Sem informação sobre vouchers, livreiros não sabem quantos manuais têm de produzir
A associação dos livreiros sublinha a necessidade de conhecer os dados sobre a reutilização de manuais e os vouchers emitidos para planear as quantidades a produzir.
O prazo para pedir vouchers para manuais escolares gratuitos já arrancou, mas, do lado dos livreiros, há ainda dúvidas nos detalhes das medidas. Os editores não sabem quantos vouchers serão emitidos para cada manual, dificultando o planeamento das quantidades a produzir, alerta a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).
Os livros escolares já estão disponíveis, “mas dados relacionados com a reutilização são fundamentais para colmatar necessidades”, diz a Comissão do Livro Escolar da APEL, em comunicado.
A entidade admite que, mesmo com o esforço das escolas na recolha dos manuais, para o esquema de reutilização em vigor, “existe uma percentagem considerável de livros que não são possíveis de reutilizar, consequência natural e compreensível de anos de uso constante por parte dos alunos”.
Neste contexto, “os editores continuam a aguardar da parte do Ministério da Educação a informação quanto ao número de vouchers que emitirá para cada manual escolar daqueles anos de escolaridade, aspeto essencial para que se possa adjudicar a respetiva produção às gráficas e, depois, assegurar a distribuição pelo país”, explicam.
Estes dados, relativos aos manuais que poderão ser reutilizados e os vouchers que vão ser emitidos, eram necessários para “o correto planeamento das quantidades a produzir”. Mesmo assim, “os editores estão a fazer um grande esforço para garantir um bom abastecimento, criando stocks dos livros escolares dos anos com reutilização”, garantem.
Tendo em conta este cenário, a APEL deixa também o aviso de que “é importante as famílias anteciparem encomenda dos livros escolares para evitar dificuldades no abastecimento das livrarias”.
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