Nas notícias lá fora: Covid-19, preço da luz e CaixaBank

  • ECO
  • 6 Setembro 2021

Os surtos de Covid-19 sobem em escolas dos EUA que reabriram mais cedo. Em Espanha, há um plano para baixar o preço da luz e o CaixaBank vende proporcionalmente 9,4% da Bizum a todos os bancos.

O líder de uma das maiores fornecedoras de chips defende que, para viver com a Covid-19, terá de se agir de modo diferente em vez de encerrar operações e fazer quarentenas face a novos surtos. Ainda no capítulo da pandemia, nos EUA, os estados que reabriram as escolas mais cedo estão a enfrentar surtos de Covid-19, derivados da variante Delta de rápido contágio. Em Espanha, o Governo prepara um “grande plano” para fazer diminuir os preços recorde da eletricidade, enquanto o processo de alienação da participação excedente do CaixaBank na Bizum, que ascende a 9,4%, continua a avançar. As fábricas alemãs tiveram um aumento inesperado de encomendas em julho, após um aumento expressivo na procura pela exportação de navios.

Expansión

Governo espanhol diz ter “grande plano” para baixar preço da luz

A ministra da Energia de Espanha, Teresa Rivera, revelou ao Expansión que o Executivo espanhol tem um “grande plano” para baixar os preços da eletricidade e reformar o setor. “Até agora, temos feito muito bem em criar um clima favorável ao investimento no setor energético em Espanha, mas precisamos que o consumidor esteja connosco e também que perceba que o esforço que estamos a fazer se traduz numa redução do custo da eletricidade”, afirmou.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso pago, conteúdo em espanhol)

Financial Times

Gigante dos chips diz que novos surtos de Covid-19 serão “habituais”

Hidetoshi Shibata, líder da Renesas, um dos maiores fornecedores mundiais de chips para automóveis, disse que é preciso “pensar em como viver com a Covid-19”, o que significa “fazer as coisas de forma diferente em vez de encerrar operações e fazer quarentenas cada vez que há um aumento de novos casos”. Os novos surtos da pandemia colocaram um desafio à aquisição do grupo japonês por 4,8 mil milhões de euros da Dialog Semiconductor, pois Shibata ainda não pôde encontrar-se fisicamente ou visitar nenhum dos executivos e escritórios do fornecedor da Apple desde que chegou a um acordo virtualmente em fevereiro.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês)

The Wall Street Journal

Casos de Covid-19 em crianças aumentam em estados onde as escolas abriram mais cedo

A recente disseminação da variante Delta, altamente contagiosa, desorganizou os planos de regresso às aulas, levando temporariamente dezenas de milhares de alunos nos Estados Unidos de volta à escola virtual ou a interromper completamente o ensino. Contudo, as consequências sentiram-se. Desde o início do ano letivo, no final de julho, pelo menos mil escolas em 31 estados fecharam por causa do aumento de casos nos alunos, de acordo com o Burbio, um serviço de dados que está a monitorizar o encerramento das escolas em 1.200 distritos do país. A maioria das escolas do Mississipi, por exemplo, abriram no início de agosto e, desde então, quase 14.000 alunos testaram positivo à doença.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Encomendas a fábricas alemães impulsionadas pela procura estrangeira por navios

As encomendas às fábricas alemãs aumentaram inesperadamente em julho, depois de um aumento expressivo na procura pela exportação de navios. Os pedidos cresceram 3,4% face a junho, acima das previsões dos economistas, que apontavam para uma queda de 0,7%. Estes dados mascaram, contudo, as dificuldades crescentes que os fabricantes alemães têm sentido com a cadeia de fornecimento, numa altura em que há escassez de matéria-prima e congestionamentos no transporte.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Cinco Días

CaixaBank vende 9,4% da Bizum a todos os bancos de forma proporcional

O processo de alienação da participação excedente do CaixaBank na Bizum, que ascende a 9,4%, continua a avançar. Em agosto, as ações que o banco detém foram atribuídas a cada uma das entidades que manifestaram interesse em aumentar a sua participação na plataforma de pagamentos, o que equivale a praticamente todos os bancos espanhóis, à exceção de cinco de muito pequenas dimensões. As entidades compradoras poderiam adquirir uma percentagem máxima destes 9,4% do CaixaBank.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

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Costa diz que é preciso por ponto final à precariedade laboral

  • Lusa
  • 6 Setembro 2021

António Costa quer chegar "rapidamente" a acordo com os parceiros sociais para pôr termo "à exploração, aos baixos salários, à falta de conciliação entre a vida pessoal, profissional e familiar".

O secretário-geral do PS, António Costa, defendeu no domingo que é preciso por “ponto final” à precariedade laboral e frisou que a agenda para o “trabalho digno” já foi apresentada à concertação social.

Esperemos que rapidamente se chegue a acordo com os parceiros sociais de uma agenda para o trabalho digno e com direitos, que ponha termo à exploração, aos baixos salários, à falta de conciliação entre a vida pessoal, profissional e familiar e que ponha, sobretudo, ponto final nesta regra da precariedade”, afirmou.

António Costa discursava durante uma ação de pré-campanha na Covilhã, distrito de Castelo Branco, onde participou na apresentação do candidato socialista àquele município, Vítor Pereira, que se recandidata ao cargo.

A falar num concelho do interior do país, António Costa assumiu que a situação demográfica do país é um “desafio” nacional e frisou a importância de se adotarem políticas que permitam inverter a tendência de despovoamento.

Entre essas medidas, apontou os apoios aos mais jovens para que estes se possam fixar e constituir família, tendo assumido que a questão da precariedade e da dificuldade da habitação são “obstáculos” que é preciso ultrapassar.

“Uma sociedade que não se quer conformar com a situação demográfica que nós temos, é uma sociedade que não pode aceitar nem a precariedade como regra no mercado de trabalho, nem a dificuldade no acesso à habitação”, apontou.

Sobre a precariedade, o também primeiro-ministro explicou que já foi apresentada em sede de concertação social a agenda para o “trabalho digno” e sobre a habitação destacou as verbas que já estão previstas no Plano de Recuperação de Resiliência (PRR) para garantir os “recursos financeiros necessários” para que se assegure habitação condigna e rendas a preços acessíveis.

Lembrando que o problema do despovoamento e do envelhecimento se coloca com “particular premência” nos territórios de baixa densidade, António Costa também frisou que a atração de novas empresas é fundamental para inverter esse ciclo, uma vez que são as empresas que criam emprego e ajudam a fixar população.

Nesse sentido, anunciou que no PRR há verbas reservadas “exclusivamente para o interior do país” para investir em áreas de localização empresarial, parques empresariais ou centros de negócios.

Além disso, prometeu que a baixa densidade continuará a ser diferenciada ao nível do IRC e que também continuará a ser seguida a política de diferenciação das portagens nos territórios em causa.

Apelou ainda ao interior que assuma a sua “centralidade ibérica” e lembrou que o Governo já inscreveu no Orçamento do Estado a nova ligação do distrito de Castelo a Espanha (IC31).

António Costa frisou ainda que o PS cumpre as promessas que faz e deu o exemplo do investimento feito no troço da Linha da Beira Baixa entre a Guarda e a Covilhã.

O troço esteve encerrado durante 12 anos e reabriu em maio depois de ter sido alvo de obras de beneficiação, sendo que António Costa aproveitou no domingo para fazer essa viagem de comboio entre a Guarda e a Covilhã.

Já na Covilhã lembrou que a promessa de reabrir o troço tinha sido assumida por ele há quatro anos, na mesma cidade e que foi concretizada.

Tal como já tinha feito ao longo de outras ações de pré-campanha por onde passou no fim de semana, destacou que as autarquias são “fundamentais” para concretizar quer o PRR, quer os diferentes programas para o país.

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EDP Renováveis e BCP animam Lisboa no arranque da semana

Lisboa segue a recuperar das quedas da última sessão, animadas pelos títulos da EDP Renováveis e do BCP. EDP trava subida mais acentuada do índice.

A bolsa de Lisboa arrancou a semana em terreno positivo, recuperando da queda registada na última sessão. A dar impulso ao índice estão os títulos da EDP Renováveis e do BCP, enquanto a EDP trava uma maior subida. Lisboa acompanha, assim, a tendência do resto da Europa.

O PSI-20 está a subir 0,17% para 5.497,67 pontos, com o BCP a destacar-se ao subir 1,05% para 0,1342 euros. A EDP Renováveis também está a dar força ao índice de referência nacional, ao valorizar 0,78% para 23,34 euros.

Destaque ainda para a Jerónimo Martins que avança 0,44% para 18,32 euros, bem como a Galp Energia que sobe uns ligeiros 0,09% para 8.4900 euros, isto num dia em que o preço do barril de petróleo está em queda nos mercados internacionais. Os CTT crescem 0,21% para 4,675 euros.

No lado oposto, a travar uma subida mais acentuada da bolsa, estão as ações da EDP, que recuam 0,23% para 4,776 euros, acompanhadas pelas da Nos que descem 0,17% para 3,612 euros. Destaque ainda para a Sonae que desvaloriza 0,33% para 0,9165 euros.

Lisboa acompanha, assim, a tendência positiva que se vive no resto da Europa, num dia em que o índice de referência europeu, Stoxx-600, segue a valorizar 0,47% para 474,16 pontos. Os índices espanhol, francês e italiano registam ganhos de 0,45%, 0,51% e 0,42%, respetivamente.

(Notícia atualizada às 8h29 com mais informação)

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Estudo aponta que principais bancos europeus têm lucros anuais de 20 mil milhões de euros em paraísos fiscais

  • Lusa
  • 6 Setembro 2021

Caso fosse aplicada a taxa mínima de imposto de 15% [sobre os lucros dos bancos], que foi a que gerou mais consenso no G20, os países europeus ganhariam três a cinco mil milhões de euros por ano.

Os 36 maiores bancos na Europa guardam, anualmente, quase 20 mil milhões de euros dos seus lucros em paraísos fiscais, o que equivaleria a pelo menos três mil milhões para os países perante um imposto mínimo de 15%.

As conclusões são do estudo “Será que os bancos europeus deixaram os paraísos fiscais?”, do Observatório Fiscal da União Europeia (UE), que analisou a presença destas 36 maiores instituições financeiras sediadas na Europa em 17 países e territórios não cooperantes para fins fiscais (Bahamas, Bermudas, Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Caimão, Guernsey, Gibraltar, Hong Kong, Irlanda, Ilha de Man, Jersey, Kuwait, Luxemburgo, Macau, Malta, Maurícias, Panamá e Qatar).

Em causa estão bancos como HSBC, Barclays, Banco Santander, BBVA, Deutsche Bank, BNP Paribas e ING, num total de 13 dos 36 analisados que operam em Portugal.

A conclusão do observatório é que “os principais bancos europeus reservam anualmente 20 mil milhões de euros – ou 14% dos seus lucros totais – em paraísos fiscais”, o que demonstra que recorrem “significativamente a paraísos fiscais, sem qualquer mudança durante o período de 2014-2020”, segundo o documento a que a agência Lusa teve acesso.

“Os lucros reservados pelos bancos em paraísos fiscais são anormalmente elevados: 238 mil euros por empregado, em oposição a cerca de 65 mil euros em países que não têm paraísos fiscais”, indica o Observatório Fiscal da UE no documento, notando que “os lucros reservados nos paraísos fiscais são principalmente desviados de outros países onde ocorre a produção de serviços”.

Em declarações à Lusa, a investigadora Mona Baraké, uma das autoras do estudo, assinala não ter ficado “surpreendida” com estes elevados montantes, embora admitindo que esperava uma redução com a entrada em vigor, em 2015, da legislação europeia relativa à obrigação de divulgação obrigatória de informações não financeiras para bancos (relatórios país por país).

Esperávamos ter encontrado um declínio na percentagem de lucros [reservados em paraísos fiscais] ao longo do tempo após a introdução do regulamento europeu, mas isso permaneceu estável”, contextualiza a especialista.

Mona Baraké indica à Lusa que a justificar esta presença dos bancos europeus em paraísos fiscais está, desde logo, “a tentativa de minimizar o pagamento de impostos” aos países onde estão sediados, mas também “devido aos clientes lá existentes”, com destaque para o HSBC, que domina a lista.

Neste estudo – que não tem em conta os depósitos ou os ativos dos bancos, apenas os seus lucros –, o Observatório Fiscal da UE estima também o montante de receitas que os países europeus que albergam estas instituições financeiras poderiam arrecadar com uma taxa mínima de imposto, como acordado no âmbito do G20 e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Caso fosse aplicada a taxa mínima de imposto de 15% [sobre os lucros dos bancos], que foi a que gerou mais consenso no G20, os países europeus ganhariam três a cinco mil milhões de euros por ano”, diz Mona Baraké à Lusa.

Este montante subiria para seis a nove mil milhões de euros por ano com uma taxa de 21% e para 10 a 13 mil milhões de euros em impostos adicionais anuais com uma taxa de 25%, acrescenta.

“Constatamos que um imposto mínimo tem um potencial de receitas significativo” para os países, adianta o observatório no estudo, vincando que a adoção destes impostos mínimos “pode ser necessária para travar a utilização de paraísos fiscais pelo setor bancário”.

Em julho passado, o G20 chegou a acordo sobre a implementação de um novo mecanismo tributário para as empresas multinacionais, abrangendo 130 países e jurisdições.

O objetivo é criar impostos adaptados a uma economia globalizada e digitalizada, visando exigir impostos às multinacionais, que muitas vezes os pagam onde lhes é mais favorável.

Muitos países têm vindo a defender, no seio da OCDE, um imposto mínimo global de 25%, mas no final de maio a administração norte-americana propôs uma taxa de 15%.

Já em junho os ministros das Finanças do G7 chegaram a acordo para implementar uma taxa mínima de 15% sobre os lucros das empresas, nomeadamente multinacionais.

O Observatório Fiscal da UE é gerido pela Escola de Economia de Paris.

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Ofertas de emprego sem procura em máximos de quatro anos

  • ECO
  • 6 Setembro 2021

Em julho contavam-se mais de 23 mil vagas disponíveis sem procura, referentes aos setores do imobiliário, alojamento e restauração e construção.

Há cada vez mais ofertas de trabalho acumuladas no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) por falta de candidatos. De acordo com o Jornal de Notícias (acesso pago), em julho contavam-se mais de 23 mil vagas disponíveis sem procura, respeitantes a apenas três setores. A região de Lisboa e Vale do Tejo é aquela que concentra o maior número de ofertas por preencher.

Se em janeiro se contavam 10.735 vagas que ninguém queria no IEFP, em julho esse número mais do que duplicou para 23.236. Este aumento não é sazonal uma vez que em julho do ano passado se contavam apenas 12.705 ofertas. É, assim, preciso recuar até 2017 para encontrar um julho com mais ofertas de emprego do que este ano (24.335), refere o Jornal de Notícias.

Estes números dizem respeito a apenas três setores: atividades imobiliárias e administrativas, que lideram nas ofertas disponíveis; alojamento e restauração e construção. Já em termos de regiões, Lisboa e Vale do Tejo é aquela que acumula mais ofertas sem candidatos: 7.434 vagas contra 5.819 no Centro, 4.824 no Norte, 3.565 no Alentejo, 1.026 no Algarve e 568 nas regiões autónomas.

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Testes PCR feitos em laboratórios privados custaram 218 milhões ao Estado

  • ECO
  • 6 Setembro 2021

Face a 2019, as despesas do SNS em convenções na área das análises clínicas aumentaram 36% em 2020, ano em que ascenderam a 235 milhões de euros.

Desde o início da pandemia até ao final de julho deste ano, o Ministério da Saúde gastou pelo menos 218 milhões de euros na realização de testes moleculares à Covid-19, conhecidos como PCR, em laboratórios privados, o que corresponde a mais de três milhões de requisições faturadas, revela esta segunda-feira o Público (acesso condicionado).

“O valor faturado entre março de 2020 e julho de 2021, conforme reportado pelo Centro de Contacto e Monitorização do Serviço Nacional de Saúde, totaliza 218.286.208 euros, correspondendo a um total de 3.365.759 requisições faturadas”, afirmou a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). Estes valores equivalem a um preço médio de 65 euros.

O secretário de Estado Adjunto da Saúde considera que esta despesa foi necessária para salvaguardar a saúde dos portugueses. “É aquilo que a população e os portugueses necessitavam e é aquilo que o Governo no tempo certo, e no momento certo decidiu gastar, independentemente de qualquer constrangimento financeiro para salvaguardar a saúde a vida dos portugueses”, disse António Lacerda Sales, em declarações à RTP3. Além disso, o responsável aponta que “é provável” que alguma fatia deste dinheiro tenha sido financiada através de fundos comunitários, mas sublinha que “a grande maioria é do Estado português”.

Segundo o último Relatório Anual do Acesso da ACSS, só em 2020, as despesas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com as convenções na área das análises clínicas ascenderam a 235 milhões de euros, um aumento de 36% face a 2019, ano em que os encargos nesta área custaram 186,4 milhões de euros ao Estado.

(Notícia atualizada às 13h12 com as declarações do secretário de Estado Adjunto e da Saúde)

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Pandemia atira cobrança coerciva para mínimos de 2009

  • ECO
  • 6 Setembro 2021

Descida de 52% na cobrança coerciva acontece depois de o Estado ter suspendido os processos de execução fiscal e criado planos prestacionais automáticos devido à pandemia.

Nos três primeiros meses do ano, o Estado arrecadou cerca de 147 milhões de euros em cobrança coerciva, o valor mais baixo desde 2009, de acordo com o Jornal de Negócios (acesso pago). Esta descida, que correspondeu a mais de 50% num ano, deveu-se à pandemia, que levou o Governo a suspender os processos de execução fiscal e a criar planos prestacionais automáticos.

De acordo com a conta provisória do Estado referente ao primeiro trimestre de 2021, as dívidas que estavam em processo de execução ascenderam a 147 milhões de euros, uma descida de 52% face ao mesmo trimestre do ano passado, altura em que se arrecadaram cerca de 305 milhões de euros. A tendência tem sido de subida desde 2008 e, em 2020, alcançou-se o valor mais alto da última década. Mas a pandemia inverteu o cenário.

Com o aparecimento da Covid-19, o Governo suspendeu os processos de execução fiscal até 31 de março de 2021 e criou planos prestacionais automáticos para dar mais margem de tesouraria às famílias e às empresas. Estas medidas, juntamente com outras, acabaram por reduzir os montantes arrecadados através da cobrança coerciva.

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Hoje nas notícias: Cobrança coerciva, testes PCR e luz

  • ECO
  • 6 Setembro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A marcar o início da semana está a notícia de que a pandemia atirou a cobrança coerciva para mínimos de 2009, mas também que o preço da luz em agosto bateu recordes face ao agravamento dos valores da licença de gás natural. Destaque ainda para as ofertas de emprego sem procura, que estão em máximos de quatro anos, bem como para os testes PCR feitos em privados que custaram 218 milhões ao Estado.

Pandemia atira cobrança coerciva para mínimos de 2009

Entre janeiro e março de 2020, e com apenas um mês da pandemia no país, o Estado arrecadou cerca de 305 milhões de euros, um valor que caiu 52% no mesmo trimestre de 2021. Este montante, recuperado em processos de execução, é, assim, o mais baixo desde 2009 (quase 138 milhões). Mas se em 2020 se atingiu o valor mais alto da década, este ano a tendência de subida inverteu-se com a pandemia, que levou à suspensão dos processos de execução fiscal até 31 de março e criou planos prestacionais automáticos. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Ofertas de emprego sem procura em máximos de quatro anos

Há cada vez mais ofertas de trabalho acumuladas no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) por falta de candidatos. Em julho, contavam-se 23.236 vagas disponíveis sem procura, um número que mais do que duplicou desde janeiro. É preciso recuar até 2017 para encontrar um julho com um número superior. Cerca de metade das ofertas disponíveis diz respeito a apenas três setores: atividades imobiliárias e administrativas, alojamento e restauração, e construção. Lisboa e Vale do Tejo é a região que acumula mais ofertas sem candidatos. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Testes PCR feitos em privados custaram 218 milhões ao Estado

Desde o início da pandemia até ao final de julho deste ano, o Ministério da Saúde gastou pelo menos 218 milhões de euros na realização de testes moleculares à Covid-19, vulgarmente conhecidos como PCR, em laboratórios privados, o que corresponde a um total de 3.365.759 requisições faturadas. O número foi avançado ao Público pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e equivale a um preço médio de 65 euros. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Preço da luz bate recordes face ao agravamento dos valores da licença de gás natural

Agosto registou os preços mais elevados do mercado grossista da eletricidade, ao atingir 105,94 euros/MWh, o triplo do valor registado no mesmo período do ano passado (36,2 euros/MWh). Para evitar agravamentos significativos na atualização anual, face ao agravamento dos valores das licenças de CO2 e no gás natural, a Entidade Reguladora do Setor Energético (ERSE) adotou um critério para a revisão trimestral das tarifas, algo que já aconteceu em julho, com a subida da tarifa dos consumidores do mercado regulado em 3%. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Costa e Sampaio visitaram suspeito de terrorismo que estava sob investigação

Yasser A., um dos iraquianos detidos na semana passada em Portugal, já estava a ser investigado pela Polícia Judiciária há pelo menos seis meses quando o primeiro-ministro, António Costa, e o antigo Presidente da República Jorge Sampaio visitaram o restaurante onde trabalhava, em reconhecimento pelo trabalho na integração de refugiados. Yasser e o irmão estão indiciados por crimes de terrorismo e contra a humanidade, que terão sido realizados fora de Portugal. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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Autoeuropa retoma produção mas continuam a faltar componentes

  • Lusa
  • 6 Setembro 2021

Autoeuropa vai recorrer a um “programa de apoio à atividade económica, garantindo o pagamento das remunerações” e que será atribuído um “complemento como garantia do rendimento individual.

A fábrica de automóveis da Autoeuropa em Palmela retoma a produção esta segunda-feira, apesar das dificuldades dos fornecedores asiáticos de semicondutores, face a medidas de confinamento devido à Covid-19, disse à Lusa o coordenador da Comissão de Trabalhadores.

Segundo Fausto Dionísio, a empresa confirmou o início da atividade nas secções de carroçarias e pinturas, às 00h00, e o arranque da montagem de automóveis a partir das 7h00 desta segunda-feira”.

A retoma da atividade laboral na fábrica da Volkswagen tinha sido anunciada a semana passada por fonte oficial da empresa.

A mesma fonte adiantou que a Autoeuropa vai recorrer a um “programa de apoio à atividade económica, garantindo o pagamento das remunerações” e que será atribuído um “complemento como garantia do rendimento individual de cada colaborador da empresa”.

A Autoeuropa, com mais de 5.200 colaboradores, dos quais 98% com vínculo permanente, produziu em 2020 um total de 192.000 automóveis e 20 milhões de peças para outras fábricas do grupo alemão, que representam 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e 4,7% das exportações portuguesas.

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Ofertas de emprego caíram nos dois confinamentos. Mas há profissões em alta

Abril de 2020 foi o mês em que as ofertas de emprego foram mais sacrificadas, mas em abril de este ano profissões como engenheiro eletrónico viu a procura disparar cinco vezes face ao ano anterior.

Os dois confinamentos obrigatórios em Portugal levaram a uma quebra nas ofertas de emprego, tendo abril de 2020, o primeiro mês completo de confinamento, sido o mês mais sacrificado, com as ofertas a corresponderam a apenas 40% das de janeiro de 2020. Já em abril e maio deste ano as ofertas foram quase o dobro das registadas nos meses homólogos do ano passado. Em abril, se há quebra de ofertas de emprego para carteiros ou trabalhadores de limpeza, a procura por engenheiros eletrónicos ou técnicos de gás aumentou cinco vezes do que há um ano.

Abril do ano passado — o primeiro mês completo de confinamento com o eclodir da pandemia em Portugal – foi o mês mais sacrificado. “Esta tendência negativa foi invertida logo em maio e até julho [de 2020], com um aumento de ofertas consistente. Após setembro, seguiu-se uma forte quebra até dezembro, sendo este o segundo mês com menos ofertas em 2020 – mesmo assim com 45% mais ofertas do que em abril”, revelam os dados da Fundação José Neves, numa publicação no site.

Já este ano, o começo foi mais otimista, com um aumento de 48% das ofertas de emprego face a dezembro de 2020. Mas depressa esta recuperação foi invertida, como o novo confinamento geral. Em fevereiro de 2021, as ofertas voltaram a cair, para 27% das registadas no mês anterior. Com o fim do confinamento, as ofertas recuperaram em março e abril e voltaram a cair ligeiramente em maio de 2021.

Comparando os primeiros cinco meses de cada ano, o período de janeiro a maio de 2021 revela uma quebra de 25% nas ofertas de emprego, mais acentuada em fevereiro (37%) do que em janeiro (14%). “Enquanto em janeiro e fevereiro de 2020 ainda não existia pandemia, os mesmos meses de 2021 registaram a fase mais grave da pandemia e a declaração do segundo confinamento geral”, justifica a Fundação José Neves (FJN).

Já as ofertas de emprego em abril e maio de 2021 — meses marcados pela abertura após o segundo confinamento — foram quase o dobro das registadas nos mesmos meses de 2020, que correspondem aos primeiros meses passados em confinamento. Um crescimento de 95%, em grande parte devido ao desempenho registado no mês de abril, com um aumento de 217% face a abril de 2020.

Maior queda em profissões pouco qualificadas, sobretudo nos serviços

Em janeiro e fevereiro deste ano, as ofertas de emprego caíram 25%, em comparação com o período homólogo de 2020. Mas a queda não foi uniforme em todas as áreas, tendo sido mais acentuada (superior a 80%) em profissões pouco qualificadas e relacionadas sobretudo com o setor dos serviços.

Cabeleireiro, esteticista e similares; cozinheiro; técnico de nível intermédio dos serviços jurídicos, sociais e religiosos; empregado de mesa e bar; motorista de automóveis ligeiros, de carrinhas e condutor de motociclos; compositor, músico, cantor, bailarino e coreógrafo; trabalhador qualificado em acabamentos da construção foram as profissões que registaram a maior queda.

Apesar da evolução negativa das ofertas, foram várias as profissões com aumento de procura face ao período homólogo, com destaque para enfermeiro; especialista em relações públicas; diretora das indústrias transformadoras; engenheiro industrial e de produção; engenheiro biomédico, de engenhos explosivos, de salvamento marítimo, de materiais, ótico e de segurança; engenheiro eletrotécnico; técnico de gás, técnico de produção, agente de métodos e técnico de robótica. Todas estas revelam um aumento superior a 40%, revela a FJN.

abril de 2021, apesar de as ofertas terem correspondido a mais do triplo das ofertas de abril 2020, algumas profissões registaram quebras de procura. Carteiro e similares; farmacêutico; motorista de automóveis ligeiros, de carrinhas e condutor de motociclos; trabalhador de cuidados pessoais nos serviços de saúde; técnico de operação e controlo de processos industriais; e trabalhador de limpeza revelaram um decréscimo superior a 20%.

Na ponta oposta, o aumento foi particularmente evidente nas profissões de engenheiro eletrónico, cozinheiro, trabalhador de profissões elementares não especificadas, programador de aplicações, administrador e secretário especializado, técnico de gás, técnico da produção, agente de métodos e técnico de robótica; engenheiro civil; diretor de vendas e marketing; empregado de biblioteca, revisor de provas, escrivão de anúncios e de correspondência, classificador; arquivista e empregado de serviço de pessoal; diretor de investigação e desenvolvimento; especialista em base de dados e redes. Nestas, as ofertas em abril de 2021 foram cinco vezes superiores às de abril de 2020.

No top das profissões mais procuradas

Apesar da trajetória instável, com várias oscilações verificadas ao longo dos meses e em relação a períodos homólogos, há um conjunto de profissões que se mantêm no top das mais procuradas pelos empregadores, durante os 3 meses analisados (janeiro, fevereiro e abril), tanto em 2020, como em 2021. São elas programador de software; técnico de apoio aos utilizadores das tecnologias da informação e comunicação; operador de caixa e outros trabalhadores relacionados com vendas; e analista de sistemas.

Uma das exceções é a profissão de representante comercial, que saiu do top apenas em abril de 2020, na primeira fase da pandemia. Já os programadores web e de multimédia, bem como os trabalhadores não qualificados da indústria transformadora, estavam fora do top apenas em janeiro 2020, sugerindo que ganharam uma relevância permanente durante a pandemia.

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Empresas arriscam pagar energia 134% mais cara em novos contratos a 12 meses

Miguel Fonseca, administrador da EDP Comercial, garante ao ECO/Capital Verde, que a maioria das PME ainda não foram afetadas, mas as grandes empresas "já estão a sofrer" com os preços altos do Mibel.

Uma pequena e média empresa que neste momento esteja a negociar um novo contrato de eletricidade e opte por uma duração de apenas 12 meses — ou seja, até setembro de 2022 — arrisca-se a pagar pela energia elétrica que consome um preço 134% superior do que há um ano. Se a comparação for feita com os tarifários praticados no início de 2021, os aumentos são na ordem dos 80%, revela ao ECO/Capital Verde Miguel Fonseca, administrador da EDP Comercial.

A culpa é do mercado grossista ibérico (Mibel) e dos sucessivos recordes de preços registados ao longo do mês de agosto. O máximo histórico ficou registado na passada quinta-feira, 2 de setembro, quando o preço da energia elétrica no mercado spot superou os 140€/MWh — mais 188% do que no início do ano. De 31 dezembro 2020 a 31 de agosto de 2021, os preços no Mibel subiram 168%, de 48,66 para 130,53€/MWh.

Apesar da escalada, os clientes da EDP no segmento residencial ainda não foram afetados, já que a empresa garante que os tarifários domésticos não se alteraram desde o início do ano e nem a recente evolução meteórica do Mibel vai fazer mexer os preços até ao final de 2021. Quanto às PME, Miguel Fonseca garante: A maior parte das PME no nosso portfólio ainda não foram impactadas porque têm contratos fixos de energia”, a maioria dos quais terminam no final do ano.

Novos clientes empresariais ou renovações de contratos, esses sim arriscam-se a preços muito mais caros se optarem por contratos de curta duração. Por isso, diz o administrador, praticamente todas as PME estão agora a optar por contratos de maior duração que garantem poupanças na energia entre 47 e 60%.

Com uma maior exposição à volatilidade do mercado grossista ibérico de eletricidade, quem está já a “sofrer” verdadeiramente com os preços nunca antes vistos no Mibel são os grandes clientes, industriais, eletrointensivos, e as empresas de grande dimensão.

Alguns deles, diz a EDP, severamente impactados e com sobrecustos de OPEX de 15 milhões de euros mensais para eletricidade face ao orçamentado no início do ano. Para estes, a solução é reequilibrar o mix energético, diminuir a exposição ao mercado spot e garantir que controlam o preço de pelo menos metade do eu consumo. Como? Apostar nas energias renováveis para autoconsumo é uma das respostas, diz a EDP.

“Nos clientes que compravam energia com contratos de preço fixo, a um ano, o que está a acontecer é que dada a volatilidade dos preços no curto prazo face a longo prazo, essas empresas quando renovam os contratos fixos por 12 meses têm agora preços muito mais altos, 80% acima do que se praticava no início do ano. Para os contratos a 5 ano os preços subiram 30%. Por isso as PME estão a estender os prazos para 2, 3, 5 ou até mais anos. Algumas vão até 7 anos, o que antes era impensável”, diz Miguel Fonseca.

E sublinha: “As PME estão com maior apetite e nós estamos a produzir essa oferta para que nos próximos anos não tenham um preço de energia muito alto. Toda a carteira empresarial da EDP vai estar com o dobro da maturidade média dos contratos no final do ano”.

Já nos grandes clientes — os mais impactados — a estratégia passa por aumentar a sua exposição (entre 50 a 70%) a contratos fixos de longo prazo (10/15 anos) face aos indexados ao mercado spot (que no passado chegaram a 80%, quando os preços do Mibel estavam mais baixos). Além disso, estão também a apostar em projetos solares para autoconsumo, que controlam a 100% e que vão cobrir uma dada percentagem do seu consumo: entre 5 a 20%, e até 50%.

“Os grandes clientes, mas também as PME, têm procurado contratos mais longos do que o habitual. Em Portugal, clientes de referência do setor alimentar, do desporto, do setor bancário, entre outros, estão a escolher maturidades a 5 e a 10 anos como forma de controlar a subida dos preços. Já temos um aumento homólogo de 236% no volume deste tipo de contratos de energia”, revelou o administrador.

No segmento de Grandes Clientes, entre Portugal e Espanha, a energia contratada pela EDP em maturidades mais longas já é superior aos 3.500 GWh/ano, dos quais 602 GWh/ano são em Portugal. “Num contrato a 5 anos, estamos a falar de uma diferença próxima de 25% face a um contrato de 1 ano na componente de energia. Num contrato a 7 anos, a diferença é de 35%”, diz Miguel Fonseca.

Outra forma de controlar os custos e acelerar a transição energética passa pela aposta no solar fotovoltaico, com descontos nos preços da energia que podem ir até aos 40%. Miguel Fonseca fala em 32 MWp já contratados em seis meses, o equivalente a mais de 85 mil painéis fotovoltaicos nas empresas nacionais, com as vendas a crescer 190% no setor empresarial no primeiro semestre de 2021.

E dá exemplos, como o caso da empresa de comércio de derivados de madeira Balbino e Faustino, que instalou 464 painéis solares (200 KWp),que vão permitir baixar a fatura em 36% e evitar 54 toneladas de CO2/ano. Ou uma panificadora em Sinta que conseguiu reduzir a fatura em 50 a 55%, de 25.000 euros para 12.500 euros com o recurso ao autoconsumo de energia solar.

Há também o exemplo da Burguer King, com 12 mil painéis (5 MWp) em 300 restaurantes de Espanha (70% instalado e a funcionar) e a fechar nova parceria para Portugal e a Navigator, com 17 mil painéis no complexo da Figueira da Foz (2,6 MWp) e uma produção de 3.500 MWh/ano.

Em Espanha, a EDP Comercial fechou com a Asturiana de Zinc um contrato de longo prazo de 237 GWh/ano (equivalente a 65 mil habitações) ligados a parques eólicos e que representam 60% do custo total de produção da empresa. Por cá a elétrica tem um PPA a 18 anos com a APPICO com ativos da EDP Renováveis para 56 GWh/ano e ainda um contrato a 11 anos com a NOS no valor de 32 milhões de euros e que permite à empresa de telecomunicações reduzir a fatura em 20% e ter estabilidade de preço até 2033.

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Estes países levantam restrições “para se aprender a conviver com a Covid-19”

Desde a Dinamarca à Austrália, vários países já começaram a levantar as restrições da Covid-19. Países consideram que chegou à altura da população aprender a conviver com o vírus.

Dezoito meses depois de o mundo ser assombrado pela pandemia da Covid-19, existem vários países a nível mundial que estão a levantar as restrições porque consideram que está na altura da população “começar a conviver com o vírus”. Este é o caso da Dinamarca, Irlanda, Inglaterra, Austrália e Singapura.

O Governo dinamarquês anunciou que vai levantar dia 10 de setembro as últimas restrições impostas no país devido à Covid-19. Esta decisão acontece três semanas antes do que estava previsto inicialmente, avança o The Guardian.

“A pandemia está sob controlo. Temos taxas recordes de vacinação. Por isso, podemos eliminar algumas regras que tivemos que adotar para combater o novo coronavírus. O Governo prometeu manter as restrições somente pelo tempo necessário”, afirmou em comunicado o ministro da Saúde, Magnus Heunicke.

No entanto, apesar do alívio nas restrições, o governo dinamarquês não hesitará em recuar caso seja necessário. “O país não saiu da pandemia e o Governo não hesitará” em agir rapidamente se o vírus ameaçar “funções importantes da sociedade”, adianta Magnus Heunicke.

De acordo com dados oficiais do Our World in Data, a Dinamarca é o terceiro país da União Europeia com maior taxa de vacinação, sendo que 71% da população está totalmente vacinada contra a Covid-19. Malta está em primeiro lugar com 80% da população vacinada e Portugal em terceiro com 73% dos portugueses vacinados. O Reino Unido vacinou totalmente 62% da população.

A Inglaterra levantou quase todas as restrições a partir da segunda quinzena de julho. “A Covid-19 fará parte das nossas vidas nos tempos mais próximos. Por isso, precisamos de aprender a viver com isso e a gerir o risco, para nós e em relação aos outros”, disse o Governo através da sua página oficial.

As máscaras deixaram de ser obrigatórias por lei, embora ainda sejam recomendadas em alguns locais, como nos transportes. As discotecas reabriram, os cinemas e teatros podem esgotar a lotação e o distanciamento social de um metro deixa de ser obrigatório, exceto em alguns casos como os hospitais.

A Irlanda também está a preparar-se para levantar as restrições Covid-19 até 22 de outubro, desde que 90% da população esteja completamente vacinada, avança o The Journal ie. O levantamento das restrições vai ser discutido esta terça-feira, mas as restrições da Covid-19 devem ser levantadas até ao final de outubro. Fontes próximas da negociação adiantam que 6 e 20 de setembro serão as datas chave para a flexibilização faseada das restrições.

O ministro da Reforma e Despesa Pública, Michael McGrath, confirmou na segunda-feira “que as restrições Covid-19 começarão a desacelerar a partir da próxima semana”. McGrath adiantou que a partir da próxima semana, o país pode começar a fazer progressos no levantamento de algumas das restrições e que isso seria feito durante várias semanas até outubro”.

O ministro da Saúde, Stephen Donnelly, disse que “gostariam de levantar todas as restrições o mais rápido possível”, de acordo com o The Irish Times. Apesar do eventual levantamento das restrições, Stephen Donnelly realça que algumas medidas, como o uso de máscaras em “ambientes de alto risco”, terão de ser mantidas por algum tempo, mesmo quando as restrições forem suspensas.

Em Portugal, o Governo decidiu estabelecer um plano de levantamento gradual das medidas restritivas e o país passou de estado de calamidade a estado de contingência. No entanto, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva lembra, lembrou que a pandemia “ainda não acabou” e apelou ao cumprimento de medidas individuais.

A Austrália que impôs restrições implacáveis para enfrentar a propagação da Covid-19, está a preparar-se para mudar a abordagem e levantar as restrições. As autoridades australianas chegaram à conclusão que a população “tem que aprender a conviver com o vírus”. O plano passa por acelerar o processo de vacinação contra a Covid-19 e não descartar o uso de máscara, avança a Reuters (acesso pago).

A Austrália quer começar a aliviar as restrições assim que 70% das pessoas com 16 ou mais anos de idade estejam totalmente vacinadas, esperando-se que tal aconteça no final do ano.

O primeiro-ministro Scott Morrison quer que a Austrália trate a Covid-19 como a gripe, à medida que as taxas de vacinação aumentam. “O nosso objetivo é aprender a viver com este vírus e não viver com medo dele”, disse em declarações à Reuters.

À semelhança da Austrália, também a Singapura está a preparar-se para levantar as restrições, de acordo com o The Straits Times. A Singapura tem 80% da população vacinada. O primeiro-ministro, Lee Hsien Loong, defende que face à elevada taxa de vacinação, a população “pode viver com o vírus e tornar-se resistente à Covid-19”.

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