Capitalização extra do Novo Banco acordada com Bruxelas pode ir até 1,6 mil milhões
Valor da capitalização extra (o chamado backstop capital) do Novo Banco que foi acordado entre Governo e Bruxelas ascende até 1,6 mil milhões de euros.
O valor da capitalização extra do Novo Banco que o Estado acordou com a Comissão Europeia no âmbito da venda do banco à Lone Star vai até aos 1.600 milhões de euros, de acordo com a auditoria do Tribunal de Contas divulgada esta segunda-feira.
Já era conhecido que, no âmbito do acordo do Estado com Bruxelas, em caso de necessidade e devido a circunstâncias adversas graves e caso os acionistas não as conseguissem colmatar, Portugal disponibilizaria “capital adicional limitado”, mas o valor exato não era conhecido.
No âmbito do acordo de venda, “o Estado português notificou a Comissão Europeia de três medidas de auxílio estatal (com uma terceira carta de compromissos) consideradas necessárias para concluir a venda”, que funcionam “como garantias de capitalização do Novo Banco para cumprir os rácios aplicáveis”, duas das quais após “esgotar outras alternativas”, como recurso ao mercado.
A primeira diz respeito ao acordo de capitalização contingente atualmente em vigor, que vai até 3.890 milhões de euros e dos quais o Novo Banco já consumiu 2.976 milhões de euros, restando 914 milhões de euros.
As outras duas medidas de auxílio em questão, a acionar caso falhem medidas alternativas, são a “tomada pelo Fundo de Resolução de dívida subordinada emitida pelo Novo Banco, até 400 milhões de euros”, e ainda uma “injeção de capital de retaguarda (backstop capital) pelo Estado português no Novo Banco até ao montante máximo necessário para garantir a sua viabilidade a longo prazo (1,6 milhões de euros), no cenário adverso da Comissão Europeia”.
O cenário adverso que implica esse montante foi feito “com base no plano de reestruturação preparado pela Lone Star para demonstrar a viabilidade do Novo Banco no final dessa reestruturação”, no final de 2021.
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