Parceiros sociais mantêm visão negativa sobre proposta do Governo na lei laboral

  • Lusa
  • 20 Outubro 2021

"Pensamos que esta discussão não obedece às necessidades das empresas, obedece sim à agenda política do Governo", atirou líder da CCP. Sindicatos também criticam propostas do Governo.

Os presidentes das confederações patronais reiteraram esta quarta-feira a visão negativa sobre as alterações à lei laboral, com a CIP a considerar ser “problema do Governo” que esta questão se tenha tornado uma das matérias centrais para aprovar o OE2022.

Os presidentes da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António saraiva, e da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, falavam à entrada da reunião da Concertação Social onde os parceiros sociais e o Governo vão discutir, entre outros temas, a proposta de alterações à lei laboral que será apreciada pelo Conselho de Ministros desta quinta-feira.

Afirmando ter um sentimento “negativo” face à proposta do Governo de alterações à lei laboral, António Saraiva considerou que o facto de a legislação laboral se ter tornado um dos temas centrais para a viabilização do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) é “um problema do Governo e dos seus parceiros políticos”. “Não somos políticos, defendemos a competitividade, as empresas, entendemos que ela não está só não está defendida no Orçamento do Estado como vem agravar, com esta discussão completamente descontextualizada, porque ao Orçamento o que é do Orçamento e à legislação e à concertação o que é da concertação”, disse António Saraiva, referindo que não credita em bruxas quando questionado sobre a possibilidade de abertura do Governo para mexer na legislação laboral.

Também o presidente da CCP reiterou a sua “visão negativa” sobre a proposta o Governo relativamente à legislação laboral – vertida na Agenda para o Trabalho Digno – referindo que as objeções da CCP “em relação aos temas laborais neste momento continuam as mesmas”. “Pensamos que esta discussão não obedece às necessidades das empresas, obedece sim à agenda política do Governo para aprovar o Orçamento e somos bastante críticos em relação à maior parte das questões apresentadas”, referiu, acrescentando que mantém uma “posição negativa”.

Questionado sobre um cenário de eleições antecipadas em caso de chumbo do OE2022, João Vieira Lopes afirmou que este é ainda o momento para ver como se vão desenrolar as negociações (entre o Governo e os partidos), salientando que da parte das empresas, estas gostam de estabilidade, “mas com um orçamento como este que saiu, muitos empresários neste momento começam a ficar muito ansiosos por ter outras soluções”.

A proposta de alteração à lei laboral também merece críticas às confederações sindicais, por motivos diferentes, com a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, a considerar que as medidas “não respondem aos problemas principais dos trabalhadores e do país”, nomeadamente no que diz respeito à caducidade das convenções coletivas, remunerações ou horário de trabalho.

A reunião da Concertação Social, que conta com a presença do primeiro-ministro, acontece nas vésperas do Conselho de Ministros de quinta-feira e a uma semana da votação na generalidade da proposta de OE2022, cuja viabilização não está assegurada, uma vez que tanto o BE como o PCP ameaçaram votar contra o documento caso não haja mudanças.

O Governo já apresentou algumas propostas de alteração à legislação laboral na Concertação Social, no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, sendo a mais recente relacionada com a caducidade das convenções coletivas de trabalho.

Em concreto, o Governo propôs aos parceiros sociais a suspensão da caducidade das convenções coletivas por mais 12 meses, o que significa que esta medida poderá manter-se em vigor até março de 2024, e propôs ainda o reforço da arbitragem necessária.

O tema é uma das principais matérias das negociações no parlamento sobre o OE2022, mas o BE e o PCP querem que o Governo vá mais longe e reclamam o fim da caducidade das convenções coletivas.

Além da caducidade, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social propôs aos parceiros sociais a criminalização do trabalho totalmente não declarado e alterações nos contratos de trabalho temporários, avançando com um limite máximo até quatro renovações (contra as atuais seis).

O Governo quer ainda proibir as empresas que façam despedimentos coletivos de recorrerem ao outsourcing (contratação externa) durante os 12 meses seguintes.

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Consumidores queixam-se de falhas no reembolso do IVAucher

Desde a fase de arranque de utilização do IVAucher, o Portal da Queixa já foi inundado com reclamações. Falta de reembolso do saldo acumulado é o principal motivo reportado.

Os consumidores começaram, este mês, a usufruir do saldo do programa IVAucher. Contudo, a medida que previa beneficiar os contribuintes está, afinal, a transformar-se numa dor de cabeça para quem aderiu ao programa. Desde a fase de arranque de utilização do IVAucher, o Portal da Queixa já foi inundado com várias reclamações, sendo que o principal motivo é a falta de reembolso do saldo acumulado.

Apesar de já terem sido devolvidos mais de 5,5 milhões de euros aos consumidores, muitos consumidores estão a manifestar a sua insatisfação pelo facto de não conseguirem usufruir dos descontos acumulados. Há também casos de contribuintes indignados que apontam a falta de informação por parte das entidades aos clientes e outros alegam que a informação prestada pelas entidades estava errada, de acordo com o Portal da Queixa.

Entre as entidades que estão a ser alvo de reclamação dos portugueses estão a SaltPay (operadora do programa IVAucher), a Autoridade Tributária e Aduaneira, o Banco BIC, a Abanca, o Pestana Hotels, a Uber Eats e o Cartão Universo, detalha a maior rede social de consumidores de Portugal, em comunicado enviado esta quarta-feira.

Francisco Andrade é um dos consumidores que se queixaram. “Efetuei uma compra no dia 2 de outubro, num restaurante aderente ao programa IVAucher, tendo eu um saldo de 59 euros e, até hoje, não recebi qualquer reembolso. Gostaria de saber porque é que o banco CTT não está a efetuar o reembolso passados os dois dias, conforme anunciado, sendo este banco aderente“, lê-se numa das reclamações feitas no Portal da Queixa.

Madalena reporta o mesmo problema na reclamação que fez. “Tenho saldo acumulado no programa IVAucher. Mas, até ao momento ainda não me foi creditado qualquer valor na minha conta, nem há qualquer movimentação na página das transações do programa. O que me surpreende, é que, no mesmo dia e horário e, na mesma loja, um familiar meu também fez uma compra semelhante à minha e já foi ressarcido de 50% do valor da mesma”.

Paulo Tenreiro é outro dos consumidores indignados, denunciando a falta de comunicação entre a SaltPay e a CGD. “Aderi ao IVAucher. Tenho saldo. Desde 01/10/2021 que tenho feito compras na restauração e cultura, mas sem qualquer devolução. Após muitas diligências com a SaltPay, finalmente fui informado que a Caixa Geral de Depósitos, o meu banco, não está a cumprir o programa do Governo, apesar de ter aderido conforme publicidade anunciada no próprio site do banco. A SaltPay descarta a responsabilidade por falta de comunicação da CGD”, escreveu.

Isabel Leal também recorreu ao Portal da Queixa, neste caso para dirigir uma reclamação à Uber Eats. “A Uber Eats anuncia a adesão ao programa IVAucher, mas depois não reporta o NIF aos restaurantes, o que faz com que a faturação não seja feita. No âmbito do programa IVAucher este erro torna-se ainda mais grave, porque acabamos por não ser reembolsados. Esta situação já ocorreu em quatro pedidos, que só foram feitos nesta aplicação devido ao programa IVAucher. Reembolsos Uber Eats até agora, zero”.

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Presidente do Bundesbank demite-se “por razões pessoais” após dez anos no cargo

  • ECO e Lusa
  • 20 Outubro 2021

"Estou convencido de que mais de dez anos é uma boa medida de tempo para abrir outro capítulo para o Bundesbank, mas também para mim pessoalmente", escreveu Weidmann.

O presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, demitiu-se “por razões pessoais” com efeitos a partir de 31 de dezembro, após uma década na liderança do banco central alemão, anunciou esta quarta-feira a instituição.

Weidmann pediu esta quarta-feira ao Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, para deixar o cargo, que ocupa desde maio de 2011.

“Estou convencido de que mais de dez anos é uma boa medida de tempo para abrir outro capítulo para o Bundesbank, mas também para mim pessoalmente”, escreveu Weidmann numa carta aos trabalhadores do banco a quem agradeceu pelo que alcançaram juntos.

O ambiente em que operamos mudou muito e as tarefas do Bundesbank cresceram. A crise financeira, a crise da dívida soberana e, finalmente, a da pandemia levaram a decisões políticas e monetárias que terão um efeito duradouro”, disse Weidmann.

Weidmann salientou também que nos últimos dez anos considerou importante que “a voz clara orientada para a estabilização do Bundesbank continuasse a ser claramente audível”.

O presidente demissionário agradeceu aos membros do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), sob a liderança de Christine Lagarde, pelo “ambiente aberto e construtivo nas discussões por vezes difíceis dos últimos anos”. Também sublinhou o papel estabilizador da política monetária durante a pandemia, bem como a modificação bem-sucedida da estratégia do BCE.

Weidmann acredita que para o futuro será decisivo para o BCE “não só olhar unilateralmente para os riscos de deflação, mas também não perder de vista os perigos da inflação”.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) lamentou a saída de Jens Weidmann e realçou a sua “experiência inigualável que estava sempre pronto a partilhar”.

Em comunicado, Christine Lagarde afirma que “Jens é um bom amigo pessoal com cuja lealdade poderia sempre contar”, sublinhando que “como membro mais antigo do Conselho do BCE, tinha uma experiência inigualável que estava sempre pronto a partilhar”.

A presidente do BCE recordou que os dois tinham construído uma “relação muito forte e produtiva baseada no seu compromisso conjunto de aprofundar a unidade europeia, cumprindo o mandato de estabilidade de preços do BCE, ajudando a economia da zona euro durante a crise sem precedentes causada pelo novo coronavírus e estabilizando a economia global afetada pelos efeitos da pandemia”.

Lagarde salienta que, embora Weidmann tivesse opiniões claras sobre a política monetária, procurou sempre “pontos comuns no Conselho do BCE” com a sua empatia e vontade de chegar a acordo, algo que foi evidente na revisão da estratégia do BCE, onde contribuiu para o acordo unânime alcançado.

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Tribunal aprova acordos da Lufthansa e Easyjet na falida Air Berlin

O tribunal sediado no Luxemburgo rejeitou os recursos interpostos pela companhia polaca para contestar a divisão de ativos da Air Berlin, declarada insolvente em novembro de 2017.

O Tribunal Geral da União Europeia (TJUE), com sede no Luxemburgo, declarou esta quarta-feira a legalidade dos acordos que foram firmados há cerca de quatro anos pela Lufhansa e pela Easyjet para ficarem com os ativos da falida Air Berlin.

Na sequência da contestação que tinha sido apresentada pela concorrente LOT à aprovação pela Comissão Europeia daquelas duas operações, a instituição sediada no Luxemburgo veio negar provimento aos recursos interpostos pela companhia aérea polaca, julgando “improcedentes todos os fundamentos invocados em ambos os processos”.

Foi em 2016, para tentar resolver as dificuldades financeiras, que a Air Berlin avançou com um plano de restruturação que reduzia o número de rotas em mais de dois terços (de 387 para menos de 100) e também a frota para 75 aviões, tendo assinado com a Lufthansa um acordo para a sublocação de diversas aeronaves e respetiva tripulação.

No entanto, a principal acionista (Etihad Airways) deixou de fornecer apoio financeiro, via empréstimos, e a companhia germânica apresentou o pedido de insolvência em agosto de 2017. Para manter as operações enquanto negociava a venda de ativos, a Alemanha assegurou um empréstimo-ponte temporário de 150 milhões de euros, garantido pelo banco de fomento alemão (KfW), que foi aprovado por Bruxelas no âmbito das regras de ajuda de Estado.

A Comissão Europeia acabou depois por autorizar também as concentrações resultantes da partilha de ativos da transportadora insolvente, o que foi contestado pela polaca LOT. A Lufthansa comprou 81 aviões e assumiu os três mil funcionários da Air Berlim por 1.500 milhões de euros, ficando com as faixas horárias que detinha em alguns aeroportos, como Dusseldorf, Hamburgo, Munique ou Estugarda.

Antes de a Air Berlin ser declarada insolvente pelo tribunal a 1 de novembro de 2017, também os ativos concentrados sobretudo no aeroporto Tegel, em Berlim, foram comprados pela companhia de baixo custo britânica Easyjet por 40 milhões de euros. Incluindo os slots (período em que os aviões podem aterrar) e ficando com os contratos de leasing de 25 aviões A320 e cerca de mil funcionários.

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Webtalk: os desafios legislativos e económicos da SUP

  • ECO + Sociedade Ponto Verde
  • 20 Outubro 2021

Os impactos que a nova diretiva de Plásticos de Uso Único teve em diversos setores de atividade foram debatidos por responsáveis da APIP, da Logoplaste, da Sociedade Ponto Verde e da Sonae.

A nova diretiva de Plásticos de Uso Único (SUP) entrou em vigor no dia 3 de julho deste ano, mas ainda causa algumas dúvidas, não só aos consumidores, mas também às empresas, que tiveram de encontrar alternativas para a substituição de vários artigos em plástico.

Na webtalk “Os desafios legislativos e económicos da SUP”, Amaro Reis, Presidente da Associação Portuguesa da Indústria dos Plásticos, Ana Alves, Diretora Comercial na Sonae, Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde, e Paulo Correia, Chief Technology Officer da Logoplaste, explicam o que a nova diretiva veio mudar, qual a importância da sua aplicação no mercado e ainda apresentam a visão que têm para o futuro do plástico.

A webtalk “Diretiva SUP: Os desafios legislativos e económicos” contou com o apoio da Sociedade Ponto Verde.

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Europa é a única região do mundo com aumento de novos casos de Covid-19

  • Lusa
  • 20 Outubro 2021

Os casos de coronavírus aumentaram na Europa pela terceira semana consecutiva, com cerca de 1,3 milhão de novos casos. Mais de metade dos países da região relatou um aumento nos números.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que houve um aumento de 7% nos novos casos de coronavírus na Europa na semana passada, a única região do mundo onde os novos casos aumentaram.

Na avaliação semanal da pandemia divulgada na terça-feira, a agência de saúde da ONU disse que houve cerca de 2,7 milhões de novos casos de Covid-19 e mais de 46.000 mortes na semana passada, números semelhantes aos relatados na semana anterior. A Grã-Bretanha, Rússia e Turquia foram os responsáveis pela maioria dos casos.

A maior queda nos casos de Covid-19 foi observada em África e no Pacífico Ocidental, onde as infeções caíram 18% e 16%, respetivamente.

O número de mortes em África também diminuiu cerca de um quarto, apesar da escassez de vacinas no continente.

Outras regiões, incluindo as Américas e o Oriente Médio, relataram números semelhantes aos da semana anterior, acrescentou a OMS.

Pela terceira semana consecutiva, os casos de coronavírus aumentaram na Europa, com cerca de 1,3 milhão de novos casos. Mais de metade dos países da região relatou um aumento nos números.

Na semana passada, a Rússia bateu novos recordes diários de casos de Covid-19 e o número de infeções no Reino Unido subiu para níveis não vistos desde meados de julho.

Embora o chefe do Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha tenha instado o Governo a introduzir protocolos Covid-19 mais rígidos, incluindo o uso de máscaras e a vacinação mais rápida de crianças, os políticos têm questionado até agora a aplicação de tais medidas.

Na Rússia, as autoridades têm lutado para vacinar a sua população e apenas cerca de 32% das pessoas foram imunizadas, apesar da disponibilidade da vacina Sputnik V. É de longe o país com maior número de mortos na Europa, com mais de 225.000 óbitos.

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Número de desempregados desce para valor mais baixo desde março de 2020

O número de desempregados inscritos no IEFP encolheu 2,5% entre agosto e setembro. Em termos homólogos, a queda é de 12,4%. O número aproxima-se cada vez mais do valor pré-pandemia.

No final de setembro havia 359.148 desempregados inscritos nos centros de emprego do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Este é o valor mais baixo desde março de 2020 (343.761) e representa a sexta queda mensal consecutiva. Face a agosto, o total de desempregados encolheu 2,5% (-9.256) e, em termos homólogos, a queda é de 12,4% (-51.026).

“Para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2020, na variação absoluta, contribuiu o grupo dos que estão inscritos há menos de um ano (-82.029) e, em sentido inverso, constata-se um aumento no desemprego dos indivíduos que permanecem inscritos há um ano e mais (+31.003)”, detalha o IEFP na nota de informação mensal divulgada esta quarta-feira.

Portugal está assim a 15.387 desempregados de alcançar o número pré-crise pandémica, a qual agravou o mercado de trabalho, ainda que não tanto quanto esperado devido aos apoios do Estado, nomeadamente o lay-off simplificado. O pico do número de desempregados no IEFP registou-se em março deste ano, durante o segundo confinamento, num total de 432.851 inscritos.

Fonte: Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Em termos regionais, todas as regiões estão a beneficiar da melhoria do mercado de trabalho, reduzindo o número de desempregados inscritos no IEFP. Porém, há duas que se destacam: o Algarve apresenta uma queda de 23,4% em termos homólogos, o que poderá estar relacionado com a recuperação do turismo, e o Alentejo regista uma diminuição de 18%. Esta tendência já vem dos meses anteriores.

Fonte: IEFP.

Em termos de profissões, a queda também é generalizada, mas há uns que se destacam: é o caso dos operadores e instalações e máquinas e trabalhadores da montagem (descida de 17,7% dos desempregados), assim como os trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices (-16,4%).

Desagregando não por grupos profissionais mas por atividade económica, o IEFP confirma também que a descida do número de desempregados é generalizada, sendo mais significativa no caso do alojamento, restauração e similares (-22,8%) — o que confirma a retoma do emprego no setor do turismo –, na indústria do couro e dos produtos do couro (-22,7%), no fabrico do equipamento informático, elétrico, máquinas e equipamentos (-21,8%) e na indústria do vestuário (-21,8%).

Esta redução do desemprego em Portugal aconteceu numa altura em que o desconfinamento prosseguiu graças à elevada taxa de vacinação e o controlo do número de casos e do impacto da doença na atividade hospitalar, o que permitiu acelerar a recuperação económica, sendo expectável um forte crescimento do PIB no terceiro trimestre.

Os números do IEFP mostram que a melhoria do mercado de trabalho tem pernas para continuar uma vez que existem mais ofertas de emprego por satisfazer. São um total de 23.800 ofertas de emprego por preencher em todo o país. São ligeiramente menos ofertas do que em agosto (-1,5%), mas fica 65,3% acima do que se verificada em setembro do ano passado.

Trabalhadores dos serviços continuam a ser dos mais afetados

Os dados do IEFP confirma que, do total de 304.167 desempregados candidatos a novo emprego no final de setembro, a maioria (73,4%) tinha trabalhado no setor dos serviços, com destaque para as atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (30,2%).

“19,9% eram provenientes do setor ‘Secundário’, com particular relevo para a ‘Construção’ (com um peso relativo de em relação ao 6,1%)”, refere ainda o IEFP, notando que “ao setor ‘Agrícola’ pertenciam 3,9% dos desempregados”.

A análise por grupos profissionais corrobora este panorama: a maioria dos desempregados eram trabalhadores não qualificados (24,3%) e trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção/segurança e vendedores (21,4%). Porém, há uma novidade, com a terceira posição a pertencer aos “especialistas das atividades intelectuais e científicas” (12%), lugar que era anteriormente ocupado pelo pessoal administrativo (11,8%).

(Notícia atualizada às 12h20 com mais informação)

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Clima económico recua. Preços da produção na indústria dispararam 10% em setembro

O indicador que mede o clima económico no país caiu, enquanto a confiança dos consumidores aumentou.

O índice de preços na produção da indústria transformadora disparou 10% em setembro, face ao mesmo período do ano anterior, numa altura em que os preços da energia e de bens intermédios atingem valores elevados, segundo revela o Instituto Nacional de Estatística (INE). Os dados publicados esta quarta-feira mostram também que o indicador que mede o clima económico no país caiu, enquanto a confiança dos consumidores aumentou.

Já o índice de preços na produção industrial dos principais países fornecedores da economia portuguesa “apresentou, desde junho de 2020, uma trajetória marcadamente ascendente, situando-se, em agosto, 10,4% acima do índice de agosto de 2020 (variação homóloga máxima da série) e 8,3% acima do registado dois anos antes”, sinaliza o INE.

Por outro lado, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor manteve-se em 1,5% entre julho e setembro, não registando um crescimento tão expressivo. Pela Zona Euro, a estimativa do índice harmonizado de preços no consumidor “aponta para uma variação homóloga de 3,4% em setembro, a taxa mais elevada desde setembro de 2008”.

Já olhando para o indicador de clima económico, este diminuiu em setembro, “apresentando um comportamento irregular desde julho quando se interrompeu a recuperação observada desde março”, nota o INE. Na Zona Euro, o indicador de sentimento económico aumentou de forma marginal no nono mês do ano, depois de ter diminuído em agosto.

Quanto ao indicador de confiança dos consumidores, registou-se um aumento em agosto e setembro, depois de este indicador ter recuado em julho, aproximando-se dos valores pré-pandemia registados no início de 2020.

Olhando para outros dados disponíveis para o mês de setembro, é possível verificar que o montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais TPA apresentou um crescimento homólogo de 10,7%, inferior ao mês anterior (11,9%).

Existe também já informação sobre as vendas de cimento produzido em território nacional, que aumentaram nos dois últimos meses, enquanto as vendas de veículos comerciais, assim como as vendas de veículos pesados, registaram “diminuições homólogas significativas nos últimos três meses”.

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Juros no crédito à habitação batem novo mínimo histórico nos 0,785% em setembro

Taxa de juro implícita no crédito à habitação voltou a descer em setembro, pelo 13.º mês consecutivo. Juros ficaram nos 0,785%, um novo mínimo histórico.

A taxa no crédito à habitação continuou a recuar em setembro, naquele que foi o 13.º mês consecutivo de descida. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o juro implícito continuou abaixo dos 1%, situando-se em 0,785%, o valor mais baixo de sempre.

“A taxa de juro implícita no crédito à habitação desceu para 0,785%, valor inferior em 0,7 pontos base (p.b.) ao registado no mês anterior. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro foi 0,702% (0,689% no período precedente)”, refere o INE.

Para o destino de financiamento de aquisição de habitação — o mais relevante no conjunto do crédito à habitação — a taxa de juro implícita para o total dos contratos recuou para 0,8%, menos 0,7 pontos base face a julho. Na taxa para os contratos celebrados nos últimos três meses, a tendência foi contrária: a taxa aumentou, fixando-se em 0,6979% (0,679% no mês anterior).

Evolução da taxa de juro implícita nos contratos de crédito à habitação

Fonte: INE

Já no que diz respeito ao capital médio em dívida, em setembro observou-se uma subida de 219 euros para 57.334 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi de 119.518 euros, mais 1.558 euros do que em junho.

Por outro lado, a prestação média aumentou um euro para 237 euros e, deste montante, 37 euros correspondem a pagamento de juros e 199 euros a capital amortizado. “Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação subiu sete euros para 311 euros”, remata o INE.

(Notícia atualizada às 11h55 com mais informação)

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PCP acusa Governo de estar mais inflexível nas negociações do OE

O líder parlamentar do PCP diz que, face a anos anteriores, o Governo mostra uma "resistência" maior nas negociações do Orçamento do Estado para 2022.

Após mais uma reunião com o Governo sobre o Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022), desta vez com a presença do primeiro-ministro, o PCP mantém as críticas ao Governo e não sinaliza avanços nas negociações. Em entrevista à Antena 1 esta quarta-feira, o líder parlamentar comunista diz mesmo que o Executivo está a ser mais inflexível este ano, face a Orçamentos anteriores, assegura que o partido não está a fazer bluff ao ameaçar o voto contra e reforça a ideia de que não tem medo de eleições legislativas antecipadas.

Não temos uma abordagem diferente da que tivemos nem parece que exista maior exigência da nossa parte. Vemos é uma resistência do Governo que não se aproxima da abordagem que teve em anos anteriores“, disse João Oliveira, argumentando que é a “diferente situação” que o país vive que leva o PCP a apresentar uma longa lista de reivindicações, incluindo “o problema dos salários, das pensões, das creches gratuitas, da habitação”, entre outros.

Sobre a reunião com o Governo, o deputado comunista disse não querer “precipitar uma apreciação” sobre a atitude do Governo, admitindo apenas que foi uma oportunidade para abordar de “forma mais alargada” e com “profundidade” temas que “até agora não tinha sido possível abordar”. Entre estes temas deverá estar a legislação laboral e o Serviço Nacional de Saúde (SNS), por exemplo.

Contudo, ao mesmo tempo, João Oliveira confirma que “o Governo continua a não coincidir com o PCP sobre as soluções concretas” para o país, sinalizando que não houve aproximações. Nem mesmo a agenda para o trabalho digno e o estatuto do SNS, que vão a Conselho de Ministros esta quinta-feira, parece convencer os comunistas: “Se isso não significar compromissos concretos, serve de pouco”, disse João Oliveira, rejeitando “anúncios de intenções” e pedindo “compromissos diretos e claro” ao Governo, tanto “no imediato” como para o futuro.

E o PCP quer que isso aconteça já, não se mostrando disponível para avançar para a especialidade sem garantias: “O quadro em que estamos este ano torna muito difícil ponderar-se a perspetiva de haver uma especialidade do Orçamento se não houver um conjunto de respostas que nesta fase têm de ser dadas com toda a clareza“, explicou João Oliveira, notando que, na sua avaliação, em Orçamentos anteriores “havia alguma abertura inicial que permitia que essas dúvidas fossem esclarecidas na especialidade”. Mas agora “ou há uma clarificação por parte do Governo exatamente sobre o caminho que quer fazer ou é muito difícil que essa hipótese [viabilizar para a fase de especialidade] possa ser colocada”.

PCP não está a fazer “bluff” e não receia eleições antecipadas

O líder parlamentar do PCP reconheceu que “nunca tínhamos admitido essa possibilidade [de votar contra na generalidade]” e que isso resulta daquilo que consideram ser uma “desconsideração e secundarização dos problemas e respostas que o país precisa” por parte do Governo na proposta do OE 2022. “Não usamos as palavras sem pesar aquilo que queremos dizer”, acrescentou, assegurando que não há “bluff” uma vez que “não há ainda uma decisão tomada” sobre o sentido de voto.

Sobre a hipótese de eleições antecipadas perante o chumbo do Orçamento, João Oliveira não mostra preocupação. Não estamos a trabalhar para haver ou deixar de haver eleições e isso nem sequer influencia a nossa decisão”, disse, recusando uma ligação entre a derrota do PCP nas autárquicas e a atitude do partido nas negociações do Orçamento. A quem apela a entendimentos à esquerda por causa da ascensão da direita, o deputado responde que “o perigo da direita fica colocado se não houver resposta aos problemas do país”.

João Oliveira aproveitou esta discussão para mandar críticas ao Presidente da República e a alguns ministros. Tendo Marcelo Rebelo de Sousa colocado em cima da mesa a hipótese de dissolução do Parlamento, o comunista diz que essa foi uma “consideração precipitada” e que é algo “completamente alheio a esta discussão”, o que “descentrou o foco da discussão que estamos a fazer”.

Já sobre os ministros, criticou-os por estar “a fazer discursos sobre eleições em vez de estarem concentrados a procurar soluções para esses problemas”, o que é um “motivo de preocupação” adicional para o PCP. “As nossas propostas não exigem eleições nem as eleições resolvem as nossas propostas”, disse, rematando que “estaremos tanto mais longe de uma crise política quanto mais próximo estivermos da solução dos problemas do país”.

(Notícia atualizada às 11h25 com mais informação)

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Portugal com segunda taxa de inflação mais baixa da UE em setembro

No nono mês do ano, taxa de inflação subiu para os 3,4% na Zona Euro e 3,6% na União Europeia. Em Portugal fixou-se em 1,3%, apenas atrás de Malta.

A inflação, medida através do índice de preços do consumidor, subiu para 3,4% na Zona Euro e para 3,6% na União Europeia (UE) em setembro. Dados publicados esta quarta-feira pelo Eurostat mostram subidas ligeiras face ao mês anterior e aumentos acentuados face ao ano passado. Entre os vários Estados-membros, Portugal destacou-se ao observar a segunda taxa mais baixa: 1,3%.

A taxa de inflação homóloga da Zona Euro foi de 3,4% em setembro, acima dos 3% observados em agosto e bastante acima dos -0,3% observados em setembro do ano passado. Já na UE, a inflação anual foi de 3,6% em setembro face aos 3,2% em agosto e aos 0,3% do ano passado.

Evolução da taxa de inflação nos vários Estados-membros.Eurostat

Numa análise aos vários Estados-membros, Portugal destaca-se entre as taxas mais baixas em território europeu. De acordo com os dados do Eurostat, a inflação portuguesa manteve-se nos 1,3% em setembro, tal como em agosto, o que mostra uma aceleração face aos -0,8% do ano passado.

As taxas anuais mais baixas do índice de preços do consumidor registaram-se em Malta (0,7%), Portugal (1,3%) e Grécia (1,9%), enquanto as taxas mais elevadas observam-se na Estónia e Lituânia (ambas 6,4%) e Polónia (5,6%). Comparando com o mês de agosto, “a inflação anual caiu num Estado-membro [Bélgica], permaneceu estável num país [Portugal] e aumentou em 25”, diz o Eurostat.

Em setembro, o maior contributo para a taxa de inflação anual da Zona Euro veio da energia (+1,63 pontos percentuais), seguida dos serviços (+0,72 pontos percentuais), bens industriais não energéticos (+0,57 pontos percentuais) e alimentos, álcool e tabaco (+0,44 pontos percentuais).

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PE aprova Estratégia do Prado ao Prato com recomendações à Comissão Europeia

  • Lusa
  • 20 Outubro 2021

Os eurodeputados pedem à Comissão para redobrar os esforços para reforçar a posição dos agricultores na cadeia de abastecimento alimentar, nomeadamente através da adaptação das regras da concorrência.

O Parlamento Europeu (PE) aprovou esta quarta-feira a Estratégia do Prado ao Prato e recomendou à Comissão Europeia que reforce a posição dos agricultores na cadeia de abastecimento alimentar.

No relatório aprovado esta quarta-feira com 452 votos a favor, 170 votos contra e 76 abstenções, os eurodeputados avalizaram a Estratégia do Prado ao Prato, sublinhando a importância da produção de alimentos saudáveis, que respeite o bem-estar animal e que permita aos consumidores fazer escolhas mais saudáveis e sustentáveis, de modo a alcançar os objetivos do Pacto Ecológico Europeu em matéria de clima, biodiversidade, poluição zero e saúde pública.

Os eurodeputados apelam à Comissão para redobrar os esforços para reforçar a posição dos agricultores na cadeia de abastecimento alimentar, nomeadamente através da adaptação das regras da concorrência, para que estes possam obter uma parte equitativa do valor acrescentado dos alimentos produzidos de forma sustentável.

No relatório, o PE destaca ainda a necessidade de reforçar a sustentabilidade em cada etapa da cadeia de abastecimento alimentar e reafirma que todos – do agricultor ao consumidor – têm um papel a desempenhar.

O hemiciclo recomenda a redução do uso de pesticidas, o incentivo para uma alimentação mais saudável e a diminuição da emissão de gases com efeito de estufa no setor agrícola, entre outras.

Um dos votos contra foi do eurodeputado Álvaro Amaro (PSD) que defendeu que o relatório não deveria ter sido aprovado sem que houvesse uma apreciação prévia, objetiva e científica, do verdadeiro impacto da Estratégia no setor agrícola e nos preços dos produtos.

Segundo um comunicado do eurodeputado, os dados apresentados nos quatro estudos publicados, até à data, sobre esta Estratégia, apontam para “impactos verdadeiramente alarmantes, como, por exemplo, a redução da produção na Europa, uma forte subida dos preços dos produtos agrícolas e o aumento da dependência do estrangeiro para um grande número de produtos agrícolas”.

A Estratégia do Prado ao Prato foi apresentada pela Comissão Europeia em maio de 2020 e o executivo comunitário prepara uma série de propostas legislativas no seu âmbito.

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