“Nomadland – Sobreviver na América” vence Óscar de melhor filme

  • Lusa e ECO
  • 26 Abril 2021

"Nomadland - Sobreviver na América" venceu o Óscar de Melhor Filme, na 93.ª edição dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas, dos Estados Unidos.

“Nomadland – Sobreviver na América” conseguiu esta segunda-feira o Óscar de Melhor Filme, na 93.ª edição dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas, dos Estados Unidos.

Dirigido por Chloé Zhao, teve como produtores Frances McDormand, Peter Spears, Mollye Asher, Dan Janvey e a própria Chloé Zhao.

Para o Óscar de Melhor Filme estavam nomeados “Mank”, “Nomadland – Sobreviver na América”, “Uma miúda com potencial”, “O Pai”, “Judas and the Black Messiah”, “Minari”, “Sound of Metal” e “Os 7 de Chicago”.

Nas contas para esta edição, o filme “Mank”, de David Fincher, somou dez nomeações, enquanto “Nomadland – Sobreviver na América”, de Chloé Zhao, foi indicado para sete estatuetas, entre as quais a de Melhor Realização, conquistado pela cineasta.

Mank“, até gora, soma dois Óscares: Melhor Cenografia e Melhor Direção de Arte.

“Nomadland – Sobreviver na América”, protagonizado por Frances McDdormand, conta a história de uma mulher que viaja pela América como nómada, vivendo numa caravana, trabalhando em empregos temporários e sobrevivendo na estrada, na sequência de uma crise económica.

Embora o filme seja uma ficção, assenta em testemunhos reais de norte-americanos que vivem na estrada, sempre em trânsito, numa comunidade nómada mais envelhecida e nas margens da sociedade. Chloé Zhao, sino-americana, foi a primeira mulher asiática nomeada para os Óscares e a segunda mulher a conquistá-lo, depois de Kathryn Bigelow, em 2020, por “Estado de Guerra”.

A cerimónia da 93.ª edição dos Óscares, adiada de fevereiro para abril, por causa da pandemia, decorre no tradicional Dolby Theatre, com audiência, e no edifício da estação de comboios Union Station, em Los Angeles. Realiza-se na noite de domingo, na Califórnia, madrugada de segunda-feira, em Portugal.

Veja a lista completa de vencedores:

  • Melhor Filme: “Nomadland – Sobreviver na América”
  • Melhor Realizador: Chloé Zhao, “Nomadland – Sobreviver na América”
  • Melhor Argumento original: Emerald Fennell por “Promising Young Woman”
  • Melhor Argumento adaptado: Chriostopher Hampton e Florian Zeller, por “The Father”
  • Melhor Filme Internacional: “Mais uma rodada” de Thomas Vinterberg
  • Melhor Ator: Anthony Hopkins pelo desempenho em “O Pai”
  • Melhor Ator secundário: Daniel Kaluuya pelo desempenho em “Judas and the Black Messiah”
  • Melhor Atriz: Frances McDormand, pelo desempenho em “Nomadland – Sobreviver na América”
  • Melhor curta-metragem: “Dois Perfeitos Estranhos”
  • Melhor Filme de Animação: “Soul: Uma Aventura com Alma”
  • Melhor curta de Animação: “Se Acontecer Alguma Coisa, Adoro-vos”
  • Melhor Documentário: “A Sabedoria do Polvo”
  • Melhor curta de Documentário: “Colette”
  • Melhor Banda Sonora Original: Trent Reznor, Atticus Ross e Jon Batiste por “Soul”
  • Melhor Música Original: ‘Fight for You’, em “Judas e o Messias Negro”
  • Melhor Som: Nicolas Becker, Jaime Baksht, Michellee Couttolenc, Carlos Cortés e Phillip Bladh por “O Som do Metal”
  • Melhores Efeitos Visuais: Andrew Jackson, David Lee, Andrew Lockley e Scott Fisher por “Tenet”
  • Melhor Direção de Arte: Donald Graham Burt e por Jan Pascale por “Mank”
  • Melhor Fotografia: Donald Graham Burt e por Jan Pascale por “Mank”
  • Melhor Montagem: Mikkel E. G. Nielsen por “O Som do Metal”
  • Melhor Maquilhagem e Penteados: Sergio Lopez-Rivera, Mia Neal e Jamika Wilson por “Ma Rainey: A Mãe do Blues”
  • Melhor Guarda-roupa: Ann Roth por “Ma Rainey: A Mãe do Blues”

(Notícia atualizada às 8h27 com a lista completa de vencedores)

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Lucro da Galp cai 13% para 26 milhões no primeiro trimestre

Apesar dos resultados estarem em terreno positivo, representam uma quebra de 13% face ao primeiro trimestre de 2020. A Galp anunciou também que a refinaria de Matosinhos fecha até ao final do mês.

A Galp Energia registou um lucro de 26 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma quebra de 13% face ao período homólogo, de acordo com a informação enviada esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Os investidores começaram por penalizar os títulos da petrolífera no arranque da sessão, mas rapidamente houve uma inversão de tendência.

“Estes resultados trimestrais, alcançados em condições macro ainda muito desafiantes, denotam uma saudável melhoria, mesmo se comparados com os do mesmo trimestre de 2020, quando apenas tínhamos sentido o impacto inicial dos extraordinários acontecimentos desse ano”, diz o presidente executivo, Andy Brown, em comunicado enviado às redações.

Neste período, os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) subiram 6% para 499 milhões de euros, em termos homólogos e 21,7% relativamente ao último trimestre de 2020. Este valor é “suportado por um desempenho robusto do upstream, apesar de restrições na produção, o que mais do que compensou a menor contribuição dos segmentos de downstream“, explica a empresa.

“A posição financeira da Galp melhorou e as medidas que tomámos para ajustar o nosso portfolio e para incutir disciplina nos custos tornaram-nos mais fortes para os desafios que ainda temos pela frente”, diz ainda o CEO, no mesmo comunicado.

De acordo com os resultados, a Galp aumentou o investimento 23% nos três primeiros meses do ano, num total de 178 milhões de euros (mais 33 milhões do que no ano anterior) e a dívida líquida aumentou 4% ascendendo agora a 1,55 mil milhões de euros.

A atividade de refinação continua a ter um impacto negativo nos resultados (em seis milhões de euros) tendo em conta a quebra nas margens de refinação, as restrições relacionadas com o aprovisionamento de gás natural, e aos efeitos negativos relacionados com o desfasamento das fórmulas de pricing de produtos petrolíferos, e do acréscimo de custos de regaseificação em Portugal.

A nível comercial a empresa registou uma quebra de 25% nas vendas a clientes de produtos petrolíferos, “refletindo a redução da procura no mercado Ibérico, nomeadamente nos segmentos de aviação, marinha e retalho, como consequência das medidas de confinamento e do ambiente económico menos favorável”. As vendas de gás natural também caíram 26%, “devido aos menores volumes vendidos ao segmento B2B na Ibéria”. Já a venda de eletricidade registou uma subida de 6%, “devido a uma contribuição robusta dos segmentos B2B e B2C, com um aumento do número de clientes”, justifica a empresa.

Refinaria de Matosinhos pára totalmente no final do mês

A refinaria de Matosinhos deverá parar totalmente no final de abril, arrancando então as operações de desmantelamento e mantendo-se as previsões iniciais de uma poupança anual de 90 milhões de euros com o encerramento, anunciou também a Galp.

“A unidade deverá parar totalmente no final deste mês e vamos começar a fase de descomissionamento. A descontaminação será mais tarde e, portanto, do ponto de vista de geração de cashflow, este é um processo que vai demorar muito, muito tempo, mas sem diferenças face aos números previstos”, afirmou o diretor financeiro (CFO) da Galp, Filipe Crisóstomo, durante um webcast para apresentação dos resultados do primeiro trimestre da petrolífera.

Descrevendo como um “número histórico” o valor avançado no ano passado aquando do anúncio do encerramento da refinaria de Matosinhos — uma poupança de custos na ordem dos 90 a 100 milhões de euros anuais –, o CFO disse que “não há, nesta fase, indicações de que os números serão diferentes”.

Segundo precisou, esse valor inclui cerca de 60 milhões de euros de poupanças em despesas operacionais e 30 milhões de euros em despesas de capital recorrentes.

A Galp anunciou no final do ano passado a concentração das suas operações de refinação no complexo de Sines e a descontinuação das operações na refinaria de Matosinhos a partir de 2021.

Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Galp justificou a decisão com as “alterações estruturais dos padrões de consumo de produtos petrolíferos motivados pelo contexto regulatório e pelo contexto Covid-19”, que “originaram um impacto significativo nas atividades industriais de downstreaming”, assegurando que “o aprovisionamento e a distribuição de combustíveis no país não serão impactados por esta decisão”.

(Notícia atualizada às 13h36 com informação sobre refinaria de Matosinhos)

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5 coisas que vão marcar o dia

DGO revela execução orçamental e Galp apresenta contas do arranque do ano. Está também prevista a publicação de estatísticas sobre a avaliação bancária da habitação e sobre os preços do gás e da luz.

Nesta segunda-feira será conhecida a execução orçamental, bem como os resultados da Galp para o primeiro trimestre de 2021. No dia em que o Eurostat publica dados sobre os preços do gás e da eletricidade pagos pelas famílias, o INE divulga em que patamar se encontra a avaliação bancária da habitação, que tem vindo a aumentar. Além do mais, o julgamento do processo Tancos continua.

DGO revela execução orçamental

A Direção-Geral do Orçamento divulga a síntese de execução orçamental até março deste ano. Contudo, o Ministério das Finanças já adiantou alguns números desta síntese de execução orçamental, nomeadamente que a despesa das medidas extraordinárias da Segurança Social atingiu os 804,9 milhões de euros no primeiro trimestre, mais do que o previsto para o ano todo. De recordar que, a partir de 15 de janeiro, o país entrou no segundo confinamento tendo regressado diversos apoios para as empresas e trabalhadores, como o lay-off simplificado.

Avaliação das casas continua a aumentar?

O Instituto Nacional de Estatística divulga esta segunda-feira os resultados do Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação referente ao mês de março deste ano. A avaliação por parte da banca tem vindo a atingir recordes, sendo que em fevereiro chegou aos 1.174 euros por metro quadrado, mais quatro euros do que em janeiro. Em causa está o montante mediano a que os bancos avaliam os imóveis para fins de concessão de crédito à habitação.

Galp revela contas do arranque do ano

A Galp apresenta esta amanhã, antes da abertura dos mercados, os resultados do primeiro trimestre de 2021. O ano de 2020 foi duro para a petrolífera que viu prejuízos de 42 milhões de euros, depois de em 2019 ter tido lucros de mais de 500 milhões de euros. Os resultados refletiram os desafios impostos pela pandemia e obrigaram a empresa a ajustar os seus objetivos para o presente ano.

Quanto custa a eletricidade e o gás na Europa?

Esta segunda-feira será divulgado, pelo Eurostat, as estatísticas referentes aos preços do gás e da eletricidade pagos pelas famílias no segundo semestre de 2020. No primeiro semestre de 2020 houve uma descida generalizada dos preços da eletricidade na maior parte da União Europeia, inclusive em Portugal e estabilização dos preços do gás. Em Portugal, os preços da eletricidade, com impostos e taxas situaram-se na primeira metade do ano nos 21,2 euros por 100kWh, ligeiramente abaixo de 2019.

Prossegue julgamento do processo Tancos

O processo de Tancos conta com 23 acusados, incluindo o ex-ministro da Defesa, Azeredo Lopes, o ex-diretor nacional da Polícia Judiciária Militar (PJM) Luís Vieira, o ex-porta-voz da PJM, Vasco Brazão, e o ex-fuzileiro, João Paulino, que segundo o Ministério Público foi o mentor do furto. Os acusados respondem por um conjunto de crimes que vão desde terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça e prevaricação até falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.

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Alemã RFA vai produzir foguetões em Portugal

O consórcio prevê realizar um investimento total de 9 milhões de euros durante um período de três anos.

A RFA, empresa alemã líder do setor espacial, em parceria com o Ceiia, chegaram a acordo com AICEP para desenvolver e produzir em Portugal sistemas para o futuro foguetão RFA ONE.

“É com enorme prazer que damos as boas-vindas à RFA em Portugal. Este projeto de investimento é um importante passo para colocar Portugal na vanguarda da inovação numa área tão pioneira como o desenvolvimento de lançadores espaciais, provando que o talento é uma das vantagens competitivas do país. Há uma década, Portugal estava a começar a lançar o setor aeronáutico. Agora, estamos a entrar numa nova era, ao plantar as primeiras sementes da indústria espacial no País. Estamos a lançar a Era Espacial!”, afirma o presidente da AICEP, Luís Castro Henriques.

O âmbito do projeto prevê a produção do conjunto de estruturas primárias para micro foguetões, nomeadamente, a Payload Fairing (PF), o Kick Stage (KS), incluindo as estruturas para suportar um sistema de propulsão, e os Separation Interface Flanges (SIF) que conectam os diferentes estágios do veículo (incluindo o KS e o PF). O consórcio prevê realizar um investimento total de 9 milhões de euros durante um período de três anos.

Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, refere que “a instalação da RFA Portugal abre uma nova fase na estratégia portuguesa para o Espaço e um novo momento de utilização eficaz dos sistemas espaciais na recuperação de Portugal e da Europa.

“Estamos a atravessar uma fase muito empolgante no setor europeu do Espaço. Uma série de startups estão a desenvolver micro-lançadores espaciais em todo o mundo. Estou convencido de que este mercado de custos competitivos de lançadores espaciais fabricados industrialmente será altamente lucrativo. É por isso que estou muito satisfeito por iniciar esta joint-venture entre a Rocket Factory Augsburg e a CEiiA para o design e industrialização de micro-lançadores espaciais em Portugal“, sublinha em comunicado, Marco Fuchs, membro do conselho de administração da RFA e CEO da OHB SE, um dos maiores integradores de sistemas espaciais da Europa.

Para Marco Fuchs, Portugal é um país emergente no setor espacial europeu especialmente na área dos micro-lançadores espaciais” e está “muito ansioso” para arrancar com este projeto. O diretor comercial da RFA e diretor executivo da RFA Portugal, Jörn Spurmann, corrobora a ideia de Marco Fuchs e destaca que “é uma honra desempenhar um papel tão vital na indústria espacial portuguesa”. Jörn Spurmann acrescenta ainda que a parceria apoiada pela AICEP “irá permitir o desenvolvimento de lançadores espaciais em Portugal, alavancando a pool de talentos altamente qualificados existente em Portugal, combinado com o know-how da industrialização da Alemanha”.

O Ceiia, que tem know-how na indústria aeroespacial, refere em comunicado que estão neste momento a iniciar a fase de prototipagem do demonstrador orbital em conjunto com a RFA Portugal no âmbito do programa C-STS da ESA com base no apoio da Agência Espacial Portuguesa, PT Space.

“O início deste contrato com o desenvolvimento destes complexos componentes espaciais para a produção em série e qualificação de estruturas compostas de lançadores é o próximo passo natural. Estamos felizes em contribuir para a visão da RFA e muito felizes por termos sido selecionados para enfrentar este desafio extraordinário” diz Tiago Rebelo, diretor técnico do Ceiia.

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Sete das 10 maiores espanholas crescem em prémios de seguro até março

  • ECO Seguros
  • 25 Abril 2021

Embora com quebra de 10% face a igual trimestre de 2020, VidaCaixa mantém-se líder de faturação, seguida de Mafpre e grupo Mutua. Destaque para a Zurich, cuja receita subiu 24%.

As receitas das seguradoras em Espanha totalizaram 16,69 mil milhões de euros no primeiro trimestre do ano, descendo 0,32%, com o volume de negócio praticamente inalterado face a período homólogo do ano passado, apesar da paralisação económica gerada pela pandemia de Covid-19 e das medidas adotadas para conter a sua propagação, afirma um comunicado da Unespa, associação espanhola do setor.

Os seguros de saúde, multirrisco e linha comerciais cresceram, tendência contrariada pelos ramos Vida e pelo seguro automóvel, que reduziram a sua contribuição na faturação do setor. Da receita total estimada para o período janeiro a março, 10387 milhões de euros corresponderam a seguros não Vida, com os restantes 6,3 mil milhões a serem gerados pelos seguros Vida, refere a patronal espanhola citando informação provisória da ICEA – Investigación Cooperativa de Entidades Aseguradoras, fonte estatística de referência para o setor em Espanha.

Com estes números, o negócio Vida mingou 3,4% face ao trimestre comparável de 2020, mas moderou a quebra verificada em trimestres anteriores. Já o ramo não Vida, com variação homóloga de 1,54%, beneficiou do crescimento nas coberturas de saúde (+3,9%) e seguros de imóveis (habitação), que cresceram os mesmos 3,9% e ainda por “diversos”, ligados a atividade empresarial, a progredirem 1,2%. Estes avanços em não Vida foram contrariados por recuo de 1,7% no seguro automóvel, que faturou 2,91 mil milhões de euros até março.

De acordo com a Inese.es, plataforma de informação especializada que cita a mesma fonte (ICEA), sete dos 10 maiores grupos espanhóis cresceram no trimestre. O VidaCaixa mantém liderança do setor, por volume total de prémios, embora registando decréscimo de 10% na faturação.

O top3 no fecho do trimestre completa-se com o grupo Mapfre e o grupo Mutua Madrileña, constituindo-se também como o trio exclusivo com faturação superior ao milhar de milhão de euros no trimestre que abriu o exercício.

Fonte: Inese – BDS.

Contrastando com a ligeira quebra no setor, sete grupos seguradores do ranking elaborado pela ICEA subiram receitas no trimestre até março, com destaque para a Helvetia, que passou a consolidar a Caser, e da Zurich Seguros, com um crescimento 23,9% face a igual trimestre de 2020.

O top10 espanhol concentra 63,9% de quota no total de prémios contabilizados no trimestre. Considerando os 20 primeiros grupos do ranking, a participação corresponde a 79,2% do total trimestral de prémios de seguro, complementa a Inese.

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Saham Angola Seguros mudou designação para Sanlam, marca do grupo líder em África

  • ECO Seguros
  • 25 Abril 2021

A seguradora mudou denominação passando a operar sob a marca do grupo sul-africano que, há pouco mais de dois anos, adquiriu a marroquina Saham Finances, até então acionista maioritária na angolana.

Nascida em 2005 como GA Angola Seguros e depois rebatizada, a angolana Saham era controlada por um grupo marroquino entretanto adquirido pela sul-africana Sanlam, conglomerado de seguros e serviços financeiro presente em 44 países, 33 dos quais em África, onde é líder em seguros e serviços financeiros.

Com a aquisição da Saham Finances (negócio segurador do Saham Group), em 3 fases de um processo que decorreu entre 2015 e 2018, o negócio de seguros do grupo marroquino – presente em 26 jurisdições africanas, mais o Líbano -, foi redenominado Sanlam Pan Africa (SPA) General Insurance, mantendo-se sediado em Casablanca, mas sob o controlo do sul-africano Sanlam Group.

Com a absorção do negócio marroquino, o grupo Sanlam – cujos indicadores permitem que se posicione como um dos 50 IAIG do mundoiniciou a integração das subsidiárias e participadas africanas da Saham Finances. A redenominação da seguradora angolana é parte desse processo unificação e, por isso, está em curso a campanha de lançamento da nova marca.

“A SAHAM Angola Seguros está a mudar de marca para SANLAM Angola Seguros. Esta mudança de nome surge na sequência da aquisição do Grupo SANLAM na totalidade do capital da SAHAM Finances, finalizada em outubro de 2018”, informou a empresa.

“(…) agora fazemos parte do maior grupo de seguros pan-africano. Nossos funcionários e associados podem se orgulhar do conhecimento e experiência com os quais podem lucrar ou compartilhar com este novo grupo,” afirma Andre Philippe Alliali-Die, administrador-delegado da Sanlam Angola Seguros, citado no comunicado.

O lançamento da Sanlam em Angola “resulta de uma visão estratégica global do Grupo, assente na constituição de uma marca única e forte no continente. Esta operação de mudança de marca, também reflete um forte potencial de criação de valor para nossos clientes, bem como uma fonte de crescimento para o sector de seguros em nosso país”, lê-se no website da empresa. Sediada em Luanda, a redenominada Sanlam Angola Seguros conta oito agências e 24 pontos de venda, “além de uma ampla rede de agentes exclusivos”.

África ocidental e norte fazem 30% da receita da Sanlam Emerging Markets

O Sanlam Group consolidou perto de 8,35 mil milhões de rands (485,7 milhões de euros) de lucro operacional em 2020 (incluindo a atividade de investimento e projectos), resultado que representa decréscimo de 23% face ao exercício anterior. De acordo com relatório anual divulgado em março, excluindo impacto Covid-19 – que obrigou a provisionar 3000 milhões de rands, grande parte destinada a saldar contingente BI (Busines Interruption) -, o resultado cresceu 14%, para 11,24 mil milhões de rands.

No entanto, por causa de imparidades (perdas reconhecidas por reavaliação de ativos operacionais, entre os quais a Saham Finances), num total de 8,64 mil milhões de rands, e amortizações de intangíveis (700 milhões), o grupo apurou prejuízo líquido anual de 694 milhões de rands, em quebra de 108% face aos 9,1 mil milhões de rands ganhos em 2019.

A receita de novos negócios da SEM (Sanlam Emerging Markets), divisão que consolida o negócio no continente africano e outras operações internacionais, cresceu 35%, para o equivalente a 2,72 mil milhões de euros (46,9 mil milhões de rands). Da estrutura de negócio, a gestão de ativos gerou 21,18 mil milhões de rands (+95% face a 2019), os seguros gerais 16,48 mil milhões de rands (+6%), com o perímetro relacionado com operações Saham a crescer 3%, e os seguros Vida 9,24 mil milhões (+11%).

Por regiões, o mercado sul-africano contribuiu com 20,84 mil milhões de rands (+33%), as regiões norte e ocidental de África 14,22 mil milhões (+12%), representando cerca de 30% da faturação anual da SEM, e a África oriental 7,73 mil milhões, mais do que a triplicar faturação de um ano antes.

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Ambientalistas pedem à UE que acelere design ecológico nos têxteis

  • Capital Verde
  • 25 Abril 2021

Para a Zero e a ECOS é urgente integrar requisitos mínimos de ecodesign nos têxteis, em toda a União Europeia, similares aos existentes para os equipamentos elétricos e eletrónicos.

A data está marcada. Segundo a Diretiva europeia para os Resíduos, já transposta para a lei nacional através do Decreto Lei 102D/2020 de 12 de dezembro, daqui a pouco mais de três anos, a partir de 1 de janeiro de 2025, a recolha seletiva de têxteis passará a ser obrigatória em todos os países da União Europeia. Ou seja, além de um ecoponto para o vidro, o papel e o plástico, poderá passar a existir também um outro para depositar as roupas que já não usa, para que possam seguir obrigatoriamente para reciclagem.

Na visão da associação ambientalista Zero, e da ONG internacional ECOS – Environmental Coalition on Standards, que integra, “tal representa uma excelente oportunidade para, através da aplicação da responsabilidade alargada do produtor, ser definido um enquadramento que incentive as marcas a investir na durabilidade, reutilização, reparabilidade, não toxicidade, redução da libertação de microfibras e reciclabilidade dos seus produtos e penalize fortemente aquelas que insistam no modelo linear atual”.

Segundo um estudo realizado pela ECOS, organizaçao composta por uma rede de membros e peritos defensores de padrões técnicos, políticas e leis ambientais, é urgente integrar requisitos mínimos de conceção ecológica (ecodesign) nos têxteis, em toda a União Europeia, similares aos existentes para os equipamentos elétricos e eletrónicos.

Esta intervenção não só é urgente como tem um enorme potencial de eficácia, uma vez que 80% dos impactos ambientais resultantes dos produtos têxteis são estabelecidos na fase de conceção.

Assim, defendem as duas organizações, os novos requisitos de design ecológico devem focar-se em:

  • Desenhar os produtos e os sistemas para vidas mais longas, informando o consumidor do tempo de vida expectável; fabricar produtos têxteis que sejam duráveis, reutilizáveis, facilmente reparáveis e recicláveis;
  • Assegurar que os produtos são livres de tóxicos e que os materiais usados provêm de fontes sustentáveis e éticas;
  • Desenvolver normas sobre a libertação de microfibras (fibras sintéticas);
  • Aplicação da responsabilidade alargada do produtor, que promova prioritariamente a redução e a reutilização/durabilidade/ reparação.

“Esta proposta visa contribuir para a transição necessária do atual modelo linear e insustentável (compras constantes; tempo de utilização reduzido; descarte) para um modelo circular (compra apenas do essencial;
utilização a longo prazo – pelo próprio ou por outros, fomentando a venda em 2ª mão – reciclagem em upcycling – transformando as fibras recicladas em produtos de qualidade)”, explica a Zero em comunicado.

Os ambientalistas apelam à Comissão Europeia para aplicar os princípios da conceção ecológica aos produtos têxteis, segundo o modelo dos equipamentos elétricos e eletrónicos, regulados pela Diretiva Etiquetas e normas atuais não integram critérios chave para garantir uma produção sustentável da Conceção Ecológica (Ecodesign), expandindo o seu âmbito como parte da planeada Iniciativa Política para os Produtos Sustentáveis.

A nível europeu, o setor têxtil está identificado como um dos setores prioritários no âmbito do Plano de Ação da UE para a Economia Circular, estando prevista a publicação de uma Estratégia Europeia para a Sustentabilidade dos Têxteis.

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Liberais descem a Av. da Liberdade no 25 de abril

  • ECO
  • 25 Abril 2021

Pela primeira vez, houve dois desfiles do 25 de abril. A Iniciativa Liberal quebrou o monopólio da associação 25 de abril.

Ao 47º aniversário do dia da liberdade, não houve apenas um desfile, mas dois, um da Associação 25 de abril e outro da Iniciativa Liberal. Após a associação ter rejeitado a participação dos liberais, alegando razões de saúde pública, e recuando uma semana depois, o presidente da Iniciativa Liberal e deputado único, João Cotrim Figueiredo, manteve a convocatória e juntou cerca de 500 pessoas, segundo informações do próprio partido.

No discurso na Assembleia da República, Cotrim Figueiredo já tinha explicado o que levou a Iniciativa Liberal a manter um desfile próprio e alternativo ao tradicional. “Queremos celebrar uma data da qual ninguém se pode” esquecer. “Logo à tarde os liberais vão celebrar o 25 de abril porque nesse dia foi-nos dada a oportunidade de criar um país diferente. 47 anos depois ainda não soubemos aproveitar”, disse.

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Consumo de gasóleo aumentou 1,7% em março, pela primeira vez desde o início da pandemia

  • Lusa
  • 25 Abril 2021

Em contraponto com o gasóleo, o consumo da gasolina registou uma descida de 4,3%, assim como o combustível para aeronaves (jet fuel) de 67,5%.

O consumo de gasóleo rodoviário registou em março, e pela primeira vez desde o início da pandemia da covid-19, um aumento do consumo face ao mês homólogo, tendo sido consumido mais 1,7%, divulgou a Agência para a Energia (Adene).

De acordo com o boletim de março da eletricidade, petróleo e gás natural, em contraponto com o gasóleo, o consumo da gasolina registou uma descida de 4,3%, assim como o combustível para aeronaves (jet fuel) de 67,5%.

Ao nível do consumo de eletricidade e gás natural, prossegue a comunicação, “a tendência mantém-se a mesma que se observou no último ano”.

“As medidas de combate à pandemia têm provocado um aumento do consumo energético das famílias (6,2% na eletricidade e 11,0% no gás natural)”, salienta o documento.

Já no setor dos serviços, segundo a Adene, registou-se “uma diminuição (9,2% na eletricidade e 8,2% no gás natural) face ao período homólogo”.

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Estes cinco países estão livres de Covid-19

Enquanto em alguns países do globo os casos de Covid-19 continuam a aumentar, há locais onde não se registam novas infeções há um mês.

Os confinamentos e medidas restritivas devido à pandemia ainda são uma realidade em muitos países, inclusivamente Portugal, cerca de um ano depois de ter surgido a Covid-19. No entanto, há já cinco locais que não registam nenhum novo caso de infeção por SARS-COV-2 nas últimas quatro semanas.

Estes locais estão espalhados pelos quatro cantos do globo, segundo a análise do Deutsche Welle (acesso livre, conteúdo em inglês), com base nos dados oficiais. Na Ásia, é o Tajiquistão que se destaca por não ter novos casos, enquanto na América é em São Cristóvão e Nevis que não se contam novas infeções.

Pela Europa, apenas o Vaticano se vê livre de novas infeções por Covid-19 há pelo menos um mês. Já na Oceânia, os locais onde não identificaram casos nas últimas semanas são as ilhas Marshall e Samoa.

Por outro lado, há 12 países e territórios cujas novas infeções nos últimos 14 dias, comparando com a quinzena anterior, caíram para mais metade, grupo onde se inclui a Nova Zelândia, o Mónaco e São Tomé e Príncipe. Em 66 locais, como Itália e Bélgica, a tendência também é positiva, registando menos novos casos que nos 14 dias antes.

Já em 12 locais contam-se sensivelmente os mesmos novos casos que nas semanas anteriores. A tendência é mais preocupante em 76 países, que registam mais novos casos que nos 14 dias antes. Neste grupo inclui-se Portugal, onde o desconfinamento faz aumentar os contactos entre a população.

Na última “camada”, onde a pandemia está mais descontrolada, encontram-se 17 países. Neste grupo, onde se inclui a Índia, Costa Rica e Sudão, os casos nos últimos 14 dias subiram para o dobro, segundo os dados da publicação.

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Vladimir Putin e Joe Biden planeiam cimeira para junho

  • Lusa
  • 25 Abril 2021

“Falaram do mês de junho e até há datas especificas”, disse o assessor do Kremlin para os Assuntos Internacionais.

Os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos, Vladimir Putin e Joe Biden, planeiam realizar uma cimeira em junho, revelou este domingo o assessor do Kremlin para os Assuntos Internacionais, Yuri Ushakov.

“Falaram do mês de junho e até há datas especificas”, disse Ushakov em declarações a um programa da televisão russa. Perante a insistência do jornalista em revelar as datas, o assessor vincou: “junho é junho”.

De acordo com Ushakov, os preparativos para a cimeira ainda não começaram, uma vez que a decisão final sobre a sua realização ainda não foi tomada e “depende de muitos fatores”. A esse respeito, o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, enfatizou que a proposta feita por Biden durante a conversa telefónica que manteve com Putin há duas semanas foi recebida “positivamente” e “está as ser estudada”.

Lavrov aproveitou para referir que o Governo de Moscovo pode tomar novas medidas contra Washington se “a escalada de medidas hostis” continuar. Em causa está a expulsão de dez diplomatas e a lista negra elaborada pelos Estados Unidos que contém altos funcionários russos registados por interferência eleitoral e pelo papel da Rússia na Ucrânia, medidas às qual o Kremlin respondeu com iniciativas semelhantes.

Se a cimeira de junho vier a ocorrer, será a primeira reunião de alto nível entre os líderes destes dois países desde que Putin e o ex-presidente americano Donald Trump se encontraram em Helsínquia, em julho de 2018.

As tensões entre o Kremlin e a Casa Branca dispararam depois de Biden ter chamado Putin de “assassino”, o que fez o Governo russo chamar o embaixador russo em Washington, Anatoly Antonov, que ainda não regressou ao cargo. Posteriormente, foi a vez do embaixador dos Estados Unidos em Moscovo, ser convocado, tendo-lhe sido recomendado que deixasse o país para consultas junto dos seus superiores, o que aconteceu esta semana.

Somam-se as tensões em torno de Donbass, região do leste da Ucrânia, onde estão concentradas tropas russas, o que aumenta o receio de um novo conflito militar, ainda que a retirada tenha começado na sexta-feira.

Também o alegado envenenamento e a condenação do líder da oposição, Alexéi Navalni, cujo estado de saúde piorou desde que foi preso para cumprir dois anos e meio de prisão, tem gerado tensão entre americanos e russos. Paralelamente, Putin acusou os Estados Unidos de organizar uma conspiração contra o presidente bielorrusso, embora este tenha aceitado o convite de Biden para participar na cimeira sobre o clima na quinta-feira.

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Horta Osório: Lloyds esteve “à beira de morrer”

O banqueiro vai mudar-se para a Suíça nos próximos dias, para assumir a posição de chairman do Credit Suisse no dia 1 de maio.

De Londres para Zurique, do Lloyds para o Credit Suisse, de um banco que esteve à beira do fim para outro que, recentemente, registou perdas de cerca de quatro mil milhões de euros por causa de investimentos no fundo Archego Capital Management. Em entrevista ao Financial Times (acesso pago em inglês), o banqueiro português revela que o banco inglês esteve “à beira morrer”, recorda o ‘burnout’ que o afastou da liderança durante meses e antecipa os objetivos no novo cargo de chairman do banco suíço.

A dias de se mudar de malas e bagagens para Zurique, depois de 15 anos em Londres, Horta Osório revela que quando foi nomeado para a administração do Banco de Inglaterra, se sentiu verdadeiramente adotado por Londres e pelo Reino Unido.

O banqueiro tomou posse no início de 2011, vindo o Santander UK, e transformou um banco que era um passivo para os contribuintes ingleses num ativo, e o Estado inglês recuperou a totalidade dos fundos que lá investiu. Em 2009, o Estado tomou 43% do capital do banco, depois de meter cerca de vinte mil milhões de libras no capital. E qual foi o momento mais importante dos anos no Lloyds Bank? Hort Osório responde ao diretor adjunto do Financial Times: A última operação de reprivatização do banco. “Foi um momento inesquecível” quando recebeu uma chamada no dia 17 de maio de 2017, ao final da tarde, em que lhe comunicaram que o Estado tinha vendido as últimas ações que tinha da instituição.

Horta Osório não revela muitos detalhes, mas adianta que o Lloyd’s esteve perto de “morrer” — a expressão é mesmo do banqueiro neste “Lunch with the FT” — por causa do risco de não conseguir reembolsar uma linha de financiamento de curto prazo de 200 mil milhões de libras sem o apoio do Estado. Foi nesse momento que colapsou. “Não se pode partilhar este tipo de coisas, porque se o fizer, a confiança no banco evapora-se e morre”.

Foi no verão do ano passado, que Horta Osório anunciou que ia deixar de ser CEO do Lloyds Bank, mudando-se para o Credit Suisse, mas, desta vez, sem funções executivas, embora com muitos outros poderes. O português vai sentar-se na cadeira de chairman do banco suíço a 1 de maio, ou seja, já na próxima semana, um dia depois da assembleia geral de acionistas que vai aprovar a sua nomeação.

“Estou muito motivado para continuar a desenvolver os muitos pontos fortes do grupo, em estreita colaboração com o Conselho de Administração e a equipa de gestão. Este é um momento de grandes oportunidades para o Grupo Credit Suisse, para os seus colaboradores, clientes e acionistas“, disse em dezembro do ano passado Horta Osório, em comunicado.

Neste encontro com o Financial Times, Horta Osório escusou-se a fazer comentários sobre o caso que agora afeta o Credit Suisse, mas garante que não tem o mesmo nível de preocupações que tinha quando em 2011 chegou ao Lloyd’s Bank. O banqueiro salienta as diferenças, um “franchise” muito forte, ao contrário do Lloyd’s há dez anos, e uma presença na Ásia e no mercado da gestão de fortunas.

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