Wall Street no vermelho apesar de dados positivos das vendas a retalho

Bolsas de Nova Iorque encerraram em terreno negativo, apesar dos dados das vendas a retalho, que foram positivos.

Os principais índices de Wall Street encerraram sem uma tendência definida, no dia em que foram conhecidos os dados das vendas a retalho nos Estados Unidos. O setor industrial acabou por ser beneficiado ao longo do dia, mas acabou com perdas, enquanto o tecnológico conseguiu manter-se em terreno positivo.

O S&P 500 desvalorizou 0,12 para 4.476,25 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones que desvalorizou 0,18%, para 34.751,12 pontos. A contrariar esta tendência esteve o tecnológico Nasdaq a subir 0,13% para 15.181,9 pontos.

Este desempenho em Nova Iorque acontece depois de terem sido conhecidos os dados das vendas a retalho em agosto. Segundo o Departamento de Comércio, houve um aumento de 0,7% das vendas, anunciando uma tendência positiva dos gastos do consumidor.

“O consumo nos EUA não está a desacelerar tão rapidamente quanto aparentava há um mês, apesar dos estímulos mais fracos. Além disso, a variante Delta não afetou muito as indústrias que alimentam as vendas a retalho”, diz Chris Low, economista-chefe da FHN Financial, citado pela Reuters. “A economia continuou a funcionar bem em agosto”, acrescenta.

Dados publicados ontem também mostraram que o índice de preços do consumidor está a diminuir, indicando que a inflação provavelmente terá atingido um pico. Além disso, o mercado de ações tem lutado para manter os recordes atingidos no início de agosto devido às preocupações de que a recuperação económica possa perder força no final do ano, diz a Reuters.

Enquanto isso, o mercado de trabalho continua sob pressão, depois de os dados divulgados esta quinta-feira mostrarem que os pedidos iniciais de subsídio de desemprego foram um pouco superiores ao esperado.

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Cabo Verde: pandemia de Covid-19 penaliza lucros dos Seguros

  • Lusa
  • 16 Setembro 2021

O mercado segurador em Cabo Verde registou lucros de quase 551 milhões de escudos (cinco milhões de euros) em 2020, menos de 2,7% face a 2019, devido à pandemia.

A contração da rendibilidade do setor refletiu principalmente a diminuição da produção provocada pela pandemia da covid-19. No conjunto dos ramos Não Vida, com a exceção do Seguro Caução, a generalidade dos seguros registou uma diminuição dos prémios brutos”, lê-se num relatório de estabilidade financeira de 2020, libertado este mês pelo Banco de Cabo Verde (BCV)

O setor, dominado por duas seguradoras nacionais, tinha registado um lucro histórico de 565 milhões de escudos (5,1 milhões de euros) em 2019, um aumento de quase 14% face ao ano anterior (2018).

O mesmo relatório do banco central refere que no final de 2020, o total da carteira de ativo das empresas de seguros cresceu 9,2% face a 2019, atingindo os 6.000 milhões de escudos (54,2 milhões de euros).

Acrescenta que o património próprio do conjunto das empresas de seguros em Cabo Verde atingiu no final do ano passado 3.700 milhões de escudos (33,5 milhões de euros) e o montante mínimo da margem de solvência a constituir (para a cobertura de desvios) fixou-se em 816,1 milhões de escudos (7,3 milhões de euros).

O rácio de solvência excedeu em quatro vezes o valor mínimo exigido, atestando o reforço do nível de solvência das empresas de seguros”, reconhece ainda o documento do BCV. Esse rácio chegou no final de 2020 a 450,6%, quando em dezembro de 2019 era de 364,9%.

O relatório alerta ainda que os riscos do setor segurador relacionados com a evolução macroeconómica “permaneceram elevados, em decorrência da crise pandémica, manifestando-se na redução da rendibilidade, decorrente da queda da produção e do volume de prémios arrecadados, não obstante a liquidez e a solvência do setor se manterem em patamares confortáveis”.

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MetLife reconhecida por práticas de trabalho inclusivo

  • ECO Seguros
  • 16 Setembro 2021

Em Portugal, para responder aos desafios da pandemia, a seguradora introduziu iniciativas para agilizar o trabalho dos seus trabalhadores, especialmente os que são pais.

A MetLife foi incluída no Índice Anual de Inclusão Seramount da Working Mothers pelas suas práticas inclusivas nas áreas de promoção de talentos entre grupos historicamente sub-representados, responsabilidade de liderança, e diversidade demográfica para mulheres e minorias raciais/étnicas. Menos de 25% das empresas que se candidataram ao Índice Anual de Inclusão Seramount, foram nomeadas para a lista cada vez mais competitiva, assinala a seguradora num comunicado.

Em Portugal a MetLife introduziu várias iniciativas para agilizar o trabalho dos seus trabalhadores, especialmente os que são pais, de forma a responder aos desafios causados pela pandemia, entre os quais a “atribuição de regalias dentro do foro do teletrabalho, flexibilidade horária, estacionamento para mulheres grávidas e apoio para campos de férias”.

Oscar Herencia, diretor geral da MetLife na Ibéria e vice-presidente para o Sul da Europa, mostra satisfação pelo reconhecimento que “comprova os esforços realizados pela MetLife na promoção de um local de trabalho inclusivo onde se assegura uma cultura e ambiente de pertença, no qual todos os trabalhadores podem desenvolver as suas capacidades e crescer profissionalmente com oportunidades para todos, independentemente do seu género, etnia ou background. É este o nosso espírito e os nossos valores, e é por isso que 50% do nosso Comité de Direção na Ibéria é representado por mulheres”.

A Seramount, anteriormente conhecida como Working Mother Media, é uma empresa de serviços estratégicos dedicada ao avanço da diversidade, equidade e inclusão (DEI) no local de trabalho. Para avaliar a MetLife na inclusão neste Índice, foram consideradas políticas, programas e práticas da empresa centradas na DEI, incluindo:

  • A Inclusão Começa Comigo“, o compromisso da MetLife com a ação que expande a compreensão dos empregados de si próprios, do seu trabalho e do mundo através de conversas significativas e recursos de aprendizagem que demonstram como cada trabalhador tem um papel a desempenhar na promoção de uma cultura inclusiva.
  • Um Conselho Global de Diversidade, Equidade e Inclusão, composto por vários líderes e presidido pelo Presidente e CEO da MetLife Michel Khalaf, que se concentra na condução da estratégia DEI da empresa nos seus negócios, funções e regiões.
  • EXCELERATE, um programa de gestão de talentos conduzido pelo CEO e vários líderes para ajudar a acelerar o desenvolvimento e progressão do alto desempenho da liderança de mulheres e talentos etnicamente e racialmente diversos ao nível de vice-presidente assistente a oficial.

“Vamos continuar a procurar ser melhores para investir nos nossos talentos e proporcionar as melhores condições aos nossos trabalhadores,” acrescentou o vice-presidente regional da companhia.

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Chefe da diplomacia holandesa demite-se devido a gestão da retirada de civis do Afeganistão

  • Lusa
  • 16 Setembro 2021

Sigrid Kaag reconheceu a resposta lenta ou confusa do Governo aos alertas sobre a situação no Afeganistão, que impediu a retirada de alguns funcionários locais.

A ministra dos Negócios Estrangeiros holandesa, Sigrid Kaag, demitiu-se esta quinta-feira, após a aprovação de uma moção de censura ao seu Governo devido à forma como geriu a retirada de civis do Afeganistão quando os talibãs tomaram o poder.

Num debate parlamentar realizado na quarta-feira à noite, Kaag reconheceu que a resposta lenta ou confusa do Governo aos alertas sobre a situação no Afeganistão teve como consequência que alguns funcionários locais e pessoas que trabalharam como intérpretes para as tropas holandesas no país não foram de lá retirados.

Depois de a câmara baixa do parlamento ter esta quinta-feira aprovado a moção de censura, a ministra de imediato declarou que apresentava a demissão, afirmando que o parlamento decidira “que o executivo agiu irresponsavelmente”.

“Só me resta aceitar as consequências desta avaliação, como a ministra com a responsabilidade final”, acrescentou.

Sigrid Kaag ocupou o cargo de chefe da diplomacia num Governo interino holandês em exercício enquanto decorrerem as negociações para formar uma nova coligação de Governo, após as eleições gerais realizadas em março na Holanda.

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Grupo Ageas arranca campanha institucional em TV e canais digitais

  • ECO Seguros
  • 16 Setembro 2021

Além de Mário Coelho, vencedor do Prémio Revelação Ageas Teatro D. Maria II, os colaboradores do Grupo também foram desafiados a revelarem o que dá cor às suas vidas.

A Ageas Portugal preparou uma campanha para “expressar os valores e a atuação” do Grupo, no presente e no futuro, em diversas áreas como a proteção, cultura, tecnologia, inovação, sustentabilidade, diversidade e inclusão, desafiando os portugueses a viverem, todas as cores, de todas as maneiras,” avança um comunicado. A nova campanha de comunicação, sob o lema “Vive a Tua Cor”, arranca a 17 de setembro em televisão (TV) e nos canais digitais.

“É com grande satisfação e orgulho que lançamos a primeira Campanha Institucional do Grupo Ageas Portugal. Hoje somos um Grupo forte, diversificado ao nível do negócio e das marcas, somos inovadores, disruptivos, relevantes para a sociedade e marcamos pela diferença. Tudo isto é percetível na nova campanha, que é marcada pela cor, a celebração da individualidade, o sonho, a ambição, e também uma comunicação mais inclusiva. Com esta campanha, queremos celebrar quem somos hoje e olhar com otimismo e confiança para o amanhã: porque juntos – marcas do Grupo, Colaboradores e Parceiros –, vamos continuar a construir um futuro melhor para todos”, comenta Inês Simões, Diretora de Comunicação Corporativa e Marca do Grupo Ageas Portugal.

Juntos por um Futuro Melhor…, porque a vida não tem de ser cinzenta!,” diz Mário Coelho, vencedor da 2.ª edição do Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II e protagonista da nova campanha do Grupo Ageas Portugal.

Os colaboradores do Grupo são, também, os protagonistas da campanha, tendo sido desafiados a revelarem o que dá cor às suas vidas: A Andreia faz crossfit, krav maga, meditação e comida saudável. Já o Luís é triatleta. O Jorge adora animais de estimação e a Dalila não esconde o seu gosto por carros de coleção. Enquanto isso, a Fátima faz trekking, a Susana cuida de plantas e o Nuno faz música. “Fruto de um casting interno, os selecionados prometem inspirar a ver o mundo de todas as cores”.

Colaboradores do Grupo Ageas são também as caras da campanha.

De forma totalmente incorporada na sua atividade – seguros e serviços que permitem melhor proteger os seus Clientes e a Sociedade -, o Grupo “tem na base da sua postura e valores a inclusão”. É esta inclusão que leva a organização, “todos os dias, a trabalhar em prol de uma sociedade mais unida, protegida e feliz. Guiado por esse valor, a Ageas Portugal tornou a campanha “ainda mais inclusiva” ao envolver a tradução em linguagem gestual “procurando, também, inspirar mais marcas a comunicar de forma mais inclusiva”.

Para além da linguagem gestual, a campanha também terá presente o código de cores ColorAdd, que permite aos daltónicos identificar as cores. “Porque todos merecemos viver as nossas cores ao máximo”, acrescenta a comunicação Ageas.

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França acusa EUA de “facada nas costas” no Indo-Pacífico

  • Joana Abrantes Gomes
  • 16 Setembro 2021

Um novo acordo para a região do Indo-Pacífico foi celebrado entre os EUA, o Reino Unido e a Austrália, que fornecerá a este último submarinos nucleares produzidos com tecnologia dos aliados.

O ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros de França, Jean-Yves Le Drian, revelou sentir-se “apunhalado pelas costas” após os EUA e o Reino Unido terem anunciado uma nova parceria para a região do Indo-Pacífico, que visa fornecer à Austrália submarinos movidos a energia nuclear.

Esta decisão “unilateral, brutal e imprevisível”, segundo Le Drian disse esta quinta-feira à rádio France Info, recorda-o das decisões políticas de Donald Trump, quando este ocupava a Casa Branca. A nova aliança faz cair por terra o acordo celebrado em 2016 entre o Governo australiano e a empresa francesa Naval Group, cuja base era a aquisição, por parte da Austrália, de 12 submarinos a diesel, fabricados pelo construtor naval francês.

“É uma facada nas costas. Criámos uma relação de confiança com a Austrália e essa confiança foi quebrada”, afirmou Le Drian. Apesar de não ter abordado explicitamente uma compensação financeira, tendo em conta que a renovação da frota de submarinos da Austrália implicava inicialmente 31 mil milhões de euros, o ministro francês disse que vai pedir explicações aos responsáveis australianos sobre como tencionam abandonar as suas obrigações contratuais para com a Naval Group.

Há apenas duas semanas, os ministros australianos da Defesa e dos Negócios Estrangeiros tinham reconfirmado o acordo à França, tendo o presidente francês, Emmanuel Macron, elogiado décadas de cooperação futura enquanto recebia em junho, no Palácio do Eliseu, o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison.

Na entrevista desta quinta-feira, o chefe da diplomacia francesa apontou também que a parceria de segurança formalizada na noite de quarta-feira entre os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália, intitulada AUKUS, irá prejudicar os negócios franceses, impedindo que o país se associe aos esforços do Ocidente para combater a influência da China na região. “Esta jogada é inaceitável entre aliados que querem desenvolver uma parceria estruturada para o Indo-Pacífico”, acrescentou.

Por outro lado, alguns analistas políticos consideram que esta nova aliança pode agravar ainda mais os laços transatlânticos, que já haviam sido prejudicados durante a presidência de Trump. Não poucas vezes, o ex-presidente norte-americano irritou os aliados europeus ao exigir que aumentassem as suas despesas na área da Defesa para ajudar a NATO, ao mesmo tempo que estendia a mão a adversários como a Rússia e a Coreia do Norte. Esta aliança vai “complicar a cooperação transatlântica na e sobre a região [do Indo-Pacífico]. Pequim vai beneficiar”, escreveu no Twitter o diretor-adjunto do think tank da Fundação de Investigação Estratégica, Bruno Tertrais.

Nos últimos meses, alguns diplomatas têm revelado preocupações de que Biden poderá não estar a ser sincero com os seus aliados europeus, e esta nova aliança veio ampliar um afastamento entre Paris e Washington que já se fazia sentir. Ainda em agosto, Macron criticou a forma como decorreu a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão e, antes, questionou a eficiência da sugestão de Biden de levantar as patentes das vacinas contra a Covid-19.

Citado pela Reuters, Joe Biden sublinhou ainda na quarta-feira que a França continuava a ser um “parceiro chave na zona do Indo-Pacífico”, enquanto o chefe do Governo australiano disse que o seu país espera continuar a trabalhar “de perto e positivamente” com a França, acrescentando que o país europeu é “um amigo e parceiro fundamental da Austrália e do Indo-Pacífico”.

Também esta quinta-feira a Comissão Europeia apresentou a sua estratégia para a região do Indo-Pacífico, tendo por objetivo melhorar as relações comerciais do bloco comunitário com aquela zona do globo e iniciar as negociações de investimento com a Índia, tal como acordado durante a presidência portuguesa do Conselho da UE. Além de um impulso ao comércio e à cooperação com os países da região, Bruxelas quer promover a segurança através de uma maior presença naval.

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José Abraão candidata-se à liderança da UGT

  • Lusa
  • 16 Setembro 2021

O atual dirigente da FESAP está otimista porque tem vindo a contactar com sindicatos da UGT, "que não têm oferecido qualquer resistência" à sua candidatura.

O secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP), José Abraão, vai candidatar-se à liderança da UGT, anunciou esta quinta-feira em carta aos dirigentes das estruturas sindicais da central, apelando à unidade, em prol da qual pretende trabalhar.

Em declarações à agência Lusa, José Abraão disse que esperou pelo final da reunião desta quinta-feira do secretariado nacional da UGT, para comunicar aos seus congéneres que vai avançar com a candidatura a secretário-geral da UGT, porque não quis perturbar a discussão da política reivindicativa para 2022.

Esperei que a UGT divulgasse publicamente a política reivindicativa para 2022, que é um documento muito importante para salvaguardar os direitos dos trabalhadores do setor público e do privado, e só depois confirmei aos meus pares a minha total disponibilidade para ser candidato a secretário-geral, caso os meus camaradas da tendência sindical socialista assim o entendam”, afirmou.

Na carta, explicou que a candidatura surgiu da sua convicção de que pode “contribuir para o enriquecimento da grande central sindical que é a UGT, com a promoção do debate plural e do envolvimento de todos na determinação das linhas orientadoras”.

O sindicalista considerou que todos são necessários para reforçar o projeto da UGT “sempre inacabado, de defesa dos trabalhadores. “Para isso conto com todos os sindicatos, uniões, federações e estruturas autónomas”, disse.

Abraão salientou no mesmo texto os “tempos desafiantes e mobilizadores” em curso e os desafios que se precisam de vencer para melhorar as condições de vida e de trabalho.

O sindicalista considerou que a UGT tem de ser um parceiro social cada vez mais empenhado no diálogo social e na negociação, “reforçando o papel de uma central sindical plural e democrática”.

Defendeu ainda a necessidade de reforçar o movimento sindical, nomeadamente mobilizando os jovens para participar na vida sindical.

Na carta, o dirigente da FESAP lembrou a criação da UGT, com o movimento Carta Aberta, na qual participou, e o papel que a central tem assumido na sociedade.

Quando há cerca de ano e meio o atual secretário-geral da UGT reafirmou que não se recandidatará à liderança da central, José Abraão manifestou a sua disponibilidade para se candidatar, mas dependente do que for decidido no congresso da tendência sindical socialista, marcado para novembro.

No entanto, o dirigente da FESAP está otimista porque tem vindo a contactar com sindicatos da UGT, “que não têm oferecido qualquer resistência” à sua candidatura.

José Abraão assegurou à Lusa que, se for eleito, tem “disponibilidade total e a tempo inteiro para a UGT e para os trabalhadores”.

“Acredito que o sindicalismo é essencial para reforçar a democracia e tenho disponibilidade total para trabalhar em prol dos interesses dos trabalhadores e da UGT“, disse.

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Uber está a “monitorizar” preços dos combustíveis e dá 850 euros na troca por elétricos

A Uber Portugal está a "monitorizar cuidadosamente" a subida dos preços dos combustíveis no país. Fenómeno tem impacto nos rendimentos dos motoristas, pelo que pede maior aposta nos elétricos.

A Uber está a “monitorizar cuidadosamente” a evolução dos preços dos combustíveis rodoviários em Portugal, cuja subida nas últimas semanas ameaça impactar os rendimentos dos motoristas e parceiros, disse ao ECO o diretor-geral da empresa, Manuel Pina.

Numa altura em que o preço do litro de gasóleo ronda uma média de 1,458 euros (e a gasolina vende-se, em média, a 1,795 euros), este é um fator externo com impacto no negócio de transporte privado da empresa. É também um fator que a Uber não tem como controlar diretamente.

“Está sempre no nosso pensamento. Sem dúvida nenhuma de que este é o tipo de coisa para que olhamos numa base diária”, afirmou Manuel Pina, à margem da inauguração do novo Uber Hub em Lisboa, a nova sede da empresa em Portugal, que resultou de um investimento de mais de 90 milhões de euros.

Manuel Pina não falou de medidas concretas para mitigar o impacto da subida dos preços dos combustíveis, mas sugeriu que o encarecimento dos combustíveis é um incentivo à substituição destes automóveis com motores a combustão por automóveis elétricos a bateria.

“Uma das formas que nós acreditamos que vai ser fundamental para que os parceiros possam lidar com a subida dos combustíveis é, por exemplo, substituírem os seus veículos a combustão fóssil por veículos elétricos”, disse.

Sobre este ponto, Manuel Pina avançou que a empresa está “a oferecer um pacote financeiro de 850 euros para ajudar os parceiros atuais a trocarem carros a gasóleo e a gasolina por automóveis elétricos”, existindo um compromisso para que a frota ao serviço da aplicação seja 100% elétrica até 2025.

Mas os carros elétricos tendem a ser mais caros do que os carros a combustão, o que afasta muitos dos atuais parceiros, que têm apenas sete anos para rentabilizar os seus automóveis. Seja como for, desde meados do ano passado que a Uber só aceita novos carros “integralmente elétricos” na aplicação.

Além dos combustíveis, Manuel Pina recordou que existem outras externalidades que também impactam o rendimento de quem se senta atrás do volante. “Por exemplo, o preço dos seguros é outro dos exemplos”, afirmou.

Neste campo, a Uber vê mais margem para atuar, estando em conversações com as empresas do setor. “Temos feito um trabalho bastante longo, exatamente para lhes mostrar quais são as necessidades, quais devem ser as alterações, para melhor se adequarem [as apólices] aos parceiros e aos motoristas”, disse o diretor-geral da Uber.

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Multicare é certificada “Organização Saudável” pelo Bureau Veritas

  • ECO Seguros
  • 16 Setembro 2021

A seguradora do grupo Fidelidade foi a primeira organização a obter esta certificação em Portugal, tendo alcançado o patamar mais exigente de excelência.

A Multicare, seguradora de saúde da Fidelidade, obteve a certificação “Organização Saudável” conferida pela Bureau Veritas e conquistou também a distinção “Committed to Excellence, de acordo com o modelo de excelência da EFQMEuropean Foundation for Quality Management.

A certificação de “Organização Saudável” distingue organizações que evidenciam práticas para promoção da saúde, bem-estar, desenvolvimento e felicidade dos seus colaboradores, que vão muito além dos requisitos legais, refere a companhia num comunicado. “A Seguradora foi a primeira organização a obter esta certificação em Portugal, tendo alcançado o patamar mais exigente de excelência,” realça.

Para além desta certificação, atribuída pela Veritas, especialista internacional em inspeção e sistemas de certificação de qualidade, “a seguradora de saúde da Fidelidade – que é a única com sistema de gestão de qualidade certificado – foi também distinguida com o reconhecimento Committed to Excellence, de acordo com o modelo de excelência da EFQM – European Foundation for Quality Management, que implicou um trabalho de autoavaliação para identificação de pontos forte e oportunidades de melhoria,” acrescenta a empresa.

Focada no “bem-estar dos seus clientes e colaboradores”, a Multicare reforça assim um dos seus pilares estratégicos – a prevenção – com o reconhecimento internacional pelas boas práticas em saúde, assinala a seguradora.

Fundada em 1808, a Fidelidade é a seguradora líder de mercado em Portugal, nos ramos vida e não vida, com uma quota total de 25,5% em 2019, estando presente em Angola, Cabo Verde, Moçambique, Espanha, França, Macau, Perú, Bolívia, Paraguai e Chile.

Já este ano, a companhia foi reeleita Escolha do Consumidor na categoria de “Seguradoras”, “Marca de Confiança” e Seguradora mais Reputada em Portugal.

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Trabalhadores do BCP e Santander marcam greve para 1 de outubro

  • Joana Abrantes Gomes
  • 16 Setembro 2021

Os seis sindicatos dos bancários decidiram marcar uma greve simultânea dos dois bancos, após a decisão do Santander, "em tudo semelhante à do BCP", em avançar com o despedimento coletivo.

Os seis sindicatos dos bancários decidiram esta quinta-feira convocar uma greve nos bancos Santander e BCP para o dia 1 de outubro. A decisão foi tomada na sequência de uma reunião com a comissão executiva do Banco Santander Totta, que os sindicatos consideram ter “mais uma vez” demonstrado “uma total insensibilidade” perante os seus trabalhadores ao avançar com o despedimento coletivo de cerca de 210 bancários.

Para os seis sindicatos – SBN, SIB, SBC, SinTAF, SNQTB e Mais Sindicato -, não resta outra opção senão a greve. “Apesar de tudo terem feito para evitar este desenlace, nunca se furtando ao diálogo e à negociação, apresentando soluções alternativas em cada momento, tanto no BCP como no BST, não foi possível vencer a intransigência das administrações – e mesmo depois de terem já reduzido cerca de dois mil postos de trabalho“, afirmam, em comunicado.

Ainda assim, o SBN, o SIB, o SBC, o SinTAF, o SNQTB e o Mais Sindicato garantem que “lutarão até ao final” pela defesa dos bancários e apelam a todos os trabalhadores para que participem na greve marcada. “Chegou o momento de os bancários fazerem ouvir a sua voz na defesa intransigente dos seus direitos e dos postos de trabalho”, lê-se no documento.

Os sindicatos recordam que a lei estabelece que são as Comissões de Trabalhadores quem tem competência
legal atribuída para participar na fase atual do processo, pelo que todas as questões devem ser-lhes dirigidas. No entanto, os representantes sindicais dos bancários dizem estar “preparados para intervir, assim e se o processo avançar”. Nesse sentido, os seus associados devem remeter aos respetivos serviços jurídicos todas as formulações que forem enviadas às CNT, “para que possam estar munidos dos elementos essenciais ao cabal
conhecimento do processo”.

(Notícia atualizada às 20h05)

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Projeto de Matosinhos vence prémio New European Bauhaus

A Comissão Europeia distinguiu a plataforma do CEiiA que permite trocar comportamentos sustentáveis na mobilidade por bens e serviços ou usá-los para compensar emissões locais.

A plataforma AYR, desenvolvida pelo Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA) em Matosinhos, venceu o prémio New European Bauhaus na categoria de produtos e estilo de vida sustentáveis.

Baseado em blockchain, o AYR recompensa comportamentos neutros em carbono ao nível da mobilidade, o que possibilita a criação de mercados locais voluntários de carbono em que os créditos digitais circulam como “tokens verdes”.

O anúncio dos vencedores foi feito esta quinta-feira pela Comissão Europeia. Numa nota enviada às redações, o CEO do CEiiA, José Rui Felizardo, destaca que este “é um projeto pensado a partir das pessoas e em que a tecnologia é apenas o meio para que o cidadão possa participar de forma proactiva na descarbonização das cidades”.

“É um projeto que envolve várias gerações, começando por aqueles que se sentam no banco da escola. (…) É um projeto concebido e testado em ambiente real, na nossa cidade de Matosinhos e que foi inspiracional para o desenvolvimento de produtos ciber-físicos numa nova dimensão estética na mobilidade”, acrescenta o gestor, que lidera uma equipa de mais de 300 engenheiros.

Em abril, o CEiiA já tinha sido selecionado pela Google para integrar o programa Impact Challenge on Climate precisamente com esta plataforma de sustentabilidade AYR. Na altura do anúncio foi dito que os próximos dois anos serão dedicados à escalabilidade desta ferramenta em cidades de todo o mundo.

O Novo Bauhaus Europeu, como foi batizado este movimento em Bruxelas, pretende criar um novo estilo de vida que combine sustentabilidade com bom design, que necessite de menos carbono e que seja inclusivo e acessível para todos, respeitando a diversidade existente no espaço europeu.

“Ao criar pontes entre ciência e inovação e arte e cultura e ao adotar uma abordagem holística, o Novo Bauhaus Europeu desenvolverá soluções não só sustentáveis e inovadoras, mas também acessíveis e enriquecedoras para todos. Estes projetos vencedores incorporam este novo espírito”, refere a comissária para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, Mariya Gabriel.

Os vencedores foram selecionados por um júri composto por 80 personalidades de vários setores e países da União Europeia, que analisaram mais de 2.000 projetos provenientes das várias geografias do Velho Continente.

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Maioria dos partidos acusa PSD de “jogada eleitoral” por querer transferir TC para Coimbra

  • Lusa
  • 16 Setembro 2021

Só o CDS apoiou esta quinta-feira, durante o debate parlamentar, a proposta dos social-democratas de transferir o Tribunal Constitucional para Coimbra. Diploma tem aprovação garantida na generalidade.

A maioria dos partidos criticou esta quinta-feira a proposta do PSD para transferir o Tribunal Constitucional, entre outras entidades, de Lisboa para Coimbra, acusando o partido de interesses eleitorais devido às autárquicas, à exceção de CDS e IL.

Em debate na Assembleia da República esteve o diploma social-democrata que prevê a transferência de Lisboa para Coimbra do TC mas também do Supremo Tribunal Administrativo e da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, o que implica alterações a leis orgânicas.

“Quis o PSD que o debate sobre descentralização e sobre as condições da administração da Justiça em Coimbra decorresse em plena campanha autárquica. Coimbra merecia mais consideração do PSD do que esta sua utilização para truques eleitoralistas. E a descentralização dos poderes públicos também. Sendo uma mera jogada eleitoral, este é o pior contributo que o PSD pode dar a essa causa”, declarou o deputado do BE José Manuel Pureza.

O bloquista alertou antes para a “degradação das condições da administração da Justiça em Coimbra” argumentando que a instalação do TC nesta cidade “tem tanta consistência como teve a instalação da Secretaria de Estado da Valorização do Interior em Bragança ou da Secretaria de Estado da Ação Social na Guarda”, que em concreto não valorizou o interior, disse.

Pelo PCP, António Filipe reconheceu que Portugal é um país centralista mas apontou o dedo ao PSD como responsável por essa realidade, ao extinguir dezenas de tribunais pelo país, ao ser “o maior adversário da criação das regiões administrativas”, ao extinguir freguesias ou fechar escolas, extensões de saúde e estações de correio quando era governo com o CDS-PP.

O comunista apontou que a iniciativa em debate “tem todas as vantagens da demagogia” e criticou os sociais-democratas por não fazerem uma proposta que responda às questões concretas que esta mudança implicaria.

“De facto não é uma proposta credível e tem apenas um único objetivo que é tentar, em desespero de causa, ganhar meia dúzia de votos em Coimbra. (…) Os senhores acabam por transformar aquilo que podia ser uma proposta séria, num mero tesourinho deprimente para as eleições autárquicas da próxima semana”, rematou.

“O PSD que encerra serviços, e muitos, inclusivamente tribunais, dispensa milhares de trabalhadores da administração pública deixando os serviços com falta de profissionais, é o mesmo PSD que vem agora mostrar muita preocupação com a necessidade de proceder à aproximação das instituições aos cidadãos. Não é fácil de perceber”, advogou José Luís Ferreira, do Partido Ecologista ‘Os Verdes’.

Nelson Silva (PAN) considerou que neste debate “o PSD quis afastar-se do essencial e ficar-se pelo acessório, naquilo que é uma questão de pura cosmética e uma medida de charme para as eleições autárquicas”.

“No fundo o PSD, seguindo a boa tradição do bloco central, que também já vimos quanto ao Infarmed, quer fazer uma descentralização por decreto como se aí estivesse uma varinha magica para os problemas de coesão territorial e de despovoamento do nosso país”, defendeu, acrescentando que esta é uma proposta “incoerente” e “irresponsável”.

Pelo Chega, Diogo Pacheco de Amorim disse que o partido defende “profundamente a descentralização” mas que esta não passa por “pegar em pequenos blocos do Estado e espalhá-los do país”, advogando que esta transferência vai apenas “servir para que as verdadeiras alterações que tenham que ser feitas não sejam feitas”.

Em tom discordante, e apoiando a iniciativa, surgiu Telmo Correia, do CDS-PP.

“Não se trata de facto de descentralização no termo técnico jurídico da matéria, nem mesmo de desconcentração, trata-se no fundo de uma ideia de repartição de instituições de âmbito nacional pelo país, de valorização de outras cidades do país, com esse intuito na minha opinião claramente e portanto trata-se de uma deslocalização mais do que qualquer outra coisa”, declarou.

Telmo Correia considerou ainda os argumentos à esquerda “absurdos”, sustentando que é possível ser contra a regionalização e defensor da descentralização ao mesmo tempo, e atirando ao PS uma pergunta irónica: “O Infarmed já está no Porto ou foi só uma coisa esporádica, sem sentido e a despropósito?”, questionou.

“É evidente que a deslocalização do TC e do Supremo Tribunal Administrativo, da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos não é uma descentralização, ou seja, o projeto de lei do PSD, caso seja aprovado, não vai conduzir em nenhuma real transferência de poderes ou de competências – ainda assim, a deslocalização destes órgãos é um passo no caminho certo , o caminho de aproximar também fisicamente as decisões das pessoas (…)”, argumentou João Cotrim de Figueiredo, da Iniciativa Liberal.

O PSD exigiu que seja “honrada a palavra” e o Tribunal Constitucional (TC) transfira-se para Coimbra, mas o PS colocou reservas, quer estudos e afastou já deslocalizações da Entidade das Contas e do Supremo Tribunal Administrativo.

Perante a posição transmitida pelas duas maiores bancadas do parlamento – PS e PSD – no debate parlamentar, o diploma dos sociais-democratas que visa a transferência para Coimbra do Tribunal Constitucional, da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos e do Supremo Tribunal Administrativo tem aprovação garantida na generalidade, na sexta-feira.

Porém, após a especialidade, em votação final global, por se tratar de uma lei orgânica, o projeto do PSD só será aprovado se contar com a aprovação da maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções.

E o PS, pela voz do vice-presidente da bancada Pedro Delgado Alves, já frisou que se vai opor a qualquer deslocalização da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos para fora de Lisboa, “onde se encontra a grande maioria das sedes partidárias”.

O PS colocou também sérias reservas sobre a eventual saída de Lisboa do Supremo Tribunal Administrativo, alegando que este tribunal superior tem uma atividade intimamente relacionada com a administração central, que está na capital.

Portanto, em termos práticos, do projeto do PSD só sobra a questão da transferência do Tribunal Constitucional. Uma matéria em relação à qual Pedro Delgado Alves manifestou dúvidas, pediu estudos e alegou que o PS e o Governo aprenderam com a lição da falhada tentativa de transferência do Infarmed para o Porto.

No final do debate, face a esta posição recuada do PS, o dirigente do PSD António Maló de Abreu reagiu e usou palavras duras: “O vosso problema é que são palavrosos, não passam das palavras aos atos. Esquecem-se do país. Estão em Lisboa. E isso é falta de credibilidade. Tenham coragem”, declarou, num repto lançado à bancada socialista em relação aos futuros trabalhos parlamentares em sede de especialidade.

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