Ericsson avisa que cobertura 5G na Europa “ficará muito atrás” dos EUA e Nordeste Asiático
Um estudo encomendado pela Ericsson revela que, até 2027, o continente europeu ficará atrasado em relação a outras regiões no que toca à implementação do 5G.
Em 2027, a Europa estará atrasada, face a outras regiões, no que toca à rede 5G. Um estudo da empresa de tecnologia Ericsson revela que o continente europeu, com uma cobertura superior a 80%, “ficará muito atrás dos seus concorrentes económicos”, enquanto na América do Norte e no Nordeste Asiático o 5G abrangerá “mais de 95% da população” até ao mesmo ano.
Segundo a fabricante de telemóveis, ainda que haja “potencial em jogo”, este constitui um “cenário preocupante” para os europeus. A nível mundial, a cobertura com rede de quinta geração já chegava a cerca de 15% da população no final de 2020. Em 2027 – três anos antes da data prevista para a redução para metade das emissões globais com vista a limitar o aquecimento global a 1,5 ºC –, a implementação global de 5G “rondará apenas cerca de 75%”.
Porém, a Ericsson destaca que uma rápida implementação da conectividade de 5G na Europa e no Reino Unido terá um “impacto imediato e catalisador” na redução das emissões de equivalentes de dióxido de carbono (CO2e, resultado da multiplicação das toneladas emitidas de gases de efeito estufa pelo seu potencial de aquecimento global).
Implementando a tecnologia 5G em quatro setores responsáveis por um número elevado de emissões, nomeadamente energia, transportes, produção e construções, pode permitir uma redução de emissões igual à que seria alcançada caso se retirassem 35 milhões de automóveis das estradas europeias, o que equivale à retirada de um em sete automóveis, indica a Ericsson.
Até 2030, pelo menos 40% das soluções de redução do carbono na União Europeia (UE) serão baseadas na conectividade de rede móvel e fixa. O estudo aponta que estas soluções, de que é exemplo o desenvolvimento de geradores de energia renovável, “poderão reduzir as emissões da UE em 550 milhões de toneladas de equivalentes de dióxido de carbono”. Este valor representa quase metade das emissões criadas por todo o setor de fornecimento de energia da UE em 2017, e 15% das emissões anuais totais da UE em 2017, o ano escolhido como referência para o estudo.
O estudo da Ericsson conclui que, adicionando as reduções conseguidas através da aplicação do 5G nos quatro setores indicados, a redução total de emissões poderá chegar “perto dos 20% do total anual de emissões da UE em 2017”, o equivalente às emissões anuais totais da Espanha e da Itália juntas.
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