Obrigacionistas da TAP votam a 2 de julho renúncia a direitos de reembolso antecipado
A companhia aérea convocou os detentores de Obrigações TAP 2019-2023 para uma assembleia-geral que terá lugar no dia 2 de julho de 2021, com três pontos na agenda.
A TAP convocou uma assembleia-geral de obrigacionistas para o dia 2 de julho, na qual estes irão votar a renúncia ao reembolso antecipado destes instrumentos relativamente aos exercícios de 2020, 2021 e 2022, segundo um comunicado enviado ao mercado.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a companhia aérea convocou os detentores de Obrigações TAP 2019-2023 para uma assembleia-geral que terá lugar no dia 2 de julho de 2021, com três pontos na agenda.
Em primeiro lugar, os obrigacionistas irão “deliberar sobre a nomeação de representante comum” e depois decidir “sobre a renúncia ao direito de reembolso antecipado dos obrigacionistas, relativamente aos exercícios de 2020, de 2021 e de 2022, em consequência da ultrapassagem, pela sociedade, de um rácio de Dívida Líquida Ajustada / EBITDAR Ajustado de 7x, tendo em conta a informação constante do relatório e contas anual consolidado da sociedade preparado em IFRS relativo ao exercício de 2020, ao plano de negócio da sociedade que incorpora estimativas deste rácio relativamente aos anos de 2021 e 2022, bem como as definições incluídas nas condições aplicáveis às Obrigações TAP 2019- 2023”.
Caso não seja aprovada esta renúncia, os obrigacionistas deverão “deliberar sobre a renúncia ao direito de reembolso antecipado dos obrigacionistas”, mas apenas “relativamente ao exercício de 2020”, por razões semelhantes.
Se não houver condições para reunir a assembleia-geral na data prevista, “por falta de quórum, ficam desde já os senhores obrigacionistas convocados para reunirem em Assembleia Geral de Obrigacionistas, exclusivamente por meios telemáticos pelas 16 horas, do dia 19 de julho de 2021, com a mesma ordem de trabalhos”, lê-se na mesma nota.
Os prejuízos da TAP SA ascenderam a 1.230,3 milhões de euros em 2020, ano marcado pela pandemia de covid-19, um agravamento superior em 12 vezes às perdas de 95,6 milhões de 2019.
De acordo com um comunicado enviado em abril pela empresa à CMVM, “o resultado líquido do ano foi negativo em 1.230,3 milhões de euros”, um agravamento dos prejuízos de quase 1.300% face aos 95,6 milhões de euros de 2019.
A companhia aérea lembrou que “tal como em todo o setor da aviação a operação e resultados de 2020 foram severamente impactados pela quebra de atividade em resultado da pandemia de covid-19″.
Na TAP, o número de passageiros transportados caiu 72,7%, as receitas de passagens caíram 70,9%, o índice de ocupação ficou nos 64,6% (tinha sido de 80,1% em 2019), de acordo com o comunicado.
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