Media Capital conclui processo de refinanciamento da totalidade do passivo
A dona da TVI concluiu em maio o processo de financiamento da totalidade do passivo financeiro, que permitiu "reforçar o balanço" através da extensão da maturidade das dívidas contratadas.
A Media Capital concluiu em maio o processo de financiamento da totalidade do passivo financeiro, que permitiu “reforçar o balanço” através da extensão da maturidade das dívidas contratadas, anunciou esta terça-feira a dona da TVI.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Media Capital refere que em maio o endividamento financeiro líquido total ascendia a 88 milhões de euros, “seis milhões de euros inferior à posição de maio de 2020”.
No mês passado, a dona da TVI concluiu “o processo de refinanciamento da totalidade do passivo financeiro, que permitiu reforçar o balanço do Grupo através da extensão da maturidade das dívidas contratadas junto das entidades financeiras e do alinhamento do plano de reembolsos com a tendência de crescimento da atividade” do grupo. “Simultaneamente, a sociedade mantém uma taxa de financiamento inferior ao setor, principalmente considerando a maturidade das emissões”, adiantou.
Em 14 de maio, a empresa “celebrou com a Caixa Económica Montepio Geral um contrato de organização, montagem, colocação e garantia de colocação relativo à emissão de um empréstimo obrigacionista por subscrição particular de 80 obrigações, no valor global de 8.000.000 de euros, com uma taxa variável e igual à Euribor seis meses acrescida de 1,875% e com um prazo de maturidade de 3,5 anos, designado por Grupo Media Capital 2021-2024”.
Este empréstimo obrigacionista “teve garantia de subscrição da Caixa Económica Montepio Geral e substituiu o anterior papel comercial de 10 milhões de euros da mesma instituição”, acrescenta. Assim, a Media Capital “reduziu em 20% a sua dívida junto desta instituição bancária”.
Entretanto, em 31 de maio, a Media Capital celebrou com o Banco BPI, o Santander Totta e o Banco BIC Português “um contrato de organização, montagem, colocação e garantia de colocação relativo à emissão de um programa de papel comercial para subscrição particular no montante máximo de 83.000.000 de euros, com uma taxa variável e igual à euribor 12 meses acrescida de 2,5% e com um prazo de maturidade de sete anos”. No final de maio, o grupo tinha “utilizado cerca de 71 milhões de euros deste papel comercial”.
Conclusão do refinanciamento permite à Media Capital focar-se na estratégia de crescimento
Também esta terça-feira, a administradora financeira (CFO) da Media Capital, Olívia Mira, afirmou à Lusa que a conclusão do processo de refinanciamento permite ao grupo “concentrar-se na sua estratégia de crescimento” e na exploração de novas oportunidades de negócio.
“Em primeiro lugar importa realçar a conclusão do processo de refinanciamento que permite ao grupo concentrar-se na sua estratégia de crescimento, de enfoque na produção de conteúdos de qualidade, na exploração de novas oportunidades de negócio, suportado numa posição financeira segura e robusta que sustenta e assegura os próximos anos”, disse a administradora financeira.
“No que diz respeito aos resultados dos primeiros cinco meses de 2021, destacamos a recuperação persistente nos rendimentos que, apesar das limitações decorrentes do novo confinamento no primeiro trimestre, apresentam crescimentos sólidos na generalidade das linhas de receita”, prosseguiu Olívia Mira.
As receitas da Media Capital subiram 30% nos primeiros cinco meses do ano face a igual período de 2020 para 58 milhões de euros.“Esta evolução foi impulsionada pela recuperação de audiências da TVI, pelo crescimento acentuado do tráfego digital e pelo reforço da liderança nas rádios, que permitiram um crescimento de 30% nas receitas de publicidade”, salientou a administradora financeira.
No geral, “o grupo congratula-se com os resultados que apresentam melhorias substanciais, que permitem olhar para o futuro com uma confiança redobrada e uma energia para fazer mais e melhor tendo sempre em mente os nossos telespetadores, ouvintes, utilizadores e demais ‘stakeholders‘”, concluiu Olívia Mira.
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