Wharton planeia aceitar criptomoeda como propina em curso de blockchain

  • Joana Abrantes Gomes
  • 28 Outubro 2021

O curso online de blockchain e ativos digitais da instituição da Ivy League deverá aceitar que a propina de 3.800 dólares seja paga em moedas digitais, como a bitcoin.

A Escola Wharton, da Universidade da Pensilvânia, a escola de negócios mais antiga dos Estados Unidos, planeia aceitar a criptomoeda como pagamento da propina do seu programa online de blockchain e ativos digitais, revela esta quinta-feira a Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês).

O curso online tem início previsto para janeiro de 2022 e um custo de 3.800 dólares, esperando-se que atraia milhares de estudantes por ano. “É um programa sobre blockchain e ativos digitais, sentimos que devíamos pensar e fazer [o curso]”, disse numa entrevista Guido Molinari, sócio-gerente do Grupo Prysm, que está a trabalhar com a Wharton no desenvolvimento do programa.

A Wharton aceitará o pagamento de ativos digitais através da Coinbase Global Inc., a maior bolsa criptográfica dos EUA. Em maio deste ano, a Universidade da Pensilvânia recebeu a maior doação de moedas criptográficas da sua história: cinco milhões de dólares, por um doador anónimo.

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João Rendeiro lucra 229 mil euros com obras de arte quando já estava em fuga

As três obras de arte deFrank Stella estavam na casa da Quinta Patiño ao cuidado de Maria de Jesus Rendeiro. Foram vendidas pela Christie’s entre março e outubro de 2021.

Três das obras de arte de João Rendeiro que estavam arrestadas pela Justiça, ao cuidado de Maria de Jesus Rendeiro, foram vendidas pela leiloeira Christie’s entre março e outubro de 2021, uma delas no dia em que Rendeiro foi condenado a 10 anos de prisão, outra quando já estava em fuga, há cerca de um mês.

Segundo avança o Expresso, a venda dos três quadros do americano Frank Stella renderam ao arguido 229 mil euros. Esta sexta-feira, a mulher do ex-banqueiro — condenado a penas de dez, cinco e três anos por crimes económicos — vai responder perante a justiça, já que há 15 obras arrestadas que se encontram em parte incerta. Tal como o seu proprietário que, no final de setembro, anunciou ao mundo que estava fora de Portugal e que não tencionava voltar para cumprir a pena a que foi condenado.

Já depois da fuga de Rendeiro, o tribunal ordenou uma busca para verificar o estado das obras e a PJ deu pela falta de 15 e detetou indícios de falsificação em três. Maria e Jesus, a fiel deposítária do espólio, só foi capaz de encontrar sete destas obras desaparecidas e incorre agora no crime de descaminho, punido com pena de prisão até cinco anos.

Segundo um despacho da juíza, Maria de Jesus da Silva de Matos Rendeiro tinha cinco dias para entregar à Polícia Judiciária 15 objetos [obras de arte] apreendidos em novembro de 2010 e que em diligência realizada no início da semana passada à sua casa, na Quinta Patinõ, “não foram localizados”. Mas a mulher do ex-líder do BPP falhou este prazo.

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Governo britânico convoca embaixadora francesa por crise na pesca

  • Lusa
  • 28 Outubro 2021

“Lamentamos a linguagem de confrontação que tem sido constantemente utilizada pelo Governo francês nesta questão, que não facilita a resolução das coisas”, justifica o governo britânico.

O governo britânico anunciou esta quinta-feira que vai convocar a embaixadora francesa em Londres, após ameaças de retaliação feitas por Paris a propósito de licenças de pesca pós-‘Brexit’ que acusa o Reino Unido de conceder em número insuficiente.

Sublinhando que Londres considera as ações de retaliação previstas por França “injustificadas”, a chefe da diplomacia britânica, Liz Truss, deu instruções à sua secretária de Estado encarregada da Europa, Wendy Morton, para “convocar a embaixadora francesa”, Catherine Colonna, anunciou um porta-voz do governo britânico em comunicado.

“Lamentamos a linguagem de confrontação que tem sido constantemente utilizada pelo Governo francês nesta questão, que não facilita a resolução das coisas”, acrescentou o porta-voz.

O discurso subiu rapidamente de tom na quarta-feira, após o anúncio por França da entrada em vigor das primeiras medidas de retaliação – reforço dos controlos e proibição de desembarque de barcos britânicos em portos franceses – contra as ilhas anglo-normandas do Canal e o Reino Unido a partir de 2 de novembro, se os pescadores franceses não obtiverem até lá mais licenças para pescar nas águas britânicas.

“Repetimos que o Governo britânico concedeu 98% dos pedidos de licenças feitos por embarcações da União Europeia (UE) para pescar nas águas do Reino Unido e, como indicámos claramente, analisaremos qualquer elemento de prova para aqueles que restam”, acrescentou a mesma fonte, referindo novamente um número contestado por França, que diz que foram 90%.

Entre os vários temas de atrito pós-‘Brexit’ entre Londres e Paris, o das pescas continua a gerar controvérsia, embora diga apenas respeito a um número relativamente pequeno de responsáveis.

O acordo pós-‘Brexit’, concluído ‘in extremis’ no final de 2020 entre Londres e Bruxelas, prevê que os pescadores da UE possam continuar a pescar em algumas águas britânicas, desde que possam comprovar terem pescado nelas antes.

Mas os franceses e os britânicos discutem sobre a natureza e a extensão das licenças a serem facultadas. Nas áreas de pesca disputadas, Londres e Jersey (a maior ilha do Canal) concederam pouco mais de 210 licenças, mas Paris pede 244.

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Facebook muda nome para Meta

  • Joana Abrantes Gomes
  • 28 Outubro 2021

A mudança de nome da empresa de Mark Zuckerberg, anunciada na conferência Facebook Connect, surge numa altura em que a rede social enfrenta críticas após denúncias de más práticas.

O Facebook vai passar a chamar-se Meta. Mark Zuckerberg, o dono da gigante tecnológica, anunciou esta quinta-feira, durante a conferência “Connect”, que o ADN da empresa passa pela construção de tecnologia para ligar as pessoas, sendo o metaverso a “próxima fronteira”, da mesma maneira que eram as redes sociais no início do Facebook.

A mudança de nome reflete as ambições crescentes da empresa para além dos media sociais com o metaverso, um termo conhecido do mundo da ficção científica que o Facebook adotou para descrever a sua visão para trabalhar e brincar num mundo virtual. Para desenvolver as tecnologias necessárias para a construção do metaverso, a gigante tecnológica prevê gastar cerca de 10 mil milhões de dólares em 2022.

“Hoje somos vistos como uma empresa de media social, mas no nosso ADN somos uma empresa que constrói tecnologia para ligar as pessoas, e o metaverso é a próxima fronteira, tal como as redes sociais eram quando começámos”, disse Mark Zuckerberg, citado pela CNBC. “A nossa marca está tão fortemente ligada a um produto que não pode representar tudo o que estamos a fazer hoje e muito menos o futuro”, acrescentou.

Em julho deste ano, o Facebook anunciou a formação de uma equipa para trabalhar no metaverso. Dois meses depois, nomeou Andrew “Boz” Bosworth, o atual chefe do departamento de hardware, para o papel de diretor de tecnologia a partir de 2022. Esta segunda-feira, com o anúncio dos resultados do terceiro trimestre de 2021, revelou que iria dividir o departamento de hardware, o Facebook Reality Labs, no seu próprio segmento de reporting, a começar no último trimestre deste ano.

O fundador do Facebook acredita que o metaverso será “o sucessor da Internet móvel” e prevê que vários elementos dessa tecnologia se tornem convencionais num prazo de cinco a dez anos. “Esperamos investir muitos milhares de milhões de dólares durante anos antes de o metaverso atingir a escala”, afirmou Mark Zuckerberg.

A mudança de marca surge após uma denúncia de uma ex-funcionária do Facebook, Frances Haugen, que divulgou vários relatórios internos da empresa que demonstravam más práticas da rede social.

(Notícia atualizada às 20 horas)

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Governo autoriza investimento e sobe taxas no terminal de contentores de Alcântara

O Executivo dá luz verde à alteração das bases da concessão do terminal de contentores de Alcântara, encerrando a negociação de sete anos com a concessionária, que prevê investir 124 milhões de euros.

A aprovação do decreto-lei que autoriza as alterações ao contrato de concessão do terminal de contentores de Alcântara (TCA) dá luz verde ao investimento de quase 124 milhões de euros a realizar por parte da Liscont e fecha também o processo negocial iniciado em 2014 com a empresa detida pelo grupo turco Yilport.

Da negociação resultaram alterações contratuais que, destaca o Governo, “defendem a concorrência e fortalecem a posição da autoridade portuária”: uma redução contratual de quatro anos, para 2038; a redução da TIR (taxa interna de rentabilidade); o aumento das taxas devidas à Administração do Porto de Lisboa; e a eliminação do direito da concessionária a reposição do equilíbrio financeiro por insuficiente procura.

O diploma aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros atualiza o plano de investimentos da concessionária, que tinha sido apresentado em 2019 ainda pela ex-ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, “assegurando a modernização e o aumento da eficiência operacional do terminal, ao introduzir significativas melhorias ambientais e nos processos e formas de gestão”, destaca o Ministério das Infraestruturas.

Em causa está um novo plano de investimento privado no valor de 123,8 milhões de euros (a preços correntes, sem IVA), que prevê intervenções em infraestruturas, aquisição e implementação de infraestrutura tecnológica e aquisição e instalação de equipamentos que vão reduzir anualmente em 88% as emissões de CO2 do terminal, representando “uma expressiva redução do impacto ambiental na cidade de Lisboa”.

Há dois anos, quando foi renovada a concessão, as partes anunciaram que a grande fatia do investimento seria realizada nos primeiros dois anos, em que seriam aplicados 44 milhões, com destaque para a aquisição de dois novos pórticos de cais e seis novos pórticos de parque, além de investimentos direcionados para a formação, segurança e certificação das operações.

“O investimento na modernização e aumento de eficiência operacional do Terminal de Contentores de Alcântara é de enorme importância para toda a região de Lisboa pelo papel que desempenha no funcionamento das plataformas logísticas que asseguram o serviço de distribuição atualmente existente na Área Metropolitana de Lisboa”, lê-se no mesmo documento.

Em fevereiro deste ano, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tinha dado um parecer favorável condicionado ao projeto para modernizar e aumentar a eficiência operacional do terminal de contentores de Alcântara, com estimativas de movimentar mais 86 mil contentores (+15%) por ano, instalando, em paralelo, novos pórticos para retirar e mover a carga dos navios.

O Porto de Lisboa destaca ao ECO que este decreto-lei “vem ultrapassar um impasse jurídico, permitindo a redefinição do contrato de concessão do TCA à Liscont até 2038, tornando viáveis os projetos de investimento a realizar para a modernização do referido terminal, que vão contribuir para a redução da pegada ambiental e melhorar a sua produtividade e eficiência”.

O projeto em Alcântara assenta em quatro pilares:

  1. Reordenamento interno do terminal, modernização, eletrificação e melhoramento dos equipamentos de movimentação de carga e sistemas de informação;
  2. Implementação de transporte fluvial, para a expedição e entrega de contentores no terminal;
  3. Aumento do feixe ferroviário, impulsionando a operação ferroviária, tanto esta como o transporte fluvial como alternativas ao crescimento da movimentação de contentores pela via rodoviária;
  4. Aposta no negócio de transhipment (transbordo de contentores em trânsito) como complemento do negócio portuário atual do terminal de contentores de Alcântara – contentores que têm como destino final ou origem o hinterland do Porto de Lisboa (isto é, a região servida pelo Porto de Lisboa).

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Mota-Engil ganha contrato de 139 milhões de euros no Brasil

  • Joana Abrantes Gomes
  • 28 Outubro 2021

A maior empresa portuguesa de construção civil conseguiu um contrato de 913 milhões de reais (139 milhões de euros) para trabalhar nos "Almoxarifados Submarinos" da Bacia de Campos, no Brasil.

A Mota-Engil ganhou um contrato no valor de 139 milhões de euros no Brasil, anunciou a empresa em comunicado esta quinta-feira. A construtora trabalhará em consórcio com uma empresa local nos “Almoxarifados Submarinos” da Bacia de Campos ainda a partir deste mês.

Este projeto será desenvolvido pela construtora portuguesa, adjudicada à sua subsidiária Empresa Construtora Brasil, em parceria com a Sea Brasil (90%/10%), com o contrato a ser adjudicado pela Petrobras, de acordo com o comunicado partilhado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O contrato tem por base a “prestação de serviços de recolhimento, processamento e destinação final e alienação das linhas flexíveis dos “Almoxarifados Submarinos” da Bacia de Campos“. A duração será de aproximadamente cinco anos, sendo que parte da faturação será efetuada em dólares norte-americanos (cerca de 110 milhões) e o remanescente em reais brasileiros.

A Mota-Engil frisa que a adjudicação deste contrato é o reconhecimento do seu desempenho “perante um dos mais importantes players na área de oil&gas [óleo e gás] no Brasil” e permite reforçar “a sua carteira de encomendas na região da América Latina com um contrato de médio e longo prazo”.

Notícia atualizada às 19h21

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CEO da criadora do “Call of Duty” com corte salarial até ser atingida paridade de género

Pedido surge num momento em que a empresa de videojogos enfrenta uma ação de assédio e discriminação na justiça norte-americana.

Bobby Kotick, CEO da Activision Blizzard, pediu à direção da companhia de videojogos para reduzir o seu salário para 62.500 dólares/ano, o ordenado mínimo na Califórnia, nos Estados Unidos, até a companhia atingir objetivos de paridade de género. A decisão surge depois de uma investigação sobre assédio sexual e discriminação envolvendo a empresa criadora de Call of Duty que motivou uma ação na justiça norte-americana.

O anúncio de Kotick — um dos gestores mais bem pagos do mundo (só no ano passado recebeu 154,6 milhões de dólares, maioritariamente sob a forma de prémios) — surge depois da empresa de videojogos não ter convencido um tribunal da Califórnia a suspender um caso de assédio e discriminação. A empresa nega as acusações, mas recentemente demitiu 20 trabalhadores e, agora, numa carta enviada aos colaboradores, Kotick avançou com uma série de medidas que visam colocar barreiras e metas claras ao nível de temas de assédio e paridade de género.

“As barreiras de proteção não estavam implementadas na totalidade para assegurar que os nossos valores estavam a ser cumpridos”, afirmou o CEO. “Em algumas situações as pessoas não se sentiam confortáveis em reportar preocupações ou as suas preocupações não eram abordadas de forma rápida ou adequada. As pessoas foram profundamente dececionadas e, por isso, lamento profundamente”, disse ainda na missiva endereçada aos colaboradores, citada pela Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Na mensagem, Kotick salientou o seu compromisso com as pessoas de criar um ambiente de trabalho seguro, inclusivo e respeitoso, com o objetivo de que a Activision Blizzard seja um “lugar de trabalho modelo na nossa indústria”.

O líder da empresa de videojogos assegura que as vozes de todos os colaboradores passarão a “ser ouvidas”, bem como se terão em conta as “diferentes perspetivas e serão valorizadas todas as contribuições”.

A companhia compromete-se, assim, a cumprir cinco aspetos fundamentais: política de tolerância zero perante o assédio; aumento da percentagem de mulheres e pessoas não-binárias em 50% e 250 milhões de dólares para impulsionar o talento diverso; acabar com a arbitragem forçada de queixas de assédio sexual e discriminação; equidade salarial; e atualizações regulares sobre o progresso das iniciativas propostas.

A verificar-se, a medida permanecerá até que a empresa consiga atingir os objetivos de compromisso com a igualdade e não discriminação. Não vai ainda receber prémios nem ações da companhia.

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Preço das casas cai 2% em Lisboa e sobe 18% no Porto no último ano

Entre julho de 2020 e junho de 2021, preço das casas subiu em todas as freguesias do Porto e caiu em algumas freguesias de Lisboa.

As casas ficaram 6,8% mais caras no segundo trimestre, com o metro quadrado a custar 1.268 euros. Contudo, analisando os últimos 12 meses terminados em junho, os números indicam um aumento do preço de 7,1% para 1.218 euros por metro quadrado, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Comparando as duas principais cidades do país, a tendência foi diferente. Se na capital os preços caíram 1,7%, com várias descidas entre freguesias, no Porto houve subidas de quase 70%.

Lisboa continua a ser a cidade mais cara para comprar casa, mas no espaço de um ano os preços caíram 1,7%. O metro quadrado na capital está nos 3.318 euros, quase o triplo da mediana nacional (1.218 euros por metro quadrado), refere o INE.

Entre as 24 freguesias de Lisboa, metade viu os preços caírem. Em Campolide, os preços dispararam 16,9% para 3.455 euros por metro quadrado, enquanto a maior descida foi em Santa Maria Maior: -17,7% para 4.207 euros por metro quadrado.

Evolução do preço das casas nas freguesias de Lisboa entre julho de 2020 e junho de 2021. | Fonte: INE

Analisando o valor do metro quadrado, Santo António continua a ser a freguesia mais cara (5.359 euros), embora os preços tenham descido 3,4%, enquanto Santa Clara continua a ser a mais barata (2.350 euros), mesmo com uma subida de 3,9% nos preços.

Vejamos um exemplo. Comprar um apartamento T2 com 70 metros quadrados em Santo António, na zona da Avenida da Liberdade, poderia custar cerca de 375 mil euros, enquanto o mesmo T2 em Santa Clara, entre o Lumiar e Odivelas, custaria cerca de 165 mil euros.

Porto vê os preços subirem em todas as freguesias

No Porto, a tendência foi diferente da capital. Na cidade Invicta, os preços subiram 17,8% para 2.244 euros o metro quadrado, quase o dobro da mediana nacional, mas abaixo da mediana de Lisboa, refere o INE. Das sete freguesias do Porto, todas assistiram a uma subida dos preços.

Em Campanhã — que é a freguesia mais barata do Porto –, foi onde os preços mais subiram: dispararam 67,4% para 1.995 euros por metro quadrado, enquanto o aumento mais baixo aconteceu na União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos: +5,9% para 2.494 euros por metro quadrado.

Evolução do preço das casas nas freguesias do Porto entre julho de 2020 e junho de 2021. | Fonte: INE

Por sua vez, e analisando o valor do metro quadrado, enquanto Campanhã é a freguesia mais barata para comprar casa no Porto, a União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde é a mais cara, com o metro quadrado a custar 2.890 euros (+6,7%).

Vejamos um exemplo. Comprar um apartamento T2 com 70 metros quadrados em Campanhã, na zona do Estádio do Dragão, poderia custar cerca de 140 mil euros, enquanto o mesmo T2 na União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, na zona do Parque da Cidade do Porto, custaria cerca de 200 mil euros.

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CMVM decide multas de 6 milhões no terceiro trimestre

  • Lusa
  • 28 Outubro 2021

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários decidiu sete processos de contraordenação no terceiro trimestre, das quais cinco muito graves e dois graves.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários proferiu decisão em sete processos de contraordenação no terceiro trimestre, das quais cinco muito graves e dois graves, tendo aplicado coimas no total de 6.020.000 euros, oito admoestações e três arquivamentos.

De acordo com as estatísticas periódicas sobre as contraordenações, relativas ao período entre julho e setembro, divulgadas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), dos sete processos em causa, três dizem respeito a “violação dos deveres de intermediação financeira, um por violação dos deveres de atuação dos auditores, um relativo à atividade dos organismos de investimento coletivo, um por violação de deveres de negociação em mercado e outro relativo a violação de deveres de informação ao mercado”.

“As decisões tomadas entre julho e setembro respeitam a cinco processos de contraordenação muito graves e a dois processos de contraordenação graves, tendo sido aplicadas coimas no total de 6.020.000 euros, oito admoestações e três arquivamentos”, esclareceu o regulador do mercado.

Adicionalmente, naquele período, foram instaurados quatro processos de contraordenação, dos quais dois por violação dos deveres de intermediação financeira, um relativo à atividade dos organismos de investimento coletivo e outro relativo a violação de deveres de informação ao mercado, detalhou a entidade.

Em setembro, estavam em curso 68 processos de contraordenação na CMVM.

Daqueles, explicou, “22 respeitam a violações de deveres de intermediação financeira, 20 são referentes à atuação dos auditores, oito são relativos à atividade dos organismos de investimento coletivo, oito respeitam a violação de deveres de negociação em mercado, seis são relativos a violações de deveres de informação ao mercado e quatro referentes a deveres de combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo”.

No final do terceiro trimestre, encontravam-se quatro processos pendentes de decisão nos tribunais.

A CMVM lembrou que as coimas aplicadas “não são receita própria (com exceção das decorrentes de violações ao regime jurídico da supervisão de auditoria), mas sim receita do Sistema de Indemnização aos Investidores, nos termos da legislação em vigor”.

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Navigator vai trazer cinco navios de eucalipto de Moçambique. Dois já chegaram

A Portucel Moçambique realizou no terceiro trimestre a primeira exportação de madeira produzida em Moçambique. Ao todo serão cinco.

A Portucel Moçambique realizou a primeira exportação de madeira produzida em Moçambique durante o terceiro trimestre, anunciou a empresa no comunicado de apresentação de resultados. Ao todo serão cinco os navios a trazer eucalipto das plantações em Manica.

Do porto da Beira saiu um navio com 32 mil metros cúbicos sólidos de madeira sem casca, com destino ao porto de Aveiro e daí para a fábrica da Navigator na Figueira da Foz. E não será o único.

“Esta primeira exportação da Portucel Moçambique marca o início do ciclo de colheita e exportação de madeira realizada na província de Manica, que prevê um total de cinco navios, três dos quais este ano, dois em 2022″, anuncia a empresa em comunicado. Um segundo navio chegou no mês de outubro ao porto de Setúbal.

A empresa explica ainda que esta primeira exportação teve uma operação prévia “para testar e compreender melhor os processos administrativos, legais, de licenciamento e fiscais, tendo em vista criar as condições para, posteriormente, aumentar a escala e avançar para operações de maior valor acrescentado”.

No final de 2020, a Navigator já tinha investido 130 milhões de dólares em Moçambique, tinha 13.500 hectares plantados e 12 milhões de plantas em viveiro. A primeira colheita de madeira começou ainda no final 2020.

As exportações de eucalipto a partir de Moçambique permitem à Navigator suprir a falta de madeira no território nacional. A empresa tem recorrido também a importações de Espanha, nomeadamente da Galiza.

A empresa apresentou esta quinta-feira um crescimento de 8% no volume de negócios no terceiro trimestre, para os 405 milhões. O EBITDA totalizou 96 milhões (mais 20%, em cadeia) e o resultado líquido atingiu os 50 milhões (mais 22%).

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Hungria vai exigir vacinação contra a Covid a trabalhadores do setor público

A Hungria vai exigir que todos os trabalhadores do setor público sejam vacinados contra a Covid-19. Decisão surge numa altura em que o país enfrentar um aumento exponencial de infeções.

Depois de Itália, também a Hungria vai tornar obrigatória a vacina contra a Covid-19 para os trabalhadores do setor público, avança a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Numa altura em que a Hungria está a enfrentar um aumento exponencial de infeções por Covid-19, o governo liderado por Viktor Orbán vai permitir que as empresas obriguem os funcionários a receber a vacina contra a Covid-19 como condição para manter o emprego. Além disso, a Hungria vai exigir que todos os trabalhadores do setor público sejam vacinados contra o Sars-CoV-2.

Além disso, o uso de máscara vai voltar a ser obrigatório nos transportes públicos a partir da próxima semana. Estas medidas surgem numa altura em que a Hungria tem tocado máximos de infeção que não eram atingidos desde abril deste ano e que tem 59% da população com a vacinação completa.

Recorde-se que também Itália passou a exigir a apresentação de certificado digital Covid a todos os trabalhadores do setor público e privado. A medida entrou em vigor a 15 de outubro e tem gerado protestos.

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OMS diz que situação da pandemia em Portugal prova a eficácia das vacinas

  • Lusa
  • 28 Outubro 2021

A OMS destacou que o número de casos e mortes em Portugal demonstra a eficácia das vacinas contra a Covid-19, mas alertou que apenas a imunização “não é suficiente para acabar com a pandemia”.

A Organização Mundial da Saúde considerou esta quinta-feira que o número de casos e mortes em Portugal demonstra a eficácia das vacinas contra a Covid-19, mas alertou que apenas a imunização “não é suficiente para acabar com a pandemia”.

Portugal tem uma cobertura de vacinação muito elevada e o número de casos é muito mais baixo do que já foi ao longo desta pandemia. A taxa de mortalidade é também muito baixa, apesar de cada uma destas mortes ser trágica”, adiantou a responsável técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a pandemia.

Em conferência de imprensa, Maria Van Kerkhove salientou que o objetivo principal das vacinas contra o vírus SARS-CoV-2 é prevenir casos graves de Covid-19 e mortes, o que está a acontecer em países que registam altas taxas de vacinação.

As vacinas contra a Covid-19 que estão a ser utilizadas são incrivelmente eficazes a prevenir hospitalizações e a necessidade de as pessoas terem de ir para unidades de cuidados intensivos e morrer. O que vemos em Portugal, assim como em muitos países, é isso a acontecer. Os dados suportam isso. São boas notícias”, afirmou a epidemiologista.

Apesar disso, Maria Van Kerkhove alertou que as “vacinas, por si só, não são suficientes para acabar a pandemia”, reiterando que a OMS continua a “aconselhar fortemente” a adoção de outras medidas, como o distanciamento, o uso de máscara e a ventilação de espaços interiores, como forma de evitar a disseminação de infeções.

“Temos várias ferramentas que estão disponíveis atualmente, que podem, não apenas salvar vidas, mas também reduzir a transmissão” do vírus, assegurou a responsável técnica da OMS, que admitiu que o número de infeções aumente na Europa com a chegada do inverno.

“A Europa tem visto um crescimento de casos nas últimas cinco semanas e um aumento de mortes nas últimas seis semanas”, disse Maria Van Kerkhove.

A ministra da Saúde alertou esta sexta-feira para “um agravamento” da situação epidemiológica da pandemia de covid-19 na última semana, avançando que este cenário “era de alguma forma esperado” e acompanha a situação europeia.

“A situação epidemiológica no país ao longo da última semana conheceu um agravamento, este agravamento acompanha aquilo que é a situação europeia”, afirmou Marta Temido, na conferência de imprensa realizada após o Conselho de Ministros, onde foi decidido prolongar a situação de alerta devido à pandemia de covid-19 até 30 de novembro.

A governante avançou também que as estimativas e as análises de modelação epidemiológica realizadas pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge apontam para 1.300 casos confirmados no dia 7 de novembro, caso se mantenha o atual risco de transmissão.

A ministra precisou que, na última semana, a incidência cumulativa a 14 dias situava-se nos 94 casos por 100 mil habitantes, apesar de ser “uma incidência que está abaixo daquilo que é a média hoje registada nos países da União Europeia, que é de 235 casos por 100 mil habitantes”.

Segundo Marta Temido, esta incidência tem vindo a aumentar “em linha com o risco de transmissão efetivo que está acima de um há 16 dias e que situa agora em 1,08”.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.969.926 mortes em todo o mundo, entre mais de 244,94 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.149 pessoas e foram contabilizados 1.088.133 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde. A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

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