Euronext aperta regras de acesso, mas espera que PSI “volte a ter 20 empresas no futuro”
A Euronext ainda ambiciona que o PSI tenha as 20 empresas para o qual foi concebido. Mas as novas regras representam um apertar dos critérios de promoção à primeira divisão da bolsa.
O PSI perdeu o “20”. Mas o principal índice bolsista português mantém a ambição de ter duas dezenas de empresas cotadas no futuro.
Esta quinta-feira, a Euronext anunciou que vai fazer alterações no principal índice bolsista português. Em março, vai deixar de se chamar PSI-20 para se chamar apenas PSI.
Há sete anos que o PSI-20 tem menos do que o limite de 20 empresas com o qual foi concebido. Porém, esse limite mantém-se. Em declarações ao ECO, fonte oficial da Euronext assume: “Vamos continuar a trabalhar para trazer mais empresas para o mercado e esperamos que volte a ter 20 empresas no futuro.”
Apesar da ambição, as novas regras representam um aperto dos critérios de acesso ao índice de referência. Uma delas é o fim do limite mínimo de empresas, atualmente de 18, e que estava a forçar a Euronext a elevar à “primeira liga” cotadas de dimensão mais reduzida.
Desta forma, a partir de março do próximo ano, para ambicionar entrar no PSI, uma empresa precisa de ter ações dispersas na bolsa de Lisboa avaliadas num mínimo de 100 milhões de euros.
A expectativa é que tal dê maior estabilidade ao PSI, permitindo que mais fundos de investimento possam seguir o índice com a certeza de que reflete mesmo as principais cotadas portuguesas (na consulta pública, houve quem tivesse defendido um critério ainda mais apertado, de 150 milhões de euros de free float mínimo).
Vamos continuar a trabalhar para trazer mais empresas para o mercado e esperamos que volte a ter 20 empresas no futuro.
PSI pode ficar com ainda menos cotadas
Uma das consequências de tudo isto é que o principal índice português poderá acabar com menos do que as 18 cotadas que tem atualmente, apesar da esperança da Euronext.
Como calculou o ECO na quinta-feira, a Ramada Investimentos foi a última empresa a entrar no PSI-20, em dezembro de 2021. Nessa altura, o capital disperso em bolsa da empresa estava avaliado em menos de 26 milhões de euros, ou seja, inferior a um terço do limite agora decidido pela gestora da bolsa de Lisboa.
“A regra que permite um máximo de 20 empresas no índice não vai mudar, por isso não removemos a possibilidade de ter 20 empresas no índice”, contrapõe a Euronext.
E apesar das alterações anunciadas esta semana, o historial de cotações do (ainda) PSI-20 não vai mudar. “O índice vai continuar baseado nos 3.000 pontos com que começou a cotar a 1 de janeiro de 1993”, conclui a mesma fonte oficial.
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