribunal criminal de Lisboa, no Campus de Justiça.

No último dia do debate instrutório, o juiz Ivo Rosa destacou a complexidade do processo: 146 volumes, 56.238 folhas, às quais se juntam 4.895 folhas entregues na fase de instrução, que teve mais de 39 horas de alegações.

Num processo com 28 arguidos (19 pessoas e nove empresas), foram realizados na fase de instrução 11 interrogatórios a arguidos e inquirição de 44 testemunhas, o que perfaz mais 133 horas. Além da análise dos elementos de prova, ao tribunal foram colocadas 73 questões jurídicas, entre nulidades processuais, questões sobre inconstitucionalidade e de enquadramento jurídico-penal, a somar aos oito pareceres jurídicos, num total de 1.074 folhas.

A acusação do Ministério Público, elaborada por sete procuradores, é composta por 11 volumes, 5.036 folhas, 14.084 segmentos de factos e 189 crimes, dos quais 31 ilícitos penais atribuídos ao ex-primeiro-ministro.

José Sócrates, que esteve preso preventivamente, está acusado de corrupção passiva de titular de cargo político, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal qualificada. A acusação sustenta que Sócrates recebeu cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no GES e na PT, bem como para garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao empreendimento Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios, nomeadamente fora do país, do Grupo Lena.

 

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Estacionamento em Lisboa deve voltar a ser pago a 5 de abril

  • Lusa
  • 26 Março 2021

Pagamento do estacionamento na via pública tarifado pela EMEL deverá ser retomado em 5 de abril. Proposta será votada pelo município.

O pagamento do estacionamento na via pública tarifado pela Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) deverá ser retomado em 5 de abril, de acordo com uma proposta a ser votada pelo município na próxima semana. O documento, ao qual a agência Lusa teve acesso, consta da ordem de trabalhos da reunião privada da autarquia, agendada para quinta-feira.

“Com o retomar gradual da atividade económica na cidade de Lisboa, verifica-se também o aumento da pressão sobre o estacionamento e espaço público da cidade, sendo por isso necessário garantir a normal regulação e fiscalização do estacionamento e da utilização do espaço público da cidade”, lê-se na proposta, subscrita pelo vereador da Mobilidade, Miguel Gaspar (PS).

A Câmara de Lisboa vai, por isso, deliberar submeter à Assembleia Municipal de Lisboa (AML) “a reposição do pagamento na via pública nas Zonas de Estacionamento de Duração Limitada, nos locais delimitados para o efeito, a partir de 05 de abril, cessando, assim, a suspensão de aplicação das correspondentes normas do Regulamento Geral de Paragem e Estacionamento na Via Pública e retomando-se a normal fiscalização do respetivo cumprimento”.

O documento prevê, igualmente, a reposição, a partir do mesmo dia, “das normais condições tarifárias de operação dos parques” da EMEL.

O município, presidido por Fernando Medina (PS), argumenta na proposta que é necessário “garantir adequadas condições de fruição dos passeios, boas condições de circulação, melhoria das condições do estacionamento, funcionamento do estacionamento de rotação, no fundo verem-se asseguradas de forma plena as opções de ordenamento de estacionamento da cidade de Lisboa, sendo já notadas a degradação destas condições de funcionamento em zonas de maior pressão”.

A autarquia propõe ainda submeter à AML que os dísticos “que tenham atingido o termo da validade no período entre 15 de janeiro de 2021 e 05 de abril de 2021, possam continuar a aceder aos lugares exclusivos a residentes nas zonas indicadas no dístico até 30 de abril de 2021”.

Os vereadores vão também discutir a manutenção, até ao final do ano, “da gratuitidade de estacionamento para as equipas de saúde das unidades do Serviço Nacional de Saúde diretamente envolvidas no combate à pandemia, a operacionalizar através da Administração Regional de Saúde e das Administrações dos centros hospitalares e a concretizar, na proximidade do seu local de trabalho, em parques de estacionamento da EMEL, em parques concessionários ou na via pública”.

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou, em 2 de fevereiro, a suspensão temporária do pagamento de estacionamento na via pública tarifado pela EMEL, com os votos contra do PS e a favor das restantes forças políticas.

A medida (proposta pelo CDS-PP) já tinha sido aprovada pela Câmara de Lisboa, em 21 de janeiro, com os votos favoráveis do PSD, CDS-PP, BE e PCP e os votos contra do PS, que tem um acordo de governação da cidade com o Bloco. Três dias depois (24 de janeiro), a autarquia, presidida por Fernando Medina (PS), anunciou que o pagamento do estacionamento iria ser suspenso a partir de 25 de janeiro, devido ao confinamento decretado pelo Governo devido à pandemia de covid-19.

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