Altice, NOS e Vodafone regressam ao escritório num modelo híbrido
Centenas de trabalhadores das três principais operadoras estão a regressar ao escritório a partir desta semana. A opção tem sido num modelo que combina idas ao escritório com trabalho remoto.
É já a partir desta segunda-feira que os trabalhadores da Altice Portugal começam a regressar ao escritório num modelo híbrido e, no setor das telecomunicações, a operadora não é a única a tomar essa decisão. A NOS já adotou este modelo e, a partir do dia 27, o regresso à sede na Vodafone será também feito num misto de trabalho presencial e remoto. “A vacinação é uma opção individual de cada pessoa”, garante Luísa Pestana, administradora da Vodafone com o pelouro dos recursos humanos, à Pessoas.
Na dona do Meo esta segunda-feira é o dia 1 do regresso ao escritório depois do fim da obrigatoriedade do teletrabalho. “O regresso aos escritórios na Altice Portugal decorrerá a partir do próximo dia 20 de setembro de modo a garantir que a partir de 1 de outubro todos os colaboradores se encontram em escala de trabalho rotativo e com equipas em espelho, adotando, portanto, um modelo híbrido de trabalho presencial-remoto”, explica fonte oficial da Altice Portugal, à Pessoas.
No regresso, a operadora “continuará a praticar horários flexíveis, permitindo o desfasamento das deslocações ao escritório, sobretudo no que respeita à ocupação dos transportes públicos”, procurando com isso “garantir a segurança de todos os colaboradores”.
Para os dias em que se desempenha funções a partir de casa, de modo a garantir “todas condições técnicas para o exercício de trabalho remoto”, operadora “mantém um desconto significativo para colaboradores nos pacotes de telecomunicações e assegura a disponibilização das ferramentas necessárias para o desempenho das suas funções em regime de teletrabalho, como computadores, telemóveis, serviços com acesso à Internet e acesso à VPN corporativa”.
NOS: não há lugares marcados, agora é hot desking
Desde o passado dia 6 que os colaboradores da NOS regressaram aos escritórios, espaços que a empresa encara como “laboratórios vivos de inovação e cocriação, onde se desenvolvem relações de proximidade que são essenciais para o equilíbrio individual de cada um”. Por isso, na operadora liderada por Miguel Almeida a solução adotada passa por um modelo “que se adapta à atual fase da pandemia, mas que é flexível para poder evoluir”.
Na prática, o modelo “conjuga dois dias de trabalho presencial semanal com trabalho remoto, de forma rotativa”, explica fonte oficial NOS à Pessoas. “As pessoas estão organizadas em diferentes grupos de trabalho, distribuídos ao longo dos diferentes dias da semana, o que permite controlar a lotação dos edifícios, manter a distância de segurança recomendada e, ao mesmo tempo, promover a interação e o trabalho em equipa”, descreve.
Neste regresso, não há lugares fixos atribuídos aos colaboradores, sendo os postos de trabalho usados em regime de hot desking. “As garagens estarão abertas a todos os colaboradores até à sua capacidade máxima, mantendo-se a flexibilidade nos horários de entrada e saída para evitar a concentração de pessoas nos transportes públicos e no acesso aos edifícios”, adiantam.
O reforço da limpeza nos edifícios, bem como alterações no sistema de ventilação são medidas que se mantêm nesta nova fase.
Vodafone: ida ao escritório com marcação
“Depois de quase um ano e meio em teletrabalho, a quase totalidade dos colaboradores Vodafone que permanecia a trabalhar a partir de casa vai regressar ao escritório já a partir do próximo dia 27 num modelo híbrido, ou seja dividido entre trabalho remoto (60%) e trabalho presencial (40%)“, adianta Luísa Pestana, administradora com o pelouro dos recursos humanos da operadora.
Garantir um “bom equilíbrio entre a presença no escritório e o teletrabalho”, de forma a “garantir uma maior flexibilidade face às mudanças que se verificaram na sociedade desde o início desta pandemia” foi o objetivo da companhia no desenho deste novo modelo de trabalho. Por isso, “não há dias fixos no escritório, dando-se a liberdade aos colaboradores para que possam escolher, semana a semana, em que dias querem ficar a trabalhar de casa ou preferem o trabalho presencial.”
Para quem fica em casa, desde o início da pandemia, a Vodafone colocou à disposição de todos os colaboradores a “possibilidade de levarem para casa material de escritório como monitores e cadeiras de escritório, situação que se manterá mesmo com o regresso ao escritório”, explica Luís Pestana.
As idas ao escritório visam “promover a ligação entre as pessoas” e o desempenho de “atividades colaborativas e criativas em equipa”, precisa a responsável de RH. E está sujeita a marcação prévia. “A presença no escritório será alvo de um registo prévio numa plataforma digital interna por parte de cada colaborador, de forma a garantir que a taxa de ocupação dos espaços de trabalho não ultrapassa os 50%”, explica.
O próprio escritório evoluiu na sua configuração. Se ainda antes da pandemia a companhia já tinha “avançado com mudanças profundas no conceito de espaço de trabalho” — de gabinetes para postos de trabalho individuais em espaços amplos e abertos, em linha com o modelo hot desking — as restrições impostas pela crise sanitária levaram a que os espaços amplos e abertos de postos de trabalho individuais fossem transformados em zonas de trabalho colaborativo.
“A Vodafone tem em curso um programa de adaptação dos atuais espaços de escritório, com a criação, alteração ou ampliação de espaços específicos para: colaboração (espaços sem monitores individuais, com sistema de projeção coletiva e quadros de escrita), concentração (postos de trabalho tradicionais com um monitor) e reuniões”, refere Luís Pestana.
Máscaras obrigatórias, mas vacina é “opção individual de cada um”
O uso de máscara no escritório “é obrigatório” sempre que o colaborador abandonar o posto de trabalho individual, em deslocações dentro do edifício ou em reuniões com outros colegas, mas no que toca à vacinação a Vodafone considera que essa é uma decisão pessoal do colaborador, não impondo a vacinação como obrigatória. Nos Estados Unidos, por exemplo, inúmeras empresas têm no regresso ao trabalho presencial exigido a vacinação dos colaboradores. Em Portugal, o facto da vacina não ser de toma obrigatória, impede as empresas de exigir certificado de vacinação.
“A vacinação é uma opção individual de cada pessoa”, diz Luísa Pestana. “A relação que a Vodafone tem com cada um dos seus colaboradores é uma relação de confiança e a empresa acredita no sentido de responsabilidade de cada colaborador, nomeadamente no cumprimento das regras que previnem esta pandemia, como a higienização permanente das mãos, o distanciamento físico e o uso de máscara em reuniões e nas deslocações dentro do edifício, garantindo-se assim um espaço de trabalho seguro”, diz a administradora de RH.
E o mesmo ocorre na Altice. “Em conformidade com a legislação e recomendações oficiais, a Altice Portugal não exige qualquer certificado de vacinação aos seus colaboradores, fornecedores, clientes ou visitantes que se desloquem às suas instalações“.
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