Conselho de Estabilidade Financeira do G20 recomenda manutenção da ajuda pública
O Conselho de Estabilidade Financeira, que integra os países do G20, recomenda a manutenção da ajuda pública até que a economia tenha estabilizado.
O Conselho de Estabilidade Financeira (Financial Stability Board, FSB), que integra os países do G20, recomenda a manutenção da ajuda pública até que a economia tenha estabilizado.
Numa carta, o presidente do FSB (Conselho de Estabilidade Financeira), Randal K. Quarles, informa os ministros das Finanças e os governadores dos bancos centrais do G20 que os programas de vacinação representam um ponto de viragem na pandemia da Covid-19.
Mas adverte que “a retirada das medidas de apoio antes da estabilização das perspetivas macroeconómicas poderia estar associada a riscos imediatos significativos para a estabilidade financeira”.
Mas também considera que podem surgir outros riscos para a estabilidade financeira se as medidas de apoio forem mantidas por demasiado tempo.
A maioria das autoridades considera que os custos da “retirada prematura do apoio poderiam ser mais significativos do que a sua manutenção por demasiado tempo”, de acordo com a carta.
Os países membros do Conselho de Estabilidade Financeira, um organismo sediado na cidade suíça de Basileia, estão empenhados em coordenar a retirada das medidas de apoio do Estado às economias.
Este organismo valoriza os progressos feitos nas reformas bancárias para evitar que os bancos muito grandes entrem em falência e ponham em perigo a estabilidade do sistema financeiro (demasiado grande para falhar).
Estas reformas reduziram os riscos para o sistema financeiro global, aumentaram a credibilidade da resolução e a disciplina do mercado e, em última análise, produziram benefícios líquidos para a sociedade.
Mas o Conselho de Estabilidade Financeira também acredita que estas reformas podem ser mais desenvolvidas, em particular no que diz respeito à absorção total das perdas e à transparência do financiamento da resolução.
Alguns riscos mudaram fora do sistema bancário para a intermediação financeira não bancária.
A carta aos ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G20, que se reúnem virtualmente na quarta-feira, também salienta a importância de abordar as questões das alterações climáticas.
Três equipas estão a trabalhar no Conselho de Estabilidade Financeira sobre dados, relatórios e questões regulamentares e de supervisão e fornecerão ao G20 dois relatórios em julho com recomendações sobre um roteiro para abordar os riscos financeiros relacionados com as alterações climáticas.
Salienta também a importância da “visão estratégica”, da “boa coordenação” e da “comunicação clara” com o G20.
Para permitir uma melhor coordenação, o Conselho convidou a Greening the Financial System Network a participar no seu trabalho sobre as alterações climáticas.
O Conselho de Estabilidade Financeira foi criado na reunião do G20 em Londres em 2009 devido à crise financeira e tem vindo a supervisionar a estabilidade financeira desde então.
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