Vendas da Sonae crescem, online duplica. Ganha um milhão no primeiro trimestre
No primeiro trimestre de 2021, as vendas da Sonae crescem, o online duplica, mas a pandemia pesou nos lucros da empresa. No entanto, o grupo duplicou o investimento e reforçou a posição de acionista.
A Sonae fechou os primeiros três meses do ano com um lucro de um milhão de euros, contra os prejuízos de 59 milhões de euros registados no período homólogo. Já o volume de negócios consolidado aumentou 5,8%, para 1,6 mil milhões de euros, “impulsionado pelo desempenho da Sonae MC e da Worten”. As vendas online duplicaram face ao primeiro trimestre de 2020.
“O resultado líquido da Sonae atribuível a acionistas situou-se em milhão de euros, uma melhoria significativa face ao valor do ano passado, ainda que impactado por restrições relacionadas com a Covid-19″, refere a empresa em comunicado enviado à CMVM.
A empresa liderada por Cláudia Azevedo destaca que o EBITDA atingiu 128 milhões de euros, em linha com o ano passado, “suportado pela melhoria do resultado líquido da NOS/Zopt e da ISRG, o que compensou a mais-valia registada no primeiro trimestre de 2020 relacionada com a transação do Sierra Prime”.
Sonae duplica investimento e reforça a posição de acionista
Apesar do contexto, a “Sonae prosseguiu com o desenvolvimento dos seus negócios, tendo o investimento total atingido 126 milhões de euros, o que significa que mais que duplicando o investimento de 60 milhões de euros verificados no período homólogo. A Sonae concretizou a aquisição de uma participação adicional na Sonae Sierra, passando a deter 80% do seu capital, a Sonae IM investiu na tecnológica Finlandesa Sellforte e os diversos negócios continuaram a investir nas suas propostas de valor, em particular nas suas estratégias digitais”, refere o grupo.
Relativamente à gestão de portefólio, nos últimos 12 meses, a Sonae reforçou a sua posição acionista na NOS (7,38%), na Salsa (50%) e mais recentemente na Sonae Sierra (10%), num investimento total de M&A de 317 milhões de euros (em que se incluem também investimentos da Sonae IM).
A Sonae gerou um cash flow operacional durante os últimos 12 meses, de 205 milhões de euros, essencialmente impulsionado pela melhoria da rentabilidade consolidada, por medidas de otimização do fundo de maneio e por um eficiente investimento operacional.
Em termos comparáveis, a dívida líquida consolidada da Sonae ascendeu a 1.397 milhões no final do primeiro trimestre de 2021, um aumento de 164 milhões, impulsionado pelas diversas aquisições realizadas nos últimos 12 meses – em particular pelo reforço das participações na NOS, na Sonae Sierra e na Salsa.
A retalhista fechou o ano de 2020 com lucros de 71 milhões de euros, um recuo de cerca de 57,2% face ao resultado líquido de 166 milhões de euros registado em 2019. O alívio das restrições, que marcou o último trimestre do ano passado, permitiu à empresa terminar o ano com um resultado positivo.
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