UE pode não renovar contrato com AstraZeneca devido a atrasos
Thierry Breton lamentou que só tenham sido entregues cerca de 30 milhões de vacinas da AstraZeneca entre janeiro e março, quando estavam contratadas 120 no primeiro trimestre.
O comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, admitiu que a União Europeia (UE) pode não renovar o contrato para a aquisição da vacina da AstraZeneca, alegando o incumprimento dos prazos de entrega por parte da farmacêutica.
“A minha prioridade, como responsável das vacinas, é que aqueles com quem assinamos um contrato façam as entregas no prazo”, disse o comissário numa entrevista ao canal francês BFM TV (acesso livre, conteúdo em francês) citada pela agência EFE.
Thierry Breton lamentou que, no âmbito do contrato assinado com a AstraZeneca para a disponibilização de 120 milhões de doses no primeiro trimestre e de 180 milhões no segundo nos países da União Europeia, só tenham sido entregues cerca de 30 milhões entre janeiro e março.
“Isso criou problemas. Nada é definitivo, continuaremos as negociações”, disse o comissário francês, que assegurou que a eventual não renovação do contrato, que termina a 30 de junho, se deve à questão dos prazos e das condições estipuladas e não a problemas com a vacina em si mesma.
“Olhando para os números, vemos que os benefícios da vacina AstraZeneca são muito maiores do que o risco“, disse.
A campanha de vacinação da UE tem sido marcada por atrasos na entrega de vacinas por parte da farmacêutica anglo-sueca e pelos efeitos secundários do seu fármaco, tendo sido confirmada a sua ligação a casos muito raros de formação de coágulos sanguíneos.
A 8 de abril, as autoridades de saúde portuguesas recomendaram a administração da vacina da AstraZeneca em pessoas acima dos 60 anos de idade, depois de a EMA ter indicado uma “possível ligação” entre este fármaco e “casos muito raros” de formação de coágulos sanguíneo.
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