“Não faz sentido pagar dividendos”, diz Manso Neto. GreenVolt é “uma empresa de crescimento”
CEO da GreenVolt diz que o ciclo é de investimento, por isso não haverá distribuição de lucros nos próximo anos. Investidores no IPO também não serão chamados a injetar mais capital.
A GreenVolt quer crescer no negócio das renováveis. Para isso, vai fazer investimentos de 1,5 a 1,8 mil milhões de euros nos próximos anos. Sendo uma “empresa de crescimento”, Manso Neto afasta a distribuição de lucros aos acionistas nos próximos anos.
“Não faz sentido pagar dividendos. Somos uma empresa de crescimento“, disse o CEO da GreenVolt no Capital Markets Day realizado online por causa do contexto pandémico.
A subsidiária da Altri para o negócio das energias renováveis, que está a estudar a possibilidade de entrada no mercado de capitais português, acabou de comprar uma central de biomassa no Reino Unido. Foi apenas um investimento, classificado como um “primeiro passo”.
A ideia da empresa é a de continuar a investir, nomeadamente através de outros pequenos operadores neste negócio. Este ano estima investir um total de 300 milhões, mas o total até 2025 pode chegar a 1,8 mil milhões de euros.
É perante este ciclo de investimento no crescimento do negócio que a GreenVolt afasta a distribuição de lucros via dividendos, nomeadamente aos potenciais novos investidores no âmbito do IPO.
Com a diversificação da carteira de investimentos, o crescimento vai acelerar. Considerando os negócios da biomassa (50%), solar e eólico (os restantes 50%), a GreenVolt aponta para um crescimento médio anual de 40% do EBITDA até 2025, antecipando o mesmo ritmo para os resultados líquidos, mas esse dinheiro será retido para reinvestir.
GreenVolt não precisará de mais capital nos próximos anos
Ao mesmo tempo que Manso Neto “avisa” os potenciais investidores da GreenVolt de que não haverá dividendos nos próximos anos, também os sossega em termos de necessidades de capital.
A GreenVolt tem liquidez, tem margem para se endividar (mantendo um rácio de endividamento abaixo das quatro vezes o EBITDA), irá obter dinheiro através da venda de alguns projetos e terá um “boost com o IPO”, diz Manso Neto.
“Não prevemos a necessidade de mais dinheiro”, após o IPO, diz o CEO, salientando repetidamente na sua apresentação aos investidores de que “sem um forte balanço, não conseguimos fazer isto”.
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