Galp chega a acordo com Savannah para comprar metade do lítio da mina do Barroso

Galp vai gastar cerca de 5,3 milhões de euros para comprar 10% da mina do Barroso, da Savannah Resources e no futuro vai ficar com metade do lítio alí extraído: cerca de 100 mil toneladas por ano.

A empresa de exploração mineira Savannah Resources anunciou esta terça-feira em comunicado que chegou a acordo com a petrolífera portuguesa Galp Energia “relativamente a um proposta de investimento estratégico e aliança no campo de lítio em torno do projeto de Lítio da Mina do Barroso no norte de Portugal”.

O acordo prevê que a Galp obtenha uma participação de 10% nas subsidiárias portuguesas da Savannah que detêm a Mina do Barroso por 6,4 milhões de dólares (cerca de 5,3 milhões de euros).

Como tinha já avançado o ECO/Capital Verde, no que diz respeito ao “estudo da cadeia de valor das baterias” de lítio, a Galp estava precisamente a olhar para o início dessa mesma cadeia de valor e à procura de um parceiro que lhe fornecesse a matéria-prima para refinar.

“A Galp e a Savannah vão avaliar, em regime de exclusividade, um contrato de offtake até 100.000 toneladas por ano de concentrado de lítio da Mina do Barroso equivalendo a aproximadamente 50% de produção anual. O acordo representa um passo significativo na comercialização da Mina do Barroso e será um fator importante na obtenção de financiamento para a construção do projeto”. referiu a empresa mineira em comunicado.

 

Quanto ao papel da Galp no projeto da mina do Barroso, a Savannah diz que a petrolífera “irá agregar valor material através da sua participação na direção do projeto e da transferência da sua experiência significativa no desenvolvimento de projetos de recursos de grande escala em Portugal”.

A Galp mantém que, à data de hoje, não existe nenhum projeto de refinação de lítio para Matosinhos, mas revelou as suas verdadeiras intenções em relação ao lítio, no contexto da transição energética. “O que existe é o estudo da cadeia de valor de baterias, porque a armazenagem de energia está no DNA da Galp”, revelou José Carlos Silva, responsável pela refinação da Galp e membro da administração da petrolífera. Questionada pelo ECO/Capital Verde, a Galp não quis avançar mais informações. O ECO/Capital Verde sabe que em breve vão ser anunciadas mais novidades ao mercado pela petrolífera.

Segundo David Archer, CEO da Savannah Resources, a Mina do Barroso irá ser um catalisador para o desenvolvimento em Portugal de novas indústrias na parte intermédia e inicial da cadeia de valor das baterias de lítio na Europa, ou seja na mineração e extração de lítio e na sua refinação, podendo depois este lítio refinado ser exportado para outros países europeus.

“Entretanto, continuaremos a avançar com o Estudo de Impacto Ambiental da mina da Mina do Barroso e a dar informações aos pedidos da Agência Portuguesa do Ambiente, o regulador ambiental português”, acrescentou.

Estamos muito satisfeitos em anunciar a Galp como um potencial investidor e futuro parceiro estratégico no nosso projeto português. Acreditamos que a pegada de baixo carbono da Mina do Barroso pegada dará uma base fundamental para a transição energética da Europa para a mobilidade elétrica e é com grande satisfação que a Galp nos acompanha nesta viagem. São um dos líderes europeus empresas do setor da energia e das renováveis ​​com compromisso com a transição energética e com um vasta experiência no desenvolvimento de projetos de grande escala como este. O seu conhecimento e experiência irá ser inestimável para a Savannah à medida que avançamos no projeto de uma forma responsável e sustentável em desenvolvimento”, disse David Archer, CEO da Savannah.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, tem vindo a frisar que é muito importante para Portugal ter uma refinaria de lítio e que tudo fará para que esse investimento seja uma realidade e esses negócios aqui se possam desenvolver. “Não há nenhum terreno concreto. Há várias intenções de investimento. Há investidores estrangeiros a olhar para Portugal como um sítio onde podem desenvolver várias etapas do lítio”, disse aos jornalistas.

(Notícia atualizada com mais informações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais de mil enfermeiros pediram para emigrar em ano de pandemia

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2021

1.230 enfermeiros pediram declaração para exercer no estrangeiro em 2020. “Este é mais um sinal de alerta que deve levar o Governo a repensar a forma de contratação", alerta Ordem dos Enfermeiros.

Mais de 1.000 enfermeiros pediram a declaração para exercer no estrangeiro em 2020, um ano marcado pela pandemia e pela dificuldade em contratar estes profissionais em Portugal, anunciou esta terça-feira a Ordem dos Enfermeiros (OE).

No total, a 31 de dezembro de 2020, 1.230 enfermeiros tinham pedido a declaração à OE para emigrar, um número que, apesar de ser inferior aos anos anteriores, a Ordem considerou “surpreendente por se tratar de um ano em que não houve desemprego na enfermagem em Portugal”.

No ano passado, licenciaram-se cerca de 2.700 enfermeiros em Portugal, adianta a Ordem dos Enfermeiros em comunicado.

“Estes Enfermeiros juntam-se aos mais de 20 mil que já se encontram no estrangeiro e que, apesar de desejarem regressar ao seu país, não o têm feito devido aos vínculos precários, nomeadamente os contratos de quatro meses que estão a ser oferecidos aos Enfermeiros desde o início da pandemia”, salienta.

Para a OE, “este é mais um sinal de alerta que deve levar o Governo a repensar a forma de contratação de enfermeiros e a encontrar mecanismos” para os fixar em Portugal, “numa altura em que toda a Europa se vê novamente confrontada com uma situação de caos nos serviços de Saúde devido à pandemia”.

A Ordem observa, a este propósito, que um dos principais destinos de enfermeiros portugueses atualmente é a Espanha, país que registou mais de dois milhões de infetados e 50 mil mortos.

Com 148 pedidos de certificados, Espanha ultrapassou o Reino Unido e a Suíça na lista de países que mais recebem enfermeiros portugueses.

“Também se nota um aumento de pedidos de recrutamento por parte de países como a Bélgica e a Alemanha, com propostas cada vez mais frequentes e vantajosas”, salienta.

Para a OE, o número de pedidos para emigrar é “muito preocupante e mostra que alguma coisa tem que mudar rapidamente em Portugal”.

Se isso não acontecer, adverte, corre-se “o risco de, muito em breve, não haver enfermeiros disponíveis” no país.

“Logo em março, a OMS alertou os países para encontrarem mecanismos de fixação de Enfermeiros, Portugal não o fez. Tornámo-nos o país que importa ventiladores e exporta enfermeiros”, alerta a bastonária da OE, Ana Rita Cavaco, citada no comunicado.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.934.693 mortos resultantes de mais de 90,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 7.925 pessoas dos 489.293 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bloco e Chega empatados, mostra sondagem

  • ECO
  • 12 Janeiro 2021

Uma sondagem da Intercampus mostra que o Bloco de Esquerda e o Chega registam as subidas mais relevantes em janeiro, ficando empatados com 9,1% das intenções de voto.

Uma sondagem da Intercampus evidencia a corrida desenfreada pelo terceiro lugar nas intenções de voto entre o Bloco de Esquerda (BE) e o Chega. O partido liderado por Catarina Martins regista em janeiro uma forte recuperação, passando de 7,3% para 9,1%. À semelhança do Bloco, o Chega regista também a sua maior subida desde março, igualando o BE, avança o Jornal de Negócios (acesso pago) e o Correio da Manhã (acesso pago).

Já o PS manteve as mesmas intenções de voto (38%) em janeiro, enquanto o PSD subiu 0,5 pontos percentuais, para 24,1%.

De acordo com o barómetro de janeiro da Intercampus, os liberais batem o PAN e o CDS pelo segundo mês consecutivo. Em janeiro, o Iniciativa Liberal obteve 3,8% das intenções de voto, menos do que os 4,5% de dezembro, mas ainda assim acima dos 3,6% do PAN (que subiu 0,2 pp) e dos 2,3% do CDS (que caiu 0,9 pp).

De acordo com a mesma sondagem, a CDU sobe de 5,4% para 5,7%. É o quarto mês seguido em que regista pequenos avanços, acumulando um ganho de 1,4 pontos face a outubro.

Leia a ficha técnica aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais de 112 mil eleitores já pediram voto antecipado

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2021

Em apenas dois dias, mais de 112 mil pessoas pediram o voto antecipado em mobilidade para as presidenciais de 24 de janeiro.

Mais de 112 mil pessoas pediram o voto antecipado em mobilidade para as presidenciais de 24 de janeiro em apenas dois dias, disse esta terça-feira à Lusa fonte do Ministério da Administração Interna.

Se nas primeiras 24 horas do prazo, até às 23:59 de domingo, as inscrições para votar uma semana antes atingiram 52.994, esse número subiu aos 112.506 até às 23:59 de segunda-feira.

Em tempos de pandemia de Covid-19 e numa altura em que se espera novo confinamento geral, batem-se diariamente recordes na inscrição para o voto antecipado.

Nas últimas legislativas, em 2019, 50.638 eleitores votaram antecipadamente, tendo-se inscrito 56.287.

Os portugueses que não puderem votar nas presidenciais em 24 de janeiro podem pedir, até quinta-feira, para exercer o seu direito de voto uma semana antes, numa mesa de voto à sua escolha.

O voto antecipado em mobilidade foi alargado por lei aprovada no parlamento e pode ser feito na sede de cada um dos 308 concelhos do país, em vez da sede do distrito, como aconteceu nas eleições europeias e legislativas de 2019.

Assim, quem quiser antecipar o seu voto para 17 de janeiro, numa qualquer câmara municipal, em vez do dia 24 na mesa de voto onde está inscrito, tem de o pedir até quinta-feira.

O pedido pode ser feito por via eletrónica junto do Ministério da Administração Interna no site www.votoantecipado.mai.gov.pt ou através de correio normal.

O eleitor deve mencionar o nome completo, data de nascimento, número de identificação civil, morada, mesa de voto antecipado em mobilidade onde pretende exercer o direito de voto, endereço de correio eletrónico e/ou contacto telefónico, havendo uma minuta na página da Internet do Ministério da Administração Interna.

No dia 17 de janeiro, o eleitor vota na mesa do local escolhido, de acordo com a alteração à lei, aprovada em outubro pela Assembleia da República.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.934.693 mortos resultantes de mais de 90,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 7.925 pessoas dos 489.293 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de Covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

A campanha eleitoral começou no dia 10 e termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Edição de janeiro da Advocatus já nas bancas

  • ADVOCATUS
  • 12 Janeiro 2021

Na Advocatus de janeiro pode ler o balanço da Summit Lisboa, um especial sobre cibersegurança e todos os pormenores da operação da TAP na rubrica negócio do mês.

Após duas edições em Lisboa e uma na cidade do Porto, a Advocatus Summit esteve de volta à capital portuguesa para uma edição mais digital. Devido à pandemia, a 3.ª edição foi transmitida via online durante duas semanas e contou com três painéis, cinco talks e uma entrevista, com o patrocínio da Abreu Advogados, Cerejeira Namora, Marinho Falcão & Associados, CMS Rui Pena & Arnaut, Cuatrecasas, Miranda & Associados, Morais Leitão, PLMJ, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, Sérvulo & Associados, SRS Advogados e Vieira de Almeida.

Em debate estiveram diversos temas como as consequências da Covid-19 no setor da advocacia e empresarial, o novo regime das PPP’s, o teletrabalho, a transição energética, a atração de investimento estrangeiro em Portugal no setor imobiliário, e o tema da contratação pública. Leia na nova edição da revista o balanço.

Advocatus Summit Lisboa 2020 - 10NOV20A Advocatus foi tentar perceber junto das principais sociedades quais as suas áreas mais rentáveis. Mas sem sucesso: as firmas fecharam-se e não comentaram. Ainda assim, a CMS Rui Pena & Arnaut – a única a responder – destacou Corporate, Laboral, Contencioso & Arbitragem e Energia.

Os cibercrimes aumentaram durante a pandemia e as empresas encaram ainda mais desafios tecnológicos e digitais para os combater. Desde formações à adoção de sistemas, advogados fizeram uma análise do panorama e deixaram alguns alertas.

A Vieira de Almeida assessorou o Estado Português no contexto de um de auxílio à TAP e na aquisição de 22,5% do capital social da transportadora aérea. A PLMJ esteve com a transportadora aérea. TTR elegeu esta como a “operação do mês” no final de 2020. Descubra todos os pormenores da operação na rubrica negócio do mês da 122.ª edição.

Joana Cunha D’Almeida é a advogada do mês desta edição. A sócia da Antas da Cunha ECIJA esteve à conversa com a Advocatus e fez uma análise da proposta do Orçamento de Estado para 2021, designando-o como o “Orçamento da fiscalidade oculta”. Para a advogada, o sistema judiciário é tão “pesado” e “antiquado” que não basta implementar soluções digitais nos tribunais. E acrescenta que os advogados fiscalistas não são, por natureza, “advogados de barra”.

Joana Cunha D'Almeida, sócia da Antas da Cunha ECIJA, em entrevista ao ECO/Advocatus - 25NOV20
Joana Cunha D’Almeida, sócia da Antas da Cunha ECIJAHugo Amaral/ECO

Com a garantia que os próximos anos serão de grande investimento na SPS, Pedro Malta da Silveira, managing partner, assegura que a desmaterialização, flexibilidade e interdisciplinaridade são os grandes desafios para a advocacia. Numa sociedade onde as mulheres dominam os cargos, o ano de 2021 vai ser de apostas, apesar do abalo da faturação com a pandemia. Descubra todos os pormenores na rubrica sociedade do mês.

A Advocatus de janeiro encontra-se já bancas. Assine a revista aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Agência europeia teme que nova variante se torne incontrolável

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2021

Centro Europeu para Controlo e Prevenção de Doenças teme que nova variante do SARS-CoV-2 que apareceu no Reino Unido seja difícil de controlar, apelando a medidas mais apertadas.

O Centro Europeu para Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC) teme que a nova variante do SARS-CoV-2 que apareceu no Reino Unido, até 70% mais contagiosa, seja difícil de controlar, apelando à adoção de “medidas apertadas” na Europa.

Num relatório divulgado em dezembro passado aquando da descoberta desta nova estirpe, o ECDC pediu aos países da União Europeia (UE) “esforços atempados” para a controlar, nomeadamente durante as festividades de final de ano, por esta variante se poder vir a tornar dominante no espaço europeu.

Desde então, “esse nosso receio só se tornou maior”, admite em entrevista à agência Lusa o especialista principal do ECDC para o novo coronavírus e gripe, Pasi Penttinen.

E acrescenta: “Penso que será muito difícil conter esta nova variante do vírus”.

O responsável justifica que esta “preocupação” se deve ao facto de a nova estirpe poder ser mais transmissível em até 70%.

“Sabemos que o vírus antigo já é difícil de controlar e que são necessárias medidas apertadas para o controlar e esta nova variante é ainda mais fácil de se propagar”, alerta.

Pasi Penttinen contextualiza que, nas últimas semanas, foram verificados muitos casos desta nova estirpe do novo coronavírus, mas a maioria dos quais com “alguma relação com o Reino Unido, ou seja, [foram] casos importados”.

Ainda assim, “esta poderá ser uma realidade noutros países, mas só não se sabe porque não se tem estudado as variações” do SARS-CoV-2, de acordo com Pasi Penttinen.

Dois dos países com mais casos da nova variante, até ao momento, são a Irlanda e a Dinamarca, onde a nova estirpe se “espalhou rapidamente”, com elevada transmissão local e não só importada, de acordo com o especialista.

No relatório publicado a 20 de dezembro, antes do Natal, o ECDC avisou que “se o aumento das reuniões familiares e sociais” não for reduzido e que “se as viagens não essenciais não forem reduzidas ou evitadas completamente” isto poderá levar a que “a variante substitua as variantes em circulação em grande parte da UE e Espaço Económico Europeu”.

“Os nossos colegas britânicos verificaram que […] esta nova variante tem mais 60% a 70% de transmissão do que o vírus antigo e foi por isso que o Reino Unido adotou medidas tão restritivas”, assinala Pasi Penttinen à Lusa.

Porém, “ainda não há provas de que este vírus causa doenças mais graves do que o antigo e é, para já, muito semelhante em termos de pessoas que são hospitalizadas ou entram nos cuidados intensivos”, acrescenta.

E numa altura em que decorre, há duas semanas, o processo de vacinação na UE com o fármaco da Pfizer/BioNTech e se espera que o mesmo aconteça com o da Moderna, o especialista do ECDC assinala que “os estudos preliminares indicam que as novas variações do vírus também deverão ser cobertas pelas vacinas existentes”.

“Esta é uma grande preocupação porque o vírus tem mudado tanto”, admite o cientista.

Segundo o responsável, a nova variante poderá também levar a mudanças nos objetivos para a designada imunidade de grupo através da vacinação.

“O nível de imunidade de grupo a um vírus depende do quão transmissível é: se for o vírus antigo, a estimativa é de que entre 60% a 70% de toda a população tenha de ser vacinada para não dar oportunidades de transmissão ao vírus, mas isso poderá mudar com as novas variantes”, explica.

Já questionado sobre as diferentes vagas da pandemia, Pasi Penttinen sustenta que “esta ainda é a primeira vaga” da Covid-19 na Europa, não tendo sequer começado uma segunda.

“O que se verifica é que os picos se conseguem reduzir no momento em que os países adotam medidas restritivas, [mas] quando se relaxam as medidas o vírus tem mais espaço para atuar e os números voltam a subir”, observa.

Sediado na Suécia, o ECDC tem como missão ajudar os países europeus a dar resposta a surtos de doenças.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,9 milhões de mortos num total de mais de 90 milhões de casos em todo o mundo.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vendas de veículos da Renault caem 21,3% em 2020 devido à pandemia

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2021

O grupo Renault registou uma queda de 21,3% nas vendas mundiais em 2020, particular nos seus principais mercados como França, Espanha e Itália.

O grupo Renault registou uma queda de 21,3% nas vendas mundiais em 2020, menos 2.949.849 veículos, devido à pandemia de Covid-19, em particular nos seus principais mercados como a França, Espanha e Itália.

O grupo anunciou esta terça-feira que o colapso na Europa foi de 25,8% (até 1.443.917 veículos), com uma queda de 23,3% no mercado interno francês (até 535.591 unidades).

O diretor comercial, Denis le Vot, explicou em conferência de imprensa que “se tudo correr bem” -especialmente com a pandemia de Covid-19-, as matrículas na Europa podem aumentar 10-15% este ano, sobretudo tendo em conta que os pedidos no final de dezembro foram 14% superiores do que em 2019.

No entanto, Denis le Vot reconheceu que vão ser precisos “vários anos” para recuperar o nível de 2019.

Fora da Europa, o outro grande revés para a Renault foi registado na América Latina, onde as matrículas caíram 38,6% no total, para 260.478 veículos, sendo no Brasil mais significativo com uma redução de 45% para 131.486 unidades.

Na Rússia, que é o segundo mercado em volume de vendas, as matrículas em 2020 caíram 5,5%, para 480.591 veículos. O grupo francês era líder neste país com uma quota de mercado que melhorou 1,2 pontos percentuais, para 30,1%.

Na Índia, as vendas caíram 9,4%, para 80.518 veículos, quando globalmente caíram 18,8% no país, o que permitiu aumentar a sua participação de mercado em 0,3 pontos para 2,8%.

Na China, o maior mercado mundial em volume, a Renault caiu 13,3%, para 155.728 veículos.

A Coreia do Sul marcou o contraponto do cenário geral do ano passado, com um aumento nos registos da marca local Renault Samsung Motors de 14,2%, para 95.939 unidades.

Das duas principais marcas do grupo francês, a que mais sofreu em 2020 foi a low-cost Dacia, com uma queda de 29,2% (520.765 veículos), enquanto a Renault perdeu 24,1% (1.787.121).

Os veículos elétricos da Renault tiveram um grande aumento, com 115.888 matrículas de veículos na Europa (+ 101,4%), onde confirmou a sua liderança.

Estes veículos, categoria que também inclui os híbridos, representaram 10% das vendas da Renault em 2020, face aos 3% em 2019.

O CEO, Luca de Meo, destacou em comunicado que a Renault privilegia “a rentabilidade sobre o volume de vendas, com uma margem unitária líquida superior por veículo, e isso em cada um dos nossos mercados”.

Luca de Meo vai apresentar o novo plano estratégico, denominado Renaulution, na próxima quinta-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nas notícias lá fora: AstraZeneca, Trump e Unicaja

  • ECO
  • 12 Janeiro 2021

A agência europeia já recebeu o pedido de aprovação de vacina da AstraZeneca. O banco espanhol Unicaja despede 1.900 funcionários. Nos EUA, as empresas anunciam suspensão de donativos a republicanos.

As vacinas contra o novo coronavírus continuam a marcar a atualidade. A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa) já recebeu pedido de aprovação de vacina da AstraZeneca. Nos EUA, mais empresas anunciaram suspender os seus donativos a deputados republicanos que tentaram impedir ou paralisar a confirmação da eleição de Joe Biden para presidente do país depois da invasão ao Capitólio por apoiantes de Trump. O Twitter suprime 70 mil contas de movimento conspiracionista pró-Trump. Em Espanha, o banco Unicaja vai despedir 1.900 funcionários e encerrar 400 balcões.

Les Echos

Agência europeia já recebeu pedido de aprovação de vacina da AstraZeneca

A Agência Europeia do Medicamento anunciou esta terça-feira que o laboratório britânico AstraZeneca entregou um pedido urgente de comercialização. A vacina da AstraZeneca, que está a ser desenvolvida em conjunto com a universidade de Oxford, já foi autorizada em vários países, como o próprio Reino Unido e na Índia. “A EMA recebeu um pedido de autorização condicional de comercialização para uma vacina Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford”, disse o órgão regulador, precisando que a decisão será tomada até 29 de janeiro.

Leia a notícia completa nos Les Echos (acesso pago, conteúdo em francês).

Cinco Días

Banco espanhol Unicaja vai despedir 1.900 funcionários

O banco espanhol Unicaja, que a 29 de dezembro chegou a acordo com o Liberbank para uma fusão, vai fazer uma reestruturação dos custos na ordem dos 540 milhões de euros para aumentar a sua rentabilidade. O Cinco Dias avança que o banco irá despedir 1.900 funcionários de um total de 9.929. Além disso, irá encerrar 400 balcões de um total de 1.591, à semelhança do Banco Santander que arranca em fevereiro com encerramento de mil agências.

Leia a notícia completa no Cinco Dias (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Forbes

Empresas norte-americanas anunciam suspensão de donativos a republicanos

Mais empresas norte-americanas anunciaram suspender os seus donativos a deputados republicanos que tentaram impedir ou paralisar a confirmação da eleição de Joe Biden para Presidente do país depois da invasão ao Capitólio por apoiantes de Trump. Além da cadeia de hotéis Marriott, a companhia de seguros Blue Cross Shield e o grupo bancário Commerce Bancshares, que anunciaram a medida no fim de semana, juntam-se agora a Dow, Morgan Stanly e Boston Scientific, que deixarão de fornecer fundos aos congressistas e senadores que votaram contra a certificação dos resultados das eleições presidenciais de novembro. A AT&T, Mastercard e American Express foram outras das empresas que também anunciaram medidas semelhantes.

Leia a notícia completa na Forbes (acesso livre, conteúdo em inglês).

The Guardian

Twitter suprime 70 mil contas de movimento conspiracionista pro-Trump

O Twitter anunciou na segunda-feira que suspendeu “de forma permanente” 70 mil contas ligadas ao movimento conspiracionista ‘QAnon’, composto por muitos apoiantes do presidente cessante, Donald Trump, para impedir atos violentos, como a invasão do Capitólio. A rede social iniciou na sexta-feira uma purga de contas consideradas perigosas, com o bloqueio definitivo da conta de Trump, acusado de incitar os seus apoiantes a perturbar uma sessão conjunta do Congresso para certificar a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de 3 de novembro. “Estas contas partilhavam conteúdos perigosos, associados [ao movimento] QAnon, em grande escala”, sendo “essencialmente consagrados à propagação de teorias da conspiração”, explicou o Twitter em comunicado.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

Euractiv

Suecos cada vez mais favoráveis à NATO

A Suécia, conhecida pela sua posição neutral em termos militares, não pertence à NATO, mas os suecos são cada vez mais a favor dessa aliança, noticia esta terça-feira o Euractiv. A população continua dividida a meio entre o “não” e o “sim” à NATO, mas a diferença diminuiu bastante, existindo anteriormente uma clara maioria contra, de acordo com uma sondagem realizada em dezembro e divulgada recentemente pelo jornal sueco Dagens Nyheter. Apesar de haver uma maioria no Parlamento favorável à aproximação à NATO, o atual Governo liderado pelos sociais-democratas é desfavorável: a ministra dos Negócios Estrangeiros, Ann Linde, criticou essa intenção, argumentando que não irá ao encontro dos interesses do país.

Leia a notícia completa no Euractiv (acesso livre, conteúdo em inglês).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo diz que Costa lhe criou um problema ao anunciar reeleição

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2021

Marcelo Rebelo de Sousa afirma que teria evitado as palavras do primeiro-ministro na Autoeuropa sobre a sua reeleição, considerando que António Costa lhe criou um problema.

O Presidente da República e recandidato ao cargo, Marcelo Rebelo de Sousa, afirma que teria evitado as palavras do primeiro-ministro na Autoeuropa sobre a sua reeleição, considerando que António Costa lhe criou um problema.

Marcelo Rebelo de Sousa recorda este momento, passados oito meses, em entrevista ao podcast “Perguntar Não Ofende”, de Daniel Oliveira e João Martins, gravada na segunda-feira e divulgada esta terça-feira, e conta que o primeiro-ministro lhe disse no bar da Autoeuropa que estava “com uma ideia” para a intervenção que iria fazer.

Questionado se ficou agradado ou desagradado com as palavras de António Costa, responde: “Eu devo dizer que evitava. Por mim, eu evitava aquilo. Se ele, por exemplo, me tivesse perguntado: olhe, o que é que acha de eu dizer isto? Eu dizia: não diga, não diga, porque é um problema”.

“E depois eu disse, salvo erro, uma coisa assim: ó senhor primeiro-ministro, pode ter resolvido um problema seu, e não sei se resolveu, mas criou-me um problema. Mas ele sorriu, enfim. Não sei se ele resolveu um problema dele, não é líquido que tenha resolvido, mas criou-me genericamente um problema“, acrescenta o chefe de Estado, que entretanto recebeu o apoio de PSD e CDS-PP como candidato presidencial.

Interrogado se não considera que António Costa contribuiu para que fosse visto por pessoas de direita como um candidato do PS, Marcelo Rebelo de Sousa concorda: “É evidente, mas eu percebi isso no momento em que ele falou. Estava feito. No momento em que ele falou estava feito, e eu não tinha podido evitar”.

No dia 13 de maio do ano passado, após 45 dias de estado de emergência devido à pandemia de Covid-19, durante uma visita conjunta à Volkswagen Autoeuropa, em Palmela, no distrito de Setúbal, o primeiro-ministro, António Costa, manifestou a vontade de regressar àquela fábrica com Marcelo Rebelo de Sousa já num segundo mandato presidencial, contando, portanto, com a sua recandidatura e reeleição.

“Nós vamos ultrapassar esta pandemia e os efeitos económicos e sociais este ano, no ano que vem, nos anos próximos. E eu cá estarei, e cá estaremos todos, porque isto é um espírito de equipa que se formou e que nada vai quebrar. Cá estaremos este ano e nos próximos anos a construir um Portugal melhor”, afirmou, em seguida, o Presidente da República, que só viria a anunciar a sua recandidatura ao cargo em 07 de dezembro.

Nesta entrevista ao podcast “Perguntar Não Ofende”, Daniel Oliveira introduz o episódio da Autoeuropa perguntando a Marcelo Rebelo de Sousa se “o apoio oficioso de António Costa à sua candidatura não foi um favor que fizeram a André Ventura colando uma candidatura do campo da direita, que ainda nem sequer tinha sido anunciada, ao PS”.

“Isso é pergunta que tem de colocar ao primeiro-ministro”, responde o candidato.

“Eu conto-lhe como é que foi. Estávamos a sair da Autoeuropa, fomos ao bar”, relata Marcelo Rebelo de Sousa, referindo que um administrador da fábrica os convidou para um almoço que “já não calhava no mandato presidencial em curso”.

“E o primeiro-ministro disse: ah, vimos cá almoçar, com certeza. Depois eu disse: olhe, isso é para além do tempo do mandato. E ele não disse nada, e daí a bocadinho disse-se assim: estou aqui com uma ideia, vou usar da palavra, eu tenho aqui uma ideia. Eu comecei logo a pensar que ideia teria o primeiro-ministro, porque ele é muito rápido, mas nem todas as ideias são exatamente coincidentes com as minhas”, prosseguiu.

Segundo o Presidente da República, António Costa disse “uma coisa”, mas “o que foi entendido foi outra” e, independentemente dessas declarações, “haveria sempre candidaturas à direita”.

Esta entrevista está disponível em www.perguntarnaooofende.pt/pno/presidenciais-2021-marcelo-rebelo-de-sousa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mota-Engil sobe 7% após ter fechado maior contrato de sempre. PSI-20 recupera ligeiramente após forte queda

Em Lisboa, as ações negoceiam em ligeira alta após terem sofrido uma forte queda na sessão anterior. Na Europa, a tendência também é positiva.

O principal índice português está a valorizar ligeiramente no arranque desta terça-feira, recuperando das fortes perdas registadas esta segunda-feira com as quedas superiores a 5% do BCP e da EDP Renováveis. O PSI-20 sobe 0,43% para os 5.159,61 pontos.

Na Europa, as ações caíram ontem de máximos de dez meses, invertendo a tendência claramente positiva da semana anterior, a primeira de 2021. A nível internacional, os investidores temem pelo impacto económico das restrições para controlar a pandemia — e uma vacinação relativamente lenta — e aguardam a resolução da situação política nos Estados Unidos.

O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, segue a valorizar 0,15% para os 409,01 pontos. O alemão DAX sobe 0,4%, o francês CAC avança 0,3%, o espanhol IBEX soma 0,3% e o britânico FTSE aumenta 0,2%.

Em Lisboa, a maioria das cotadas segue em alta, com destaque para a Mota-Engil que vê as suas ações valorizar 7,58% para os 1,53 euros por títulos, após a empresa ter fechado um contrato de 1.820 milhões de dólares (cerca de 1.488 milhões de euros) na Nigéria, o qual diz ser o maior da sua história.

Ainda nas subidas, nota para a subida de 3,66% para os 3,4 euros da Novabase e a valorização de 2,21% para os 9,43 euros da Galp Energia. O BCP, que recupera das fortes perdas desta segunda-feira, avança 2,11% para os 13,58 cêntimos.

Já a EDP Renováveis continua a descer, ainda que muito ligeiramente: a cotada perde 0,21% para os 24,2 euros. A Pharol e a Semapa também estão no vermelho.

(Notícia atualizada às 09h02 com as cotações dos índices europeus)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco de Portugal levanta “reservas” sobre ida de Tamraz para EuroBic

  • ECO
  • 12 Janeiro 2021

O Banco de Portugal, que agora é liderado por Mário Centeno, levantou "fortes reservas" à entrada de Roger Tamraz, nome ligado ao petróleo, no capital do EuroBic.

O regulador da banca alertou no final do ano passado os acionistas do EuroBic que a Netoil, empresa liderada por Roger Tamraz (que está na corrida para ficar com o EuroBic), prestou informação errada e imprecisa. O Banco de Portugal levantou assim “fortes reservas” à entrada deste empresário na banca portuguesa, revela o Jornal de Negócios (acesso pago) esta terça-feira.

Nessa carta, o banco central avisou os atuais acionistas de que estes devem proteger a instituição bancária. Até ao momento, o BdP ainda não recebeu uma proposta formal deste negócio. Oficialmente, o banco central diz que “não comenta matérias sujeitas a dever de segredo” e recorda que a autorização do negócio é da “competência exclusiva do BCE, sob proposta do Banco de Portugal”.

Tamraz admitiu recentemente tornar-se o acionista maioritário do EuroBic, adquirindo não só as posições de Isabel dos Santos (42,5%) e de Fernando Teles (37,5%), mas também de Luís Cortez dos Santos, Manuel Pinheiro Fernandes e Sebastião Lavrador, segundo o Jornal de Negócios. A venda do EuroBic arrancou no início do ano passado após as revelações comprometedoras para Isabel dos Santos da investigação jornalística Luanda Leaks.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo fecha escolas se especialistas o recomendarem

  • ECO
  • 12 Janeiro 2021

As escolas poderão fechar se os peritos de saúde pública o recomendarem, mas a intenção de António Costa é mantê-las abertas, ao contrário do que aconteceu em março e abril.

O Governo está preparado para fechar as escolas se os epidemiologistas o recomendarem perante a subida significativa do número diário de infeções, de internamentos e mortes, de acordo com o Diário de Notícias (acesso pago) desta terça-feira. Para a decisão será essencial a análise dos índices de propagação da Covid-19 em Portugal e das taxas de utilização de camas nos cuidados intensivos.

O objetivo do Executivo é evitar o recurso à telescola e ao ensino à distância, tendo António Costa dado sempre sinal de que as escolas vão manter-se abertas uma vez que esse era o entendimento dos peritos. Contudo, na reunião desta terça-feira no Infarmed pode haver um grande consenso sobre o encerramento parcial ou total das escolas, o que deixaria o Governo isolado.

Em princípio, haverá um encerramento geral do comércio, incluindo o setor da restauração que passará ao regime apenas de take away e entregas ao domicílio, como disse o ministro da Economia. Deverá haver um dever geral de recolhimento, mas o recolhimento obrigatório — atualmente às 23h no caso dos concelhos com risco muito elevado ou extremo — não deverá ser alargado nem deverá haver proibições de circulação entre concelhos, avança o Diário de Notícias. Além disso, de acordo com o Público desta terça-feira, os tribunais e os dentistas não deverão fechar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.