148 mil vão ter aumentos. É esta a nova tabela salarial da Função Pública

Os funcionários públicos com salários até 792 euros vão ter aumentos, em 2021. Segundo as contas do Governo, medida custará 41 milhões de euros aos cofres do Estado.

O Governo tinha prometido aumentos de 1% a todos os funcionários públicos, em 2021, mas a pandemia fez cair esse compromisso. Em alternativa, o Ministério de Alexandra Leitão anunciou atualizações entre dez e 20 euros para os 148 mil funcionários públicos cujos salários são inferiores a 800 euros mensais. Em causa está o reforço do quarto, quinto, sexto e sétimo níveis da tabela remuneratória única da Administração Pública, uma proposta “melhorada” face à colocada em cima da mesa no início desta semana.

Depois de ter aprovado o aumento de 30 euros do salário mínimo nacional, o Executivo de António Costa marcou duas reuniões com os sindicatos da Função Pública para negociar a evolução das remunerações no Estado.

No primeiro desses encontros, foi proposto aos sindicatos um aumento de 20 euros da base remuneratória da Administração Pública para 665 euros — isto é, igualando-a ao salário mínimo nacional, pela primeira vez desde 2018 –, bem com uma subida de dez euros das remunerações até 693,13 euros.

Aos sindicatos, o Governo indicou, ainda assim, ter abertura para avançar com melhorias ligeiras a essa proposta, o que se traduziu no alargamento do universo de beneficiários de aumentos anunciado, esta quarta-feira. Neste segundo encontro, a ministra da Administração Pública propôs avançar com aumentos de dez euros também para o sexto e sétimo níveis da tabela remuneratória única (TRU).

Tudo somado, o “salário mínimo” do Estado aumentará, em 2021, 20 euros para 665 euros. Já as seguintes posições da TRU subirão, respetivamente, para 703,13 euros, 750,26 euros e 801,91 euros. De acordo com Alexandra Leitão, 148 mil funcionários públicos serão abrangidos por estes aumentos salariais, cuja despesa estimada é de 41 milhões de euros.

Os sindicatos têm criticado duramente a proposta do Governo, considerando-a insuficiente e até “miserável”. A Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) já adiantou que irá pedir reuniões suplementares e nenhuma das estruturas excluiu avançar para a luta, o que poderá significar, no limite, uma greve.

Da parte do Governo, o Ministério de Alexandra Leitão fez questão de sublinhar que o “mundo mudou muito”, daí não se cumprir a promessa de aumentos de 1%, e de frisar que está em causa um “esforço orçamental significativo, num ano de enormes desafios impostos pela pandemia de Covid-19”.

Pode consultar abaixo a “nova” tabela salarial da Função Pública, com a atualização dos níveis remuneratórios proposta pelo Governo, no projeto de decreto-lei partilhado com os sindicatos e ao qual o ECO teve acesso. De notar que ainda não é certo se estes aumentos serão sentidos já este mês pelos funcionários públicos em causa, uma vez que o processamento dos salários acontece, por norma, a 10 de cada mês e ainda falta publicar o diploma que oficializa este reforço. A serem pagos em fevereiro, deverão chegar com retroativos a janeiro.

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5 coisas que vão marcar o dia

Serão conhecidos dados sobre a inflação na Zona Euro e o emprego em Portugal. No Parlamento, a ministra da Justiça é ouvida sobre as irregularidades no currículo do procurador europeu.

Serão conhecidos esta quinta-feira dados sobre a inflação na Zona Euro durante o último mês do ano passado, mas também estatísticas nacionais sobre o emprego. No Parlamento, a ministra da Justiça vai ser ouvida, devido à polémica do currículo com informações falsas do procurador europeu José Guerra. No Conselho de Ministros, serão decididas as medidas de restrição que vão estar em vigor no país até dia 15 de janeiro.

Ministra da Justiça é ouvida no Parlamento

A ministra da Justiça vai ser ouvida pelos deputados esta quinta-feira no Parlamento, depois de quatro partidos — PS, PSD, CDS-PP e Bloco de Esquerda — terem feito requerimentos “com caráter de urgência” para uma audição. O tema será a carta enviada pelo Estado português à União Europeia com um currículo do procurador europeu José Guerra que tinha informações falsas. O caso já levou à demissão do diretor-geral da Política de Justiça.

Governo decide medidas do estado de emergência

Chega ao fim o último período de estado de emergência em todo território nacional, que foi, no entanto, renovado por mais oito dias. É esta quinta-feira que serão decididas as novas medidas, na reunião do Conselho de Ministros, que vão estar em vigor até dia 15 de janeiro. O período é mais curto que os habituais 15 dias, o que é explicado pelos governantes com a falta de dados relativamente à altura do Natal e Ano Novo.

Termina reavaliação de recibos verdes que não receberam apoio

Esta quinta-feira marca a data limite para a Segurança Social reanalisar os processos de seis mil trabalhadores independentes que ainda não receberam o apoio extraordinário. De acordo com a Segurança Social, não está em causa um atraso, mas sim uma “segunda oportunidade”, porque a informação disponível levaria à rejeição destes pedidos, daí que se tenha decidido reanalisar os casos.

Eurostat atualiza inflação

O Eurostat publica esta quinta-feira a estimativa rápida da evolução dos preços no consumidor nos países da Zona Euro durante o mês de dezembro, fechando assim o ano. Em Portugal, a inflação estagnou em 2020 depois de queda homóloga de 0,2% em dezembro. Além da taxa de inflação, o gabinete de estatísticas da União Europeia apresenta também dados relativos ao comércio a retalho para o mês de novembro.

Como evoluiu o emprego

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga as estatísticas do emprego referentes ao mês de novembro. Em outubro, a taxa de desemprego desceu pelo segundo mês seguido, registando uma queda mensal de 0,4 pontos percentuais para 7,5%. Já a população empregada aumentou 0,3% em outubro face ao mês anterior.

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Twitter bloqueia conta de Trump e ameaça bani-lo para sempre

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2021

Facebook, YouTube e Twitter reagiram ao ataque ao Capitólio. Twitter bloqueou a conta de Trump e ameaçou-o com uma “suspensão permanente”.

A rede social Twitter bloqueou a conta de Donald Trump, exigiu-lhe que retire as mensagens que desculpam a violência e ameaçou bani-lo para sempre.

Esta foi a primeira vez que a Twitter tomou uma decisão destas em relação a Trump, a quem ameaçou com uma “suspensão permanente”.

Antes fora o Facebook a remover um vídeo de Trump em que este recomendava aos seus apoiantes que atacaram o Congresso na quarta-feira para irem para casa, repetindo as falsas acusações à integridade da eleição presidencial.

O YouTube também disse que tinha removido o vídeo, por espalhar falsidades sobre uma fraude eleitoral generalizada.

O vice-presidente da Facebook para a Integridade, Guy Rosen, escreveu quarta-feira na rede social Twitter que o vídeo foi removido porque “aumenta, mais do que diminui, o risco de violência”.

Na altura, o Twitter tinha mantido o acesso ao vídeo, mas impedia que fosse redistribuído ou comentado.

“Esta é uma situação de emergência e estamos a tomar as medidas de emergência adequadas, incluindo remover o vídeo do presidente Trump”, disse Rosen no Twitter.

O vídeo foi distribuído mais de duas horas depois de os apoiantes de Trump terem atacado o Capitólio em Washington, quando os congressistas estavam reunidos para confirmar os resultados do Colégio Eleitoral e a vitória do presidente eleito, Joe Biden.

No vídeo, Trump começa por dizer: “Conhecemos a vossa dor. Eu conheço a vossa ferida. Mas têm de ir para casa”.

Classificou também os seus apoiantes como “muito especiais”.

Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.

A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida devido aos distúrbios provocados pelos manifestantes pró-Trump no Capitólio, e as autoridades de Washington D.C. decretaram o recolher obrigatório entre as 18:00 e as 06:00 locais (entre as 23:00 e as 11:00 em Lisboa).

A polícia usou armas de fogo para proteger congressistas e pelo menos uma mulher morreu no interior do Capitólio depois de ter sido baleada, segundo fontes citadas pela Associated Press. A polícia está a investigar o incidente, mas não adiantou as circunstâncias do disparo.

Quatro horas após o início dos incidentes, as autoridades declaram que o edifício do Capitólio estava em segurança.

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos ocorridos no Capitólio foram “um ataque sem precedentes à democracia” do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.

Pouco depois, Trump pediu aos seus apoiantes e manifestantes que invadiram o Capitólio para irem “para casa pacificamente”, mas repetindo a mensagem de que as eleições presidenciais foram fraudulentas.

O governo português condenou os incidentes, à semelhança da Comissão Europeia, do secretário-geral da NATO e dos governos de vários outros países.

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Pelo menos quatro mortos na invasão do Capitólio

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2021

Quatro horas após o início dos incidentes, as autoridades declararam que o edifício do Capitólio estava em segurança.

Pelo menos quatro pessoas morreram na quarta-feira na invasão do Capitólio, em Washington, anunciou a polícia citada pela agência de notícias Associated Press (AP).

A polícia da capital dos Estados Unidos usou armas de fogo para proteger congressistas e a AP já tinha dado conta da morte de uma mulher, alvejada no interior do Capitólio. A mesma força adiantou agora que mais três pessoas morreram no hospital.

A polícia também deu conta de que tanto as forças de segurança, como os apoiantes de Trump utilizaram substâncias químicas durante as horas de ocupação do edifício do Capitólio.

A mulher foi alvejada no início da quarta-feira quando a multidão tentou arrombar uma porta barricada no Capitólio, onde a polícia estava armada do outro lado. A mulher foi hospitalizada com um ferimento de bala e morreu mais tarde.

Quatro horas após o início dos incidentes, as autoridades declararam que o edifício do Capitólio estava em segurança.

Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do Congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.

A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida devido aos distúrbios provocados pelos manifestantes pró-Trump no Capitólio, e as autoridades de Washington decretaram o recolher obrigatório entre as 18h00 e as 06h00 locais.

O debate no Senado foi retomado pelas 20h00 (1h00 de hoje em Lisboa).

As reações ao ataque no Capitólio foram quase imediatas. A líder da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, defendeu que a certificação do Congresso da vitória eleitoral de Joe Biden iria mostrar ao mundo a verdadeira face do país.

O ex-Presidente dos Estados Unidos Barack Obama considerou que os episódios de violência eram “uma vergonha”, mas não “uma surpresa”, dado a atitude de Donald Trump e dos republicanos.

O antigo Presidente norte-americano Bill Clinton também denunciou um “ataque sem precedentes” contra as instituições do país “alimentado por mais de quatro anos de política envenenada”.

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos ocorridos no Capitólio foram “um ataque sem precedentes à democracia” do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.

Pouco depois, Trump pediu aos seus apoiantes e manifestantes que invadiram o Capitólio para irem “para casa pacificamente”, mas repetindo a mensagem de que as eleições presidenciais foram fraudulentas.

O governo português condenou os incidentes, à semelhança da Comissão Europeia, do secretário-geral da NATO e dos governos de vários outros países.

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Aumentos na Função Pública custam menos de metade do que em 2020

Funcionários públicos com salários até 791,91 euros vão beneficiar de aumentos entre dez e 20 euros, o que custará 41 milhões, menos de metade do que as atualizações de 2020.

O Governo decidiu aumentar os salários de todos os funcionários públicos que hoje ganham menos de 800 euros, deixando as demais remunerações inalteradas. Esta medida custará, acordo com a ministra da Administração Pública, cerca de 41 milhões de euros, menos de metade do que foi gasto, no último ano, com as atualizações salariais dos trabalhadores do Estado.

Os sindicatos que representam os funcionários públicos voltaram a rumar, esta quarta-feira, ao Ministério da Administração Pública para negociar os aumentos salariais, tendo o Governo apresentado uma proposta “melhorada” face à colocada em cima da mesa no início da semana.

Na segunda-feira, o Executivo tinha anunciado uma subida de 20 euros da base remuneratória da Administração Pública para 665 euros — igualando-a ao salário mínimo nacional — e um reforço de dez euros dos salários até 693,13 euros (ambas já anunciadas na segunda-feira), tendo admitido a possibilidade de avançar com “melhorias ligeiras” a essa proposta.

Essa abertura traduziu-se, esta quarta-feira, no alargamento do universo de funcionários públicos que beneficiarão de aumentos, isto é, também o sexto e o sétimo nível da tabela remuneratória única serão aumentados em dez euros, para 750,26 euros e 801,91 euros, respetivamente.

No total, cerca de 148 mil funcionários públicos verão os seus rendimentos crescer, em 2021, indicou a ministra da Administração Pública. Esta medida, disse Alexandra Leitão aos jornalistas, custará 41 milhões de euros aos cofres públicos, longe dos 95 milhões gastos, em 2020, com as atualizações remuneratórias dos trabalhadores do Estado.

De notar que, no último ano, depois de várias reuniões, o Governo optou por aumentar em dez euros a base remuneratória da Administração Pública (o “salário mínimo” do Estado) e o nível imediatamente a seguir, bem como reforçar em 0,3% todos os demais salários.

Segundo disse, na altura, o secretário de Estado José Couto, estes reforços tinham o custo estimado de 95 milhões de euros: 26 milhões de euros para as subidas de dez euros dos salários mais baixos e 69 milhões de euros para os demais trabalhadores.

Estes aumentos ficavam aquém do reivindicado pelos sindicatos, pelo que o Governo prometeu que, em 2021, iria subir em, pelo menos, 1% todos os salários da Função Pública. A pandemia fez, contudo, essa promessa cair por terra.

“O mundo mudou muito, neste último ano”, salientou, esta quarta-feira, Alexandra Leitão, justificando a não concretização desse compromisso com a pressão trazida pela Covid-19. Em vez de voltar a fazer aumentos generalizados, o Governo escolheu, este ano, reforçar apenas as quatro primeiras posições da tabela salarial da Função Pública, daí que o gasto do Estado seja significativamente inferior (menos de metade) ao registado em 2020.

É interessante, por outro lado, comparar o custo estimado para 2021 com a despesa feita em 2019, quando o Governo decidiu concentrar a verba de 50 milhões no reforço da base remuneratória do Estado, puxando o “salário mínimo” da Função Pública para 635 euros.

Nessa altura, o Governo determinou que todos os trabalhadores do Estado que ganhavam menos de 635 euros passariam a receber esse valor, um salto de 55 euros face ao salário mínimo em vigor em 2018. Foram 70 mil os funcionários abrangidos por essa medida, menos de metade do que aqueles que serão incluídos nos aumentos de 2021. O gasto de 2019 ficou, ainda assim, acima do previsto para este ano.

Há, no entanto, uma diferença a assinalar. Em 2019, os trabalhadores públicos puxados para os tais 635 euros perderam os pontos que tinham acumulados para progredir na carreira, de modo a manter a hierarquia com aqueles que já estavam nesse nível remuneratório. Em 2021 (tal como em 2020), os aumentos não serão sinónimos de perda dos créditos acumulados, é assegurado no projeto de decreto-lei a que o ECO teve acesso.

O Governo tem sublinhado, além disso, que, apesar de 2021 não trazer aumentos para muitos funcionários públicos, também não traz congelamentos nas carreiras, como aconteceu noutros períodos de crise (isto é, continuará a ser possível progredir). Este argumento não agrada, contudo, os sindicatos, que prometem continuar a insistir em aumentos generalizados, ponderam pedir reuniões suplementares e não excluem avançar para protestos.

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Democratas asseguram controlo do Senado americano

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2021

Com a vitória de Ossoff, os democratas assumem o controlo do Senado dos Estados Unidos, dando a Joe Biden o apoio das duas câmaras do Congresso quando assumir o cargo de Presidente a 20 de janeiro.

O candidato democrata Jon Ossoff ganhou a segunda volta das eleições no estado norte-americano da Geórgia, tornando-se o mais jovem senador dos EUA e garantindo a maioria democrata do Senado, noticia a Associated Press.

Com 33 anos, Ossoff derrotou o republicano David Perdue, de 71, que ocupou o assento nos últimos seis anos e tinha o forte apoio do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump.

“Geórgia, obrigado pela confiança que me concederam”, dissera já hoje o candidato, numa breve declaração em que reivindicara a vitória.

Com a vitória de Ossoff, os democratas assumem o controlo do Senado dos Estados Unidos, dando a Joe Biden o apoio das duas câmaras do Congresso quando assumir o cargo de Presidente a 20 de janeiro.

O estado da Geórgia realizou na terça-feira a segunda volta das eleições para os dois assentos que detém no Senado dos EUA, uma eleição decisiva para saber quem controlará a câmara alta do Congresso.

Um dos dois lugares fora já garantido pelo democrata Raphael Warnock, que bateu a senadora republicana Kelly Loeffler, tornando-se o primeiro senador negro na história do estado conservador.

Warnock, cuja vitória foi anunciada de madrugada pelas cadeias de televisão norte-americanas CNN, CBS e NBC, é pastor na mesma igreja em que Martin Luther King pregou até ser assassinado em 1968, em Atlanta, durante o movimento pelos direitos cívicos dos afro-americanos.

Com a eleição dos dois democratas, o partido de Joe Biden reforça a sua vitória, garantindo o controlo daquela câmara, num novo revés para o Presidente em exercício, Donald Trump, que continua sem admitir a derrota nas eleições de 03 de novembro.

Com esta dupla vitória na Geórgia, os democratas obtêm 50 lugares no Senado, tal como os Republicanos.

Mas, tal como previsto na Constituição, a futura vice-presidente Kamala Harris teria o poder de “desempatar”, fazendo pender o equilíbrio da balança para os democratas.

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Dow Jones bate recorde, Nasdaq em queda

Invasão do Capitólio em Washington ainda se fez sentir nas bolsas de Nova Iorque. Wall Street fechou, ainda assim, em alta, com o índice Dow Jones em máximos de sempre.

Com Washington em polvorosa por causa dos protestos de apoiantes de Trump, Wall Street ainda assim encerrou com o índice Dow Jones em máximos de sempre, à boleia do otimismo dos investidores com a chamada “onda azul” na Geórgia e que poderá levar a mais estímulos e a um aumento do investimento público em infraestruturas.

A negociação nas principais praças de Nova Iorque não deixou de se ressentir com a instabilidade política após o Capitólio ter sido encerrado depois de os apoiantes de Trump terem forçado a entrada no edifício.

“Tudo o que aconteça de disruptivo é uma preocupação para os investidores, mas reagir com pânico talvez não seja a melhor estratégia aqui”, referiu Randy Frederick, da Charles Schwab, cidato pela Reuters.

O industrial Dow Jones ganhou 1,44% para 30.829,40 pontos, com o índices a tocar máximos de sempre. Também o S&P 500 somou 0,57% para 3.748,14 pontos.

Setores como financeiro foram os mais beneficiados nesta sessão: o JP Morgan e o Citigroup, por exemplo, aceleraram 4,70% e 5,75%, respetivamente.

Por outro lado, o índice tecnológico Nasdaq caiu 0,61%. Com maior poder para os democratas, os investidores acreditam que a agenda de Biden possa trazer más notícias para as grandes companhias tecnológicas como o Facebook ou Google, nomeadamente em termos de maior aperto na regulação.

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Marcelo diz que Governo pode agravar estado de emergência

Marcelo Rebelo de Sousa revelou que o Governo poderá agravar já as medidas do estado de emergência face ao disparo do número de infeções nos últimos dias.

Marcelo Rebelo de Sousa revelou esta quarta-feira que o Governo poderá agravar as medidas do estado de emergência na reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira, sem esperar pela próxima semana, devido ao disparo do número de casos de Covid-19 em Portugal nos últimos dias.

“Amanhã, o Governo irá ponderar se é de manter a ideia originária que é a ideia de ser um estado de emergência intercalar ou se é preciso agravar o estado de emergência“, disse o Presidente e candidato presidencial no debate televisivo com André Ventura na SIC. “A ideia era esperar pelo dia 15″, acrescentou Marcelo.

O balanço da Direção-Geral de Saúde desta quarta-feira deu conta de mais de dez mil casos nas últimas 24 horas, um número recorde, com os especialistas a anteciparem um aumento grave das infeções por causa do relaxamento das medidas na quadra festiva do Natal e Ano Novo.

Vários países estão a assistir a um recrudescimento da pandemia e estão a agravar as medidas, em alguns casos com o regresso ao confinamento.

Depois de aprovado no Parlamento, o Presidente da República renovou esta quarta-feira o estado de emergência até dia 15, justificando a decisão com “os números de casos e de mortos nos últimos dias” e que “impõem uma cuidadosa contenção”.

O tema do estado de emergência ocupou a parte final do debate entre Marcelo Rebelo de Sousa e André Ventura, com este último acusar o Presidente de ter permitido a libertação de reclusos no âmbito das medidas de flexibilização das penas relacionadas com a pandemia. “Permitiu a maior infâmia. Tivemos bandidos a ser colocados cá fora”, disse o candidato do Chega.

Marcelo ripostou: “Não aumentou a criminalidade, está provado”. Isto para depois voltar a acusar Ventura de ser da “direita persecutória”.

(Notícia atualizada às 21h56)

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Manifestantes pró-Trump invadem Capitólio e suspendem sessão no Congresso

  • Lusa e ECO
  • 6 Janeiro 2021

Trump pediu aos manifestantes para se dirigirem para o Capitólio e fazer ouvir a sua voz, em protesto do que considera ser uma “fraude eleitoral”.

A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA, no Congresso em Washington, teve de ser interrompida devido aos distúrbios provocados por manifestantes pró-Trump que entraram no Capitólio após Donal Trump ter pedido para se fazerem ouvir. Trump está a receber críticas de todo o mundo, incluindo de republicanos. Biden diz que quem sofre é a democracia.

Enquanto os representantes e senadores discutiam a objeção levantada por um grupo de republicanos à contagem dos votos no Arizona, no início da sessão de ratificação dos resultados eleitorais, apoiantes do Presidente cessante, Donald Trump, entraram no Capitólio, obrigando à suspensão da sessão.

Manifestantes protestam contra a contagem de votos no Congresso que dá vitória a Joe Biden.MICHAEL REYNOLDS/EPA 6 Janeiro, 2021

Milhares de manifestantes tinham reunido esta quarta-feira em Washington, protestando e contestando a vitória do democrata Joe Biden.

Num comício em frente à Casa Branca, Trump pediu aos manifestantes para se dirigirem para o Capitólio e fazer ouvir a sua voz, em protesto do que considera ser uma “fraude eleitoral”, tendo mesmo dito que “nunca” aceitaria a sua derrota nas eleições de 3 de novembro.

Os manifestantes obedeceram ao comando do Presidente cessante e dirigiram-se para o Capitólio, tendo mesmo forçado a oposição da polícia, que tentou impedir a sua entrada no edifício.

Minutos depois, agentes de segurança começaram a evacuar escritórios do Capitólio, por razões de segurança e, de seguida, aconselharam a suspensão dos trabalhos na Câmara de Representantes e no Senado. Entre as pessoas evacuadas encontra-se Mike Pence, vice-presidente dos Estados Unidos e presidente do Senado.

A agência Reuters informa que, segundo o chefe da polícia de Washington, Robert Contee, o Departamento de Polícia Metropolitana mobilizou 3.750 agentes, a Polícia do Capitólio, a Polícia do Parque, os Serviços Secretos dos EUA e mais de 300 membros da Guarda Nacional da cidade. Estes agentes tentaram dispersar os manifestantes com armas e gás lacrimogéneo. Mas, não foi suficiente para evitar vidros partidos e feridos. O The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês) avançou que uma mulher está em estado crítico depois de ter sido baleada no peito no Capitólio quando os apoiantes do Trump invadiram o edifício. A vítima acabou por morrer, segundo o Washington Post.

Esta situação já levou a presidente da câmara de Washington a impor um recolher obrigatório a partir das 18h desta quarta-feira até às 6h de quinta-feira. “Locais de teste à Covid-19 estão fechados esta noite. Se tiver sintomas fique em casa”, avisou Muriel Bowser no Twitter.

Os trabalhos de discussão da contagem de votos eleitorais ficaram assim, para já suspensos, enquanto canais televisivos transmitem imagens de distúrbios nas escadas do Capitólio.

A situação fez tremer Wall Street que tinha arrancado em máximos. “Qualquer coisa que aconteça que perturbe é uma preocupação para os investidores, mas o pânico provavelmente não é uma boa estratégia” disse à Reuters Randy Frederick, vice-presidente de comércio e derivados para Charles Schwab em Austin, Texas, referindo-se à invasão do edifício do Capitólio.

Entre a confusão, os democratas tiveram mais uma vitória: o controlo do Senado ao vencerem a segunda volta na Geórgia, o que dá ao partido o controlo da câmara.

Até republicanos criticam invasão

Vários legisladores, incluindo republicanos, usaram as suas contas na rede social Twitter para criticar a ação dos manifestantes, dizendo que não se vão deixar intimidar pela sua presença ou pelos seus apelos para que a contagem de votos do Colégio Eleitoral seja rejeitada. O republicano Adam Kinzinger, membro da Câmara dos Representantes, disse à televisão CNN que os motins no Capitólio foram alimentados por teorias da conspiração “totalmente desprezíveis”.

Também Mike Pence, vice-Presidente dos EUA, que se encontrava a presidir a sessão de contagem de votos, pediu aos manifestantes para abandonarem o edifício do Capitólio. “A violência e destruição têm de parar e já”, escreveu no Twitter.

Também o Presidente eleito, Joe Biden, falou ao público a partir de Delaware, relembrando que é a democracia que sofre com estas ações e pede a Donald Trump que aja. “Apelo ao Presidente Trump para ir agora à televisão nacional, para cumprir o seu juramento e defender a constituição e exigir o fim deste cerco”, acrescentando que “o mundo está a ver”.

Biden considera que a situação vivida no Capitólio “não representa os americanos”. “O que estamos a ver é um pequeno número de extremistas”, afirmou.

As reações já chegaram à Europa. No Twitter, o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, lamenta a situação vivida nos EUA e pede que os votos sejam “respeitados” e “que as regras da democracia sejam protegidas”. Já o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, mostram-se chocado com a violência desta noite.

O chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, diz ter “confiança na força da democracia americana” e espera que a presidência de Biden ultrapasse esta “fase de tensão”.

Tarde veio a mensagem de Donald Trump, em vídeo no Twitter, que pede aos manifestantes para irem para casa, mas sem reconhecer a derrota. “Conheço a vossa dor (…) Tivemos uma eleição que nos foi roubada”, afirmou. A rede social proibiu interações com o vídeo do Presidente cessante.

(Notícia atualizada às 23h02 com mais informação)

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Fidelidade compra antiga sede da revista The Economist em Londres por 177 milhões

A seguradora adquiriu um icónico imóvel em Londres, composto por três edifícios, numa área total de 7.525 metros quadrados.

A Fidelidade fechou uma mega operação imobiliária no Reino Unido. A seguradora adquiriu a Smithson Plaza, em Londres, que foi durante muitos anos a sede da revista The Economist. O negócio foi fechado por 160 milhões de libras (177 milhões de euros).

A norte-americana Tishman Speyer Properties vendeu o Smithson Plaza. O imóvel tem uma área total de 7.525 metros quadrados e está localizado nos números 25 a 27 da St. James Street, na capital britânica, segundo vários jornais internacionais, e tem 91% da sua área de usos mistos ocupada.

A Smithson Plaza é composta por três edifícios: a Smithson Tower com 14 andares de escritórios e 4.831 metros quadrados; o edifício Denham com 1.022 metros quadrados, dos quais 790 metros quadrados são apartamentos; e o edifício Bank com cinco andares, num total de 465 metros quadrados de escritórios. O imóvel tem ainda lojas, uma galeria e um restaurante.

A Tishman comprou este imóvel à revista The Economist em 2016, que “morava” lá desde o seu nascimento, em 1960, tendo pago na altura 130 milhões de libras (144 milhões de euros), segundo o site Property EU (conteúdo em inglês).

Em setembro de 2017, a empresa fez profundas obras de reabilitação no imóvel, que foram concluídas no verão de 2018. Nessa altura, os espaços vazios foram arrendados por um valor recorde de 200 libras (221 euros) por metro quadrado, avança o site Property Magazine (conteúdo em inglês).

Agora, o imóvel passa para as mãos da Fidelidade, controlada pela chinesa Fosun, por cerca de 160 milhões de libras (177 milhões de euros). O ECO questionou a seguradora sobre os motivos para este investimento, bem como os objetivos para o imóvel, mas até ao momento não obteve resposta.

Contudo, fontes do mercado imobiliário contactadas pelo ECO afirmam que este negócio tem a ver com “diversificação” do portefólio e “rendimento”. As mesmas fontes adiantaram que a Fidelidade tem comprado “imobiliário de relevo fora de Portugal”, nomeadamente em Nova Iorque, Londres e Bruxelas.

“Toda a equipa da Tishman Speyer está incrivelmente orgulhosa do que conquistou na Smithson Plaza — uma casa renovada com uma combinação perfeita de escritórios, retalho e arrendatários residenciais”, diz Dan Nicholson, diretor administrativo da Tishman Speyer, citado pelo site IPE Real Assets (conteúdo em inglês).

O imóvel pertencia ao fundo TSEV VII da Tishman e era o último que constava desta carteira. Esta venda “representa um marco importante para este fundo em particular, sendo este o último ativo deste veículo fechado a ser vendido. Estamos muito satisfeitos em realizar esta saída, pois cristaliza substancialmente o desempenho do fundo”, continuou o responsável.

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Tempestades custaram 2,5 mil milhões às seguradoras alemãs em 2020

  • ECO Seguros
  • 6 Janeiro 2021

A fatura de eventos naturais adversos ficou abaixo da média histórica, mas a tempestade Sabine marcou o ano, com danos segurados de 675 milhões de euros, estima a associação germânica de seguros.

A indústria alemã de seguros e resseguro pagou, em 2020, cerca de 2,5 mil milhões de euros por danos causados por tempestades, granizo e outros riscos naturais, como chuvas fortes, indicam dados preliminares divulgados pela associação germânica do setor Die Deutschen Versicherer (identificada pela sigla GDV).

Globalmente, 2020 foi um ano abaixo da média de longo prazo, em termos de sinistros, tanto nos seguros de propriedade como no seguro automóvel, situando-se cerca de 500 milhões de euros abaixo do valor de 2019 e muito abaixo da média a longo prazo de 3,7 mil milhões de euros.

As perdas seguradas em casas, equipamentos domésticos, veículos automóveis e no comércio e indústria totalizaram 2, 5 mil milhões de euros fazendo de 2020 “um ano de reclamações abaixo da média, principalmente porque não houve eventos graves de granizo”, disse Joerg Asmussen, responsável executivo da GDV.

O seguro de propriedades assumiu cerca de 2 mil milhões de euros (média a longo prazo ronda os 2,7 mil milhões de euros). Deste montante, 1,6 mil milhões de euros resultam de tempestades ou granizo e 400 milhões de euros por outros perigos naturais, tais como chuva forte.

As seguradoras de automóveis pagaram um total de cerca de 500 milhões de euros por danos resultantes de eventos naturais (a média a longo prazo situa-se em 900 milhões de euros).

No entanto, uma tempestade destacou-se particularmente na estatística de danos, refere a nota divulgada pela GDV (conteúdo original em língua alemã). O balanço de 2020 ficou marcado principalmente pelos 675 milhões de euros em danos provocados pela tempestade Sabine, um evento adverso de ventos fortes (em fevereiro) que ocupa o sexto lugar entre as tempestades de inverno mais severas da Alemanha desde 2002. Só às seguradoras de P&C (propriedade e danos), a “Sabine” custou cerca de 600 milhões de euros.

Em comparação, complementa a GDV, a tempestade mais severa da série estatística germânica é a “Kyrill” (2007) com mais de 3000 milhões de euros em perdas seguradas, seguida de “Jeanette” (2002) com 1,4 mil milhões de euros e “Friederike” (2018) com 1,15 mil milhões de euros.

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Quinto dia de licitação do 5G para novos entrantes encaixa mais de 77 milhões de euros

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2021

O quinto dia da fase de licitação do leilão do 5G para novos entrantes registou seis rondas, tendo registado um encaixe de mais de 77 milhões de euros.

O quinto dia da fase de licitação do leilão do 5G para novos entrantes registou seis rondas, tendo registado um encaixe de mais de 77 milhões de euros, de acordo com informação divulgada no site do regulador Anacom.

“Terminou a 06 de janeiro o quinto dia de rondas da fase de licitação para novos entrantes do leilão para a atribuição de direitos de utilização de frequências nas faixas dos 900 MHz e 1.800 MHz”, tendo havido “seis rondas”, adianta a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

A licitação pela faixa 1.800 MHz tinha como preço definido [preço de reserva] pela Anacom os quatro milhões de euros, mas este subiu e foram licitados três lotes por 15,755 milhões de euros, o que totalizou 47,265 milhões de euros.

Na faixa 900 MHz, foi licitado um lote por 30 milhões de euros.

No total, o encaixe no quinto dia do leilão de quinta geração (5G) para os novos entrantes foi de 77,265 milhões de euros.

Na véspera, quarto dia de licitação, o montante arrecadado tinha sido de 74,52 milhões de euros.

O terceiro dia da fase de licitação registou um encaixe de 67,278 milhões de euros.

O montante no segundo dia de licitação para novos entrantes, em 23 de dezembro, tinha sido de 61,209 milhões de euros, contra 49 milhões de euros registados no arranque do leilão.

O montante final encaixado com o leilão depende dos lotes que forem atribuídos durante o processo e se são adquiridos pelo preço de reserva, sendo que a Anacom aponta para receitas de cerca de 237,9 milhões de euros.

De acordo com o regulamento do leilão, as rondas “decorrem nos dias úteis, entre as 9h00 e as 18h00”.

Sobre quem licitou, não existe informação oficial, embora a Másmóvil tenha anunciado que iria participar através da Nowo, mas até ao momento não fez comentários sobre o assunto.

Os novos entrantes podem beneficiar de roaming nacional no acesso às redes dos operadores já instalados, independentemente da qualidade de espectro que adquiram, de acordo com as condições do leilão.

A Meo (Altice Portugal), NOS e Vodafone Portugal apresentaram candidatura, como também a Dense Air.

O processo tem sido bastante contestado pelas operadoras históricas, envolvendo processos judiciais, providências cautelares e queixas a Bruxelas, considerando que o regulamento tem medidas “ilegais” e “discriminatórias”, o que incentiva ao desinvestimento.

As licenças do 5G serão atribuídas durante o primeiro trimestre deste ano.

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