Lucros da EDP Renováveis caíram 39% para 38 milhões
EBITDA registou uma quebra de 21% face aos três primeiros meses de 2020 e as receitas uma quebra de 8%. "Evento climatérico extraordinário nos EUA", ajuda a explicar as quebras.
Os lucros da EDP Renováveis caíram 39% para 38 milhões de euros. De acordo com a informação enviada ao mercado esta quinta-feira, a empresa justifica este desempenho nos primeiros três meses do ano com a redução das receitas e o aumento dos custos com a expansão da elétrica.
“O resultado líquido totalizou 38 milhões de euros (-39% vs primeiro trimestre de 2020)”, um valor que poderia ser mais baixo se não fossem “os menores custos financeiros e efeitos positivos de impostos”, diz a EDP Renováveis em comunicado.
A elétrica avança que as receitas diminuíram para 448 milhões de euros, o que representa uma quebra homóloga de 8%, devido ao “impacto da capacidade MW (-14 milhões de euros; incluindo transações de selldown)”, a uma redução dos preços de venda, que também (-16 milhões de euros face aos primeiros três meses de 202), “forex e outros (-18 milhões)”. Perdas que não foram compensadas “pelo recurso eólico ligeiramente superior, que trouxe mais nove milhões de euros à empresa face ao trimestre homólogo.
O lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) registou uma quebra de 21% face aos três primeiros meses de 2020 fixando-se em 269 milhões de euros, o que é explicado pelo empresa com a “performance das receitas que foram principalmente impactadas pelo evento climatérico extraordinário nos EUA, pelo impacto negativo em companhias associadas devido aos requerimentos da JV Offshore necessários para suportar projetos em construção, e forex”.
A empresa que é detida a 74,98% pelo Grupo EDP revelou ainda que aumentou o seu nível de endividamento. A dívida líquida totalizava, no final de março, 4.648 milhões de euros, um aumento de 35% em relação aos 3.443 milhões que tinha no final de 2020. No entanto, a EDP Renováveis também sublinha uma redução dos passivos com investidores institucionais, tendo em conta os “benefícios capturados pelos projetos juntamente com a requalificação para ativos detidos para venda dos ativos relacionados com a rotação de ativos anunciada em abril” deste ano.
A elétrica tinha no final do último trimestre um portfólio de ativos operacionais de 12,5 GW (gigawatts), com uma vida média de nove anos, dos quais 11,7 GW totalmente consolidados e 711 MW consolidados por equity (Espanha, Portugal, EUA, e Offshore). A EDPR adicionou um total de 1.870 MW (megawatts) de capacidade eólica e solar desde há um ano, dos quais 1.782 MW totalmente consolidados, incluindo a aquisição do negócio renovável da Viesgo, 1.025 MW na América de Norte e 105 MW no Brasil.
A empresa, que tem sede em Madrid e está cotada na bolsa de Lisboa, informou ainda o mercado que tinha em 31 de março último 1.866 trabalhadores, mais 21% do que um ano antes.
(Notícia atualizada)
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