Grupo MDS compra corretora brasileira Tovese

  • ECO Seguros
  • 4 Abril 2021

A empresa gaúcha lidera o negócio de proteção da lavoura no estado sul do Brasil. Boa parte da carteira cobre a soja, mas a operação estende-se a vários segmentos do agronegócio.

A portuguesa MDS, através da subsidiária MDS Brasil, acordou a aquisição da Tovese, uma corretora pioneira na comercialização de apólices de seguro para áreas agrícolas de grãos no Rio Grande do Sul.

Com mais de 14 anos de atividade, a Tovese prevê alcançar 120 milhões de reais (cerca de 17,9 milhões de euros) em volume de prémios em 2021, somando a operação nos seguros pessoais e empresarial para pequenas, médias e grandes empresas. Sediada em Porto Alegre e com filiais em Carazinho e Cruz Alta, a Tovese suporta-se ainda numa “estrutura completa de agentes especializados em todos os estados do Brasil” e, atualmente, desenvolve estratégia de expansão focada nos negócios rurais.

“A compra da Tovese reforça a nossa presença no Brasil, fortalecendo ainda mais a oferta de serviços. Por meio desta nova aquisição, ganhamos relevância no mercado de seguros para o agronegócio, trazendo o pioneirismo, a credibilidade e a experiência acumulada ao longo de mais de 14 anos pela equipe da Tovese”, afirma Ariel Couto, CEO da MDS Brasil e Americas Regional Manager da Brokerslink, rede global de corretagem de que a MDS é fundadora.

A transação concretizada pelo MDS Group (corretagem de seguros, resseguro, gestão de benefícios e consultoria de riscos) acompanha a evolução positiva no setor agro brasileiro, nomeadamente através dos investimentos por parte do Governo Federal e também por via de subsídios de parte do prémio ao produtor, os quais somaram 800 milhões de reais (cerca de 119,2 milhões de euros) em 2020, explicou a subsidiária do grupo português liderado por José Manuel Dias da Fonseca (CEO).

Apontando objetivo de expandir para outras regiões do Brasil, Thiago Tristão, vice-presidente de Riscos Corporativos da MDS Brasil e CEO Brasil da MDS Reinsurance Solutions, explicou: “Como fazemos sempre em processos de aquisição, somaremos o melhor dos dois mundos em termos de pessoas, processos e serviços, e vamos proporcionar uma experiência cada vez mais completa aos nossos clientes.”

O ranking das seguradoras que atuam neste mercado aponta Brasilseg como líder, seguida da Mapfre e, na terceira posição, a Essor Seguros.

A carteira de apólices do segmento agro na Tovese já soma “mais de 6.300 documentos que cobrem riscos em lavouras de soja, o seu principal mercado que hoje representa quase 50% do total”, além de milho, arroz, trigo, feijão, cevada, canola, aveia entre outras culturas. No seu portefólio dirigido ao agronegócio, a corretora brasileira oferece coberturas para os segmentos Pecuário, Animais, Vida do Produtor, Florestal, Penhor Rural, Máquinas e Equipamentos, Propriedade Rural e Agrícola.

“Até o ano passado nós contemplávamos todo o Estado do Rio Grande do Sul, agora nós teremos força e respaldo da MDS Brasil para atuarmos nas principais regiões agrícolas do País. Utilizaremos toda a nossa expertise, aliada à força do Grupo MDS, para crescer ainda mais a operação e garantir que os nossos clientes contem com a melhor proteção para os seus riscos”, afirmou Otávio Simch, Diretor Executivo da Tovese.

Segundo dados da Confederação Nacional da Agricultura – CNA, o Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio brasileiro deverá crescer 3% em 2021, até 1,8 biliões de reais (cerca de 268,2 mil milhões de euros), movimentando mais de 268 milhões de toneladas, sendo que o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) aumentará 4,2%, superando 903 mil milhões de reais (134,5 mil milhões de euros).

O Rio Grande do Sul é um dos cinco estados do Brasil que mais contribui para o VBP, indicador que é calculado com base na produção da safra agrícola e da pecuária aos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país, para os 26 produtos agropecuários com mais peso na economia brasileira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pandemia encolhe venda de queijos DOP e produtores não acreditam em retoma na Páscoa

A pandemia provocou quebras significativas na venda de queijos com denominação de origem protegida (DOP). Os produtores das várias regiões não acreditam na retoma na campanha da Páscoa.

Há um ano que os pastores, produtores de leite, queijarias e distribuidores se mantêm resilientes para não deixar cair por terra a produção dos melhores queijos com denominação de origem protegida (DOP) na região centro do país. Apesar da resiliência, o ano passado, as quebras nas vendas rondaram 20% a 50%, consoante a região.

Os queijos DOP têm origem em três regiões distintas com características muito próprias: Serra da Estrela, Beira Baixa e Rabaçal. Em ano de pandemia, a fileira dos queijos DOP estão a debater-se com uma situação particularmente desafiante, tendo em conta que a cadeia de valor está dependente, em grande parte, da restauração, da hotelaria e do turismo.

De acordo com a presidente da Associação do Cluster Agroindustrial do Centro (Inovcluster), Cláudia Domingues Soares, as três regiões foram impactadas pela pandemia e pelas enormes quebras de comercialização, mas as quebras de produção e comercialização são diferentes de região para região. A presidente do Inovcluster explica que os “queijos DOP Serra da Estrela e Beira Baixa têm conseguido resistir com as últimas campanhas de Natal e, mais recentemente, com feiras digitais de queijos e com a aposta das queijarias nas plataformas de venda online”. Já os queijos DOP do Rabaçal estão “numa situação mais complicada pela escassez de produtores”, adianta.

Estes queijos de denominação de origem protegida são fabricados manualmente com leite local, dependendo da região. Da extração do leite das ovelhas e cabras até chegar à prateleira são necessários mais de 40 dias para todo o processo estar concluído.

Queijos DOP do Rabaçal com quebras de 50%

A Queijaria Serqueijos, localizada na vila do Rabaçal, é a maior produtora de queijos DOP da região. Neste segmento, registou, o ano passado, uma quebra de 50% nas vendas de queijo DOP, quando comparado com o ano de 2019.

A Serqueijos tem outros queijos para além dos DOP certificados. “A nossa queijaria é quase a única que produz com grande expressão o queijo rabaçal DOP. Somos os maiores produtores do queijo Rabaçal DOP, mas o nosso principal produto não é o DOP. Também vendemos o queijo Serras de Penela”, explica ao ECO, Tânia Oliveira, do departamento comercial da Serqueijos.

Dentro dos produtos que vendem, Tânia Oliveira adianta que o “DOP foi o mais afetado com uma quebra de 50%. Tivemos de canalizar o leite dos produtores para outros queijos porque as vendas foram muito reduzidas”, refere. A responsável explica que um queijo DOP é um produto mais caro em comparação com o queijo normal. Mas, “como não existem convívios e festas, os consumidores deixaram de comprar estes queijos com valor acrescentado“, refere. O preço médio de um queijo rabaçal DOP ronda os 15 euros por quilo.

Para Tânia Oliveira esta quebra justifica-se também pela alteração dos hábitos dos consumidores. “Os queijos são guardados no frigorífico e as pessoas com o confinamento aproveitaram o espaço para outros alimentos como bens essenciais, entre eles frutas e legumes. As pessoas evitam ir ao supermercado com tanta frequência e não vão fazer stock de queijos. Acabaram por substituir os queijos por outros produtos lácteos como o leite UHT que não é necessário armazenar no frigorífico. Os consumidores ganharam novos hábitos”, destaca.

A nível geral, apesar da quebra de 50% nos queijos DOP, a Queijaria Serqueijos cresceu 10% em ano de pandemia. A empresa que conta com 35 anos de história e emprega 36 pessoas, vende queijos DOP para a grande distribuição, nomeadamente o Pingo Doce, Continente, Lidl e El Corte Inglês. Para Tânia Oliveira, a grande distribuição está, neste momento, muito focada nas origens e “todos querem trabalhar este nicho de mercados que são os queijos DOP de Portugal. Também essas grandes cadeias não querem deixar morrer estes produtos”, frisa.

O Queijo com DOP do Rabaçal tem características muito próprias determinadas pela flora da região do Sicó. É um queijo artesanal curado, de pasta semidura a dura, apresenta um tom branco–mate. A sua crosta pode ser branca a amarelo-palha lisa, seca, deve ser ligeiramente untosa e sem revestimento. É obtido após a coagulação da mistura de leites de ovelha e cabra. O sabor distintivo deste queijo deve-se à planta “Santa Maria”. Trata-se de um tomilho espontâneo, com expressão no território, que serve de alimento às ovelhas e cabras que fornecem o leite para a produção deste queijo.

Em relação à retoma na campanha da Páscoa, a Serqueijos não está com grandes expectativas. “Vai ser igual à do ano passado. As pessoas não se podem movimentar é quase como se a pascoa não existisse”, afirma Tânia Oliveira, acrescentando que deposita a sua esperança na abertura dos mercados após a vacinação.

A grande distribuição está, neste momento, muito focada nas origens e todos querem trabalhar este nicho de mercados dos queijos DOP de Portugal. Essas grandes cadeias não querem deixar morrer estes produtos.

Tânia Oliveira

Departamento comercial da Serqueijos

“Após este período lento de confinamento, as pessoas vão querer voltar a conviver e obviamente isso vai trazer uma retoma muito rápida deste tipo de produtos alimentares. As pessoas têm saudades de todas estas experiências”, destaca Tânia Oliveira.

Para amenizar o impacto nas vendas, a Queijaria Serqueijos marcou presença na feira online de queijos da Dott. Apesar de a experiência ter sigo “agradável”, Tânia Oliveira confessa que nunca conseguem o retorno de um ano “normal”.

Na Serra da Estrela, a quebra dos queijos DOP rondou os 20% a 30%

Na Queijaria de São Gião, o queijo Serra da Estrela DOP é produzido na Quinta do Tinte, em Santiago, em Seia. A Queijaria São Gião só produz queijo DOP da Serra da Estrela e requeijão. Em ano de pandemia, as quebras formam bastante significativas. Na Queijaria de São Gião, as quebras nos queijos DOP rondaram entre 20% a 30%. O gerente Pedro Freire destaca que, o ano passado, “o impacto foi bastante significativo” e que devido à crise sanitária “as pessoas colocaram os queijos DOP, que são mais dispendiosos, um pouco de parte. A situação foi bastante difícil no primeiro confinamento, as vendas praticamente pararam e depois retomaram, mas nada de muito significativo”, explica.

De acordo com dados da Estrelacoop, em 2020 foram produzidos menos 14% do Queijo Serra da Estrela DOP, comparativamente com 2019. Do queijo produzido, 6,7% não foi vendido e continua em conservação.

Pedro Freire, que pertence à segunda geração, deixou a consultadoria para se dedicar ao fabrico de queijos na empresa que já está na família há 40 anos. A propriedade da família, em Seia, sempre teve ovelhas a pastar. O leite das mais de 180 ovelhas da raça bordaleira Serra da Estrela que pastam num terreno de 70 hectares é o ingrediente de sucesso de todo o queijo com valorização DOP da Serra da Estrela. “Admissão de origem é que garante a genuinidade do produto”, garante Pedro Freire.

Rebanho da Serra da Estrela

Os queijos DOP são para um segmento mais premium. “É um produto caro porque é de elevada qualidade e com elevados custos de mão-de-obra e de uma matéria-prima muito mais valorizada que as usadas noutros países”. O preço médio do queijo São Gião é 25 euros o quilo. Cerca de 10% da produção desta queijaria, que emprega 11 pessoas, são para exportação, principalmente para a Europa. “Esses mercados pararam”, lamenta Pedro Freire.

O gerente da Queijaria de São Gião explica que os DOP são queijos completamente artesanais. “O único ingrediente deste queijo é o leite tal como sai das tetas das ovelhas. Não tem nenhum tratamento químico, por isso é que se chama queijo de leite cru. Só tem como ingredientes a flor do Cardo e sal que faz o leite coagular. O queijo é tratado ao longo de 30 dias pelas mãos das queijeiras para que mature bem e demora cerca de 30 a 40 dias a chegar à prateleira”, explica.

Com a pandemia, as pessoas colocaram os queijos DOP, que são mais dispendiosos, um pouco de parte.

Pedro Freire

Gerente da Queijaria de São Gião

A Queijaria de São Gião prevê uma retoma no setor “assim que a pandemia começar a abrandar” e que “o turismo seja retomado”. “Temos alguns canais de distribuição onde havia muitos turistas, nomeadamente o El Corte Inglês — onde existia uma grande procura dos estrangeiros. Tudo isso parou”. No entanto, os impactos nas vendas foram mais significativos no primeiro confinamento o ano passado, garante.

Queijo DOP da Queijaria de São Gião

Tal como a Serqueijos, a Queijaria de São Gião marcou presença na feira de queijos da Doot. Para o gerente foi uma “surpresa agradável”, mas “só foi possível” com o apoio logístico da Câmara Municipal de Seia”. Édifícil ter um canalonline direcionado a este produto, porque o queijo tem que ser transportado em frio, explica. “Não conseguimos vendar poucas quantidades de cada vez, tendo em conta que a questão de refrigeração que tem que ser assegurada”, refere.

Na Beira Baixa, os queijos DOP sofreram quebra de 40%

Na Queijaria Sabores da Soalheira, que produz queijos DOP da Beira Baixa, o cenário é semelhante. Em ano de pandemia, as vendas sofreram um tombo de 40%. O administrador Marco Pereira explica que com a crise, “os queijos DOP que são mais caros custaram mais a ser vendidos (…) Com a pandemia, o desemprego e os orçamentos familiares mais apertados, as pessoas optam por comprar queijos mais baratos”, explica. O preço médio por quilo dos queijos DOP da Queijaria Sabores da Soalheira ronda os 15 euros.

“Os meses de confinamento acentuaram a quebra, principalmente em abril e maio. Isto parou quase na totalidade: fecharam mercados, praças, feiras e na distribuição também houve um decréscimo de vendas. Está a ser difícil apanhar o barco”, explica o administrador da Queijaria Sabores da Soalheira.

A empresa produz, para além dos DOP, queijos da região da Beira Baixa e queijos biológicos. Neste caso, as vendas sofreram uma quebra de 15%. E apesar de ter aderido às vendas online, através de uma iniciativa da autarquia de Castelo Branco, o impacto não foi significativo. Marco Pereira antecipa a retoma a partir de setembro, isto se as feiras do queijo se realizarem. Acredita que no Natal, “as vendas vão voltaram ao normal e que 2022 será um ano melhor para os produtores de queijo”.

A Queijaria Sabores da Soalheira, que emprega dez pessoas, compra o leite a cerca de 30 produtores locais, entre eles o Monte da Ordinha. Por ano, em média, esta queijaria compra um milhão de litros de leite para produzir os queijos da região. A empresa familiar tem 12 anos de existência e começou pelas mãos dos pais de Marco Pereira.

O proprietário do Monte da Ordinha, Artur Lopes, tem cerca de 1.500 ovelhas da raça Assaf. O ano passado conseguiu escoar todo o leite, mas a um preço mais baixo. Conta ao ECO que de março a junho do ano passado vendeu cada litro de leite a 0,75 cêntimos, menos 0,25 cêntimos que o habitual. Normalmente, os produtores de queijo DOP da Região da Beira Baixa pagavam o litro de leite a um euro. Mesmo com a redução do preço, o Monte da Ordinha teve uma quebra de 25%.

Agora já houve uma retoma a nível de preço, mas Artur Lopes destaca que as “queijarias continuam com a alguma dificuldade na venda do queijo”, embora as vendas “não estejam tão más como no ano passado”. “O primeiro confinamento foi bastante mais drástico e penoso que este segundo em relação às queijarias de Castelo Branco”, garante.

À semelhança dos produtores da Serra da Estrela e do Rabaçal, o administrador da Queijaria Sabores da Soalheira não está expectante com as vendas da Páscoa. Marco Pereira adianta que antes da pandemia, tinham quatro picos de venda: Natal, Carnaval, Páscoa e o mês de agosto com o regresso dos emigrantes. Confirma que as “vendas no Carnaval foram muito fracas” e prevê que na “Páscoa aconteça o mesmo”.

Com a pandemia, o desemprego e os orçamentos familiares mais apertados, as pessoas optam por comprar queijos mais baratos.

Marco Pereira

Administrador da Queijaria Sabores da Soalheira

A presidente da Associação do Cluster Agroindustrial do Centro (Inovcluster), Cláudia Domingues Soares, está mais otimista do que os produtores. Acredita que a partir da Páscoa existe uma “janela de oportunidade” e que a partir de maio, com a reabertura de alguns dos setores de atividade, como a restauração, hotelaria e turismo, haverá uma “recuperação faseada”. É também necessário que os portugueses voltem a comprar e a valorizar o que é nosso“, acrescenta.

No caso do Queijo Beira Baixa DOP, a Associação de Produtores de Queijo do distrito de Castelo Branco (APQDCB) adianta que houve um decréscimo de vendas em 2020 na ordem de menos 14,2% face a 2019. No ano passado foram vendidos 131.460 quilos, ao passo que em 2019 foram comercializados 153.209 quilos. “Porém, é de esperar que esta retração tenha tendência a esbater-se à medida que os setores da restauração e da hotelaria comecem a retomar a atividade”, destaca a presidente da Inovcluster, com sede em Castelo Branco.

Autarquia albicastrense, juntou-se ao Dott, para organizar a Feira do Queijo de Alcains, em formato digital. A feira decorre de 27 de março a 9 de abril. Para o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, apostar neste tipo de iniciativas online é fundamental para encurtar distâncias com o consumidor e potenciar os negócios dos nossos produtores e comerciantes da região”.

Tendo em conta que o queijo assume particular importância no concelho, a autarquia pretende contribuir para o escoamento deste produto, apoiando os produtores e comerciantes locais para fazer frente às dificuldades económicas provocadas pela crise que enfrentamos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Porto está entre os dez melhores destinos do mundo para mulheres que viajam sozinhas

A Condé Nast Traveller divulgou recentemente o top das dez cidades mais seguras do mundo para mulheres que viajam sozinhas. O Porto ocupa a segunda posição e é a única cidade portuguesa na lista.

A cidade do Porto ocupa a segunda posição dos dez melhores destinos do mundo para mulheres que viajam sozinhas, de acordo com a Condé Nast Traveller. A Invicta é a única cidade portuguesa representada neste ranking.

A publicação de viagens diz “os encantos do Porto são abundantemente claros” e enumera “o dramático Rio Douro, as sedutoras pousadas portuenses e as ruas estreitas do centro histórico”, mas destaca que é “o carisma dos locais que realmente seduz os visitantes individuais” e que faz com que o “Porto se destaque de outras cidades mediterrâneas”.

De acordo a Condé Nast Traveller, as mulheres que viajam sozinhas vão “sentir-se rapidamente bem-vindas em qualquer esplanada, pousada ou mercado de comida ao ar livre na cidade portuense”.

No pódio da lista está Ibiza, em Espanha, seguido do Porto e de Luang Prabang, em Laos. O quarto lugar pertence à cidade de Osaka, no Japão e o quinto a Palm Springs, na Califórnia.

Conheça a lista dos dez destinos selecionados pela Condé Nast Traveller

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Deputado do PS defende equacionar Startup Aliança das Nações fora de Lisboa

  • Lusa
  • 4 Abril 2021

Carlos Pereira diz ser "fundamental poder equacionar a possibilidade de descentralizar-se estruturas desta natureza para cidades médias". António Costa anunciou que a nova estrutura ficaria em Lisboa.

O vice-presidente da bancada parlamentar do PS Carlos Pereira defendeu este domingo que deve equacionar-se localizar fora de Lisboa a nova estrutura de empreendedorismo Europa Startup Aliança das Nações, anunciada pelo primeiro-ministro para a capital.

Em questões que podem ser emblemáticas, como investir em estruturas da União Europeia [UE] que possam estar situar em determinadas cidades, acho que deve haver um esforço no sentido de não ser óbvio que elas tenham que ficar na capital“, disse à Lusa o deputado madeirense, antigo presidente do PS/Madeira e atual membro da comissão política regional do partido.

Esclarecendo que falava a título pessoal e que não conhece o processo internamente, considerou “fundamental poder equacionar a possibilidade de descentralizar-se estruturas desta natureza para cidades médias”.

No dia 19 de março, o primeiro-ministro, António Costa, disse no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, durante a abertura de uma conferência dedicada ao “Dia Digital” no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, que seria lançada “uma nova estrutura europeia de empreendedorismo – a Europe Startup Nations Alliance – , uma ferramenta de concretização do desígnio europeu nesta área” a ser “localizada em Lisboa”.

Questionado sobre se o Funchal, por exemplo, poderia ser uma dessas cidades alternativas à capital portuguesa, o deputado eleito pelo círculo da Madeira respondeu afirmativamente, mas também falou em Braga, Coimbra ou Faro como tendo “condições para albergar” projetos deste tipo. “Uma estrutura daquela natureza numa cidade média tem um valor e um impacto tremendo e proporcionalmente maior do que uma estrutura daquelas numa cidade como Lisboa, que tem quase tudo, ou tudo, mesmo”, explicitou.

Confrontado com a carta aberta da Lionesa, centro de negócios em Matosinhos (Porto) que hospeda mais de 120 empresas, a pedir ao Governo que reconsiderasse a opção por Lisboa para a Europe Startup Nations Alliance, lembrando que que o Porto também tem “Internet, fibra ótica, empresários e talento”, Carlos Pereira considerou que a zona do Porto já “tem uma dimensão metropolitana significativa”.

“É óbvio que esta luta Lisboa-Porto acaba por bipolarizar esta questão e eu não gostaria de fazê-lo, porque acho que há cidades médias que também podiam ser perfeitamente elegíveis para o posicionamento nesta questão”, frisou. O deputado socialista disse ainda que a responsabilidade do pensamento centralizado “não é apenas dos governantes, é do país em geral”.

“Há uma centralização significativa das decisões em Lisboa, disso não há dúvidas absolutamente nenhumas”, considerou, realçando as “dificuldades” do país nesse domínio, pela permanência de “muitas dúvidas sobre a necessidade que existe de descentralizar efetivamente”, um processo que “está por fazer”. “Às vezes parece que é óbvio que Lisboa seja a sede de tudo o que eventualmente surja no quadro internacional“, disse ainda acerca da Europa Startup Aliança das Nações.

Questionado sobre se a questão se coloca ao nível de uma descentralização de mentalidades, Carlos Pereira disse que esse “é o grande desafio”, apesar de haver vozes que “por vezes se levantam a dizer que está tudo muito centralizado em Lisboa”. “Muitas vezes nota-se que mesmo aqueles que vindo de zonas afastadas chegam a Lisboa e acabam por achar normal essa centralização, e são muitas vezes eles próprios a defender aquilo que, do meu ponto de vista, acaba por prejudicar o crescimento mais coeso do país”, concluiu, esclarecendo não se estar a dirigir a “ninguém em particular” referindo-se a este sentimento percecionado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais de 6.100 pessoas impedidas de passar fronteiras entre Portugal e Espanha

  • Lusa
  • 4 Abril 2021

Dos 786.829 cidadãos controlados, 6.141 foram impedidos de circular pelos pontos de passagem autorizados.

Mais de 6.100 pessoas foram impedidas de circular nas fronteiras entre Portugal e Espanha desde 31 de janeiro, data em que voltou a vigorar o controlo temporário devido à pandemia, revelou este domingo o Ministério da Administração Interna (MAI).

Num comunicado de balanço sobre o controlo nas fronteiras terrestres devido à covid-19, o MAI refere que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a Guarda Nacional Republicana (GNR) controlaram, entre 31 de janeiro e 03 de abril, um total de 786.829 cidadãos e 682.2456 viaturas nos pontos de passagem autorizados (PPA).

Segundo o MAI, dos 786.829 cidadãos controlados, 6.141 foram impedidos de circular pelos pontos de passagem autorizados.

O Ministério tutelado por Eduardo Cabrita precisa que as recusas de circulação se verificaram em Valença (2.080), Caia (1.272), Castro Marim (1.090), Vila Verde da Raia (480), Vilar Formoso (452), Vila Verde de Ficalho (175), Quintanilha (156), Monção (97), Marvão (71), Miranda do Douro (55), Ponte da Barca (50), Melgaço (44), Monfortinho (44), Montalegre (31), Barrancos (25), Mourão (13) e Vinhais (seis).

O MAI refere também que o PPA de Valença, Viana do Castelo, foi aquele que controlou o maior número de cidadãos, um total de 298.423, seguido de Vilar Formoso, Guarda (127.018), Vila Verde da Raia, Chaves (101.258), Caia, Elvas (83.988), Castro Marim, Faro (55.211), Quintanilha, Bragança (31.018) e Vila Verde de Ficalho, Beja (25.174).

Nos PPA que funcionam com horários limitados, foram controladas 8.896 pessoas em Marvão, 27.976 em Monção, 4.554 em Melgaço, 1.879 em Montalegre, 531 em Vinhais, 2.067 em Ponte da Barca, 3.197 em Miranda do Douro, 6.989 em Termas de Monfortinho, 6.625 em Mourão, 1.938 em Barrancos e 87 em Rio de Onor.

O MAI indica ainda que a GNR controlou 682.245 viaturas, 292.680 das quais pesados de mercadorias e 389.565 viaturas ligeiras, tendo reencaminhado nos pontos de passagem não autorizados 238 viaturas para os PPA.

O Ministério da Administração Interna anunciou este domingo que o controlo de pessoas nas fronteiras terrestres e fluviais entre Portugal e Espanha vai manter-se até 15 de abril devido à pandemia de covid-19.

A circulação entre Portugal e Espanha nos 18 PPA está limitada ao transporte internacional de mercadorias, de trabalhadores transfronteiriços e de caráter sazonal devidamente documentados, e de veículos de emergência e socorro e serviço de urgência.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais cerca de 150 mil professores e funcionários testados esta semana

  • Lusa
  • 4 Abril 2021

Desde janeiro, outros tantos 150 mil docentes e não docentes, aproximadamente, já foram alvo de testes antigénicos.

Cerca de 150 mil professores e outros funcionários escolares vão ser alvo de testes entre segunda e sexta-feira para despistar o vírus SARS-Cov-2, que provoca a covid-19, anunciou este domingo o Ministério da Educação.

“O processo de testagem em estabelecimentos de educação e ensino do setor público e do setor privado prossegue a partir de segunda-feira, coincidindo com o início do 3.º período letivo e com a retoma das atividades presenciais dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico. Cerca de 150 mil trabalhadores docentes e não docentes vão ser testados entre os dias 05 e 09 de abril”, lê-se em comunicado.

Segundo os responsáveis ministeriais, trata-se da II fase da “Estratégia Nacional de Testes” para SARS-CoV-2” e, “como é habitual, estas informações foram já remetidas às escolas”.

A ação é extensível a “todos os trabalhadores de Atividades de Animação e de Apoio à Família (AAAF), Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) e Componente de Apoio à Família (CAF) no 1.º ciclo do ensino básico (CAF1), nos “concelhos com taxa de incidência superior a 120 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias”.

“De acordo com informação prestada pela Direção-Geral da Saúde (DGS), todos os docentes e não docentes vacinados deverão ser igualmente testados”, esclareceu o Ministério da Educação, que adiantou ainda que, desde janeiro, outros tantos 150 mil docentes e não docentes, aproximadamente, já foram alvo de testes antigénicos.

Na segunda-feira, o Presidente da República e o ministro da Educação vão visitar a Escola Básica Francisco Arruda, em Lisboa, acompanhando assim o processo de reabertura do estabelecimento e a referida testagem.

Tiago Brandão Rodrigues vai ainda deslocar-se ao Centro Escolar de Carvoeira, em Ourém, para proceder à sua inauguração, após investimento “superior a 1,8 milhões de euros” num “edifício” que “dá resposta a cerca de 200 crianças da educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Operação Marquês: 28 arguidos e 188 crimes em “cima da mesa” do juiz

A decisão sobre quem vai a julgamento é já sexta-feira. Recorde aqui quem são os arguidos da Operação Marquês e quais e quantos são os crimes em causa.

Um dos casos mais mediáticos do palco da justiça portuguesa, a Operação Marquês, está prestes a passar por um momento decisivo do caso. É já na próxima sexta-feira, dia 9 de abril, que o juiz Ivo Rosa anunciará a decisão instrutória que irá ditar quem vai a julgamento. Todos os arguidos pediram a abertura de instrução, à exceção de Ricardo Salgado.

Ao todo, o processo reúne 28 arguidos, entre os quais 19 pessoas singulares e nove pessoas coletivas. Do leque dos visados faz parte um dos nomes mais associados ao processo, o do ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates, que chegou a estar preso preventivamente durante cerca de dez meses e 42 dias em prisão domiciliária.

Acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada, num total de 31 crimes, José Sócrates é suspeito de ter recebido cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santos e para garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao empreendimento Vale do Lobo, no Algarve, e ter acordado com Carlos Santos Silva negócios para favorecer empresas do grupo Lena através de obras do projeto Parque Escolar.

Outro dos arguidos da Operação Marquês é Zeinal Bava. Segundo a acusação, o ex-administrador da PT recebeu mais de 25 milhões de euros, entre 2007 e 2011, através da Espírito Santo Enterprises. O Ministério Público acredita que foi uma forma de Ricardo Salgado beneficiar Bava. O ex-administrador da PT está acusado de um crime de corrupção passiva, um crime de branqueamento de capitais, um crime de falsificação de documentos e dois crimes de fraude fiscal qualificada.

Ricardo Salgado também é um dos arguidos da Operação Marquês, estando acusado de 21 crimes: um por corrupção ativa de titular de cargo político, dois de corrupção ativa, nove de branqueamento de capitais, três de falsificação de documento, três de fraude fiscal qualificada e três de abuso de confiança. O ex-presidente do BES é acusado de ter pago a Sócrates, através de Bataglia, outro arguido do processo acusado de dez crimes, mais de dez milhões de euros com o objetivo de receber o apoio do ex-primeiro-ministro para falhar a oferta pública de aquisição que o grupo Sonae lançou à PT e ainda para aceitar a venda das participações da PT na Vivo à Telefónica e entrada da PT na Oi.

Outro do rostos dos arguidos do caso é Henrique Granadeiro, que está acusado de oito crimes: um por corrupção passiva, dois por branqueamento de capitais, três por fraude fiscal qualificada, um por abuso de confiança e um por peculato. Granadeiro foi administrador da PT e está acusado de ter recebido entre 2007 e 2012 mais de 24 milhões de euros através da Espírito Santo Enterprises.

Mas o arguido acusado de um maior número de crimes é o empresário Carlos Santos Silva: 33 crimes, sendo 17 por branqueamento de capitais, dez por falsificação de documentos, três por fraude fiscal qualificada, um por corrupção passiva de titular de cargo político, um por corrupção ativa de titular de cargo político e um por fraude fiscal. Segundo o Ministério Público, Carlos Santos Silva era o testa-de-ferro de José Sócrates para controlar várias offshores.

Armando Vara – outro dos rostos mediáticos deste elenco de arguidos – está acusado de um crime de corrupção passiva de titular de cargo político, de dois crimes de fraude fiscal qualificada e de dois crimes de branqueamento de capitais. Segundo acusação, Vara terá falado com o então primeiro-ministro José Sócrates sobre a possibilidade da CGD vir a fazer o financiamento de um empreendimento em Vale do Lobo, no Algarve. Diz o Ministério Público que Vara transmitiu, por isso, a José Sócrates que, caso a CGD fizesse o financiamento, os investidores Diogo Ferreira e Rui Horta e Costa estava dispostos a pagar uma contrapartida, que dividiriam entre os dois. José Sócrates terá respondido a Vara que o apoiaria o investimento politicamente.

Armando Vara à saída do Tribunal de Aveiro onde foi condenado a 5 anos de prisão durante a leitura do acórdão do caso “Face Oculta”, a 5 de setembro de 2014.LUSA

Na lista de arguidos estão também:

  • Joaquim Barroca Rodrigues, vice-presidente do ex-grupo Lena – acusado de 14 crimes: sete por branqueamento de capitais, três por falsificação de documentos, dois por fraude fiscal qualificada, um por corrupção ativa e um por corrupção ativa de titular de cargo político;
  • Hélder Bataglia, empresário – acusado de dez crimes: cinco por branqueamento de capitais, dois por falsificação de documentos, dois por fraude fiscal qualificada e um por abuso de confiança;
  • José Diogo Gaspar Ferreira, ex-diretor executivo do empreendimento de luxo Vale de Lobo – acusado de seis crimes: três por fraude fiscal qualificada, dois por branqueamento de capitais e um por corrupção ativa de titular de cargo político;
  • Rui Mão de Ferro, empresário – acusado de cinco crimes: quatro por falsificação de documentos e um por branqueamento de capitais;
  • Rui Horta e Costa, ex-administrador não executivo dos CTT – acusado de quatro crimes: dois por fraude fiscal qualificada, um por branqueamento de capitais e um por corrupção ativa de titular de cargo político;
  • Gonçalo Ferreira, advogado – acusado de quatro crimes: três por branqueamento de capitais e um por falsificação de documento;
  • Luís Ferreira da Silva Marques, ex-diretor na Rede de Alta Velocidade – acusado de dois crimes: um por branqueamento de capitais e um por corrupção passiva;
  • José Luís Ribeiro dos Santos, engenheiro – acusado de dois crimes: um por branqueamento de capitais e um por corrupção passiva;
  • Bárbara Vara – acusada de dois crimes por branqueamento de capitais;
  • José Paulo Pinto de Sousa, primo de Sócrates – acusado de dois crimes por branqueamento de capitais;
  • João Perna, ex-motorista de Sócrates – acusado de dois crimes: um por branqueamento de capitais e um por detenção de arma proíbida;
  • Sofia Fava, ex-mulher de Sócrates – acusada de dois crimes: um por branqueamento de capitais e um por falsificação de documento;
  • Inês Rosário, companheira de Carlos Santos Silva – acusada de um crime por branqueamento de capitais;
  • Lena Engenharia e Construções, SA – acusada de sete crimes: três por branqueamento de capitais, dois por fraude fiscal qualificada e dois por corrupção ativa.
  • XLM – Sociedade de Estudos e Projectos, Lda – acusada de cinco crimes: três por branqueamento de capitais e dois por fraude fiscal qualificada.
  • Lena Engenharia e Construções, SGPS – acusada de três crimes: dois por corrupção ativa e um por branqueamento de capitais;
  • Lena SGPS – acusada de três crimes: dois por corrupção ativa e um por branqueamento de capitais;
  • Oceano Clube – acusada de três crimes por fraude fiscal qualificada;
  • Vale do Lobo Resort Turístico de luxo, SA – acusada de três crimes por fraude fiscal qualificada;
  • XMI – Management & Investments, SA – acusada de dois crimes: um por corrupção ativa e um por branqueamento de capitais;
  • Pepelan – Consultoria e Gestão, Lda – acusada de dois crimes: um por fraude fiscal qualificada e um por branqueamento de capitais;
  • RMF – Consulting, gestão e consultoria estratégica – acusada de um crime por branqueamento de capitais.

Ao todo somam-se 188 crimes, sendo que 159 dizem respeito às 19 pessoas singulares acusadas e 29 a empresas. Em causa estão 11 diferentes tipos de crimes, sendo o de branqueamento de capitais com maior incidência no processo (86).

  • Branqueamento de capitais – 86 crimes;
  • Fraude fiscal qualificada – 35 crimes;
  • Falsificação de documentos – 34 crimes;
  • Corrupção ativa – 11 crimes;
  • Corrupção ativa de titular de cargo político – cinco crimes;
  • Corrupção passiva de titular de cargo político – cinco crimes;
  • Abuso de confiança – cinco crimes;
  • Corrupção passiva – três crimes;
  • Fraude fiscal – dois crimes;
  • Peculato – um crime;
  • Detenção de arma proibida – um crime.

A Operação Marquês teve o seu início marcado a 19 de julho de 2013, mas o processo teve origem numa outra investigação iniciada em 2011 e que visava o amigo de José Sócrates, Carlos Santos Silva, também arguido na Operação Marquês. Foi também enviada ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal e à Unidade de Informação Financeira da PJ uma informação da Caixa Geral de Depósitos relativa a avultadas transferências bancárias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Se viajar para estes 11 países europeus terá de fazer isolamento de 14 dias no regresso

O Governo tornou obrigatório o isolamento profilático de 14 dias ao regressar de 11 destinos europeus, além do Reino Unido, África do Sul e Brasil.

Não bastará um teste negativo para regressar a Portugal após estar num destes 11 países europeus onde a incidência de Covid-19 é superior a 500 casos por 100 mil habitantes. De acordo com o despacho do Governo que determina os pontos de passagem autorizados na fronteira terrestre publicado em Diário da República, quem regressar da Bulgária, República Checa, Chipre, Eslovénia, Estónia, França, Hungria, Itália, Malta, Polónia e Suécia terá de fazer isolamento profilático de 14 dias.

“Os cidadãos provenientes do Reino Unido, Brasil, África do Sul ou dos países incluídos no anexo i, que entrem em território nacional por via terrestre, têm de cumprir um período de isolamento profilático de 14 dias, no domicílio ou em local indicado pelas autoridades de saúde“, lê-se no despacho, onde se explica que “considera-se proveniente da África do Sul o cidadão que saiu daquele país há menos de 14 dias” e que os dados de identificação dos cidadãos serão cedidos pelo SEF às autoridades de saúde.

Os voos devem só ser utilizados para “viagens essenciais”, de acordo com o Executivo, e no caso do Brasil, Reino Unido e África do Sul continuam suspensos, à exceção dos voos de repatriamento ou através de escalas. Também nestes três destinos é preciso mostrar o comprovativo de teste negativo e, posteriormente, cumprir um período de isolamento profilático de 14 dias.

O despacho assinado pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, entra em vigor a 6 de abril, terça-feira, e termina no dia 15 de abril.

Pontos de passagem entre Portugal e Espanha

O despacho define também os pontos de passagem entre Portugal e Espanha, cuja fronteira terrestre deverá manter-se fechada, com exceções, até 16 de abril.

1 – Todos os dias da semana, de forma ininterrupta:

a) Valença-Viana do Castelo, saída da Ponte Tuy-Valença-ligação IP 1-A 3, em Valença;

b) Vila Verde da Raia-Chaves, saída da A52, ligação com a A24, km 0, junto à rotunda;

c) Quintanilha-Bragança, saída da Ponte Internacional IP 4/E 82, nó de saída para Quintanilha ou junto das instalações do CCPA na N 218-1 Quintanilha;

d) Vilar Formoso-Guarda junto da linha de fronteira, Largo da Fronteira, junto ao CCPA, N 16/E 80, ligação 620 Fuentes de Oñoro, Espanha, incluindo o acesso pelo Parque TIR, via camiões, N 16, Vilar Formoso;

e) Caia-Elvas, saída da A 6, km 158, ligação Caia-Elvas, junto ao Posto de Turismo, Elvas;

f) Vila Verde de Ficalho-Beja, junto da linha de fronteira, ligação A 495 Rosal de la Frontera ao IP 8, Serpa;

g) Castro Marim-Praça da Fronteira, km 131 da A 22, Ponte Internacional do Guadiana-Castro Marim.

2 – Nos dias úteis das 06:00 h às 20:00 h: Marvão-Portalegre, linha de fronteira, Marvão, N 521 ligação de Valência de Alcântara à IC 13 Marvão;

3 – Nos dias úteis das 06:00 h às 09:00 h e das 17:00 h às 20:00 h:

a) Monção, Avenida da Galiza, km 15,300, EN 101;

b) Melgaço, Lugar do Peso, km 19,800, EN 202;

c) Ponte da Barca, Fronteira da Madalena, EN 304-1, km 9, Lindoso;

d) Montalegre, Sendim-Montalegre, linha de fronteira km 0, EN 103-9;

e) Vinhais, Moimenta-Manzalvos, ligação da localidade de Moimenta à estrada OU-311-Manzalvos (Espanha), que liga à A-52.

4 – Nos dias úteis das 07:00 h às 09:00 h e das 17:00 h às 19:00 h:

a) Miranda do Douro, km 86,990, EN 218;

b) Termas de Monfortinho-Castelo Branco, entroncamento da N 239 com a N 240 em Termas de Monfortinho;

c) Mourão, Ponto de Fronteira de S. Leonardo, km 7, EN 256-1;

d) Barrancos, EN 258, km 105,5, que efetua a ligação à HU-9101.

5 – Apenas às quartas-feiras e aos sábados, das 10:00 h às 12:00 h, Rio de Onor, Ponto de Fronteira na EN 308.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vista Alegre investe em novas coleções para sair mais forte da pandemia

Mesmo em cenário de pandemia e com quebra de 8% no volume de negócios, a Vista Alegre continua a apostar na criação de novas coleções. Este ano já ganhou seis prémios internacionais de design.

A economia voltou a fechar para travar os efeitos da pandemia. Para quando a retoma? O ECO foi falar com vários empresários sobre as perspetivas de retoma nos seus respetivos setores e o que é necessário para ultrapassar as dificuldades.

http://videos.sapo.pt/oSL5CHm4aNr6iw27yr3Y

Mesmo em cenário de pandemia, a Vista Alegre, que é a mais antiga fábrica de porcelanas da Península Ibérica, não baixou os braços, não reduziu a força de trabalho e continuou a apostar em novas coleções “para sair mais forte da pandemia”.

O CEO da Vista Alegre conta ao ECO que a empresa aproveitou esta fase de pandemia para se tornarem mais “eficientes” e destaca que não deixaram de investir na criação de novas linhas e novos produtos. Nuno Marques adianta que, muito em breve, vão “lançar novas coleções” e que a “empresa não está parada e inativa”, pelo contrário, “está a trabalhar muito para sair mais forte desta crise”.

Fruto deste empenho em lançar novas coleções, a Vista Alegre ganhou seis prémios de design internacional, no primeiro trimestre deste ano. Três destes prémios foram atribuídos a peças da coleção que lançaram em parceria com a Claudia Schiffer. “É um sinal claro que a Vista Alegre continua a ser percecionada como uma marca inovadora ao nível do seu design de produto e qualidade. Continuaremos nessa senda de reforçar o posicionamento da Vista Alegre como uma marca de luxo e lifestyle“, refere com orgulho Nuno Marques.

A Vista Alegre já tem assegurados novos contratos de fornecimento, que totalizam mais de 20 de milhões de euros, até final do ano, sendo a Europa o principal destino e 25% para o continente asiático. Para Nuno Marquês estes novos contratos são uma forma “de compensar a perda de vendas” que tiveram fruto do lockdown. Acrescenta que estes novos contratos “dão um conforto do ponto de vista das unidades produtivas” e que “ajudarão a Vista Alegre a tendencialmente retomar a sua atividade normal e recuperar desta crise pandémica”. Para além destes novos contratos, a Vista Alegre tem um contrato plurianual de fornecimento com o grupo Ikea até 2026.

A Vista Alegre, que conta com quase dois séculos de história e emprega 2.500 colaboradores a nível global, terminou o ano de 2020 com uma quebra de 8% no volume de negócios, o que corresponde a menos dez milhões de euros na faturação total. Mesmo com a quebra no volume de negócios, o CEO refere que conseguiram “mitigar bastante o impacto nas vendas devido a uma forte capacidade de reação e adaptação e também aquilo que é a estratégia da Vista Alegre que é não ingressar apenas num canal e explorar diferentes canais de venda e diferentes segmentos de mercado”, explica Nuno Marques.

A Vista Alegre tem cerca de 75 lojas espalhados pelo mundo, sendo que mais de 50 estão em Portugal. Devido à pandemia, o grupo viu-se obrigado a encerrar as lojas e acabou por aderir ao lay-off e às linhas de incentivo de apoio à economia. O presidente executivo considera que há uma grande preocupação do Governo no que respeita às PME e que existe “um défice de medidas” em relação às grandes empresas. No ponto de vista do gestor, as medidas de apoio às grandes empresas deveriam ser reforçadas, já que, grosso modo, são “manifestamente insuficientes”.

Apesar da quebra no volume de negócios, Nuno Marques está convicto que “2021 será um ano melhor que 2020” tendo em conta a massificação do processo de vacinação e tem “esperança que o pior já passou”. “Acreditamos que o ano de 2021 seja de melhoria face ao ano de 2020″, apesar de prever que fique abaixo de 2019. “Temos esperança que o ano de 2022, na atividade da Vista Alegre, seja parecido com 2019”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Há mais 4 mortes e 193 infetados com Covid-19. É o menor número de novos casos desde 25 de agosto

Desde o início da pandemia o país soma 823.335 casos e 16.879 óbitos por Covid-19. Com mais 193 infetados, Portugal atingiu o menor número de novos casos desde 25 de agosto.

O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) deste domingo dá conta de mais 193 infetados com SARS-CoV-2 e 4 mortes com a doença. Desde o início da pandemia o país soma 823.335 casos e 16.879 óbitos por Covid-19.

Este é o menor número de casos diários desde 25 de agosto, dia em que se registaram mais 192 infetados. A taxa de variação face ao número total de casos baixou para um novo mínimo de 0,02%.

Segundo a DGS, já 780.322 pessoas recuperaram da doença, mais 349 que no sábado. Atualmente, há 26.134 casos ativos, menos 160 que no dia anterior.

Ao contrário da tendência das últimas semanas, o número de internados aumentou, estando agora 517 pessoas hospitalizadas (mais cinco do que no sábado). Já nos cuidados intensivos o número de doentes baixou (-9) para um total de 117.

Boletim epidemiológico de 4 de abril

Quase todas as mortes registadas nas últimas 24 horas ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo (três). A outra morte foi registada no Norte enquanto as restantes regiões não registaram qualquer fatalidade.

Quanto aos novos casos, é também Lisboa que regista o maior número (111). Segue-se o Norte (30), Centro (19), Madeira (14), Alentejo (11), Algarve (4). Os Açores não registaram nenhum novo caso.

O boletim deste domingo indica ainda que estão menos 131 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde depois de terem contacto com algum caso positivo. No total, estão 15.960 pessoas nesta situação.

(Notícia atualizada às 14h13 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Camisola Poveira à venda na plataforma municipal de venda eletrónica

  • Lusa
  • 4 Abril 2021

A receita das vendas, refere a nota, “reverte a 100% para os artesãos responsáveis pela produção dos modelos vendidos”.

A Camisola Poveira, produzida por artesãos do concelho da Póvoa de Varzim, distrito do Porto, já se pode comprar através da plataforma eletrónica “Marketplace `É Bom Comprar Aqui!´, anunciou o município.

Numa nota informativa a que a Lusa teve hoje acesso, a autarquia informa que a Camisola Poveira, “um artigo especial e único, fabricado à mão e de forma artesanal, “já está disponível para venda, nacional e internacional” na plataforma criada para aproximar “comerciantes e consumidores”.

“Esta iniciativa promovida pelo município da Póvoa de Varzim, com o apoio da Junta de Freguesia da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai e da Associação Amigos do Museu, visa criar uma plataforma que reúne, num só espaço e à distância de um simples clique, os artesãos poveiros que produzem a Camisola Poveira e os clientes que têm interesse em adquirir um modelo original”, explica a Câmara da Póvoa de Varzim. A receita das vendas, refere a nota, “reverte a 100% para os artesãos responsáveis pela produção dos modelos vendidos”.

Nas últimas semanas instalou-se a polémica depois de uma ‘cópia’ da tradicional camisola poveira, peça de vestuário típica da comunidade piscatória local, ter sido lançada na coleção da estilista norte-americana Tory Burch, e inicialmente promovida com uma peça de inspiração mexicana. Pressionada pela atenção mediática entretanto gerada, a ‘designer’ admitiu o erro, alterou a descrição da peça de vestuário à venda no ‘site’ por 695 euros e, nas redes sociais, deixou um pedido desculpas pelo sucedido, comprometendo-se a estabelecer um protocolo com o município poveiro para apoiar as artesãs locais.

Para o Presidente da câmara da Póvoa de Varzim, citado na nota da autarquia, “a promoção da compra da Camisola Poveira é uma ode à história e herança cultural do concelho da Póvoa de Varzim e, também, uma forma de valorizar e dignificar o trabalho meritório desenvolvido pelos artesãos locais há mais de 150 anos”.

Segundo Aires Pereira, essa foi a razão que levou “a autarquia a estabelecer uma ponte entre aqueles que querem ter acesso” àquele “artigo tão único e os que querem ter condições para poder produzir e exportar uma peça tão especial”. A nota aconselha a que todos os artesãos que saibam produzir a Camisola Poveira e queiram vendê-la no Marketplace “É Bom Comprar Aqui!” devem contactar os Serviços de Turismo através do [email protected] ou do 252 298 120.

A 26 de março, o Estado Português, através do Ministério da Cultura, anunciou que pretendia acionar meios judiciais para combater a “apropriação abusiva” da camisola poveira, por parte de uma estilista norte-americana. “A ministra da Cultura, Graça Fonseca, tomou a iniciativa de solicitar a identificação das vias judiciais e extrajudiciais ao dispor do Estado português para defender a camisola poveira enquanto património cultural português”, pode ler-se num comunicado emitido pelo ministério.

No mesmo texto, a tutela garantia fazer “o que estiver ao seu alcance para que quem já reconheceu publicamente o seu erro não se demita das suas responsabilidades e corrija a injustiça cometida, compensando a comunidade poveira”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comissão Europeia e França alcançam acordo de princípio sobre ajuda à Air France

  • Lusa
  • 4 Abril 2021

O acordo de princípio prevê que, como contrapartida da ajuda financeira, a companhia aérea francesa terá de ceder "um determinado número de 'slots'" no aerporto de Orly.

O ministro da Economia e Finanças francês, Bruno Le Maire, anunciou este domingo ter sido alcançado um “acordo de princípio” com a Comissão Europeia sobre uma nova ajuda financeira à Air France, que terá como contrapartida a cedência de ‘slots’.

Temos um acordo de princípio com a comissária europeia [responsável pela pasta da Concorrência] Margrethe Vestager sobre uma nova ajuda financeira à Air France”, disse o ministro.

Bruno Le Maire adiantou que “o montante será ainda discutido” com a companhia aérea, sendo que o conselho de administração, que se reúne esta segunda-feira, “deverá validar este acordo”. O governante saudou ainda uma “muito boa notícia para a Air France e para todo o setor da aviação francês”.

O acordo de princípio prevê que, como contrapartida da ajuda financeira, a companhia aérea francesa terá de ceder “um determinado número de ‘slots'” no aerporto de Orly, adiantou Bruno LeMaire, durante um programa de televisão citado pela AFP.

A Comissão Europeia disse em meados de março estar a analisar como “questão prioritária” um pedido de Portugal para prestar um auxílio estatal intercalar à TAP, que o Governo português anunciou ser de até 463 milhões de euros.

Portugal submetera a Bruxelas uma notificação para avançar com este apoio ao abrigo do artigo 107 do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, que possibilita aos Estados-membros conceder apoios estatais para compensar empresas específicas por danos causados diretamente por acontecimentos excecionais, tais como as medidas restritivas adotadas para conter a pandemia de covid-19.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.