Autoridades de saúde irlandesas recomendam suspensão da vacina AstraZeneca

  • Lusa
  • 14 Março 2021

Esta recomendação foi emitida depois de um relatório da Agência Norueguesa de Produtos de Saúde ter reportado "quatro novos casos graves de coágulos sanguíneos em adultos".

As autoridades de saúde irlandesas recomendaram este domingo a suspensão da administração da vacina AstraZeneca contra a covid-19 como “medida de precaução”, após relatos de casos de formação de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas na Noruega.

O Comité do Programa de Vacinação na Irlanda recomendou esta medida, já em vigor em vários países, em nome do “princípio da precaução” a partir deste domingo. Esta recomendação foi emitida depois de um relatório da Agência Norueguesa de Produtos de Saúde ter reportado “quatro novos casos graves de coágulos sanguíneos em adultos” depois de terem recebido a vacina do laboratório anglo-sueco.

A Noruega, a Dinamarca e a Islândia anunciaram na quinta-feira a suspensão das injeções da vacina da AstraZeneca contra a covid-19, invocando o princípio da “precaução” devido aos receios relacionados com a formação de coágulos sanguíneos. A Bulgária fez o mesmo na sexta-feira e a Tailândia atrasou a sua campanha.

Já no início desta semana, a Áustria parou de administrar um lote de vacinas da AstraZeneca após a morte de uma enfermeira, de 49 anos, devido a “graves problemas de coagulação” alguns dias após ter sido vacinada. Em resposta, o grupo farmacêutico disse na sexta-feira que a sua vacina não implica qualquer “risco agravado” de formação de coágulos sanguíneos.

Com base “numa análise dos dados de segurança que abrangem mais de 10 milhões de casos registados, não encontrámos indícios de risco acrescido de embolia pulmonar ou trombose”, sublinha o laboratório em comunicado, acrescentando que, “de facto, os números deste tipo [de problemas médicos] são muito mais baixos nos que são vacinados em comparação com o que seria de esperar na população em geral”.

Também na sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que “não há razão para não usar” a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca, após a sua utilização ter sido suspensa em vários países europeus como medida de precaução. “Sim, devemos continuar a utilizar a vacina da AstraZeneca. Não há razão para não a usar”, disse a porta-voz Margaret Harris, numa conferência de imprensa em Genebra

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, sigla em inglês) afirmou, no entanto, ser “provável” uma relação causal em pelo menos algumas das “41 notificações de possível anafilaxia [reação alérgica grave] entre cerca de cinco milhões de vacinações no Reino Unido”. A EMA defende que as alergias graves devem ser adicionadas à lista de possíveis efeitos secundários da vacina, mas que esta permanece segura.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.640.635 mortos no mundo, resultantes de mais de 119 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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Holandeses escolhem novo governo a partir de dia 15 em legislativas marcadas pela pandemia

  • Lusa
  • 14 Março 2021

Entre as medidas de segurança adotadas no âmbito do combate ao novo coronavírus inclui-se a antecipação da votação para os mais idosos ou eleitores de risco.

Os eleitores holandeses vão às urnas no dia 17, marcando o arranque de um ano de escolha de novos governos na Europa em plena pandemia, depois da demissão do executivo devido a um escândalo com abonos de família.

A pandemia de covid-19 tem sido, aliás, o tema central das campanhas dos 37 partidos que se apresentam às legislativas deste ano, deixando de lado questões que costumavam ser centrais nos debates eleitorais, como a imigração e a política europeia. Entre as medidas de segurança adotadas no âmbito do combate ao novo coronavírus inclui-se, precisamente, a antecipação da votação para os mais idosos ou eleitores de risco, sendo as mesas eleitorais abertas a 15 e 16 somente para estes eleitores.

Apesar da muita contestação – quer pelo escândalo dos abonos, quer pelas restrições impostas no âmbito da pandemia – o candidato favorito é, segundo as sondagens, o atual primeiro-ministro demissionário, Mark Rutte.

Apelidado de “primeiro-ministro ‘Teflon’”, pela sua capacidade de sair ileso de todas as crises políticas, Rutte foi, no entanto, forçado a renunciar em janeiro, depois de a Autoridade Tributária holandesa ter acusado erradamente milhares de pais de fraude em relação a atribuições de abonos a crianças e jovens.

O executivo também enfrentou, no último ano, manifestações crescentes e violentas contra as restrições anti-covid. Apesar de os Países Baixos terem adotado restrições muito mais flexíveis do que os seus vizinhos, as medidas foram endurecidas na segunda vaga e levaram a fortes protestos. Uma das maiores contestações foi à imposição do recolher obrigatório – entre as 21:00 e a 04:30 – considerado um atentado às liberdades fundamentais.

Depois da demissão, o governo continuou a administrar os assuntos do dia-a-dia até às eleições, tendo aliviado significativamente as restrições sanitárias em vigor, as mais severas no país desde o início da pandemia. Os eleitores mais idosos e vulneráveis à infeção por covid-19 começam a votar para eleger a câmara baixa do parlamento no dia 15 e 16, mas a maioria só irá às urnas no dia 17.

Um total de 37 partidos, um número recorde desde 1922, disputa 150 assentos na câmara baixa do parlamento, com espetros que vão desde a direita liberal, do Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD, do primeiro-ministro, Mark Rutte), à extrema-direita, com o Partido pela Liberdade (PVV), de Geert Wilders, passando por formações como o “Jezus leeft (Jesus está vivo)”, “De Feestpartij (a festa da festa)” ou o “Jong (partido dos jovens)”.

Entre os grupos já presentes no Parlamento que se recandidatam está também o Denk, que representa principalmente pessoas de origem turca, o partido dos animais “Partij voor de Dieren” ou o partido dos seniores 50+. O VVD tem atualmente 33 deputados e lidera uma coligação de quatro partidos, na qual se incluem o Apelo Democrático Cristão (CDA), a União Cristã (CU) e o D66, de centro-esquerda.

Se for eleito, Mark Rutte irá cumprir o seu quarto mandato consecutivo, o que o torna um dos líderes europeus mais longevos no poder. As eleições holandesas serão acompanhadas de perto pela Europa, já que os Países Baixos são a quinta maior economia da área do euro e a voz mais forte do bloco, depois da Alemanha, na defesa da disciplina financeira.

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Governo define critérios adicionais para seguir desconfinamento. Há novo desenho da “bússola” de risco

Há critérios adicionais para avaliar a evolução da situação no país, nomeadamente da capacidade do Serviço Nacional de Saúde no que diz respeito a internamentos, bem como de testagem e rastreio.

Depois de ter anunciado ao país o plano de desconfinamento, o Governo já avançou com a regulamentação das medidas. Há novidades, como a possibilidade de ficar em jardins e espaços de lazer e datas para a reabertura de centros de dia e atividades formativas presenciais. São também definidos critérios adicionais, nomeadamente da capacidade do Serviço Nacional de Saúde no que diz respeito a internamentos, bem como de testagem e rastreio.

Já foi publicado o decreto que regulamenta o estado de emergência, determinando as regras para este novo período no qual vai arrancar o desconfinamento. Uma das novidades face ao que foi anunciado pelo primeiro-ministro na quinta-feira é que a partir de segunda-feira será possível a permanência em parques, jardins, espaços verdes e espaços de lazer, bancos de jardim e similares.

Para além disso, o Governo aprovou também uma “estratégia de levantamento de medidas de confinamento”, publicada em Diário da República este sábado. Lá são explicitadas as fases de retoma das atividades, acrescentando algumas à lista já conhecida. Por exemplo, a 5 de abril poderão abrir também os centros de dia, e a 19 de abril poderão ser realizadas atividades formativas em regime presencial.

Nesta resolução do Conselho de Ministros, figura também uma nova versão da matriz de risco, ou seja, a “bússola” que guia o desconfinamento, através da conjugação da incidência da Covid-19 por cada 100 mil habitantes no acumulado de 14 dias, e o risco de transmissibilidade (Rt).

Define-se ainda, para além desta matriz, que há que ter em consideração no desconfinamento “a existência de capacidade de resposta assistencial do Serviço Nacional de Saúde (SNS), designadamente em termos de acompanhamento, internamento e resposta de cuidados intensivos e de capacidades adequadas de testagem e rastreio”.

Em função destes critérios, tanto a evolução da incidência e transmissibilidade como a capacidade do SNS, o calendário previsto “relativamente às diferentes fases de desconfinamento, pode ser alterado”, prevê o Governo.

É também dado um sinal da possível aplicação de medidas por regiões, referindo que as medidas previstas no plano de desconfinamento “podem ser ajustadas no sentido de se aplicarem a nível local, tendo em conta a incidência”.

Por fim, o Executivo determina que “todas as medidas são acompanhadas de condições específicas de funcionamento, incluindo regras de lotação, de utilização de equipamentos de proteção individual, de agendamento e distanciamento físico, as quais acrescem às condições gerais para levantamento das medidas de confinamento, designadamente a higienização regular dos espaços, a higienização das mãos e a etiqueta respiratória, bem como a prática do dever de recolhimento domiciliário e de distanciamento físico, conforme determinado, designadamente, pelas orientações específicas da Direção-Geral da Saúde”.

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Clínica especializada Impress vai investir 1 milhão em Portugal este ano

  • Lusa
  • 14 Março 2021

Para este ano, a Impress, marca de clínicas especializadas em ortodontia invisível em Portugal, planeia "inaugurar unidades em, pelo menos, 10 novas cidades".

A Impress, marca de clínicas especializadas em ortodontia invisível em Portugal, vai investir “um milhão de euros” em Portugal este ano, disse à Lusa a cofundadora, Diliara Lupenko, esperando inaugurar “unidades em, pelo menos, 10 novas cidades”.

A empresa, que entrou em Portugal em janeiro do ano passado, conta “neste momento” com “sete clínicas em Portugal, espalhadas por Lisboa, Porto, Braga, Coimbra, Guimarães, Viana do Castelo e, por fim, na Amadora”, acrescentou a cofundadora, em resposta por escrito à Lusa.

“No total, com a aposta no mercado português e a expansão para as várias cidades, até ao momento, conseguimos criar oportunidades de emprego para cerca de 30 pessoas”, acrescentou DiliaraLupenko.

Para este ano, “planeamos inaugurar unidades em, pelo menos, 10 novas cidades, e o plano é chegar a novos distritos e localidades, principalmente na região Sul do país, como nas regiões do Alentejo e Algarve, onde é necessário reforçar o acesso a este tipo de tratamentos dentários”, salientou a responsável.

A Impress fechou, no final do ano passado, uma ronda de investimento no montante de cinco milhões de euros “e parte desse valor” tem sido investido na “expansão no mercado português”, sublinhou Diliara Lupenko. Ou seja, “na abertura de novas clínicas em mais cidades distribuídas do Norte ao Sul do país, sendo que abrimos a nossa principal clínica em Lisboa, que nos custou cerca de 400 mil euros”.

O investimento que a empresa tem feito “é centrado na contratação de ortodontistas especializados e na constante melhoria do nosso serviço através de novos e cada vez mais inovadores mecanismos tecnológicos”, explicou a cofundadora.

Questionada sobre a faturação, Diliara Lupenko não avançou números. “Podemos revelar que, a nível global, no último ano, a Impress aumentou a sua faturação em 400% e que o mercado português em muito contribuiu para essa evolução”, resumiu. Além de Portugal, a Impress, especializada em ortodontia invisível, com recurso a tecnologia e inteligência artificial, está presente em Espanha, Itália e Reino Unido.

Já sobre as perspetivas para o mercado português para os próximos dois anos, Lupenko apontou que é a “de crescer, inovar e melhorar o serviço”. Nos próximos dois anos “queremos consolidar a nossa presença no mercado português, com clínicas representadas em todos os distritos, incluindo as ilhas”, apontou a cofundadora da Impress.

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📹 Quais os critérios para controlar a pandemia? Perguntou ao Google, nós respondemos

Os epidemiologistas definiram um conjunto de critérios para manter a pandemia sob controlo. Conheça o que foi proposto ao Governo na reunião do Infarmed desta semana.

Como evitar que a pandemia se descontrole com o início do desconfinamento? É uma pergunta que não tem uma resposta concreta. No entanto, os epidemiologistas estiveram a desenvolver um conjunto de critérios que poderão servir de base para manter as infeções pelo coronavírus num patamar mais gerível, sem pressionar excessivamente o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Esses critérios foram apresentados ao Governo esta semana, na reunião do Infarmed, ainda antes de conhecido o plano de desconfinamento apresentado na quinta-feira. Saiba o que foi proposto pelos especialistas neste vídeo.

http://videos.sapo.pt/2EFEEAaAOdImltc91ni3

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Reclamações no livro eletrónico sobem “quase 100 mil” em 2020 para 182 mil

  • Lusa
  • 14 Março 2021

Secretário de Estado João Torres atribui aumento nas queixas a "alteração dos padrões de consumo". O setor mais reclamado no livro de reclamações eletrónico é o das telecomunicações. 

O secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor afirmou que as reclamações no livro eletrónico aumentaram “quase 100 mil” no ano passado, para 182 mil, e adiantou que as plataformas eletrónicas “precisam de ser reguladas”.

O livro de reclamações eletrónico registou no ano passado “182 mil reclamações, quando no ano de 2019 teve sensivelmente 87 mil”, afirmou João Torres, em entrevista à Antena 1/Jornal de Negócios. “Isto significa que houve um aumento de quase 100 mil reclamações”, acrescentou o governante. Ou seja, registou-se um aumento de 109% do número de reclamações no livro eletrónico.

João Torres atribuiu este aumento “a uma alteração dos padrões de consumo”, salientando que o setor mais reclamado no livro de reclamações eletrónico é o das telecomunicações. “São setores associados à entidade reguladora, que é a Anacom [Autoridade Nacional de Comunicações]”, apontou.

“Já era assim, mas houve um aumento muito significativo também de reclamações eletrónicas no que diz respeito a operadores que tipicamente são fiscalizados ou regulados pela ASAE [Autoridade de Segurança Alimentar e Económica]”, acrescentou, aludindo ao comércio, em geral.

“Estamos a trabalhar para melhorar o livro de reclamações”, disse, apontado que a “breve prazo” vai ser permitido que os consumidores possam avaliar ou sinalizar “a sua satisfação ou insatisfação com a resposta que recebem por parte das empresas” no livro de reclamações eletrónico. No que respeita às plataformas eletrónicas, João Torres considerou serem “muito importantes”, “acrescentam valor” e “trazem novas oportunidades de negócio, mas precisam de ser reguladas”.

No que respeita às plataformas de venda de bens, “vamos avaliar e estamos a avaliar a regulamentação dessas plataformas no que diz respeito ao exercício dos direitos do consumidor”, prosseguiu o secretário de Estado. Muitas vezes, quando o consumidor compra ‘online’, adquire através de uma plataforma de comércio eletrónica, mas está a comprar a uma entidade terceira e não diretamente.

“Há circunstâncias que estamos a avaliar regulamentar justamente essa relação na perspetiva de o consumidor poder exercer os seus direitos junto dessa mesma plataforma”, explicou. Sobre a regra que limita a 20% as comissões cobradas pelas plataformas eletrónicas Glovo ou Uber Eats, por exemplo, o governante salientou tratar-se de uma “medida de caráter excecional e temporário”.

Por isso, “não é uma medida que vá permanecer no tempo, o que não significa que também não tenhamos de discutir enquanto sociedade e enquanto país – estou disponível para essa discussão – a importância de também regulamentar estas plataformas intermediárias no que diz respeito ao fornecimento de refeições”, salientou.

“Haverá um momento em que naturalmente será levantada esta regra que limita a 20% as comissões cobradas por estas plataformas intermediárias, temos de acompanhar com muito cuidado e com muita atenção aquele que é o impacto na cadeia de valor em que operam as plataformas porque uma plataforma intermediária que presta serviços de entrega ao domicílio de refeições existe porque existem restaurantes”, sublinhou João Torres.

“Ou seja, prezamos esta inovação, prezamos estes investimentos, eles são importantes, mas precisam de ser acompanhados pelas autoridades, pelo Estado, no sentido de não permitirmos que de alguma forma as plataformas, em geral, não criem disrupções nocivas, negativas para as empresas que são as fornecedoras dos bens e dos serviços”, referiu.

O secretário de Estado adiantou ainda que está a ser preparado um diploma sobre os números telefónicos com prefixo 707. “Os números 707 não são solução para a relação entre as empresas e os consumidores e essa é a mensagem de fundo desse diploma que avançará muito brevemente, já está em circuito legislativo”, acrescentou.

Este diploma visa proteger os consumidores nas relações jurídicas de consumo, nas linhas de atendimento e de apoio ao consumidor, no sentido “de não proibir a disponibilização de linhas de atendimento com o prefixo 707”, mas no sentido de “obrigar a que sejam disponibilizados números alternativos”, os quais têm de ser apresentados ao consumidor “por ordem crescente de custo”.

Além dos números alternativos, tem de estar sinalizado primeiro aquele que é um número com preço reduzido ou gratuito de chamada. “Vamos sugerir uma regra [no diploma] que impede que haja uma discriminação da qualidade do atendimento” em função dos números utilizados. “Estou muito confiante que será bem sucedido”, asseverou.

Relativamente ao Apoiar Rendas, que tem um aviso inicial de 150 milhões de euros, João Torres disse que atualmente as candidaturas a esta medida rondam “sensivelmente 14 ou 15 mil comprometendo aproximadamente à volta de 50 milhões de euros”. As candidaturas “encontram-se abertas e haverá uma evolução da modalidade de apoio às rendas que é suscetível de apoiar muitos mais empresários”, salientou.

No que respeita ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), disse que está “previsto um apoio muito ambicioso para a digitalização” do comércio e serviços, cujo apoio “poderá atingir 100 milhões de euros eventualmente”.

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Permitida permanência em parques e bancos de jardim a partir de 2.ª feira

  • Lusa
  • 14 Março 2021

Compete aos presidentes de câmara o "encerramento de todos os espaços públicos em que se verifique aglomeração de pessoas".

A permanência em parques e bancos de jardim volta a ser permitida, a partir de segunda-feira, embora as autarquias tenham o poder de o proibir, de acordo com o decreto-lei que regulamenta o novo estado de emergência.

Segundo o documento, este sábado publicado em Diário da República, o decreto “procede à permissão de permanência em parques, jardins, espaços verdes, espaços de lazer, bancos de jardim e similares, sem prejuízo da competência dos presidentes da câmara municipal da área territorialmente competente”.

Embora o novo estado de emergência só entre em vigor na quarta-feira, dia 17, “com vista a que as medidas agora determinadas iniciem vigência na segunda-feira, dia 15 de março, a regulamentação abrange dois dias, 15 e 16 de março, ainda ao abrigo da anterior renovação do estado de emergência declarada pelo Decreto do Presidente da República n.º 21 -A/2021 de 25 de fevereiro”.

De acordo com o decreto, compete aos presidentes de câmara o” encerramento de todos os espaços públicos em que se verifique aglomeração de pessoas, designadamente passadeiras, marginais, calçadões e praias”, bem como “a sinalização da proibição de utilização de bancos de jardim, parques infantis e equipamentos públicos para a prática desportiva (fitness)”.

Em janeiro, foi decretado um novo confinamento geral em Portugal continental devido à pandemia da covid-19. Entre as várias medidas restritivas decretadas, foi decidida a proibição de acesso a espaços públicos.

O diploma aprovado na altura, e entretanto renovado por diversas vezes, definia que “por decisão do presidente da câmara municipal territorialmente competente, devem ser encerrados todos os espaços públicos em que se verifique aglomeração de pessoas, designadamente passadeiras, marginais, calçadões e praias, e deve ser colocada sinalização da proibição de utilização de bancos de jardim, parques infantis e equipamentos públicos para a prática desportiva”.

Na sexta-feira, a Câmara Municipal de Oeiras anunciou que o passeio marítimo e os espaços públicos ao ar livre, como o Parque Urbano do Complexo Desportivo do Jamor e jardins, daquela localidade reabriam às 07:00 de hoje.

No comunicado divulgado na sexta-feira, a autarquia advertia que esta decisão pode “ser revertida a qualquer momento”, na eventualidade de se verificarem “aglomerados excessivos” nestes locais e que coloquem em causa a contenção da pandemia de covid-19. O presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, pediu “sentido de responsabilidade cívica aos munícipes” e que sejam “escrupulosamente cumpridas” as orientações definidas pelas autoridades sanitárias.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou na quinta-feira, em conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, um plano de desconfinamento, que disse ser “a conta-gotas”, e que prevê a reabertura na segunda-feira de creches, ensino pré-escolar e escolas do primeiro ciclo do ensino básico e as atividades de tempos livres (ATL) para as mesmas idades, passando ainda a ser permitido o comércio ao postigo e a abertura de estabelecimentos como cabeleireiros, livrarias e lojas de discos.

O plano prevê novas fases de reabertura a 5 e 19 de abril e a 3 de maio, mas António Costa advertiu que as medidas da reabertura serão revistas sempre que Portugal ultrapassar os “120 novos casos por dia por 100 mil habitantes a 14 dias” ou sempre que o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2, que origina a covid-19, ultrapasse 1.

A deslocação entre concelhos, em Portugal continental, para a generalidade da população continua proibida neste fim de semana e no próximo e na semana da Páscoa (entre 26 de março e 05 de abril), e o dever de recolhimento domiciliário vigora até à Páscoa.

Portugal registou este domingo 19 mortes relacionadas com a covid-19 e 564 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS). O boletim da DGS revela que o número de internados baixou dos mil, para 980 doentes (menos 66 do que na quinta-feira), o valor mais baixo desde 14 de outubro, dia em que estavam hospitalizadas 957 pessoas.

Nos cuidados intensivos Portugal tinha este sábado 253 doentes (menos 13 em relação a quinta-feira), o valor mais baixo desde 27 de outubro, dia em que estavam igualmente 253 pessoas nestas unidades. Em Portugal, morreram 16.669 pessoas dos 813.716 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da DGS.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.640.635 mortos no mundo, resultantes de mais de 119 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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“Devíamos estar a fazer mais” na recuperação de emergência em Portugal e na Europa, diz Pedro Marques

O antigo ministro Pedro Marques aponta que os EUA já fizeram rondas de transferências diretas para as famílias, na resposta aos efeitos da pandemia.

O antigo ministro e atual eurodeputado Pedro Marques defende que a recuperação de emergência, face ao impacto da pandemia, em Portugal e no resto da Europa “devia ser muito mais forte”. Comparativamente com os Estados Unidos, “estamos a implementar uma resposta que é um terço do que já foi aprovado”, aponta.

“Devíamos estar a fazer mais”, defende o vice-presidente do Grupo S&D do Parlamento Europeu, numa conferência organizada pelo PS, sublinhando também que a resposta europeia não contempla transferências diretas para as famílias, enquanto os EUA “já fizeram três rondas de transferências diretas”. Ainda assim, admite que “estamos a fazer muito mais do que alguma vez foi feito na Europa”.

Pedro Marques aponta, por outro lado, que a resposta europeia a esta crise tem uma “enorme diferença” face à anterior, destacando a “importância” da resposta que Portugal deu em 2015, ao “mudar a agulha da austeridade”. “Ao derrotarmos em Portugal a visão única da austeridade também o ajudamos a fazer na Europa”, defende.

Quanto ao Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, para ter acesso às verbas europeias, o antigo ministro aponta como as “reformas sustentáveis” necessárias no país a inovação, a descarbonização e a questão das desigualdades. Estas reformas para a sustentabilidade e resiliência “têm que ser feitas ao mesmo tempo que resposta de emergência”, sublinha.

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Quer morar no interior do país? Descubra os municípios que oferecem mais apoios

Vários concelhos do interior do país oferecem diversas vantagens para quem optar por residir e trabalhar nessas regiões. Estes são os que têm incentivos mais atrativos.

É no litoral do país que se concentra a grande maioria da população portuguesa. É uma realidade que não é de agora, mas que se tem procurado contrariar, evitando o despovoamento do interior. O Governo tem vindo a implementar medidas que pretendem incentivar os portugueses a optarem pelas regiões do interior para trabalharem e para viverem, mas há também muitas autarquias que, por si, apresentam uma série de apoios a quem procura mudar de vida.

Da parte do Executivo, foi criada medida Emprego Interior MAIS, que oferece um financiamento de 2.633 euros a quem se mudar para o interior, com um acrescento de 20% por cada elemento do agregado familiar que acompanhe essa mesma mudança e com a possibilidade de comparticipação dos custos de transporte de bens, até um limite máximo de 4.827 euros para a totalidade do apoio, mediante candidatura.

Também os emigrantes, que são já alvo de algumas recompensas no âmbito do Programa Regressar, poderão beneficiar de certas vantagens adicionais caso optem por se fixar no interior aquando do seu regresso a Portugal. Em causa está uma majoração de 25% para os emigrantes que regressem ao país e decidam fixar-se no interior.

Ainda neste âmbito dos apoios, é de destacar o programa Habitar no Interior, desenvolvido também pelo Governo para garantir rendas mais acessíveis a qualquer trabalhador que tenha intenções de se mudar para essas regiões.

Por outro lado, existem também benefícios fiscais oferecidos pelo Estado para todos aqueles que se desloquem para os territórios do interior de Portugal. Se as famílias que transfiram a sua residência permanente para estes municípios do interior têm direito a um aumento do limite das deduções em IRS durante três anos, os estudantes inscritos em instituições de ensino do interior têm direito a um aumento de 10% nas despesas educativas, “elevando-se o limite global para a dedução de 800 para 1.000 euros quando a diferença seja relativa às despesas relativas a rendas de imóveis”, que podem assim ser englobadas nesse campo, pode ler-se no Guia Fiscal do Interior.

Mas além destas medidas do Governo, de âmbito nacional para atrair pessoas que queiram ir para o interior, têm surgido outras, apresentadas pelas autarquias do interior na tentativa de cativarem esses mesmos cidadãos. São medidas complementares às do Executivo que permitem aceder a benefícios fiscais, a custos mais reduzidos de habitação, ou mesmo a “cheques” para fomentar a natalidade em regiões em que a população que resiste está bastante envelhecida.

De forma a informar os portugueses acerca dos municípios que oferecem mais apoios para quem quer habitar ou trabalhar no interior do país, a Deco Proteste criou um mapa interativo que indica quais são, a nível nacional, os que se destacam nesse sentido e quais as vantagens que cada um deles oferece. Dos 308 concelhos portugueses, são sete os que mais incentivos oferecem aos seus residentes, nos mais variados âmbitos, tendo o ECO optado por apresentar apenas os incentivos que mais se destacam em cada um dos seguintes concelhos.

Oleiros, Castelo Branco

Localizado no distrito de Castelo Branco, Oleiros apresenta-se como o concelho do país que mais incentivos oferece em diversas áreas, a todos aqueles que se propuserem a abandonar as cidades para passar a morar nessa localização.

Entre os principais destaques neste âmbito, encontram-se as vantagens ao nível do IRS e do IMI. No primeiro dos casos, aos habitantes do município é devolvida a totalidade de participação do seu IRS, ou seja, 5%. E no caso do Imposto Municipal sobre Imóveis, destaca-se o facto de esta se fixar no valor mínimo nacional, de 0,3%.

No que toca à habitação, destaca-se a medida de atribuição de 5.000 euros para compra ou construção de uma nova casa, destinada a todas as famílias residentes e recenseadas em Oleiros há, pelo menos, dois anos – desde que um dos conjugues tenha, no máximo, 35 anos de idade.

Para além de medidas de apoio à criação de emprego e de apoio à terceira idade, entre muitas outras, o município caracteriza-se por oferecer um apoio de 5.000 euros, faseado durante o período de três anos e destinado a fins de alimentação ou artigos essenciais para crianças, pelo nascimento de cada filho, o qual tem de estar registado como sendo natural de Oleiros.

Boticas, Vila Real

O segundo lugar desta tabela é ocupado por um município do distrito de Vila Real. Boticas, à semelhança daquilo que ocorre com Oleiros, oferece também benefícios ao nível do IRS, com as devoluções a ficarem-se pelo valor máximo (5%), e do IMI, fixado no mínimo de 0,30%.

No que concerne a incentivos à natalidade, o município apoia mensalmente, com um subsídio no valor de 50 euros, todas as crianças naturais e residentes em Boticas, com idades entre os cinco meses e os três anos. E todos os recém-nascidos no concelho, cujos pais morem no concelho há mais de um ano, serão recompensados com o montante de 1.000 euros.

No campo da habitação, encontra-se também em vigor uma medida de isenção do pagamento das taxas de licenciamento necessárias para a realização de obras em edifícios antigos. No que toca à construção de habitação, Boticas reduz em 50% o valor das taxas associadas, para jovens até aos 35 anos, inclusive, ou para casais cuja média de idade não ultrapasse esse mesmo valor.

Sardoal, Santarém

Para fechar o “pódio” temos o concelho de Sardoal, no distrito de Santarém. Este é um município que se caracteriza pelo valor do IMI estar fixado, também, num patamar bastante baixo – 0,33% -, embora já superior ao que acontecia nos casos anteriores.

Por outro lado, o município do Sardoal tanto oferece, no campo da habitação, incentivos à construção (através de um desconto de 10% nas taxas para todos os indivíduos detentores de Cartão Jovem), como ao arrendamento (sendo nestes casos aplicada uma taxa de apenas 0,20%, contrastando com os habituais 0,325%).

No âmbito dos incentivos à natalidade, mas apenas mediante a apresentação de faturas que comprovem a compra de artigos infantis, os pais serão apoiados mensalmente com o valor de 60 euros. Por outro lado, é ainda de destacar como os indivíduos pertencentes a grupos carenciados serão ajudados através da aplicação de tarifas reduzidas no abastecimento de água, estando ainda sujeitos a outros apoios adicionais.

Barcelos, Braga

Também Barcelos, município do distrito de Braga, se destaca pelos elevados apoios que oferece a todos aqueles que optem por descobrir (ou redescobrir) a região. Um dos incentivos que mais se destaca é o reduzido IMI que é cobrado na região, que se encontra nos 0,35%.

O município em causa caracteriza-se ainda por diversos incentivos no âmbito da habitação, sendo de realçar a redução das taxas de licenciamento, para jovens entre os 18 e os 35 anos, nos casos de construção ou aquisição de casa. Apoios ao arrendamento, à realização de obras e à recuperação de casas degradadas são, também, oferecidos neste concelho.

No caso das populações mais carenciadas, estas podem ser apoiadas em diferentes vertentes: para o pagamento das rendas de habitação, para a reconstrução de habitações em condições precárias, bem como para o pagamento integral dos transportes destinados a alunos com deficiências severas. Refeições escolares gratuitas ou com desconto encontram-se, também, entre as medidas de incentivo aplicadas no concelho.

Cinfães, Viseu

Cinfães, no distrito de Viseu, é também uma boa opção para aqueles que desejam viver no interior do país, devido à existência de inúmeros apoios que se encontram em vigor na região. Com o IMI a estar fixado no valor mínimo de 0,30%, a autarquia de Cinfães garante ainda a devolução de 2% do IRS aos seus munícipes.

Este concelho tem também um Programa de Apoio ao Arrendamento, “cujo objetivo é subsidiar o arrendamento no mercado privado a famílias com dificuldades económicas”, pode ler-se no mapa de incentivos da Deco Proteste. Por outro lado, o programa “Nascer em Cinfães”, de incentivo à natalidade, vem oferecer um subsídio de 1.000 euros a cada criança nascida, registada e residente no município, destinado a ser gasto em lojas locais.

No que toca a apoios relacionados com a educação dos mais jovens, o município destaca-se pela oferta dos manuais e materiais escolares aos estudantes do primeiro ciclo, com os transportes escolares a serem gratuitos para todos os alunos até ao 12.º ano. Bolsas de estudo para o Ensino Superior ou para Cursos Tecnológicos e Superiores Profissionais são, também, disponibilizadas pela autarquia.

Idanha-a-Nova, Castelo Branco

No distrito de Castelo Branco encontra-se ainda mais um município que convém realçar pelos inúmeros apoios que oferece aos seus residentes e trabalhadores. Falamos de Idanha-a-Nova, que devolve a totalidade de participação do IRS aos seus habitantes (5%) e onde o IMI se encontra fixado no valor mínimo nacional, de 0,3%.

Este é um município que detém um elevado conjunto de medidas direcionadas para os mais jovens, com as viagens em transportes públicos ou escolares a serem gratuitas para os alunos desde o infantário até ao ensino secundário e com os manuais a serem oferecidos aos estudantes do primeiro ciclo ou de níveis de ensino inferiores. Nos infantários e jardins de infância, não é cobrada qualquer prestação mensal aos pais, sendo as refeições, nestes casos, também gratuitas.

O concelho oferece ainda incentivos à criação de emprego (nomeadamente, através de apoios ao investimento), ajudas à população carenciada e habitação a preços controlados. Destaque-se, também, a existência do Cartão Raiano +65, destinado a pessoas com mais de 65 anos, a reformados por invalidez ou a pessoas com deficiência, que oferece uma série de benefícios nos âmbitos dos transportes, saúde, bem-estar e cultura, entre outros.

Anadia, Aveiro

A fechar a lista dos municípios portugueses que oferecem mais apoios a quem trabalha ou reside nos mesmos encontra-se Anadia, no distrito de Aveiro, que se destaca também pela sua baixa taxa de IMI, fixada no mínimo nacional (0,30%). No que toca ao campo do IRS, a autarquia garante também a devolução de 2% do mesmo aos seus munícipes.

Este é um concelho que dá nas vistas pelo seu projeto Invest em Anadia, um programa de promoção do empreendedorismo, do investimento e da criação de empresas que oferece apoios municipais – tais como apoios com despesas e bolsas de empreendedorismo e incubação -, bem como benefícios fiscais – nomeadamente, a isenção do pagamento de IMI e a redução do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) – a todas as empresas e indivíduos que se proponham a desenvolver os seus negócios no concelho.

No âmbito da educação, este município garante o transporte escolar dos alunos, oferecendo ainda os cadernos de atividades a alunos do 1.º ciclo do ensino básico e as refeições escolares a todos os alunos do Escalão A. Os jovens pertencentes a famílias com dificuldades económicas terão, também, direito a bolsa de estudo para o ensino superior.

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Bitcoin passou barreira dos 60.000 dólares impulsionada pelo plano de estímulo dos EUA

  • Lusa
  • 13 Março 2021

A Bitcoin tem constantemente batido recordes e triplicou de valor nos últimos três meses.

A criptomoeda Bitcoin cruzou este sábado pela primeira vez na sua história a marca de 60.000 dólares norte-americanos (cerca de 50.195 euros), impulsionada, segundo os analistas, pelo plano de estímulo da economia dos EUA.

De acordo com o ‘site’ especializado CoinMarketCap, a criptomoeda subiu para 60.197 dólares americanos (50.360,40 euros) às 12:34 GMT (mesma hora em Lisboa) e continuava a oscilar à volta deste limite simbólico no início da tarde de hoje. Nos últimos tempos, a Bitcoin tem constantemente batido recordes e triplicou de valor nos últimos três meses, já que valia apenas cerca de 20.000 dólares em meados de dezembro.

Nos últimos dias, o valor da Bitcoin subiu “porque os investidores esperam a chegada iminente de cheques” aos consumidores norte-americanos, segundo o planeado no pacote de estímulo à economia dos Estados Unidos, explicou, na sexta-feira, numa nota, o analista Neil Wilson, da Markets.com.

Os norte-americanos devem receber este fim de semana os primeiros cheques e transferências, no valor de 1.400 dólares por pessoa, previstos no plano de 1,9 biliões de dólares (cerca de 1,6 biliões de euros) do Presidente Joe Biden, aprovado pelo Congresso na quarta-feira e promulgado na quinta-feira.

“Os cheques do estímulo norte-americano permitirão que pequenos investidores coloquem parte dos seus fundos em Bitcoin”, considerou Naeem Aslam, analista da AvaTrade, que disse esperar que a progressão da criptomoeda continue, “dado que comprar Bitcoins ficou agora muito mais fácil”.

No entanto, o crescimento exponencial da criptomoeda preocupa alguns observadores do mercado, que não descartam uma correção brusca ou mesmo a explosão de uma bolha. Alguns desconfiam da volatilidade do mercado de Bitcoin, outros acreditam que a situação é muito diferente da de 2017, quando os valores subiram ainda com mais vigor, antes de caírem, no início de 2018.

À semelhança do que está a acontecer com fundos de investimento e algumas empresas, como a Tesla (que investiu 1,5 mil milhões de dólares em criptomoeda), muitos particulares estão a investir em frações de Bitcoins, aproveitando as muitas plataformas que surgiram nos últimos anos.

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Vai comprar um elétrico? Nove respostas sobre os “cheques” do Estado

  • ECO
  • 13 Março 2021

Que veículos são elegíveis? Têm de ser comprados cá para poderem beneficiar do "cheque" do Estado? Esclareça as dúvidas sobre o Incentivo pela Introdução no Consumo de Veículos de Baixas Emissões.

O Incentivo pela Introdução no Consumo de Veículos de Baixas Emissões está de volta. Abriram, recentemente, as candidaturas a este apoio do Estado — atribuído pelo Fundo Ambiental — para a compra de veículos 100% elétricos, desde as bicicletas até às motas, mas especialmente aos carros, seja de passageiros, seja os comerciais.

Este ano há novidades na distribuição destes “cheques” — cujo valor global ascenderá a quatro milhões de euros –, nomeadamente no que toca às quatro rodas. Há apoios para ligeiros de passageiros, mas apenas para os particulares ou pessoas singulares com atividade empresarial, podendo as empresas apenas aceder aos comerciais.

Há mudanças no número de “cheques” para automóveis, havendo também um reforço substancial nos apoios que vão ser disponibilizados para a aquisição das bicicletas.

Serão muito, a julgar pelo que aconteceu nos últimos anos, a procurarem estes apoios, mas será importante esclarecer todas as dúvidas antes de avançar com o pedido do “cheque”.

E há várias dúvidas que ainda assaltam os candidatos. A pensar nisso, o Fundo Ambiental preparou um conjunto de perguntas e respostas mais frequentes para ajudar. Veja-as aqui:

Podem concorrer ao incentivo de 2021 os veículos elétricos adquiridos em 2020 e que não puderam receber o incentivo nesse ano?

Não. O incentivo diz apenas respeito ao ano em curso, pelo que apenas são elegíveis os veículos adquiridos e matriculados a partir de 1 de janeiro de 2021.

Para o limite de 62.500 euros deve considerar-se o valor de aquisição do veículo com IVA ou sem IVA?

Para verificar se o veículo cumpre o critério do valor deve considerar-se o custo total, com IVA.

Para o limite de 62.500 euros consideram-se também os extras e despesas de legalização?

Para verificar se o veículo cumpre o critério do valor deve considerar-se o custo total, com todos os extras e despesas administrativas inerentes à sua utilização.

O que é considerado um veículo novo?

Consideram-se veículos novos os veículos que não tenham tido qualquer tipo de utilização anterior à aquisição pelo candidato, não sendo por isso considerados novos, por exemplo, os veículos de serviço.

Para o incentivo da categoria “bicicletas” são elegíveis trotinetes, segways, outros veículos elétricos de uso pessoal ou bicicletas normais adaptadas com kits de transformação?

Não. Apenas são elegíveis bicicletas com assistência elétrica de origem, destinadas a uso citadino/urbano, não incluindo bicicletas destinadas a uso desportivo, nomeadamente para circuitos de cross, montanha, ou possuidoras de suspensão integral, nem trotinetes ou velocípedes de outro tipo.

São elegíveis bicicletas adquiridas no estrangeiro, nomeadamente através de sítios de venda online?

Sim, desde que a candidatura esteja acompanhada de uma fatura válida e de declaração do vendedor, na fatura ou em documento anexo, em como o veículo é novo e se destina a uso citadino/urbano ou de carga.

Como é feita a validação e quanto tempo demora?

Após submissão, as candidaturas são validadas por ordem de submissão, sendo verificados os requisitos de elegibilidade de beneficiários e veículos, de acordo com o disposto no regulamento e a necessidade de novos documentos ou esclarecimentos. Após a validação, é sempre enviado um email para o candidato com o resultado da mesma. O prazo de validação depende do ritmo de submissão de candidaturas, não se prevendo que ocorra em menos de 30 dias. O pagamento será feito até 30 dias após validação.

Como posso saber o estado da minha candidatura?

As alterações de estado são sempre acompanhadas do envio de um e-mail para o candidato, explicando a alteração e a ação requerida pelo candidato, caso se aplique. O estado pode ainda ser consultado acedendo à plataforma de submissão com os dados de acesso utilizados para fazer a candidatura e, depois de entrar, selecionar no menu: “Candidaturas > Estado”
Os estados possíveis são os seguintes:

  • Por validar – Após submissão as candidaturas ficam neste estado até serem validadas;
  • Aceite – Quando não existem dúvidas quanto à elegibilidade da candidatura, esta segue para este estado intermédio, seguindo depois para o estado “Para pagamento”.
  • Para pagamento – Depois de ser confirmado o estado de “Aceite”, a candidatura transita para o estado “Para pagamento”, sendo enviado um email para o candidato.
  • Concluída – No momento em que é efetuado o pagamento é enviado um e-mail para o candidato e a candidatura transita para o estado “Concluída”
  • Aguarda elementos adicionais – Quando são identificados elementos que oferecem dúvidas quanto à elegibilidade da candidatura, ou outros elementos em falta, é feito, por um email, pedido de submissão desses elementos na plataforma, seguindo a candidatura para este estado. Depois de inseridos estes elementos, a candidatura transita imediatamente para o estado “Por validar”, mantendo o mesmo número de ordem que tinha inicialmente.
  • Proposta exclusão – No caso de a candidatura apresentar elementos que demonstrem, a mesma é indicada para Proposta de exclusão, transitando para este estado e sendo enviado um email para o candidato, a quem é dada a possibilidade de responder a esse proposta no prazo de 10 dias úteis. Caso o não faça, a candidatura é excluída.
  • Análise de pronúncia – Se o candidato se pronunciar, no prazo de 10 dias úteis, à proposta de exclusão, a candidatura transita imediatamente para este estado, em que o Fundo Ambiental analisará a pronúncia enviada e decidirá sobre o fundamento da mesma.
  • Excluída – Caso o candidato de uma candidatura indicada com proposta de exclusão não se pronuncie no prazo de 10 dias úteis, ou se a pronúncia for considerada não improcedente, a candidatura transita para este estado, sendo enviado um email ao candidato com esta decisão.
  • Em lista de espera – Quando é atingido algum dos limite de candidaturas a financiar, de acordo com o ponto n.º 6.1 do Regulamento (Despacho n.º 2535/2021, disponível aqui), as candidaturas validadas, nessa tipologia, são colocadas neste estado, sendo enviado um email para o candidato.

O que acontece ao ser atingido o número limite de candidaturas?

No caso de ser atingido o limite de uma das candidaturas, a plataforma de candidatura continuará aberta e as candidaturas continuarão a ser analisadas por ordem de submissão, podendo ser validadas, solicitados mais esclarecimentos/documentos, ou excluídas.

Quando for atribuído o número máximo de incentivos previstos numa categoria, isto é, quando o número de candidaturas dadas como válidas atingir o máximo, as candidaturas validadas a partir daí serão colocadas em lista de espera.

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Portugal regista 564 novos casos de Covid-19 e 19 mortes. Internamentos abaixo da fasquia dos 1.000

Desde o início da pandemia, foram confirmados em Portugal 813.716 casos de Covid-19 e 16.669 óbitos.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 564 novas infeções por SARS-CoV-2 no país, elevando o total de casos confirmados desde o início da pandemia para 813.716. O boletim epidemiológico divulgado este sábado dá ainda conta de um total de 16.669 óbitos por Covid-19, 19 dos quais ocorreram nas últimas 24 horas.

O número de recuperados subiu para 756.259, mais 6.489 que no dia anterior. Já o número de pessoas atualmente a lutar contra a doença continuam a diminuir. Os casos ativos são agora 46.732, menos 5.944 que na sexta-feira.

Segundo o boletim da DGS, a maioria dos casos ativos encontra-se a recuperar em casa, sendo que o número de internamentos voltou a cair, ficando abaixo dos 1.000. Há 980 pessoas ainda hospitalizadas (menos 66 que no dia anterior), das quais 253 em unidades de cuidados intensivos (menos 13).

Boletim epidemiológico de 13 de março

Lisboa e Vale do Tejo é a região com maior número de contágios, tendo registado 208 (cerca de 36% do total de novos casos). Segue-se o Norte (132 novos casos), o Centro (114), a Madeira (53), os Açores (27), o Alentejo (26) e o Algarve (4).

O boletim epidemiológico dá também conta de menos 823 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde, depois de terem contactado com outro caso positivo. No total, estão 17.215 pessoas nesta situação.

(Notícia atualizada às 14h28)

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