Comissão Nacional de Proteção de Dados arrasa projeto-piloto de voto eletrónico

  • ECO
  • 23 Março 2021

Falta de anonimato do voto, máquinas com selos rasgados e acessos aos dados depois das eleições foram algumas das principais falhas no primeiro teste ao voto eletrónico que decorreu em Évora.

A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) arrasou o projeto-piloto de voto eletrónico promovido pela secretaria-geral do Ministério da Administração Interna (MAI) nas últimas eleições europeias, em 2019, no distrito de Évora, avança a TSF.

Dois anos depois desse teste, com votos que contaram para os resultados eleitorais, a CNPD critica o facto de essa votação ter sido realizada “sem orientações precisas” através de “soluções de improviso”. Conclui que ficaram “feridos os mais básicos princípios do Estado de Direito Democrático, com menosprezo pelos princípios da previsibilidade e da transparência do processo eleitoral”, nomeadamente por se ter avançado sem regras previstas na legislação.

Neste projeto-piloto não ficaram assegurados princípios básicos do direito eleitoral como a garantia de anonimato e a confidencialidade. Outra das falhas detetadas passa pela falta de medidas de segurança no transporte dos votos eletrónicos à acrescentar a máquinas “sem selo ou com o selo rasgado”.

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Governo elimina mais de 800 diplomas desnecessários

O Governo removeu 817 diplomas normativos, relativos ao período de 1986 a 1991, mas o número pode aumentar para 1.023. Objetivo da "limpeza" é facilitar a consulta de legislação aos cidadãos.

Em 1986 e 1990 foram publicados dois decretos relativos à extinção de dois jornais portugueses, O Século e o Diário Popular. Mais de 30 anos depois, estes dois diplomas (decretos-lei 123/86 e 1/90) são alguns dos que “efetivamente já não se aplicam aos dias de hoje” e, portanto, serão removidos. São mais de 800 diplomas que serão eliminados.

Os diplomas em causa são dois dos “cerca de 817 diplomas desnecessários”, relativos ao período de 1986 a 1991 e que o Executivo vai eliminar na terceira fase do programa de simplificação legislativa, “Revoga+” de acordo com o decreto-lei publicado esta terça-feira em Diário da República (DR). O objetivo é facilitar a consulta de legislação aos cidadãos.

“Limpando o ordenamento jurídico de um conjunto de disposições que já não fazem sentido nos dias de hoje, ganha-se em clareza e certeza jurídica, permitindo aos cidadãos saber — sem qualquer margem para dúvidas — qual a legislação que se mantém aplicável em cada momento histórico”, lê-se no DR.

Desde a área das Finanças à Justiça, passando pela Cultura e Educação, o Governo cessou 817 diplomas. Contudo, o número pode ainda registar um aumento, para 1.023, uma vez que “será submetido à Assembleia da República uma proposta de lei, na qual se proclama a não-vigência de 206 diplomas da sua competência”.

De jornais, a mecenatos culturais, passando por normas dos manuais escolares e as normas que regem os lares, bem como regimes referentes ao Banco de Portugal e à Administração Pública, são vários os diplomas que mereceram a sua extinção, ou por já não fazerem sentido, ou por haver novas regras para as respetivas áreas. A identificação destes diplomas foi feita através de um “levantamento metódico e exaustivo que tem vindo a ser realizado ao longo de vários meses por uma equipa especializada e dedicada em permanência a tal tarefa”, esclarece o novo decreto.

Apesar desta limpeza e das anteriores (relativas aos anos de 1975 a 1985), o processo não está terminado, “continuando em curso os trabalhos necessários à integral identificação de outros atos legislativos, de períodos temporais subsequentes”.

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Pandemia vai conduzir a deterioração da qualidade dos ativos bancários, avisa BCE

  • Lusa
  • 23 Março 2021

Enria considera que, se medidas de apoio como as moratórias ou as linhas de crédito não se prolongarem além de meados do ano, haverá deterioração da qualidade dos ativos.

O presidente do Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu (BCE), Andrea Enria, advertiu esta terça-feira que a pandemia vai conduzir a uma deterioração da qualidade dos ativos bancários. Numa audição com a comissão de economia do Parlamento Europeu para apresentar as atividades do conselho em 2020, Enria salientou que é essencial gerir precocemente o risco de crédito para evitar uma acumulação de crédito malparado e observou que esta deterioração será mais proeminente nos setores mais afetados pela crise.

Uma importante lição aprendida da grande crise financeira é que a identificação precoce e a gestão do risco de crédito são essenciais para evitar a acumulação de maus empréstimos, o que amplificaria o choque e prejudicaria a capacidade dos bancos de apoiar a recuperação económica”, disse Enria.

É por isso que, acrescentou, o BCE enviou cartas em julho e dezembro do ano passado aos bancos a explicar as suas expectativas em termos de preparação para este aumento do crédito malparado e formulou uma estratégia para enfrentar o risco com duas prioridades. A primeira é monitorizar a queda abrupta na qualidade dos ativos que pode ocorrer quando medidas de apoio, tais como moratórias, linhas de garantia ou ajuda às empresas, são retiradas.

Se não se prolongarem além de meados do ano, este será o momento em que veremos a materialização da (deterioração) da qualidade dos ativos, mas pedimos aos bancos que comecem já a analisar a viabilidade dos seus ativos”, adiantou.

A segunda é precisamente garantir que os bancos estão preparados, tendo capacidade operacional para lidar com o aumento de crédito malparado e cumprindo as regras prudenciais, para poderem apoiar clientes em dificuldades e limpar rapidamente os balanços.

A este respeito, Enria recordou que o BCE pediu aos bancos que fizessem provisões e dispusessem de amortecedores de capital para este risco, e adotou medidas devido à pandemia que “criaram um espaço de capital significativo para os bancos absorverem as perdas. Estes amortecedores, disse Enria, ainda mal foram utilizados, pelo que os bancos também os poderiam utilizar para continuar a emprestar à economia.

Enria afirmou que a estratégia para combater os maus empréstimos apresentada pela Comissão Europeia e apoiada pelos países da zona euro vai na “direção certa”, em particular iniciativas para melhorar as regras de insolvência nacionais, tornar o mercado secundário para estes empréstimos mais eficiente e criar uma rede de bancos maus europeus para os absorver.

O responsável do BCE disse ser essencial que os esquemas destes bancos maus sejam harmonizados entre países, em particular os custos de financiamento e os preços, para que todas as entidades possam ter acesso ao mesmo tipo de apoio para limpar os seus balanços.

Por outro lado, o chefe do supervisor bancário da zona euro disse que a pandemia tornou “mais urgente do que nunca” que os bancos enfrentem os problemas estruturais que explicam a sua baixa rentabilidade e avaliação de mercado, “ajustando os seus modelos de negócio” ao ambiente de taxas de juro baixas. Entre as medidas possíveis, Enria disse que a consolidação do setor poderia ser um instrumento para acabar com o excesso de capacidade do mesmo e considerou que existe “apetite” por esta, uma vez que o BCE esclareceu que não será contra.

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Contexto da Covid-19 na Europa é “adverso e preocupante”, alerta Temido

Os epidemiologistas reuniram-se com os responsáveis políticos para apresentarem um balanço da situação pandémica em Portugal, e da primeira fase do plano de desconfinamento, na sede do Infarmed.

Como tem evoluído a pandemia? E como está a ser o desconfinamento? Os epidemiologistas reuniram-se esta terça-feira com representantes do Governo e outros responsáveis políticos, por videoconferência, para apresentar um balanço da situação no país, e apesar de admitirem que a se mantém uma tendência decrescente da incidência, alertam que para é necessário aumentar a testagem e rastrear os contactos.

Nesta reunião, os especialistas revelaram que se mantém a “tendência de descida” da incidência da Covid-19 em Portugal, com todas as regiões do continente a estarem na “zona verde” da matriz de risco que guia o plano de desconfinamento. À exceção dos Açores, todas as regiões estão com o índice de transmissibilidade (o chamado Rt) abaixo de 1 e com incidência inferior a 120 casos por 100 habitantes. Não obstante alertaram que é necessário aumentar a testagem e rastrear os contactos, dado que com o desconfinamento, a mobilidade vai aumentar.

Além disso, os peritos avisam que a Covid-19 tem vindo a agravar-se na Europa, pelo que admitem que esta situação é um risco para Portugal. Também a ministra da Saúde garantiu que as autoridades de saúde estão a acompanhar a evolução da pandemia nos outros países europeus, cujo contexto é “adverso e preocupante”.

Ao mesmo tempo, Carla Nunes, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, assinala que nos últimos dias se verificou um “ligeiro aumento de piores comportamentos”, nomeadamente no que toca à menor utilização de máscara e ao aumento da mobilidade.

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Governo reprograma verba de 7,8 milhões para despesas com fibra ótica nas escolas

O Governo reescalonou uma verba de quase 7,8 milhões de euros para "aquisição de serviços de interligação entre redes lógicas e de comunicações" assentes em fibra nas escolas públicas.

O Governo voltou a autorizar o reescalonamento de uma verba de 7,75 milhões de euros para suportar encargos com a infraestrutura de fibra ótica das escolas públicas dos ensinos básico e secundário, bem como de organismos do Ministério da Saúde.

O montante fez parte de um “bolo” de despesa total de 14 milhões de euros que tinha sido autorizada em 2018, e reprogramada em 2020 “devido à redução da despesa inicialmente prevista”. Em 2020, o Executivo previa que os 7,75 milhões se esgotassem em 2022, mas decidiu agora prolongar o prazo até 2025, depois de verificados “atrasos na celebração dos contratos, que só ocorreram no final de 2020”.

Em causa está a “aquisição de serviços de interligação entre redes lógicas e de comunicações de dados”, que diz respeito à infraestrutura de comunicações em fibra ótica criada após 2008 e que, na altura, “gerou condições para a disponibilização de novos serviços de comunicações avançadas, com criação de valor para o ensino, diminuição dos custos de comunicações e aumento da eficiência económica, financeira e ambiental na gestão da educação”, explicava o Governo de Passos Coelho em 2013.

Nos termos da Resolução do Conselho de Ministros publicada esta terça-feira no Diário da República, o Governo prevê agora uma despesa de 1,07 milhões em 2021, 2,21 milhões em 2022, 2,21 milhões em 2023, 2,08 milhões em 2024 e 161,8 mil euros em 2025.

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Nas notícias lá fora: AstraZeneca, turismo e multas no Reino Unido

  • ECO
  • 23 Março 2021

EUA questionam dados divulgados pela AstraZeneca quanto à eficácia da vacina. Espanha espera recuperar 7,5 milhões de turistas e Reino Unido multa até 5.000 libras quem viaje sem uma boa razão.

A pandemia de Covid-19 continua a marcar a atualidade internacional, desta vez as autoridades de saúde americanas questionam a eficácia da vacina da AstraZeneca, depois dos resultados terem sido anunciados na segunda-feira. Com o verão a aproximar-se as expectativas para o turismo são muitas, em Espanha espera-se recuperar 7,5 milhões de turistas com o passaporte verde, mas no Reino Unido, quem viaje sem uma boa justificação pode levar uma multa até 5.000 libras. Nos EUA, o próximo pacote económico poderá chegar aos três biliões de dólares. Destaque ainda para Jack Dorsey, fundador do Twitter, que vendeu o tweet inicial por 2,4 milhões de euros.

The New York Times

Autoridades de saúde americanas questionam resultados dos ensaios da AstraZeneca

As autoridades de saúde dos Estados Unidos disseram, esta terça-feira, que os resultados dos ensaios nos EUA da vacina da AstraZeneca podem ter-se baseado em “informações desatualizadas”, podendo assim ter dado uma “visão incompleta dos dados de eficácia”, lançando dúvidas sobre o anúncio feito no dia anterior que indicava 79% de eficácia. Assim, instam a farmacêutica a trabalhar com os seus especialistas “para rever os dados de eficácia e garantir que os dados mais precisos e atualizados sejam tornados públicos o mais rápido possível”.

Leia a notícia completa no The New York Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

Multas de cinco mil libras para quem viaja para o estrangeiro

Multas de 5.000 libras (cerca de 5.800 euros) serão introduzidas a partir da próxima semana para pessoas de Inglaterra que tentem viajar para o estrangeiro sem uma boa justificação, no âmbito das novas regras implementadas no país até junho, devido à pandemia de Covid-19. As férias no estrangeiro são atualmente proibidas e assim deverão continuar até ao final de junho, apesar de o país ir rever, em abril, as medidas para se voltar a viajar.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Cinco Días

Espanha espera recuperar 7,5 milhões de turistas no verão com passaporte de saúde

Depois de 12 meses numa situação complicada devido à pandemia, o turismo em Espanha aposta tudo no passaporte de saúde. As empresas do setor pedem ao Governo espanhol celeridade na implementação deste mecanismo, que até agora tem sido recebido com relutância em França (não quer estabelecer obrigação de vacinação) e Alemanha (não quer compartilhar os dados de seus cidadãos). Em causa está a possibilidade que este passaporte trará ao turismo de recuperar 7,5 milhões de turistas no verão.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Bloomberg

Próximo pacote económico dos EUA pode chegar a três biliões de dólares

A Administração de Joe Biden está a considerar medidas no valor de três biliões de dólares (cerca de 2,5 biliões de euros) para incluir no pacote económico de longo prazo que se seguirá ao projeto de lei de alívio da pandemia assinado no início de março. A proposta será apresentada ao Presidente americano esta semana. As prioridades são as infraestruturas e as alterações climáticas, aliás, as despesas com ambiente deverão levar uma boa parte do valor, cerca de 400 mil milhões de dólares (335 mil milhões de euros).

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

CNBC

Jack Dorsey, fundador do Twitter, vende tweet inicial por 2,4 milhões de euros

O empresário de tecnologias de informação Sina Estavi, presidente da empresa Bridge Oracle, vai pagar pelo primeiro tweet, do fundador da rede social Twitter Jack Dorsey, 2,9 milhões de dólares (2,4 milhões de euros), que serão doados para caridade. Autenticado como original através do recurso à tecnologia NFT (ativos únicos digitais), também usada há poucas semanas na venda de uma obra de arte digital por 69,4 milhões de dólares (58,4 milhões de euros), o tweet de 2006 foi vendido através de um leilão online na plataforma Valuables. O tweet de Dorsey diz: “Estou só a preparar o meu twttr (twitter)”.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês)

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PSD aprova ex-selecionador António Oliveira para Gaia

  • Lusa
  • 23 Março 2021

Na reunião da Comissão Política Distrital Alargada do PSD foram aprovados “com grande consenso” os nomes de seis candidatos a concelhos do distrito do Porto.

O nome do ex-selecionador nacional de futebol António Oliveira e o do líder da CONFAP, Jorge Ascenção, foram aprovados como candidatos do PSD às eleições autárquicas para Vila Nova de Gaia e Gondomar, respetivamente.

A reunião da Comissão Política Distrital Alargada do PSD decorreu na noite de segunda-feira em Seroa, no concelho de Paços de Ferreira, tendo sido aprovados “com grande consenso” os nomes de seis candidatos a concelhos do distrito do Porto, disse à Lusa fonte próxima da Comissão Política Distrital dos sociais-democratas.

O antigo futebolista internacional e ex-selecionador nacional de futebol António Oliveira será o candidato do PSD a Vila Nova de Gaia.

Jorge Ascenção, líder da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) concorrerá a Gondomar.

De acordo com a mesma fonte, por voto secreto, os 27 dirigentes sociais-democratas presentes na reunião, aprovaram, ainda, os nomes de dois ex-deputados e dois atuais autarcas de Juntas de Freguesia.

A Valongo concorrerá o ex-deputado Miguel Santos, que foi mandatário de Santana Lopes na corrida à liderança do PSD, enquanto a Lousada avançará o também ex-deputado Simão Ribeiro que foi líder da JSD nacional.

Foram também aprovados os nomes de Alexandre Costa, presidente da Junta de Freguesia de Paços de Ferreira, para candidato à Câmara deste município, o de Vítor Vasconcelos, presidente da Junta de Freguesia de Airães, para Felgueiras.

A Comissão Política Distrital Alargada do PSD reúne a Comissão Política Distrital e os presidentes das 18 Concelhias do distrito.

As eleições autárquicas têm de ser marcadas pelo Governo para entre 22 de setembro e 14 de outubro.

Em Portugal há 308 municípios (278 no continente, 19 nos Açores e 11 na Madeira), e 3.092 juntas de freguesia (2.882 no continente, 156 nos Açores e 54 na Madeira).

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EUA levantam dúvidas sobre dados de ensaio clínico à vacina da AstraZeneca

Um instituto federal suspeita de que os dados do ensaio clínico da AstraZeneca no país estão "desatualizados", horas depois de a farmacêutica ter apontado que a vacina é eficaz contra a Covid-19.

As autoridades de saúde norte-americanas levantaram dúvidas sobre os resultados do ensaio clínico da vacina da AstraZeneca, anunciados pela empresa no início desta semana. Num comunicado, os responsáveis de saúde indicam que a farmacêutica terá recorrido a “informação desatualizada” que “pode ter dado uma perspetiva incompleta sobre a eficácia dos dados”. A empresa já se comprometeu a publicar novos dados “dentro de 48 horas”.

Na segunda-feira, a AstraZeneca avançou que a vacina desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford tem uma eficácia de 79% contra o novo coronavírus, depois de testada num ensaio clínico nos EUA que envolveu 30 mil voluntários. Os dados recolhidos indicaram ainda que a vacina é eficaz em “pessoas de todas as idades”, incluindo idosos, e assegurou que nenhum dos participantes sofreu reações adversas ou teve de ser hospitalizado.

Contudo, já na madrugada de terça-feira, o Instituto Nacional para as Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID), uma entidade federal, emitiu um comunicado onde admite que os responsáveis de saúde estão “preocupados com a informação divulgada pela AstraZeneca”, apontando para a possibilidade de a farmacêutica ter “incluído informação desatualizada”. Apesar de a vacina já ter sido autorizada em mais de 50 países, ainda não foi admitida pelo regulador do medicamento dos EUA.

O instituto apela ainda a que a AstraZeneca trabalhe com as autoridades de saúde de forma a rever os dados iniciais sobre a eficácia da vacina contra a Covid-19, no sentido de assegurar que a informação é a “mais precisa” e “atualizada”.

Os resultados obtidos nos EUA e divulgados pela farmacêutica britânica na segunda-feira eram vistos como uma fonte de esperança para a vacina da Covid-19, depois de vários países europeus terem suspendido a sua administração por receio de uma eventual ligação, nunca comprovada, a um pequeno número de casos de surgimento de coágulos no sangue.

A suspensão tem minado a confiança dos cidadãos numa vacina que chegou a estar na frente da corrida e foi uma das principais apostas da Comissão Europeia. Bruxelas encomendou largos milhões de doses à empresa.

As dúvidas agora levantadas pelas autoridades norte-americanas poderão agravar ainda mais o problema de confiança na vacina das AstraZeneca, ainda que não se saiba exatamente a que dados “desatualizados” se refere o instituto.

Segundo a Agência Europeia do Medicamento (EMA), a vacina é “segura” e a administração da mesma nos Estados-membros da União Europeia, incluindo em Portugal, foi retomada esta semana.

AstraZeneca vai atualizar informação

Algumas horas depois da divulgação do comunicado pelo NIAID, a AstraZeneca comprometeu-se a atualizar os dados do ensaio clínico “dentro de 48 horas”. O prazo termina quinta-feira à tarde.

Respondendo às preocupações das autoridades de saúde, o grupo explicou que os dados que publicou no início da semana baseiam-se “numa análise interina” de informação atualizada até 17 de fevereiro. No entanto, assegura que reviu “a avaliação preliminar da análise primária e os resultados foram consistentes com a análise interina”.

“Vamos trabalhar imediatamente com o corpo independente de monitorização de dados de segurança para partilharmos a nossa análise primária com os dados de eficácia mais atualizados. Pretendemos divulgar os resultados da análise primária dentro de 48 horas”, indicou a AstraZeneca, citada pelo Financial Times (acesso pago).

(Notícia atualizada às 13h28 com reação da AstraZeneca)

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Lisboa segue quedas na Europa com novos recuos da Galp e BCP

A bolsa de Lisboa volta a desvalorizar, perante a queda das ações do BCP e da Galp Energia. Novos confinamentos na Europa pesam no sentimento dos investidores.

As bolsas europeias estão a seguir as quedas dos mercados asiáticos, à medida que os investidores vão digerindo as notícias sobre novos confinamentos em algumas partes da Europa. A praça portuguesa também cai, pela segunda sessão consecutiva.

O índice de referência Stoxx 600 recua 0,4%, enquanto o britânico FTSE 100 cai 0,7%, o francês CAC-40 perde 0,5% e o alemão DAX desvaloriza 0,5%. Na Península Ibérica, as bolsas espanhola e portuguesa registam recuos na mesma linha, com o IBEX-35 a ceder 0,5% e o PSI-20 a cair 0,58%, para 4.810,94 pontos.

Banca, energia e telecomunicações são dos setores que mais pressionam a bolsa de Lisboa. O BCP cai 1,23%, para 11,25 cêntimos, prolongando a queda de 2,32% registada na segunda-feira.

A Galp Energia recua 1,12%, para 9,962 euros por ação, continuando a ser penalizada pela desvalorização do petróleo nos mercados internacionais. O barril de crude está a cotar em Londres a 63,65 dólares, menos 1,5% do que no arranque da semana.

Evolução das ações da Galp Energia na bolsa de Lisboa:

Do petróleo para a eletricidade, a EDP desvaloriza 0,81%, enquanto a EDP Renováveis apresenta uma queda mais ligeira, de 0,12%.

Com menor ponderação no índice, mas mesmo assim em destaque, a Altri apresenta o pior desempenho da sessão, caindo 1,5%, enquanto os CTT desvalorizam 1,42%, para 3,135 euros por ação. A construtora Mota-Engil finaliza o top de quedas com um recuo de 0,98%, para 1,41 euros.

A impedir uma queda mais expressiva da bolsa de Lisboa está a subida de 0,68% da Jerónimo Martins. Mas é a Ramada Investimentos que brilha, com um avanço significativo de 4,21%.

Além dos condicionalismos da pandemia, os investidores estarão expectantes para assistir à audição conjunta, no Congresso dos EUA, de Jerome Powell, presidente da Fed, e de Janet Yellen, secretária do Tesouro e ex-presidente do banco central norte-americano.

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Suécia rasga convenção, mas admite voltar atrás se vir sinais do Governo

  • ECO
  • 23 Março 2021

Em causa esta uma convenção fiscal assinada em 2002, que evitava a dupla tributação de pensionistas. Desde 2009 que estes não são tributados em nenhum dos dois países, uma "injustiça fiscal".

A Suécia quer passar a tributar em IRS, a partir de 2022, os seus pensionistas que escolheram viver em Portugal nos últimos anos, rasgando assim uma convenção fiscal celebrada em 2002. No entanto, a ministra das Finanças sueca, Magdalena Andersson, disse, em entrevista ao Público que poderia voltar atrás, se visse sinais do Governo português de que iria ratificar o acordo, com as regras assinadas em 2019.

“Fizemos um acordo em 2019. Esperámos dois anos e a nossa paciência terminou. Há uma possibilidade [de retirar a proposta], se Portugal garantir que o acordo é uma realidade (…) mas o Governo português teria de agir agora”, admitiu, acrescentando que esse seria o melhor cenário. Mas, como a situação se encontra a agora, é “injustiça fiscal” pois, como explicou, “se um paciente sueco e um paciente português estiverem lado a lado num hospital [em território nacional], o português pagou impostos pelos dois, porque os suecos têm todos os direitos, mas não pagam impostos”.

A ideia inicial do acordo, primeiramente assinado em 2002, era evitar a dupla tributação. Todavia, “o resultado, depois de Portugal ter alterado o seu regime fiscal [em 2009], é uma não tributação. E isso é inaceitável“, notou a governante.

Questionada sobre quanto perdeu a Suécia desde 2009, a ministra indicou que essa não é a razão principal de rasgar a convenção, mas sim a justiça. “A possibilidade dada aos cidadãos mais ricos de pagarem zero ou 10%, enquanto os cidadãos comuns pagam muito mais, é uma injustiça fiscal que mina a credibilidade do sistema fiscal”, esclareceu. Até ao momento da entrevista, a ministra sueca não tinha recebido nenhum contacto por parte do Governo português a indicar que iria ratificar o acordo, nem a justificar porque não o fez.

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Sonae IM lidera investimento de quatro milhões na startup finlandesa Sellforte

A portuguesa Sonae IM, em conjunto com os fundos de capital de risco Bonnier Ventures e Icebreaker.vc, investiu quatro milhões de euros numa startup de otimização de investimentos em marketing.

A Sonae IM liderou uma ronda de financiamento de quatro milhões de euros na Sellforte, uma plataforma de otimização de marketing baseada em inteligência artificial. A operação contou também com a participação dos fundos Bonnier Ventures e Icebreaker.vc, anunciou a Sonae IM num comunicado.

O novo capital angariado pela Sellforte vai ser aplicado “na contratação de novo talento para reforçar a investigação e desenvolvimento do seu produto e acelerar a expansão internacional da sua operação”, refere a mesma nota. Na calha está já a abertura de um novo escritório na Alemanha.

O fundo de capital de risco Icebreaker.vc já tinha investido na Sellforte em rondas anteriores. Segundo a Sonae IM, a startup foi “fundada em 2017” e “obteve 4,5 milhões de euros de financiamento total até ao momento, servindo clientes em 14 países a partir dos seus escritórios na Finlândia, Suécia e Países Baixos”.

A diretora de investimentos da Bonnier Ventures, citada em comunicado, explica que “a Sellforte está a resolver um tema crítico para os executivos de marketing, ao disponibilizar um produto único com benefícios claros no que respeita à otimização dos investimentos de marketing. “O investimento responde a muitos dos critérios do que procuramos, sendo uma plataforma de alto desempenho que dá resposta a um problema significativo com potencial escala global e uma excelente equipa”, considera Dajana Mirborn.

Já Miguel Bagulho, diretor de investimentos da Sonae IM, afirma, também citado em comunicado, que a empresa portuguesa do grupo Sonae ficou impressionada “com a capacidade de gerar um crescimento exponencial num contexto extremamente difícil”.

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“Acho que Rui Rio vai mesmo ser primeiro-ministro”, diz Isaltino Morais

  • ECO
  • 23 Março 2021

Isaltino Morais diz-se "admirador" de Rui Rio e acredita que o líder do PSD "vai mesmo ser primeiro-ministro". Mas diz-se "surpreendido" que "não mande calar certas vozes no partido".

O presidente da Câmara de Oeiras confessa-se “admirador” de Rui Rio e acredita que o líder do PSD “vai mesmo ser primeiro-ministro”, tendo “todas as condições para ganhar as eleições em 2023”. No entanto, Isaltino Morais fica “surpreendido que não mande calar certas vozes no partido que prestam mau serviço à democracia”.

Em entrevista ao Diário de Notícias (acesso pago), o autarca não personalizou a crítica, embora tenha apontado baterias à “história dos movimentos independentes”, referindo-se a uma alteração à lei que foi aprovada no Parlamento e que dificulta este tipo de candidaturas. “É incompreensível como o Rui Rio avalizou isto. As pessoas não podem ser teimosas radicais que depois cai-se no irracionalismo”, rematou.

Falando ainda sobre política nacional, Isaltino Morais diz que se o PSD “não for buscar” votos ao PS, “nunca chegará a Governo porque a esquerda é maior do que a direita”. E sobre uma possível recandidatura a Oeiras? Não confirmou a 100% para já, mas sublinhou que “em princípio, será como independente”.

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