Rangel já tem as assinaturas para poder antecipar congresso do PSD

  • ECO
  • 27 Outubro 2021

O candidato à liderança do PSD Paulo Rangel quer antecipar o congresso previsto para janeiro e já terá as 70 assinaturas necessárias para convocar o Conselho Nacional extraordinário do PSD.

Paulo Rangel quer convocar um Conselho Nacional extraordinário do PSD para antecipar para 17 e 18 de dezembro o congresso previsto para 14, 15 e 16 de janeiro, estando já a recolher assinaturas para o efeito. O Expresso avança, aliás, que o candidato à liderança social-democrata já tem as 70 assinaturas necessárias para solicitar a reunião do órgão máximo do partido.

O objetivo de Rangel é que o líder do PSD, que será eleito nas diretas de 4 de dezembro, esteja já em plenas funções para elaborar as listas de candidatos a deputado e apresentar-se em eleições legislativas no início de 2022, em caso de chumbo do Orçamento do Estado. Mas, primeiro, é preciso que o documento seja votado e que o Presidente da República inicie, de facto, o processo de convocação de eleições antecipadas.

Está nas mãos do presidente da Mesa, Paulo Mota Pinto, dar seguimento ao requerimento e convocar o órgão máximo do PSD entre congressos, tendo 15 dias para o fazer, salvo “se outro prazo mais curto for requerido”. O atual líder e recandidato à liderança do partido, Rui Rio, quer, no entanto, pedir o adiamento das eleições diretas.

Na terça-feira, o Presidente da República recebeu Paulo Rangel no Palácio de Belém, alegadamente para discutir prazos eleitorais. Esta quarta-feira, questionado sobre o assunto, Marcelo Rebelo de Sousa apontou que recebe “toda a gente”: “quando me pedem audiências por cortesia eu recebo, faz parte da lógica das coisas”.

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Tribunal deixa cair providência cautelar dos sindicatos contra despedimentos no Santander

Tribunal deixou cair providência cautelar que visava travar os despedimentos no Santander devido a questões processuais. Sindicatos vão recorrer da decisão.

O Tribunal do Trabalho de Lisboa deixou cair a providência cautelar interposta por vários sindicatos bancários contra o despedimento coletivo do Santander Totta, que abrangerá 145 trabalhadores, como avançou o ECO em primeira mão.

Por essa razão, o tribunal também cancelou a audiência que ia ter lugar esta quinta-feira para audição de testemunhas neste processo, segundo a decisão a que o ECO teve acesso.

O juiz considerou existir um “efetivo erro na forma de processo”, pois foi interposta uma providência cautelar inominada quando a lei processual dispõe de um procedimento específico para a suspensão de um processo de despedimento coletivo. Além disso, o juiz também disse que é “manifesto que há falta de interesse em agir” por parte dos sindicatos, isto é, quando a providência cautelar foi interposta pelos sindicatos ainda o banco não havia efetivado a qualquer despedimento.

Em reação, o Mais Sindicato, Sindicato dos Bancários do Centro e Sindicato dos Bancários do Norte dizem que “não se conformam com esta decisão, tomada sem realização de audiência de discussão e julgamento, após a mesma ter sido considerada essencial para a boa decisão da causa, o que permitiria evidenciar os danos de que os trabalhadores estão, já, a ser vítimas.” Por isso, vão interpor o respetivo recurso.

A providência cautelar foi anunciada no dia 30 de setembro, mas o banco liderado por Pedro Castro e Almeida só deu início ao despedimento coletivo na semana passada, quando começou a notificar os 145 trabalhadores abrangidos por esta medida na passada quarta-feira, dia 20.

Na decisão, o juiz frisou que “umas das restrições ao princípio da segurança no emprego é o despedimento por causas objetivas, ou seja, causa justificadas em que, não sendo imputáveis a culpa do trabalhador ou do empregador, existe uma inviabilidade na manutenção da relação laboral, uma impossibilidade prática da subsistência do contrato”.

“Assim, o recurso à modalidade de cessação dos contratos de trabalho através do despedimento coletivo configura em si um direito do empregador”, sublinhou o juiz.

A decisão é conhecida no dia em que o Santander Totta apresentou lucros de 172 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma quebra de 32% em relação ao mesmo período do ano passado.

(Notícia atualizada às 16h45 com reação dos sindicatos)

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Marcelo confirma que fez “diligências” junto do Bloco e do PCP por causa do Orçamento. Mas “está muito difícil”

O Presidente da República falou com PCP e Bloco, que podiam ser "chave" para viabilização do Orçamento, mas percebeu que seria "muito difícil" desbloquear o impasse.

O Presidente da República assumiu que fez “diligências” para a viabilização do Orçamento do Estado (OE), com Bloco de Esquerda e PCP, que “podiam ser a chave para resolução do problema”. No entanto, já nessa altura percebeu que seria “muito difícil” mudarem a intenção de voto, sinalizou Marcelo Rebelo de Sousa.

“Aquilo que fiz de diligências foi antes do começo do debate [na generalidade do OE], só com os dois partidos principais de esquerda que podiam ser a chave para resolução do problema, e na altura verifiquei que era muito difícil”, explicou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3.

Apesar de continuar a dizer que vai esperar até ao último segundo, o Presidente da República adianta assim que será improvável conseguir resolver o impasse nas negociações, pelo menos com estes partidos. Quando à dissolução da Assembleia, Marcelo aponta que decidirá “depois de se saber a decisão da Assembleia”.

O Presidente admite que preferia que o OE fosse aprovado, mas “a decisão soberana é da Assembleia da República” e “é democrática”, pelo que acabará por ser “aquilo que foi a expressão da vontade dos portugueses”. A votação irá ocorrer esta quarta-feira à tarde, após o debate na generalidade do OE.

Questionado sobre ter recebido Paulo Rangel, que já assumiu que será candidato à presidência do PSD, Marcelo aponta que recebe “toda a gente”: “quando me pedem audiências por cortesia eu recebo, faz parte da lógica das coisas”. “Vamo-nos concentrar no essencial, senão estamos a desfocar do essencial e passar a secundário”, reitera.

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“Este Orçamento do Estado é o pior dos últimos 20 anos”, diz Pedro Ferraz da Costa

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

O país já vive em instabilidade politica “a partir do momento” em que há “um Governo que é gerido com base” em impulsos anuais de aprovação do Orçamento do Estado, aponta Pedro Ferraz da Costa.

O presidente do Fórum para a Competitividade, Ferraz da Costa, considerou esta quarta-feira a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) como a “pior dos últimos 20 anos”, acreditando que o seu chumbo “não é um problema”.

“Este Orçamento do Estado é o pior dos últimos 20 anos. Para nós não é um problema que seja chumbado”, referiu Pedro Ferraz da Costa à entrada da conferência sobre o OE2022 que está a decorrer hoje em Lisboa, promovida pelo Fórum para a Competitividade.

O presidente do Fórum para a Competitividade considerou ainda que “o Governo perdeu completamente a noção da realidade quando começou a ir atrás” do PCP e do BE e com medidas que “afetam seriamente a competitividade das empresas” numa altura de retoma da economia e em que existe ainda muita incerteza.

Questionado sobre o clima de instabilidade política que pode resultar do chumbo da proposta orçamental, Ferraz da Costa acentuou que o país já vive em instabilidade politica “a partir do momento” em que há “um Governo que é gerido com base” em impulsos anuais de aprovação do Orçamento do Estado.

“Isso não é estabilidade, é instabilidade política”, precisou, adiantando que a negociação da aprovação do OE na “praça pública” é um “espetáculo mau” e que se este OE for aprovado “não reforça a credibilidade” da solução governativa.

Reiterando que não vê com preocupação o chumbo do OE, Ferraz da Costa referiu alguns dos aspetos que, na sua opinião, fazem deste Orçamento o pior dos últimos anos, anotando as medidas fiscais e também a ligação às propostas de alteração da legislação laboral, criticando a possibilidade de se reverterem mudanças introduzidas durante o período da ‘troika’.

Já na abertura da conferência, o presidente do Fórum para a Competitividade, afirmou: “O chumbo do Orçamento e a realização de eleições antecipadas é, pelo menos para mim, um motivo de esperança”.

O responsável adiantou ainda que este desfecho terá “a vantagem” de permitir queimar uma etapa.

O debate na generalidade do OE2022 arrancou esta terça-feira e prossegue hoje, culminando com a votação da proposta orçamental, numa altura em que o número de votos contra impede a sua aprovação.

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TJUE impõe multa de um milhão por dia à Polónia

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

"O TJUE [Tribunal de Justiça da UE] despreza e ignora completamente a Constituição polaca e as decisões do Tribunal Constitucional", reagiu o vice-ministro da Justiça polaco, Sebastian Kaleta.

O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) condenou esta quarta-feira a Polónia a pagar uma multa de um milhão de euros por dia até acatar as medidas provisórias de respeito pelo Estado de direito, ordenadas em julho.

Num comunicado de imprensa, o TJUE sustenta que “a Polónia não suspendeu a aplicação das disposições nacionais relativas, nomeadamente, aos poderes da Câmara de Disciplina do Supremo Tribunal e é, por conseguinte, condenada a pagar à Comissão Europeia uma sanção pecuniária compulsória diária de 1.000.000 EUR”.

A ordem emitida esta quarta-feira por um vice-presidente considera que “o cumprimento das medidas provisórias ordenadas em 14 de julho de 2021 é necessário para evitar danos graves e irreparáveis à ordem jurídica da União Europeia e aos valores em que esta assenta, em particular o Estado de direito”.

Polónia qualifica de “chantagem” as decisões proferidas por tribunal europeu

O vice-ministro da Justiça polaco, Sebastian Kaleta, criticou esta quarta-feira a multa aplicada ao seu país pelo Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), qualificando as decisões do tribunal de “chantagem”.

“O TJUE despreza e ignora completamente a Constituição polaca e as decisões do Tribunal Constitucional. Atua fora dos seus poderes e abusa de sanções económicas e outras medidas provisórias”, disse Kaleta, numa mensagem publicada nas redes sociais.

Esta é a próxima fase de uma operação para impedir a soberania da Polónia (no ordenamento) do seu próprio sistema de Estado, é uma usurpação e chantagem”, conclui o vice-ministro.

Trata-se da terceira sanção a Varsóvia, já que anteriormente foi imposta uma multa de 100 mil euros por dia por permitir o corte de árvores na floresta protegida de Bialowieza e outra multa, de 500 mil euros por dia, pela manutenção da mina de carvão de Turów, denunciada pela República Checa pelos seus efeitos poluentes.

Do ponto de vista de Bruxelas, posteriormente endossado pelo tribunal comunitário, a lei disciplinar polaca mina a independência dos juízes e não oferece as garantias necessárias para protegê-los do controlo político.

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DLA Piper ABBC assessora Waterlogic na aquisição da HBS

A equipa da DLA Piper ABBC foi liderada por João Costa Quinta, sócio de Societário & M&A e TMT e contou com a participação das associadas Sofia de Oliveira Moiteiro e Mariana Melo Pinto.

A sociedade de advogados DLA Piper ABBC assessorou a Waterlogic na aquisição da Home Business Solutions (HBS), incluindo as empresas Ocafe e Aagua, em Portugal.

A equipa da DLA Piper ABBC foi liderada por João Costa Quinta, sócio de Societário & M&A e TMT e contou com a participação das associadas Sofia de Oliveira Moiteiro e Mariana Melo Pinto.

A Waterlogic é uma empresa líder mundial no design, produção, distribuição e prestação de serviços de distribuidores de água potável purificada.

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Nasdaq sobe com resultados da Alphabet e Microsoft

As cotadas tecnológicas estão em alta e a beneficiar o índice norte-americano Nasdaq. Destaque para a valorização da McDonalds, depois de as vendas terem disparado a nível mundial.

Os principais índices norte-americanos abriram mistos esta quarta-feira, após os máximos da sessão anterior. O índice tecnológico Nasdaq está a valorizar, beneficiando de uma série de resultados positivos de cotadas tecnológicas, como é o caso da Microsoft e da Alphabet (ex-Google).

O Dow Jones cede 0,05%, para 35.739,45 pontos, e o S&P 500 valoriza 0,08%, para 4.578,24 pontos. Tanto o S&P 500 como o Dow Jones fecharam em máximos históricos na sessão desta terça-feira.

Já o Nasdaq, que estava cerca de 1% abaixo do recorde atingido a 7 de setembro, sobe 0,46%, para os 15.306,45 pontos, numa sessão em que várias cotadas tecnológicas registam fortes ganhos.

As ações da Microsoft estão a subir 2% após a empresa fundada por Bill Gates ter previsto um forte fecho das contas este ano, ajudadas pela expansão do negócio da cloud. A Alphabet valoriza quase 1% depois de ter revelado que atingiu um recorde de lucro com as vendas de anúncios a disparar.

Nota ainda para o Twitter. Apesar de ter registado prejuízos de 537 milhões de euros, viu a sua receita trimestral crescer 37%. Mas as ações da rede social estão a cair mais de 7% neste início de sessão, depois de ter desiludido os investidores.

Ainda entre as cotadas, é de destacar a subida de 1% das ações da Boeing, após a fabricante de aviões ter registado um pequeno lucro graças a mais entregas do modelo 737 MAX. E, por fim, a valorização superior a 2% das ações da McDonalds no dia em que a cadeia de fast food anunciou um crescimento de 12,2% das vendas a nível mundial.

Os resultados das cotadas em Nova Iorque deverão continuar a marcar o andamento dos índices uma vez que muitas empresas ainda vão divulgar as suas contas nos próximos dias. De acordo com os dados da Refinitiv/Reuters, os lucros das cotadas do S&P 500 deverão crescer 35,6% em termos homólogos no terceiro trimestre.

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De Jorge Palma a José Mário Branco. Oiça a playlist deste Orçamento

  • Tiago Lopes
  • 27 Outubro 2021

Debate parlamentar sobre a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2022 está a ser marcado pelo recurso a músicas bem conhecidas dos portugueses.

A Assembleia da República discute esta semana o Orçamento do Estado (OE) para 2022. Como pano de fundo, a ameaça de uma crise política na sequência do possível chumbo da proposta do Governo na generalidade.

O debate tem sido crispado, mas não tem faltado música. Nas várias intervenções, surgiram algumas referências a conhecidas músicas dos portugueses — todas feitas por membros do Partido Socialista. António Costa, Marta Temido e Ascenso Simões libertaram a criatividade na hora de passar a mensagem.

Primeiro foi António Costa, na terça-feira, a terminar a sua intervenção inicial com um verso de Jorge Palma: “Enquanto houver estrada p’ra andar, A gente vai continuar. Enquanto houver estrada p’ra andar. Enquanto houver ventos e mar, A gente não vai parar”, declamou o primeiro-ministro:

Também na terça-feira, o deputado socialista Ascenso Simões fez um apelo aos comunistas para que não votem contra o OE na generalidade: “Senhor deputado João Oliveira, Avante camaradas! Juntai a vossa à nossa voz e temos, com certeza, um Orçamento que permite aos trabalhadores o encontro de uma solução, de um caminho e de um progresso.” É uma referência a um hino do PCP:

Já esta quarta-feira, o dia de todas as decisões, foi a vez de a ministra da Saúde, Marta Temido, citar José Mário Branco: “Eu vim de longe/ De muito longe/ O que eu andei para aqui chegar/ Eu vou para longe/ Para muito longe/ Onde nos vamos encontrar”. Terminou a dizer que a esquerda “ainda se vai encontrar” — um sinal de esperança de que o Orçamento ainda se vai salvar.

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Vieira da Silva acusa BE de fazer citações “deturpadas” sobre fator de sustentabilidade

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

Vieira da Silva diz que BE usa citações suas "que carecem de veracidade e que são muitas vezes deturpadas” sobre o fator de sustentabilidade.

O ex-ministro do Trabalho José Vieira da Silva acusou esta quarta-feira o BE de usar o seu nome e de fazer citações suas “que carecem de veracidade e que são muitas vezes deturpadas” sobre o fator de sustentabilidade.

“Tem sido usado o meu nome e citações e intervenções em entrevistas minhas durante o debate do Orçamento do Estado, a maior parte das vezes, se não a totalidade, citações que carecem de veracidade e que são muitas vezes deturpadas”, disse o ex-ministro do Trabalho do anterior Governo liderado por António Costa à Lusa.

Em causa estão referências ao ex-ministro socialista feitas pelos deputados do BE no parlamento no âmbito da discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), sobre o fator de sustentabilidade, um corte que é aplicado às pensões antecipadas, relacionado com a evolução da esperança média de vida, e que os bloquistas querem revogar.

O ex-ministro do Trabalho nega que alguma vez tenha defendido o fim do fator de sustentabilidade, sublinhando que este mecanismo é um “elemento fundamental para garantir a sustentabilidade da Segurança Social”.

Vieira da Silva afirma que aquilo que defendeu, num artigo de 2019 que é citado pelo BE, é que o fator de sustentabilidade não deve ser aplicado a todas as pensões, nomeadamente às pessoas que se reformam na idade legal, como propôs então a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

“Fiz recusa de forma perentória de aplicação [do fator de sustentabilidade] às pensões completas, de carreira e idade completa, porque essas pessoas já estão a cumprir o fator de sustentabilidade porque como têm uma idade móvel em função da esperança média de vida”, explicou.

Nunca defendi nem defendo que se ponha em causa esse princípio de evolução da idade da reforma e das condições de acesso à proteção na velhice em função de uma variável que é estratégica, que é a variável da demografia, que é a evolução da esperança média de vida”, reforçou o ex-governante.

Para Vieira da Silva, há, no entanto, situações em que o fator de sustentabilidade não deve ser aplicado, como é o caso das pessoas que têm muito longas carreiras, tal como ficou definido numa lei que entrou em vigor em 2017, quando era ministro. O ex-governante lembra, no entanto, que a lei atualmente em vigor prevê que seja feita uma avaliação destas alterações até 2023.

“É isso que faz sentido e não estar a introduzir mais mudanças profundas num sistema, que precisa de ser gerido de forma reformista, mas que precisa de estabilidade”, defendeu Vieira da Silva, que atualmente é diretor executivo da Fundação Res Publica.

O fator de sustentabilidade é um corte de 15,5% na pensão que penaliza as reformas antecipadas. Uma das exigências dos bloquistas é o fim do que consideram ser o “corte cego do fator de sustentabilidade”.

Na segunda-feira, no debate sobre a proposta de OE2022, na generalidade, a líder do BE, Catarina Martins citou o ex-ministro socialista Vieira da Silva, referindo que o antigo governante disse que “não fará nenhum sentido aplicar o fator de sustentabilidade a uma idade de reforma que resulta desse fator” e que “isso seria uma inaceitável dupla penalização”.

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Petróleo cai mais de 1% com sinais de menor consumo nos EUA

Maior consumidor mundial de petróleo assistiu a um aumento das reservas petrolíferas na semana passada, razão pela qual os preços do "ouro negro" estão a aliviar de máximos desde 2014.

Os preços do barril de petróleo estão a cair mais de 1% em Nova Iorque e Londres, perante o aumento acima do esperado das reservas petrolíferas nos EUA, o maior consumidor mundial, na última semana.

O contrato do Brent para entrega a 29 de outubro desvaloriza 1,46%, para 85,15 dólares, após três dias consecutivos em alta. Só este ano, o barril negociado em Londres, que serve de referência para as importações nacionais, acumula uma valorização de mais de 60%, o que está a pressionar os preços dos combustíveis.

Em Nova Iorque, o preço do crude WTI também perde terreno, caindo 1,55%, para 83,34 dólares. Alivia de máximos desde 2014.

Evolução do Brent em Londres:

Segundo os analistas, na base desta descida das cotações do “ouro negro” está a subida das reservas nos EUA na semana que terminou a 22 de outubro, que deixa sinais de um menor consumo face à oferta existente, o que explica a baixa dos preços. Os stocks aumentaram em 2,3 milhões de barris, de acordo com fontes do mercado, suportando-se em dados da American Petroleum Institute figures. Os analistas esperavam um aumento semanal de 1,9 milhões de barris.

“Podemos ver alguma realização de mais-valias no Brent e no WTI, o que seria saudável para o mercado”, disse Craig Erlam, analista da Oanda, citado pela agência Reuters.

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PLMJ assessora BMI Group na aquisição de ativos da Argibetão

A equipa da PLMJ responsável pela operação foi liderada por Bárbara Godinho Correia, sócia na área de Corporate M&A e contou com Pedro Gaspar da Silva, associado sénior da mesma área.

A sociedade de advogados PLMJ assessorou o BMI Group na aquisição de ativos da Argibetão, fabricante de telhas de cimento com presença nos mercados espanhol e português, pertencente ao grupo industrial português SECIL.

A equipa da PLMJ responsável pela operação foi liderada por Bárbara Godinho Correia, sócia na área de Corporate M&A e contou com Pedro Gaspar da Silva, associado sénior da mesma área da PLMJ.

“Com esta aquisição, o BMI Group reforça a posição de liderança no mercado ibérico de soluções para coberturas inclinadas”, refere a firma em comunicado.

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Preços altos da eletricidade castigam lucros da Iberdrola

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

Elétrica espanhola lucrou 2.408 milhões de euros até setembro, menos 10,2% do que no mesmo período de 2020. Preços da energia penalizaram as contas.

A Iberdrola obteve resultados líquidos de 2.408 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, menos 10,2% que no mesmo período de 2020, devido aos preços da energia, especialmente em Espanha, foi anunciado esta quarta-feira.

Num comunicado divulgado esta quarta-feira, a empresa refere que, contudo, excluindo os efeitos dos preços da energia, novos impostos e itens extraordinários menores, tais como a venda de 8% da Siemens Gamesa, que em 2020 deu uma mais-valia de 485 milhões, o lucro ajustado da Iberdrola atingiu 2.688 milhões de euros, mais 5,2% que no mesmo período de 2020.

A Iberdrola precisa que o Governo espanhol introduziu em meados de setembro medidas com impacto na atividade da empresa que agora aliviou, pelo que espera que o efeito que agora teve nas contas não se mantenha nos próximos meses.

O regulamento, que o Governo suavizou na terça-feira, reduziu os lucros da Iberdrola em 114 milhões de euros, um efeito que o presidente da empresa, Ignacio Sánchez Galán, espera não se manter nos próximos meses com as medidas introduzidas pelo Governo.

Nos primeiros nove meses do ano, os preços elevados da energia no Reino Unido e em Espanha já tiveram um impacto significativo no negócio global de produção e clientes da Iberdrola, cujo lucro bruto de exploração (EBITDA) caiu 44,7% para 1.086,1 milhões de euros.

Em Espanha, onde esta redução dos lucros tem sido aplicada desde meados de setembro, o lucro líquido caiu 87% para 76,3 milhões de euros.

Segundo Sánchez Galán, a Iberdrola vende toda a sua energia limpa – ou seja, energia renovável que não consome gás – a uma taxa fixa, o que permitiu aos clientes que dela beneficiam poupar um total de 2.000 milhões de euros em comparação com o que teriam de pagar com o preço do mercado grossista.

Sublinhou o esforço feito pela empresa, que teve de comprar eletricidade no mercado por não ter produção suficiente, ao mesmo tempo que salientou que a Iberdrola continua com os seus investimentos em Espanha, que nunca parou, apesar da incerteza regulamentar criada pelo decreto-lei do Governo.

A este respeito, indicou que nos primeiros nove meses do ano, a Espanha foi o país em que a Iberdrola mais aumentou os seus investimentos, em 20%, ascendendo a 1.600 milhões de euros.

Iberdrola pede “uma política clara para cumprir os planos que tem”, disse Galán, que indicou que como a situação é agora “mais clara”, os planos permanecem inalterados e vão continuar na mesma linha.

Sánchez Galán ratificou as previsões da Iberdrola de pagar um dividendo de 0,44 euros por ação e alcançar um lucro de 4.000-4.200 milhões de euros em 2022.

Relativamente à forma como a inflação dos preços poderia afetar a empresa, o presidente da Iberdrola salientou que todas as suas compras já estão totalmente cobertas para 2021 e 2022, salientando ao mesmo tempo que 96% da eletricidade é vendida a preços que já estão garantidos.

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