Prémios Nobel começam a ser atribuídos hoje. Quais são as apostas para o laureado em Economia?

Não são conhecidos os nomeados para o Nobel mas vários tentam adivinhar quem será o vencedor. Os trabalhos mais citados este ano debruçam-se sobre empreendedorismo, tecnologia e crises financeiras.

Chegou a altura de distinguir as personalidades que mais se destacaram na Física, Química, Fisiologia ou Medicina, Literatura, Paz e Economia, com a atribuição dos prémios Nobel. O primeiro laureado a ser conhecido é o de Fisiologia ou Medicina e o último, daqui a uma semana, é o de Economia. Existem várias previsões sobre quem será o distinguido neste último prémio, nomeadamente figuras que se destacam no empreendedorismo ou no estudo sobre as crises financeiras.

O nome oficial desta distinção é o prémio Banco da Suécia de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel, sendo que foi a única categoria que não foi criada pelo próprio Nobel. Foi sim o banco central da Suécia o criador do prémio, em 1965. Apesar desta diferença, os vencedores são reconhecidos como laureados na mesma.

A lista de candidatos não é pública e os nomeados, apenas por convite, só são revelados 50 anos depois. Mas um dos indicadores que poderá ajudar a compor a lista de possíveis laureados é o Web of Science Group, da Clarivate Analytics. A empresa compila o número de citações da investigação dos economistas, para avaliar o reconhecimento destes entre os seus pares.

Este ano, são cinco os autores mais citados no campo da Economia. A lista arranca com dois professores dos Estados Unidos, que se destacam por investigações pioneiras sobre empreendedorismo, inovação e competição: David B. Audretsch, professor na Escola de Assuntos Públicos e Ambientais (SPEA, na sigla em inglês) da Universidade de Indiana, e David J. Teece, que nasceu na Nova Zelândia mas vive nos EUA, professor de Negócios Globais e diretor do Centro Tusher para a Gestão de Capital Intelectual na Escola de Negócios Walter A. Haas da Universidade da Califórnia.

A lista conta também com Joel Mokyr, Robert H. Strotz, professor de Artes e Ciências e de História e Economia na Universidade Northwestern, nos EUA. Este autor sobressai pelos estudos da história e cultura do progresso tecnológico, e as suas consequências para a economia.

Por último, encontram-se nomes que poderão ser mais familiares dos estudantes de Economia: Carmen M. Reinhart, professora de Sistema Internacional Financeiro na Harvard Kennedy School, e Kenneth S. Rogoff, professor de Economia e Políticas Públicas na Universidade de Harvard. Os especialistas foram escolhidos pelas contribuições para a macroeconomia internacional e pelas visões sobre dívida global e crises financeiras.

Existem ainda outros nomes que são alvo de especulação nas redes sociais e no meio. É o caso de Daron Acemoğlu, professor no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e um dos autores do livro “Porque Falham as Nações”, que já tinha sido também referenciado por algumas pessoas do meio no ano passado. Susan C. Athey, professora de Economia da Tecnologia na Stanford Graduate School of Business, está também nas previsões de alguns, tendo inclusivamente ganho um prémio em aplicações quantitativas inovadoras, que já conta com vencedores que acabaram por ganhar o Nobel.

Satoshi Nakamoto, o pseudónimo utilizado pelo criador da criptomoeda Bitcoin (que pode ser uma ou várias pessoas) é outro nome que circula, mas é uma escolha mais improvável, nomeadamente pela atual discussão dos bancos centrais sobre o tema. No processo para implementar esta moeda digital, Nakamoto também terá sido responsável por desenvolver o primeiro banco de dados de blockchain.

Há ainda quem sugira que o Nobel seja atribuído a um projeto, já que o prémio não tem obrigatoriamente de ir para um indivíduo. O banco de dados do projeto Maddison, por exemplo, disponibiliza informações sobre o crescimento económico comparativo e os níveis de renda no longo prazo em vários países, sendo que a versão do ano passado já cobria 169 países.

É no dia 11 de outubro que será conhecido o sucessor de Paul Milgrom e Robert Wilson, que venceram o Nobel da Economia no ano passado. Os vencedores foram escolhidos pelo estudo da teoria dos leilões e pela invenção de novos formatos de leilões.

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Milhões da Transição Justa só chegam a Sines e Matosinhos em 2022

António Costa disse que a "lição" à Galp passa por utilizar o Fundo de Transição Justa para proteger os trabalhadores da refinaria de Matosinhos. Mas ainda não há data certa para o dinheiro chegar.

As candidaturas portuguesas aos mais de 19 mil milhões do Fundo de Transição Justa, desenhado por Bruxelas para “aliviar os custos socioeconómicos e ajudar os territórios mais afetados pela transição para a neutralidade climática” na Europa, só vão avançar em 2022. Antes disso, é necessário ainda que o Governo desenhe o Portugal 2030 — o que deverá acontecer “até ao final do ano”, como já disse o ministro do Planeamento, Nelson de Souza.

Só depois de definidas as regras para o acesso ao Fundo de Transição Justa (no âmbito do Portugal 2030, tal como acontece com o Feder, o Fundo Social Europeu, o Fundo de Coesão) é que poderão ser abertos os concursos para que as entidades se possam candidatar às verbas disponíveis, apurou o ECO/Capital Verde.

O próximo passo agora é negociar com Bruxelas o Acordo de Parceria e, posteriormente, os respetivos Programas Operacionais. Um processo que já falhou a meta definida pelo próprio primeiro-ministro — final de setembro, como confirmou ao ECO o próprio ministro do Planeamento.

Portugal já tem definido o montante que lhe caberá no âmbito deste Fundo e para o país virão 204 milhões de euros que poderão ser aplicados em regiões como Sines, Matosinhos e Abrantes (entre outras), onde encerraram (e ainda vão encerrar) centrais a carvão e uma refinaria. Falta saber é quando.

Recentemente, o primeiro-ministro António Costa criticou a Galp pela forma como geriu o encerramento da refinaria de Matosinhos, prometendo dar uma “lição” à petrolífera por ser um “mau exemplo” da transição energética. Posteriormente, o chefe do Governo esclareceu que a dita “lição” passa por “utilizar o Fundo de Transição Justa para proteger os trabalhadores que ficaram no desemprego. No entanto, ainda não há qualquer data definida para o dinheiro chegar.

“Temos de fazer a transição energética, temos de trabalhar para a descarbonização da nossa economia, mas isso tem de ser feito com consciência social e com responsabilidade. É por isso que o Fundo de Transição Justa tem de ser ativado, para trabalharmos em conjunto com o município de Matosinhos para garantir que, em primeiro lugar, aqueles que perdem aqui o seu posto de trabalho têm novas oportunidades para prosseguirem com dignidade as suas vidas, tendo acesso a formação e apoio à criação ou obtenção de emprego”, disse António Costa

Do lado do Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC), fonte oficial esclarece que “o acesso ao Fundo para a Transição Justa está condicionado ao desenvolvimento e aprovação pela Comissão Europeia de Planos Territoriais”.

“Sem prejuízo do facto de o Regulamento do Fundo para a Transição Justa ter sido publicado em julho de 2021, Portugal avançou com a realização de estudos de base para a elaboração destes Planos Territoriais. Os estudos de base foram concluídos em agosto de 2021, cabendo às Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) desenvolver os respetivos planos”, salientou a mesma fonte.

Neste momento, diz o MAAC,não está ainda fechada” a distribuição das verbas (204 milhões) pelos vários territórios elegíveis em Portugal para serem apoiados pelo Fundo de Transição Justa. Depois de alocados, a gestão dos fundos no terreno será executada pelas CCDR, revela fonte do ministério.

“Entre as medidas elegíveis no âmbito do FTJ encontra-se medidas destinadas à qualificação e requalificação profissional dos trabalhadores, incluindo formação, medidas de apoio ao emprego mas também medidas destinadas à criação de novas empresas. As medidas específicas a serem aplicadas em cada território deverão constar dos Planos para a Transição Justa, cuja elaboração está a cargo das CCDR”, diz a mesma fonte em esclarecimentos ao ECO/Capital Verde.

No final de 2020, quando a Galp anunciou o fechou da refinaria de Matosinhos, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, garantiu que “o Fundo para a Transição Justa da UE tem como objetivo de acautelar o futuro destas pessoas”.

“Em boa hora o Governo português, quando confrontado com um valor de 200 milhões de euros que se destinava apenas às centrais e às regiões do carvão, como Sines, achou que devia alargar geograficamente o apoio, incluindo também as atividades de refinação”, disse.

De acordo com o Público, que cita o Ministério do Planeamento, além das três regiões identificadas como as mais afetadas, outras cinco áreas do país com emissões elevadas de gases com efeitos de estufa — Área Metropolitana de Lisboa, Aveiro, Coimbra, Leiria e outros restantes municípios do Grande Porto, além de Matosinhos — também foram adicionadas à lista. Isto significa que o mesmo envelope de 204 milhões poderá ser dividido por mais beneficiários.

O número de territórios que serão apoiados pela Transição Justa “depende agora da negociação com a Comissão Europeia”.

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Recuperação só permite aumentar pensões mais baixas em 2022

O acentuado recuo do PIB registado em 2020 deverá significar que, no próximo ano, as pensões mais baixas subirão somente em linha com a inflação. As demais arriscam ficar, novamente, congeladas.

Depois de um ano em que só cresceram por via de uma medida extraordinária prevista no Orçamento do Estado, as pensões mais baixas poderão voltar às subidas normais — isto é, baseadas na inflação –, já em 2022. As pensões intermédias e altas, por outro lado, arriscam voltar a ficar congeladas, uma vez que a variação do índice de preços no consumidor (IPC) não deverá ser suficientemente forte para ditar um reforço dessas prestações.

A legislação em vigor determina que, quando a média do crescimento real do Produto Interno Bruto, dos últimos dois anos, é inferior a 2%, as pensões mais baixas devem beneficiar de uma atualização somente em linha com a variação dos últimos 12 meses do IPC, sem habitação. Já as pensões intermédias (até cerca de 2.633 euros) devem ser atualizadas em linha com esse indicador, deduzido de 0,5 pontos percentuais. As pensões mais altas, por outro lado, devem crescer em linha com o IPC, deduzido de 0,75 pontos percentuais.

Ora, em 2020, o PIB português caiu, no conjunto do ano, 8,4% em resultado da crise pandémica e das restrições que a ela ficaram associadas. E para este ano, o Executivo de António Costa prevê um crescimento de 4%, tendo admitido, ainda assim, rever em alta essa estimativa. De todo o modo, a média do crescimento da economia nestes dois anos deverá ser negativa.

Perante este cenário, a evolução das pensões mais baixas corresponderá à variação dos últimos 12 meses do IPC, sem habitação, disponível a 30 de novembro deste ano. Este número não está, pois, ainda disponível, mas os dados de agosto já deixam perceber o que esperar. Nesse mês, a variação do indicador em causa foi de 0,43%. Se o INE der a conhecer, em novembro, um número semelhante, então as pensões mais modestas beneficiarão de um aumento normal em 2022 (igual ao da inflação). Em 2021, estas pensões beneficiaram de um aumento extraordinário, não tendo, contudo, sido atualizadas pela via normal.

Por outro lado, um número de IPC semelhante ao de agosto será sinónimo de um novo congelamento das pensões intermédias e altas, já que a dedução de 0,5 pontos e 0,75 pontos resultará numa variação negativa. Ou seja, a confirmarem-se esses dados, a recuperação da economia e a variação da inflação não terão sido suficientemente fortes para puxar também por estas pensões.

Em 2021, estas pensões ficaram igualmente estagnadas, face ao impacto da pandemia de coronavírus no PIB (cuja média dos últimos dois anos foi inferior a 2%) e no IPC (que acabou por ficar em “terreno negativo”). Também pela via extraordinária, nem o Governo, nem o Parlamento reforçaram estas prestações, o que significa que ficaram completamente inalteradas. A repetir-se o cenário em 2022, será o segundo ano de congelamento para as pensões intermédias. Já para as pensões mais altas será o terceiro ano de estagnação: desde 2020 que não sobem.

Por outro lado, o raciocínio que antecipa uma subida normal das pensões mais baixas sinaliza, de resto, que também o Indexante dos Apoios Sociais deverá aumentar (em linha com o IPC), em 2022, depois de dois anos (2020 e 2021) estacionado nos 438,81 euros. Essa atualização determinará, à boleia, o reforço de uma série de prestações, como o subsídio social de desemprego, os limites do subsídio de desemprego, o subsídio por morte e o patamar mínimo do subsídio por doença.

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Pinho, Morais Sarmento e Vitalino Canas nos Pandora Papers

  • Lusa
  • 4 Outubro 2021

A investigação do consórcio internacional de jornalistas revela mais de dois milhões de documentos e identifica três portugueses na lista.

A nova investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação identifica três políticos portugueses com “segredos financeiros”, políticos que o semanário Expresso diz serem Manuel Pinho, Nuno Morais Sarmento e Vitalino Canas. A nova investigação do consórcio (ICIJ, na sigla em inglês), chamada “Pandora Papers”, põe a descoberto os “segredos financeiros” de 35 líderes mundiais (atuais e antigos) e de mais de 330 políticos e funcionários públicos, de 91 países e territórios, entre os quais Portugal.

Segundo o jornal Expresso, que faz parte do consórcio, os três portugueses envolvidos (número que pode ser confirmado no mapa disponível aqui) são os antigos ministros Manuel Pinho (PS) e Nuno Morais Sarmento (PSD) e o antigo deputado socialista Vitalino Canas.

A pesquisa efetuada pelo Expresso revela que Nuno Morais Sarmento, atualmente vice-presidente do PSD, foi o beneficiário de uma companhia offshore registada nas Ilhas Virgens Britânicas que serviu para comprar uma escola de mergulho e um hotel em Moçambique; Vitalino Canas teve uma procuração passada para atuar em nome de uma companhia, também registada nas Ilhas Virgens Britânicas, para abrir contas em Macau; e Manuel Pinho era o beneficiário de três companhias offshore e transferiu o seu dinheiro para uma delas quando quis comprar um apartamento em Nova Iorque.

Nuno Morais Sarmento, advogado, foi ministro nos governos de Durão Barroso e Santana Lopes; Vitalino Canas, advogado, foi deputado socialista entre 2002 e 2019, secretário de Estado nos governos de António Guterres e porta-voz do PS durante a liderança de José Sócrates; e Manuel Pinho, economista que foi administrador do BES, foi ministro da Economia entre 2005 e 2009, no governo de Sócrates, sendo atualmente professor na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.

A Lusa tentou contactar Manuel Pinho e Nuno Morais Sarmento, mas tal não foi possível até ao momento. Já Vitalino Canas disse que prestou esclarecimentos ao Expresso, não tendo mais nada a acrescentar.

Os três portugueses na lista dos Pandora Papers prestaram esclarecimentos ao Expresso. Morais Sarmento justifica o acesso a uma companhia offshore com as “limitações” aos estrangeiros existentes na altura em Moçambique, Manuel Pinho diz não ter “nenhum rendimento por declarar às autoridades fiscais seja de onde for” e Vitalino Canas assegura que o caso referido se insere na prática de advocacia “nos termos da lei portuguesa”.

No mapa da investigação do ICIJ, surgem identificados outros 19 políticos lusófonos, nove em Angola, nove no Brasil e um em Moçambique.

O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação publicou hoje um novo trabalho no qual revela que 14 líderes mundiais no ativo esconderam fortunas de milhares de milhões de dólares para não pagarem impostos.

A este número juntam-se 21 líderes que já não estão no poder e que também ocultaram propriedades e rendimentos.

Entre os nomes referidos na investigação estão o rei Abdallah II da Jordânia, os Presidentes de Ucrânia, Quénia e Equador, o primeiro-ministro da República Checa e mais de 130 bilionários (mencionados pela revista Forbes) de países como Rússia, Estados Unidos e Turquia, bem como celebridades, líderes religiosos, membros de famílias reais ou traficantes de droga e bandidos profissionais.

A investigação revela “os mecanismos interiores de uma economia subterrânea que beneficia os mais ricos e influentes, à custa de todos os outros”.

A Investigação denuncia que “muitos dos poderosos agentes que podiam ajudar a acabar com o sistema de paraísos fiscais estão, ao contrário, a beneficiar dele – escondendo ativos em companhias e fundos de fachada, enquanto os seus governos pouco fazem para abrandar o fluxo global de dinheiro ilícito que enriquece criminosos e empobrece nações”.

O ICIJ –- que em 2016 publicou os “Panama Papers”, sobre paraísos financeiros — diz ter baseado esta nova investigação numa “fuga sem precedentes”, envolvendo cerca de dois milhões de documentos, trabalhados por 600 jornalistas, a “maior parceria da história do jornalismo”.

Jornalistas, tecnologia e tempo foi o trio necessário para analisar os milhões de documentos, durante mais de um ano.

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Empresas portuguesas, espanholas e francesas abrem guerra às seguradoras

  • ECO Seguros
  • 3 Outubro 2021

Inquéritos recentes mostram inquietação de gestores de risco em Espanha e França. Empresas portuguesas, como Efacec e Jerónimo Martins, também apontam dureza e insuficiências da oferta seguradora.

Mais de uma dezena de grupos empresariais espanhóis, sete dos quais cotados em bolsa, integram um grupo de trabalho criado para analisar e encontrar saídas para o que consideram ser uma falta de soluções e inexistência de respostas adequadas no mercado segurador.

Queixam-se de não encontrar, nem em Espanha nem no mercado internacional, as coberturas de seguros de que necessitam. Além disso, afirmam em uníssono: os preços dos seguros estão subir muito. As críticas são igualmente assumidas por responsáveis de empresas portuguesas.

Em Espanha, o descontentamento é encabeçado pela Agers e Igrea, e inclui entre outras empresas, banco Santander, Telefónica, Repsol, Naturgy, Red Eléctrica, Ferrovial e ArcelorMittal todas cotadas no mercado acionista, mais Cepsa, El Corte Inglés, Gamesa, Sacyr e o grupo San José. Segundo noticiou o jornal Expansión estas empresas tiveram uma reunião para constituir um grupo de trabalho e traçar “uma estratégia comum” para lidar com o que designam “endurecimento excessivo do ambiente de mercado (hardening, na gíria de seguros), com aumentos indiscriminados de preços e restrições de cobertura e capacidade,” cita o portal Aseguranza afirmando que o movimento é encabeçado por associações de gestores de risco (Agers e Igrea).

Em comunicado conjunto, a Asociación Española de Gerencia de Riesgos y Seguros (Agers) e a Iniciativa de Gerentes de Riesgo Españoles e Associados (Igrea), confirmam ter tomado a liderança da iniciativa e afirmam que o grupo de trabalho (já formado) assume missão de responder às inquietações dos empresários. Querem assim, iniciar um diálogo, com autoridades e organismo regulador, para analisar os inconvenientes apontados e resolvê-los através de soluções possíveis, incluindo recurso a companhias cativas ou outras.

Alicia Soler (diretora executiva da Agers) e Javier Navas (diretor e presidente da Igrea) prestarão apoio técnico e logístico ao grupo de trabalho para que consigam coordenação adequada às diligências, nomeadamente a realização de painéis de colaboração entre seguradoras, corretoras, gestores independentes de companhias cativas (seguradoras criadas no interior das organizações para a transferência dos seus próprios riscos), peritos em fiscalidade, finanças e legalidade, e com o próprio regulador (DGSFP), Direção Geral de Seguros e Pensões, que funciona sob tutela do Ministério Espanhol da Economia e Finanças.

Gestores portugueses desferem críticas aos seguros

O descontentamento parece ganhar uma dimensão ibérica. A insatisfação ficou documentada num inquérito da série Risk Frontiers Europe, com saldo de opiniões recolhidas junto de empresas em diversos setores que se deparam com dificuldades acrescidas para contratar coberturas D&O, seguros gerais e coberturas cyber. Além de queixas de endurecimento nos preços (na renovação de seguros), referem-se restrições de capacidade e omissão de determinadas coberturas (como vandalismo) que, dizem, anteriormente eram fáceis de incluir nas apólices de propriedade e danos (P&C).

Numa notícia que alude ao inquérito, outros executivos (alguns de empresas portuguesas) atiram mais críticas ao mercado segurador. Citados na Commercial Risk online (artigo em inglês, acesso gratuito), Luís Campilho, responsável financeiro da Efacec, Jorge Neto, responsável da área de seguros no grupo Jerónimo Martins juntam-se a Lourdes Freiría, assessora da Igrea e diretora de risco e seguros na construtora SanJosé num rol de críticas sobre preços e dificuldades de contratação, incluindo certas coberturas necessárias em operações internacionais.

Perante uma problemática que parece agravar-se neste período de pós-pandemia, as empresas espanholas ponderam soluções como autosseguro (através de cativas), transferir os riscos para o balanço através de franquias nas apólices ou até transferir risco para o mercado asiático, acrescenta o portal Aseguranza.

França confirma cenário de endurecimento

O sentimento de preocupação é similar entre o empresariado francês. Um relatório acabado de publicar pela Amrae (Association pour le Management des Risques et des Assurances de l’Entreprise), entidade que junta 1500 membros, representando mais de 750 organizações públicas e privadas, confirma a realidade de subida tarifária, agravado por aumento das franquias e restrição nas extensões das coberturas de seguros.

O relatório État du Marché & Perspectives 2022 – Assurances des Entreprises dá testemunho de pressão crescente no mercado de seguros de propriedade e danos. A principal conclusão do estudo indica que 90%, de uma amostra composta por 65 empresas participantes no inquérito da Amrae, declara confrontar-se com aumento de preços nos seguros. O incremento tarifário continua tendência altista vinda de 2019 e 2020, nota o estudo realizado em colaboração com as corretoras Marsh, Aon, Diot, Siaci Saint Honoré e Verlingue.

As grandes empresas perspetivam que, em 2022, os prémios dos seus seguros (P&C) terão agravamento de 10% a 50%. Nos casos mais sensíveis – regiões mais expostas a eventos catastróficos, atividades em que se evidencie uma deriva da sinistralidade – o aumento de preços poderá situar-se entre 70% e 80%, consoante a graduação dos riscos. O acesso a coberturas contra ciberataques, por exemplo, está a tornar-se particularmente complicado.

Pela primeira vez em cerca de 20 anos, todos seguros “vão aumentar em todas as seguradoras”, pressionando as margens de negócio de muitas empresas, adverte Léopold Larios de Piña, vice-presidente da Amrae.

Numa referência às conclusões do relatório, o jornal Le Figaro afirma que, com a aproximação da campanha de renovação dos contratos de seguro, as empresas vão confrontar-se com aumentos vertiginosos nos preços dos seguros.

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Consórcio internacional de Jornalistas revela os Pandora Papers. E há três portugueses na lista

  • ECO e Lusa
  • 3 Outubro 2021

O consórcio internacional de jornalistas revela os Pandora Papers, com milhões de ficheiros sobre offshores controlados por líderes políticos. E há três portugueses na lista, revela o Expresso.

Depois dos Panama Papers, o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) revela os Pandora Papers. O consórcio revela um cojunto de 11,9 milhões de ficheiros confidenciais sobre offshore ligadas a 35 atuais e antigos líderes políticos, com Presidentes e primeiro-ministros, e funcionários públicos em mais de 90 países. A lista é longa e, segundo revela o Expresso, jornal que integra o consórcio internacional, também tem três portugueses: O vice-presidente do PSD, Nuno Morais Sarmento, o socialista Vitalino Canas e o ex-ministro Manuel Pinho.

O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação publicou um novo trabalho no qual revela que 14 líderes mundiais no ativo esconderam fortunas de milhares de milhões de dólares para não pagarem impostos. A este número juntam-se ainda 21 líderes que já não estão no poder e que também ocultaram propriedades e rendimentos.

A nova investigação do consórcio (ICIJ, na sigla em inglês) põe a descoberto os segredos financeiros daqueles 35 líderes mundiais (atuais e antigos) e de mais de 330 políticos e funcionários públicos, de 91 países e territórios, entre os quais Portugal.

Assim, segundo o jornal Expresso, que faz parte do consórcio, há três portugueses envolvidos: os antigos ministros Nuno Morais Sarmento e Manuel Pinho e o advogado e antigo deputado socialista Vitalino Canas.

Entre os nomes referidos na investigação, estão o rei Abdallah II da Jordânia, o primeiro-ministro da República Checa, Andrej Babis, e o Presidente do Equador, Guillermo Lasso, revela a investigação, publicada em órgãos de informação como The Washington Post, BBC e The Guardian.

A investigação revela ainda novos detalhes sobre importantes doadores estrangeiros do Partido Conservador do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e detalha atividades financeiras questionáveis do “ministro oficioso de propaganda” do Presidente russo, Vladimir Putin.

O círculo próximo do primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, é denunciado por ter escondido milhões de dólares em empresas e entidades externas.

Também o Presidente queniano, Uhuru Kenyatta, e seis membros da sua família são denunciados por deterem, em segredo, pelo menos 11 empresas no estrangeiro, uma das quais avaliada em 30 milhões de dólares.

O ICIJ diz ter baseado a sua investigação numa “fuga sem precedentes”, envolvendo cerca de dois milhões de documentos, trabalhados por 600 jornalistas, a “maior parceria da história do jornalismo”.

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ASF mantém setor segurador sob Riscos macroeconómicos em “nível Alto”

  • ECO Seguros
  • 3 Outubro 2021

Conjugando variáveis financeiras a 15 setembro, com dados das seguradoras a 30 junho, a Supervisão refere que os efeitos da pandemia e a reversão das medidas de apoio à economia justificam o alerta.

A Supervisão atualizou a ferramenta de avaliação dos riscos e vulnerabilidades que podem afetar a estabilidade financeira do setor segurador. Na edição de setembro do Painel de Riscos do Setor Segurador, a ASF considera que, no contexto macroeconómico, a melhoria da crise sanitária tem permitido a recuperação da atividade económica a nível doméstico e internacional, perspetivando-se a manutenção desta tendência de recuperação.

Não obstante, “persiste um clima de forte incerteza associada às consequências da pandemia, nomeadamente sobre a capacidade dos agentes económicos de suportar a gradual reversão das medidas de apoio, o que justifica a conservação da avaliação dos riscos macroeconómicos em nível alto,” explica a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.

O Painel de Riscos do setor segurador português, de publicação trimestral, é uma das ferramentas utilizadas pela ASF para a identificação e mensuração dos riscos e vulnerabilidades do setor na perspetiva da preservação da estabilidade financeira. Tendo por base um conjunto de indicadores, considera seis categorias de risco.

Avaliação dos Riscos

Fonte: “Painel de Riscos do Setor Segurador” – ASF, setembro 2021.

Na avaliação detalhada por classe de risco e quanto aos macroeconómicos – que em setembro se mantém em “nível Alto e tendência Constante” –, a ASF recorda o comportamento e evolução de alguns indicadores: pib do segundo trimestre em Portugal e na zona euro a recuperar a dois dígitos; evolução descendente da taxa de desemprego; dívida pública a roçar 134% em percentagem do pib; taxa de inflação em alta; ligeira subida, no início de setembro, das taxas de juro (operações de swap a 10 anos).

Relativamente aos riscos de crédito e de mercado, mantêm-se as preocupações quanto à “eventual revisão em alta dos prémios de risco implícitos nos títulos de dívida e à reversão abrupta dos preços nos mercados acionistas”, dada a perceção de desalinhamento entre a cotação dos ativos financeiros e os seus fundamentais económico-financeiros. Deste modo, ambas as categorias mantêm a sua avaliação como “médio-baixo e médio-alto, respetivamente”.

Em matéria de liquidez, destaca-se o ligeiro aumento do rácio de entradas sobre saídas, fixando-se em 94%, traduzindo uma recuperação de 12 p.p. para 68,2% no rácio apurado para as empresas de seguros a operar ramo Vida, enquanto o conjunto de operadores não-Vida manteve o rácio praticamente estabilizado nos 178%. Não obstante, observa o relatório, tendo sido impulsionado pela evolução do ramo Vida, o aumento do rácio “verifica-se após seis trimestres de decréscimos consecutivos, justificando-se assim a manutenção do nível de avaliação desta categoria de riscos em médio-baixo”.

Os restantes riscos, designadamente os riscos de interligações e de rendibilidade e solvabilidade, “mantêm as respetivas avaliações nos níveis médio-alto e médio-baixo, respetivamente, com tendência constante”.

Segundo detalha o relatório da Supervisão, “a solvabilidade do setor segurador nacional evoluiu favoravelmente no segundo trimestre de 2021, com o rácio global de solvência a registar um valor de 211%, mais 19 pontos percentuais que no trimestre anterior.

O nível de rendibilidade movimentou-se no mesmo sentido, com melhorias dos resultados técnicos tanto no ramo Vida – com o aumento homólogo de 136,2% a ser muito influenciado por duas empresas de grande dimensão –, como nos ramos Não Vida – com um incremento de 8,7% face o semestre homólogo. “Estas evoluções contribuíram para um aumento homólogo do resultado líquido global do setor segurador nacional em 58,5%,” recorda.

Na categoria de riscos específicos de seguros Vida, destaca-se o aumento abrupto da produção, que reflete o crescimento nos seguros de vida ligados, em resultado da reorientação da estratégia de negócio por parte de alguns operadores de relevo, evidenciando uma clara aposta neste tipo de produtos. Paralelamente, “persistem vulnerabilidades decorrentes do ambiente de baixas taxas de juro, que condicionam a atratividade da rendibilidade oferecida nos novos produtos”.

Nos riscos específicos de ramos Não Vida, a normalização progressiva da situação pandémica, assim como a incerteza sobre a recuperação económica e social no pós-pandemia, suscitam preocupações quanto à sustentabilidade da produção face a eventuais aumentos da sinistralidade. Assim, “justifica-se a manutenção de ambas as categorias de riscos em médio-alto,” lê-se no relatório.

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📹Quem são os foragidos portugueses à Justiça? Perguntou ao google, nós respondemos

João Rendeiro não vai regressar a Portugal para cumprir as penas de prisão a que foi condenado. Recorde outros episódios de fuga às autoridades que ficaram na história da Justiça portuguesa.

Lembra-se do caso de Vale e Azevedo? Ou de Fátima Felgueiras? João Rendeiro junta-se a eles no grupo de foragidos à Justiça portugueses. Relembre alguns nomes e casos no vídeo:

http://videos.sapo.pt/L82anBb4Quzz65oBb3Em

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Merkel exorta partidos ao diálogo após as eleições na Alemanha

  • Lusa
  • 3 Outubro 2021

"É preciso ouvirmos a opinião uns dos outros e dialogar", disse Angela Merkel, deixando um apelo implícito aos partidos políticos alemães para ultrapassarem as divisões após as eleições.

Angela Merkel lançou, este domingo, um apelo implícito aos partidos políticos alemães para ultrapassarem as divisões após as eleições, quando estão em curso negociações, que podem ser difíceis, para formar governo.

Devemos continuar a construir o nosso país. Podemos discutir a forma como fazer isso no futuro, mas sabemos que temos a solução e que é preciso ouvirmos a opinião uns dos outros e dialogar“, disse Merkel, num discurso para assinalar a reunificação alemã em 1990.

“Temos as nossas diferenças, mas também temos coisas em comum. Devemos estar prontos a conhecer os outros (…) e a ter a capacidade de lidar com as diferenças“, afirmou a ainda chanceler, acrescentando que “essa é a lição de 31 anos de unidade alemã”.

Estas são as primeiras declarações de Merkel em relação ao resultado das eleições de domingo passado e à situação política atual. Foram feitas quando começam as negociações exploratórias entre partidos políticos para tentar formar um novo governo, um processo que se adivinha complicado.

Na sequência das legislativas, provavelmente será necessária uma aliança de três partidos com programas muito diferentes para formar a maioria, o que suscita receios de instabilidade política.

A opção que é considerada atualmente a mais provável é uma coligação entre o Partido Social-Democrata (SPD), que conseguiu uma ligeira vantagem nas urnas, os ecologistas e o partido liberal (direita). A força de centro-direita a que Merkel pertence, a União Democrata-Cristã (CDU), tenta paralelamente aliar-se também aos Verdes e aos liberais.

Nesta intervenção, que pode ser o último grande discurso que faz antes de se afastar da política, a chanceler fez ainda um apelo à defesa da democracia. “Às vezes damos por certas, com muita ligeireza, as aquisições democráticas, como se não houvesse mais nada a fazer” para as defender, apontou. “Mas, atualmente assistimos a um número crescente de ataques”, considerou, citando as agressões a minorias religiosas ou étnicas e também tentativas “demagógicas de espalhar sem escrúpulos nem vergonha o ódio e o ressentimento”.

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Tesla entrega número recorde de veículos

  • ECO
  • 3 Outubro 2021

A fabricante automóvel liderada por Elon Musk produziu perto de 238 mil veículos e entregou mais de 241 mil veículos, no terceiro trimestre do ano.

Entre julho e setembro, a Tesla entregou mais de 241 mil veículos, um número recorde e que supera as projeções dos analistas. Isto numa altura em que as demais fabricantes automóveis têm registados quebras nas vendas nos Estados Unidos, em resultado da escassez mundial de chips.

De acordo com o TechCrunch (acesso livre, conteúdo em inglês), que cita os dados divulgados pela empresa de Elon Musk este sábado, a maioria dos veículos entregues pela Tesla (isto é, cerca de 96%) dizem respeito aos novos modelos 3 e Y. Além destes, foram entregues 9.275 mil veículos dos modelos S e X, os mais caros desta fabricante.

Face ao segundo trimestre do ano, há a notar um crescimento de 20% das entregas , enquanto em termos homólogos o salto registado entre julho e setembro foi de 73%. A par da subida das entregas, também a produção aumentou. No terceiro trimestre de 2021, a Tesla fabricou 237.823 veículos, um número recorde para a empresa.

É importante explicar que este desempenho da Tesla constrasta com a evolução que está a ser registada pela demais fabricantes automóveis. Por exemplo, a GM anunciou, na sexta-feira, que vendeu 446.997 veículos nos Estados Unidos, no trimestre em questão, menos 33% face ao mesmo período do ano passado. A explicar esta quebra está a crise dos chips, que tem sido sentida a nível global, mas a escassez dos materiais necessários para as baterias dos automóveis elétricos.

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NTT Data lança nova plataforma global para ramo Vida

  • ECO Seguros
  • 3 Outubro 2021

A companhia afirma que a plataforma vai alavancar a experiência na gestão de mais de 7 milhões de apólices com as melhores parcerias e tecnologia do segmento.

A Plataforma Global Digital de Seguros (GIDP), o mais recente lançamento da NTT DATA, surge como uma plataforma “totalmente digital baseada em cloud e nos ecossistemas de parceiros, que oferece consultoria de ponta, parcerias, Business Process as a Servive (BPaaS), gestão de terceiros, e tecnologia para o ramo Vida”.

Para além da integração de parceiros, a GIDP “permite lançar rapidamente novos produtos, utilizar dados de forma proactiva, reduzir custos operacionais, mitigar riscos e manter a competitividade”, realça a tecnológica líder global em serviços de TI e digital.

“O novo mundo virtualizado forçou um modelo de operação digital nas seguradoras de vida (…).”A pandemia acelerou a adoção digital e as plataformas que ligam um ecossistema de sistemas de administração central, gestão de sinistros, automatização (…) ajudam as seguradoras a alavancar os seus investimentos e a chegar mais rapidamente ao mercado,” disse Keith Raymond, Senior Analyst na Celent.

A abordagem por componentes da GIDP “conecta-se perfeitamente através de APIs baseadas em eventos e é construída sobre um profundo conhecimento da indústria”, BPO, infraestrutura, segurança, conformidade e automatização. A GIDP “promove a digitalização de processos empresariais, melhora a tomada de decisões com base em dados e proporciona inovação de produtos,” reforça a tecnológica de origem nipónica.

Bruno Abril, Partner NTT DATA EMEAL Insurance, explica que a nova plataforma resulta de “três anos de colaboração com outras empresas NTT DATA a nível mundial. (…), este esforço conjunto oferece-nos a maturidade e liderança noutras regiões, quer para EMEA como para a LATAM. A GIDP vem melhorar as nossas capacidades BPaaS/BPO e oferecer aos nossos clientes de seguros do ramo vida uma proposta de valor única, que lhes vai permitir enfrentar desafios críticos, tais como taxas de juro baixas, aumento da regulamentação, pressões de custos, evolução das exigências dos clientes ou riscos de segurança.”

Apesar de global, a GIDP “permite oferecer uma solução altamente personalizável e regional, específica para as necessidades particulares, de forma a ajudar cada cliente a acelerar a sua jornada de transformação digital e a melhorar a experiência do utilizador final,” explica a companhia acrescentando que foi desenvolvida para responder às necessidades do ramo Vida:

  • Business Process as a Service (BPaaS) – Escalável com os nossos processos de TPA/BPO para fornecer serviços de processos empresariais end-to-end ou funções específicas baseadas na cloud.
  • Data, Analytics & AI – Suporte para a conformidade regulamentar, análise de distribuição, processos orientados por dados, processamento direto, interação hiperpersonalizada com o cliente, e subscrição.
  • Modernização do núcleo digital — Lançar e expandir novas plataformas e ecossistemas com contenção de custos, eficiência, e racionalização simplificada de aplicações.
  • Envolvimento do Cliente Digital — Alinhar a operadora com os distribuidores, incluindo portal e canais móveis, e utilizar as perceções do cliente.
  • Novos Negócios e Lançamento Rápido de Produtos — Testar e aprender com novos produtos, canais de distribuição e novos mercados.
  • Blocos Não Estratégicos (Fechados) — Obter acesso imediato ao capital, balanços sem riscos, e uma redução dos custos operacionais.

“Estamos numa Era de empresas interligadas”, assinalou Masahiro Kashibe, Global Insurance Alignment Lead na NTT DATA Corporation. “A Plataforma Global da NTT DATA reúne as melhores parcerias do momento para apoiar os nossos clientes na aceleração da sua transformação digital, maximização da análise de dados e na otimização de processos, custos, inovação e aumento do envolvimento dos clientes,” acrescentou.

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Real Vida distinguida com Melhor Fundo de Pensões Aberto

  • ECO Seguros
  • 3 Outubro 2021

A seguradora associa a distinção a anos de experiência e conhecimento do mercado, bem como a elevados critérios de rigor, competitividade e personalização.

O Real Reforma Garantida, um fundo de pensões gerido e comercializado pela Real Vida Seguros, recebeu o prémio de Melhor Fundo de Pensões Aberto com ISRR 3* (Indicador Sintético de Risco e Remuneração nível 3).

A distinção, explica a seguradora em comunicado, “teve por base a consistência dos resultados alcançados, a rentabilidade obtida, bem como o risco associado durante o ano de 2020″. Além dos melhores Fundos de Pensões Abertos, foram também destacados os melhores Fundos de Investimento Mobiliário e Fundos de Investimento Imobiliário.

A Real Vida Seguros associa o facto de ser repetente nestas distinções “a anos de experiência e conhecimento do mercado, bem como a elevados critérios de rigor, competitividade e personalização”.

Esta é já a 2a distinção consecutiva atribuída ao Real Reforma Garantida no âmbito dos “Prémios Jornal de Negócios / APFIPP”, que já no ano passado tinha recebido o prémio de Melhor Fundo de Pensões Aberto IRSS 2, acrescenta a nota à imprensa.

Enquanto Sociedade Gestora de fundos de pensões, a Real Vida Seguros gere e comercializa fundos para particulares, empresas, organizações socioprofissionais e outros institucionais.

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