Portugal atinge as mil rondas na “caminhada interminável” do 5G, nota CEO da Altice
Alexandre Fonseca aponta o dedo à Anacom, que diz ser a "maior responsável pela grave situação do país" no dossier do 5G, cujo leilão se prolonga há cerca de oito meses.
Portugal já chegou às mil rondas no leilão do 5G, sinaliza o CEO da Altice. Alexandre Fonseca volta a criticar o processo, que apelida de uma “caminhada interminável no 5G”, referindo a “incompetência, a incapacidade e a impunidade do Regulador setorial ANACOM, maior responsável pela grave situação do país neste dossier”.
O leilão do 5G já se prolonga há cerca de oito meses, tendo arrancado no início deste ano, o que faz do país “recordista do atraso no lançamento da nova tecnologia móvel mundial”, sublinha o líder da Altice, numa publicação no LinkedIn.
Alexandre Fonseca lança críticas à reguladora Anacom, que aponta ser a “maior responsável pela grave situação do país neste dossier, com a complacência de quem pode e dever intervir e tornar público o que já diz “à porta fechada” sobre a preocupação e gravidade desta postura regulatória e em particular sobre o líder deste regulador”.
O responsável sublinha ainda dificuldades enfrentadas no processo, apontando que, “neste período de férias e de (ainda) pandemia, seguindo as regras impostas pela ANACOM, continuamos no Leilão com equipas presenciais há 8 meses no escritório, com turnos de 10h consecutivas, com problemas técnicos na plataforma tecnológica do Leilão, ela própria envolta numa nuvem de suspeição sobre o processo de aquisição”.
De recordar que entraram em vigor alterações ao regulamento do leilão do 5G no início do mês passado, numa tentativa de acelerar o processo. Mudanças ditaram que as equipas da Meo, Nos e Vodafone têm de trabalhar mais uma hora por dia. As operadoras condenaram a decisão da entidade presidida por João Cadete de Matos, considerando que o regulador mudou as regras do leilão a meio do “jogo”, criticando também os novos horários de trabalho.
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