Fim das moratórias: BCP cria equipa para contactar clientes, Caixa prepara maior número de “fatos à medida”

Há meses que os bancos estão a preparar-se para o fim das moratórias. No BCP é possível reestruturar alguns tipos de crédito através do telemóvel. Caixa tem soluções à medida dos clientes.

O fim das moratórias está a ser preparado há meses e com todo o cuidado pelos bancos. O BCP, por exemplo, criou uma espécie de task force para contactar os clientes e é possível reestruturar o crédito através do telemóvel. Na Caixa, trabalha-se para ter o maior número de soluções possíveis para quem continua com a corda na garganta. É quase como ir ao alfaiate: o banco público quer disponibilizar o maior número de “fatos à medida” para ir ao encontro das necessidades das famílias e empresas.

De acordo com o último balanço do Banco de Portugal, os bancos tinham 36,8 mil milhões de euros de crédito em moratória em julho, sendo que mais de oito mil milhões de euros correspondiam a moratórias de empresas dos setores mais vulneráveis.

Estes números ajudam a perceber a dura realidade que Governo e setor financeiro podem esperar no final de setembro, que é quando começam a expirar as moratórias públicas.

Se para as empresas dos setores mais afetados o Executivo já anunciou que irá ajudar com garantias públicas nos processos de reestruturação, direcionando ao mesmo tempo milhões do Plano de Recuperação e Resiliência para as capitalizar, em relação às famílias, foi reforçado o quadro legal que obriga os bancos a disponibilizarem soluções aos clientes com dificuldades a fim de evitar situações de incumprimento – o chamado PARI.

No âmbito do PARI, as instituições financeiras têm de identificar estes clientes com uma antecedência de 30 dias em relação ao fim da respetiva moratória e deverá propor uma solução em 15 dias. Um esforço que os bancos dizem estar a fazer há meses.

O BCP adianta ao ECO que está em contacto permanente com os seus clientes desde o início julho, antes de o Governo anunciar a medida. O banco tem feito uma monitorização da sua carteira de clientes com moratória para identificar aqueles que apresentam indícios de dificuldades financeiras. Aliás, formou mesmo uma equipa de contacto com os clientes. E “já há clientes a aderir às soluções propostas”, revela a instituição liderada por Miguel Maya.

Na Caixa, com trabalho de meses, esses clientes estão identificados. “Estamos a trabalhar, já há meses, com todos e cada um de modo a aligeirar, dentro do possível, o impacto do retorno às prestações pré-pandemia, depois de largos meses em que usufruíram da moratória”, afirma fonte oficial do banco público.

O BPI também afirma que “tem estado a acompanhar estes clientes desde o primeiro momento, com toda atenção, caso a caso, porque cada situação tem circunstâncias diferentes”.

O Novo Banco diz ter uma “equipa multidisciplinar no acompanhamento deste processo”, tendo já “identificado o grupo de clientes que poderá necessitar de apoio na saída de moratória”.

No Santander também. Reforçaram-se equipas, os trabalhadores receberam formação específica e “foi feito investimento importante na transformação digital dos processos associados à prevenção do incumprimento”, indica o banco de Pedro Castro e Almeida.

"Estamos a trabalhar, já há meses, com todos e cada um de modo a aligeirar, dentro do possível, o impacto do retorno às prestações pré-pandemia, depois de largos meses em que usufruíram da moratória.”

Caixa Geral de Depósitos

“Fatos à medida” de cada um

Os bancos parecem ter a lição estudada e já sabem que não há uma solução que vai ajudar todos os clientes, sobretudo quando os números apontam para mais 290 mil devedores (entre particulares e empresas) com créditos em situação de moratória.

Nessa medida, dizem que estão a disponibilizar mais do que uma alternativa na hora de chegar a um acordo com o cliente, ou como diz a Caixa, “o maior número de ‘fatos à medida’” que sirvam os interesses de todos. “Cada cliente tem uma solução que parece mais acertada para si”, frisa o banco do Estado.

O BCP segue receita semelhante. Procedeu a uma “atualização do conjunto de soluções de reestruturação disponíveis”, no sentido de ajustar as possibilidades “à realidade de cada” um. E mais: agilizou o processo de implementação das soluções de apoio, dando especial ênfase nos canais digitais. “Atualmente, já é possível restruturar algumas tipologias de créditos apenas por recurso à app, sem necessidade de deslocação a uma sucursal”, destaca o banco.

Por seu turno, o banco de João Pedro Oliveira e Costa diz que “tem sido possível até agora na esmagadora maioria dos casos” dar a “resposta mais adequada” a cada situação em particular.

” As soluções adotadas/a adotar não obedecem a uma opção do banco, mas sim a uma análise detalhada da situação individual de cada cliente e consequente adoção de uma solução ajustada ao seu caso”, responde o Novo Banco.

Já o Santander vai apresentar soluções no âmbito do PARI durante a primeira quinzena de setembro, que os clientes poderão contratar nos canais digitais.

Atualmente, já é possível restruturar algumas tipologias de créditos apenas por recurso à App, sem necessidade de deslocação a uma sucursal.

BCP

Que soluções estão em cima da mesa?

Tanto BCP como BPI sublinham que a maioria dos casos de moratória não requer atenção especial após o fim das moratórias, e estão em condições de retomarem as prestações. Ainda assim, para os que já sabem que não vão ser capaz de voltar a pagar ao banco, há um leque de soluções que poderão ajudar a evitar o incumprimento.

Por exemplo, alterar o prazo do empréstimo, o que neste caso poderia traduzir-se numa mensalidade mais baixa e comportável para as famílias. Também pode ser acordado um período de fixação da prestação mais reduzido, através da carência de capital parcial e pagamento integral dos juros. Noutras situações, a solução poderá passar pela carência de 100% de capital.

Se o cliente tiver mais do que um empréstimo, o caminho poderá passar pela consolidação dos créditos num único, passando a pagar uma prestação mais reduzida do que o somatório das prestações dos créditos atuais do cliente.

(Notícia atualizada às 12h05 com posições do Novo Banco e Santander)

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ANA quer aumentar taxas nos aeroportos em 2022

  • ECO
  • 1 Setembro 2021

Depois de ter reduzido as taxas por causa da pandemia, a gestora dos aeroportos nacionais aponta agora para um aumento da receita de 1,5% comparativamente a este ano.

A ANA – Aeroportos de Portugal quer atualizar as taxas reguladas em todos os aeroportos nacionais no próximo ano, “tendo em vista uma expectável recuperação, progressiva, do tráfego aéreo em 2022”.

De acordo com o Jornal de Negócios (acesso pago), depois de a pandemia ter levado a gestora dos aeroportos nacionais a reduzir as taxas, devolvendo 54 milhões de euros aos seus clientes em 2020 e 2021, quer agora rever os valores em alta, apontando para um aumento da receita de 1,5% comparativamente a este ano.

A proposta vai no sentido de um aumento no valor por passageiro de 44 cêntimos em Lisboa, 49 cêntimos no Porto e 90 cêntimos em Faro, sendo de oito cêntimos nos Açores e 15 cêntimos na Madeira. São aumentos que “estão em linha com o benchmark internacional nos aeroportos da mesma dimensão”, refere a empresa detida pela Vinci.

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5 coisas que vão marcar o dia

Banco de Portugal divulga evolução dívida pública e dos empréstimos. Eurostat atualiza os indicadores do mercado de trabalho. Lançada app do IVAucher. Casos BESA e Eurofin entram na reta final.

O Banco de Portugal divulga dados sobre a evolução dívida pública e dos empréstimos para a compra de casa. O Eurostat atualiza os indicadores do mercado de trabalho na região. A Autoridade Tributária começa a apurar os saldos do IVAucher, estando previsto o lançamento de uma app. Terminam alegações finais no julgamento dos recursos às coimas do Banco de Portugal ao BES, ESFG e antigos administradores no âmbito dos casos BESA e Eurofin.

Dívida pública bate novo recorde?

A dívida pública portuguesa não tem parado de subir durante a pandemia, perante os esforços do Governo nos apoios às famílias e empresas que atravessam maiores dificuldades. Em junho, o endividamento público atingiu os 277,5 mil milhões de euros, marcando um novo máximo histórico. Qual foi a evolução em julho? O Banco de Portugal responde.

Quanto é que a banca emprestou para comprar casa?

O Banco de Portugal revela ainda estatísticas sobre taxas de juro de novas operações de empréstimos e depósitos em relação a julho. Sabendo-se que no mês anterior a banca concedeu um total de 1.295 milhões de euros em crédito para a compra de habitação, elevando o total financiado na primeira metade de 2021 para 7.178 milhões de euros.

Eurostat atualiza dados do desemprego

Lá por fora, o Eurostat atualiza os indicadores do mercado de trabalho na região, relativamente ao mês de julho. A pandemia tem afetado os empregos em todo o mundo e não fosse a intervenção dos governos e bancos centrais a situação seria hoje em dia mais complicada. Como comparará o desemprego em Portugal em relação aos parceiros da moeda única?

Lançada App do IVAucher

Está previsto o lançamento da aplicação IVAucher, o programa de descontos lançado pelo governo para estimular os negócios dos setores mais afetados pela pandemia. Entre junho e agosto os portugueses puderam acumular saldo ao fazer compras nos setores do turismo, restauração e cultura. Agora, em setembro, os montantes serão apurados, para que depois se possam aplicar os descontos, a partir de outubro.

Casos BESA e Eurofin na reta final

Terminam alegações finais no julgamento dos recursos às coimas do Banco de Portugal ao BES, ESFG e antigos administradores no âmbito dos casos BESA e Eurofin. Em causa neste julgamento estão os recursos apresentados por Ricardo Salgado, visado no processo BESA (coima de 1,8 milhões de euros) e no Eurofin (4 milhões de euros), Amílcar Morais Pires (coima de 1,2 milhões de euros do BESA e 3,5 milhões de euros do Eurofin), José Manuel Silva (1,250 milhões de euros do Eurofin), havendo, no processo do Eurofin, ainda coimas de 4 milhões de euros ao BES (suspensas na totalidade por cinco anos) e de 1 milhão de euros à Espírito Santo Finantial Group (ESFG).

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Proprietários podem começar a pagar o Adicional ao IMI

  • Lusa
  • 1 Setembro 2021

Em 2020, o número de prédios sujeitos ao AIMI foi de 550.356 aos quais correspondia um valor patrimonial tributário de 32.385,1 milhões de euros.

Os proprietários de imóveis cujo valor patrimonial tributário (VPT) os coloca na esfera do Adicional ao IMI (AIMI) podem começar a pagar este imposto a partir de agora.

Pago de uma só vez durante o mês de setembro, o Adicional ao IMI incide sobre a soma do VPT dos prédios urbanos (incluindo terrenos para construção), exceto os prédios urbanos classificados como “comerciais, industriais ou para serviços” e “outros”.

De fora do alcance deste imposto ficam ainda os imóveis que no ano anterior tenham estado isentos ou não tenham sido sujeitos ao pagamento do IMI.

O AIMI é pago por empresas e particulares, mas prevê taxas diferenciadas para cada uma destas tipologias de contribuintes, com os primeiros a pagarem uma taxa de 0,4% sobre a totalidade do valor patrimonial dos prédios urbanos habitacionais e dos terrenos para construção.

No caso dos particulares, o AIMI contempla três escalões de taxas: uma taxa de 0,7% sobre o valor patrimonial dos imóveis que exceda os 600 mil euros; outra de 1% quando o valor ultrapassa um milhão de euros; e uma terceira de 1,5% para os valores acima dos dois milhões de euros.

Os casados e unidos de facto podem duplicar estes valores excluídos de tributação (para 1,2 milhões de euros; 2 milhões de euros e 4 milhões de euros) caso optem pela tributação em conjunto, sendo esta opção válida até que manifestem junto da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) intenção em contrário.

O AIMI é ainda devido pelas heranças indivisas podendo ser aplicado sobre a totalidade da herança ou sobre a quota-parte de cada herdeiro, caso estes comuniquem esta sua intenção à AT, procedimento que tem de ser indicado pelo cabeça de casal e confirmado por todos os herdeiros anualmente.

No ano passado, de acordo com os dados publicados pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), o número de prédios sujeitos ao AIMI foi de 550.356 aos quais correspondia um VPT de 32.385,1 milhões de euros

Os mesmos dados indicam que o número de prédios abrangidos tem diminuído desde 2017, o mesmo acontecendo relativamente ao VPT.

Relativamente à receita, a informação da AT mostra que em 2017 esta ascendeu a 154,33 milhões de euros, passando para 148,05 milhões de euros em 2018, para 147,36 milhões de euros no ano seguinte e para 148,06 milhões de euros em 2020.

Segundo a AT a “variação negativa do imposto resulta da diminuição do valor tributável, em resultado, nomeadamente, da diminuição do VPT dos prédios e do aumento do número de sujeitos passivos que exerceram opções das quais resulta o afastamento da tributação em sede deste imposto”.

A receita do Adicional ao IMI está consignada ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS), mas em 2021, e como forma de fazer face à quebra de receitas da Segurança Social devido à pandemia, vai ser atribuída ao orçamento da previdência, tal como estipula o Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).

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“É muito importante clarificar completamente” apoios pós-moratórias, alerta Mário Centeno

O governador do BdP não se mostra pessimista com o fim das moratórias, mas diz ao ECO que é "muito importante clarificar completamente" a evolução futura dos apoios nos setores mais afetados.

Ano e meio depois de terem sido criadas, as moratórias públicas de crédito vão terminar no final de setembro tanto para os cidadãos (principalmente crédito à habitação) como para as empresas. Com o prazo a aproximar-se, o governador do Banco de Portugal, instituição que também está envolvida neste processo, alerta sobre a necessidade de se “clarificar completamente o quadro de apoios subsequentes”. E avisa que é preciso retomar a trajetória de redução de dívida na economia portuguesa, assim que for possível.

Com a aproximação do momento em que as moratórias terminam para estes setores (porque para os restantes este processo já se iniciou em março) é muito importante clarificar completamente o quadro de apoios subsequentes“, afirma Mário Centeno em resposta a questões do ECO na sequência do Summer CEmp, a escola de verão da Comissão Europeia em que o governador participou.

Este alerta chega numa altura em que os bancos verificam se os clientes têm condições para retomar o pagamento das prestações do crédito e encontram soluções alternativas para evitar incumprimentos. Centeno confia na capacidade dos bancos em cumprirem as suas “particulares responsabilidades na identificação e acompanhamento dos clientes em dificuldades, bem como na procura de soluções”, o que “permitirá responder às dificuldades que se venham a observar”.

Para o líder do supervisor bancário, “terminar com as moratórias não significa deixar um vazio de políticas de apoio, antes pelo contrário“. “Significa fazer evoluir as medidas de apoio, em especial para os setores mais afetados pela pandemia“, complementa, reconhecendo o “grande desafio” de adaptar as medidas existentes. Na resposta por escrito ao ECO, o governador dá o exemplo do lay-off simplificado “por ser temporário, simples e eficaz”. O primeiro-ministro já confirmou em entrevista ao Expresso que essa medida vai manter-se no Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

A par deste alerta, Mário Centeno não mostra pessimismo com o aproximar do dia 30 de setembro, argumentando que “a economia portuguesa tem demonstrado resiliência e a sinistralidade nos créditos, que entretanto já deixaram de estar abrangidas pelo regime de moratórias, não é particularmente gravosa“. E mantém a ideia de que o país não podia ter prolongado ainda mais as moratórias sob o risco de ficar “isolado” na UE, o que “teria um impacto negativo na perceção internacional sobre a economia portuguesa”.

“Portugal tem que terminar com o regime de moratórias, que foi um importante instrumento de combate aos efeitos da crise pandémica, dentro dos prazos definidos pela EBA” (Autoridade Bancária Europeia), conclui.

Segundo os dados do Banco de Portugal, havia no final de julho 36,8 mil milhões de euros em empréstimos abrangidos por moratórias, menos 700 milhões do que em junho. Desse valor total, 41% é de cidadãos, que estarão protegidos por regimes especiais para evitar incumprimento — por exemplo, os cidadãos com crédito à habitação ficam protegidos pelo período mínimo de 90 dias –, e 59% é de empresas, as quais terão uma garantia de até 25% dos valores em dívida junto da banca.

Redução da dívida da economia tem de estar no horizonte

Com a progressiva melhoria dos indicadores económicos e os progressos do processo de vacinação, o governador do Banco de Portugal começa já a preocupar-se com a estabilidade financeira do período pós-pandémico, após um ano e meio em que o endividamento da economia reinou. Portugal tem vindo a atingir consecutivamente recordes na dívida das empresas, cidadãos e Estado, com um acréscimo de 35 mil milhões de euros provocado pela pandemia, como mostram os dados do banco central.

É “importante que todos os agentes económicos tenham presente que devem retomar o processo de redução do endividamento, assim que as condições económicas e financeiras o permitam“, apela Mário Centeno, argumentando que “esse foi o sinal mais determinante do sucesso da trajetória financeira do país no período pré-pandémico”.

O Estado, que foi também o que mais aumentou o endividamento durante a pandemia para compensar a quebra de rendimentos dos cidadãos e empresas, terá de fazer o maior esforço na redução da dívida pública uma vez que terá de cumprir as regras orçamentais europeias a partir de 2023, caso estas não sejam mudadas até lá. A remar a favor da redução da dívida está o crescimento económico dos próximos anos, dado que o que interessa é o peso do endividamento no PIB.

“Com a evolução muito favorável da vacinação em Portugal (que lideramos na Europa, onde a evolução também tem sido muito positiva), estão reunidas as condições para a saída sustentada da crise”, antecipa o governador do Banco de Portugal, mostrando confiança de que “vamos sair da crise muito mais rapidamente do que nas últimas crises (2009 e 2011)”.

Para o também economista, “os dados têm comprovado isso mesmo, demonstrando uma forte reação de consumidores e empresas sempre que as condições da pandemia permitiram a ‘abertura’ da economia“, dando o exemplo da continuação do aumento da confiança e a melhoria do clima económico no mês de agosto divulgada esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Questionado sobre se espera uma revisão em alta das previsões do banco central, Centeno responde que “o Banco de Portugal atualizará as suas previsões no âmbito dos exercícios habituais de projeções para a economia portuguesa”, ou seja, em outubro. Ainda assim, reconhece que o crescimento homólogo de 15,5% e de 4,9% em cadeia do PIB no segundo trimestre “é compatível com a última previsão do Banco de Portugal para o crescimento do produto no conjunto do ano (4,8%)”.

“Porém, como também já tive a oportunidade de sublinhar, a recuperação é assimétrica, não por países, mas por setores de atividade“, remata.

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PRR tem de ter “eficácia e impacto duradouro” para não ser “fardo” futuro, alerta Centeno

Mário Centeno deixa um apelo para a implementação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e defende que Portugal beneficiou durante a crise pandémica de fazer parte da União Europeia.

O governador do Banco de Portugal considera que a economia nacional e a europeia vão beneficiar da implementação dos 27 Planos de Recuperação e Resiliência (PRR), mas deixa um aviso particular sobre os “riscos” da sua execução: é preciso “garantir a sua eficácia” e o seu “impacto duradouro” para que o investimento público do PRR não se torne num “fardo para as gerações futuras”.

Não podemos ignorar que existem riscos, nomeadamente de implementação e governação do PRR“, assume Mário Centeno em resposta a questões do ECO na sequência do Summer CEmp, a escola de verão da Comissão Europeia em que o governador participou. Este foi um dos temas mais levantados pelos jovens presentes no evento, perante a preocupação de que o aproveitamento dos fundos europeus, cujo valor foi reforçado pela existência do PRR, não tenha o efeito económico desejado.

Para o ex-ministro das Finanças, que esteve no início da negociação da “bazuca” europeia (onde se enquadra o PRR), “a execução do PRR nos vários Estados europeus será um desafio importante e merece de todos eles a maior atenção“. Em Portugal, a implementação do PRR está a cargo da estrutura de missão “Recuperar Portugal” liderada por Fernando Alfaiate, respondendo à coordenação ministerial liderada por António Costa e à comissão nacional de acompanhamento liderada por António Costa e Silva.

Não é muito difícil encontrar exemplos em que assim foi, mas infelizmente também não é difícil encontrar exemplos em que se tornou um fardo para as gerações futuras.

Mário Centeno

Governador do Banco de Portugal

O investimento público, como toda a despesa pública, tem que garantir a sua eficácia e que tem um impacto duradouro na economia“, realça Centeno, em respostas por escrito, notando que “não é muito difícil encontrar exemplos em que assim foi, mas infelizmente também não é difícil encontrar exemplos em que se tornou um fardo para as gerações futuras”.

Sobre o impacto do PRR, Centeno remete para análise feita no boletim económico de março em que o Banco de Portugal estimava que a atividade económica estarei em 2026 entre 1,1% a 2% acima do nível sem PRR. “Esta avaliação não difere da que a Comissão Europeia espera para a economia europeia”, explica o governador, afirmando que “sem dúvida que a implementação do PRR – nos montantes e prazos definidos – terá um impacto positivo na economia portuguesa”.

Acima de tudo, a expectativa é que o PRR contribua para uma “recuperação mais rápida da crise pandémica” agora que começam a ser libertadas as primeiras verbas. “No médio prazo, com a acumulação de stock de capital, aumenta a capacidade produtiva da economia europeia e também se espera uma melhoria na produtividade total dos fatores“, complementa o também economista.

No total, Portugal receberá 13,9 mil milhões de euros em subvenções e 2,69 mil milhões de euros em empréstimos ao abrigo do PRR, num total de 16,6 mil milhões de euros, entre 2021 e 2026, ao que se somará outros valores do Próxima Geração UE (nome oficial da “bazuca” europeia), nomeadamente do REACT EU cujas verbas já chegaram aos países.

“Resposta europeia a esta crise mostra uma evolução” face à crise financeira

Após ter participado num evento em que discutiu o projeto europeu, Mário Centeno elogiou, em resposta ao ECO, a forma como a União Europeia foi capaz de lidar com esta crise: “Enquanto europeísta convicto, e apesar das críticas que sempre surgem, gostaria de salientar que a resposta europeia a esta crise mostra uma evolução e uma aprendizagem relativamente à crise de 2008 e à crise das dívidas soberanas“, afirmou, referindo que “ter participado neste salto de integração europeia foi um privilégio”.

Na opinião do ex-presidente do Eurogrupo, Portugal beneficiou durante a pandemia, um choque com “natureza global”, de pertencer à União Europeia e à União Económica e Monetária (Zona Euro). Centeno começa por destacar o processo de aquisição e distribuição de vacinas europeu, “o que permitiu a Portugal implementar com sucesso uma campanha de vacinação universal junto da população“. A União Europeia atingiu esta terça-feira a meta de 70% da população adulta europeia totalmente vacinada.

Do ponto de vista económico, o país “participou no desenho do programa de resposta à crise económica, do qual o PRR é apenas um dos instrumentos e está a beneficiar grandemente desses programas”. O atual governador do Banco de Portugal recorda que teve oportunidade de “desenhar o modelo de financiamento, com dívida europeia comum, uma novidade atendendo à dimensão e maturidade das emissões de dívida”. Centeno viria a sair das Finanças no verão de 2020 para assumir o cargo de governador do banco central no meio de críticas tanto à esquerda como à direita.

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Biden diz que “acabou a era das grandes operações militares”

  • ECO e Lusa
  • 31 Agosto 2021

Presidente americano defendeu a retirada das tropas do Afeganistão, que representa o "fim de uma era de grandes operações militares para refazer outros países".

Joe Biden defendeu a retirada das tropas americanas do Afeganistão como um “extraordinário sucesso”, um dia depois de os últimos aviões militares terem deixado o país, colocando o ponto final à mais longa guerra dos EUA, quase 20 anos depois do seu início.

“Meus companheiros americanos, a guerra no Afeganistão acabou”, disse o Presidente americano num discurso à nação a partir da Casa Branca.

“Sou o quarto presidente que enfrentou a questão de saber se e quando terminaria esta guerra. Quando estava na corrida à presidência, assumi um compromisso com o povo americano de que acabaria com esta guerra. Hoje honrei esse compromisso”, acrescentou.

Biden declarou que os EUA não tinham já “um propósito claro” com a missão militar afegã, sublinhando que a sua decisão era clara: “Não ia prolongar a guerra para sempre e nem ia prolongar a saída para sempre”.

Para o Presidente dos EUA, a retirada do Afeganistão significa mais do que isso: sinaliza “o fim de uma era de grandes operações militares para refazer outros países”.

Biden garantiu ainda que o país está determinado em retirar os entre 100 e 200 norte-americanos que permanecem no Afeganistão.

Segundo os últimos números, cerca de 114.000 pessoas foram retiradas de Cabul, desde a tomada da cidade pelos talibãs, em cerca de 2.900 em voos militares ou da coligação internacional.

“Eu assumo a responsabilidade por esta decisão. […] Tínhamos apenas uma escolha simples. Ou seguir o compromisso assumido pelo governo anterior e deixar o Afeganistão, ou dizer que não íamos embora e enviar dezenas de milhares de soldados para a guerra”, disse.

De acordo com Joe Biden, a “verdadeira escolha era entre sair ou escalar [o conflito]”, acrescentando que não iria prolongar eternamente a guerra e a retirada das pessoas do Afeganistão.

“Depois de 20 anos de guerra no Afeganistão, recusei-me a enviar outra geração de filhos e filhas da América para lutar numa guerra que deveria ter terminado há muito tempo”, sustentou.

Dando por concluída a guerra em território afegão, Biden aproveitou para alertar, durante o seu discurso, que os EUA ainda não destruíram a ala afegã dos ‘jihadistas’ do Estado Islâmico (ISIS-K).

ISIS-K: não acabámos convosco”, exclamou o presidente norte-americano.

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Líder do BE aponta “mau início de conversa” em propostas laborais do Governo

  • Lusa
  • 31 Agosto 2021

“Julgo que apresentar como definitivas matérias que sabe que a esquerda não pode aceitar porque significam a precarização contínua de várias gerações não é uma solução”, avisa Catarina Martins.

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, considerou esta terça-feira “um mau início de conversa” as medidas orçamentais anunciadas por António Costa para combater a precariedade, criticando a apresentação como definitivas de “matérias que sabe que a esquerda não pode aceitar”.

“Nós estaremos sempre a conversar e a ver soluções, mas, como eu repito sempre, as negociações fazem-se à mesa”, respondeu Catarina Martins aos jornalistas, à margem de uma visita à Feira do Livro de Lisboa, quando questionada sobre se já há reuniões marcadas com o Governo para esta semana para a negociação do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

Interrogada sobre as medidas anunciadas pelo líder do PS e primeiro-ministro, António Costa, no congresso socialista do passado fim de semana, a líder do BE referiu que “a recuperação do país e o investimento tem de ter alguma consequência nos salários, nas condições concretas de vida das pessoas”, motivo pelo qual “as condições do trabalho são tão importantes”.

É por isso que dizer às pessoas, principalmente às gerações mais jovens e precárias, que elas estão condenadas ao ‘outsourcing’ ou a vincular com uma empresa de trabalho temporário, é dizer que haverá sempre um intermediário que vai ficar com o salário delas e que estão completamente desprotegidas, portanto é um mau início de conversa”, criticou.

De acordo com Catarina Martins, “nas propostas do Governo não há um início de conversa sobre esta reivindicação tão simples que é que as pessoas tenham direito a um contrato com a entidade para a qual verdadeiramente trabalham”.

“Julgo que [António Costa] apresentar como definitivas matérias que sabe que a esquerda não pode aceitar porque significam a precarização contínua de várias gerações não é uma solução para recuperação do país e o que nós queremos é soluções para recuperação do país. Um bom início de conversa é nós reconhecermos que gerações qualificadas têm de ter direito a contratos qualificados”, defendeu.

Perante a insistência dos jornalistas para saber a data das reuniões sobre o OE2022, a líder do BE afirmou que têm “vindo sempre a conversar”.

“Já me reuni muitas vezes com o primeiro-ministro, sim. A propósito de muitos assuntos, incluindo o orçamento”, respondeu.

A líder bloquista reiterou a “muita disponibilidade” para negociar, mas mantendo as preocupações sobre “a saúde, a transparência, o sistema financeiro”.

“E esta condição básica: pensões dignas e acesso à reforma para quem trabalhou toda uma vida, descongelamentos para quem tem salários congelados há décadas e que os trabalhadores precários, que não têm nenhum vínculo, possam ter direitos de trabalho como qualquer outro trabalhador”, apontou.

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Benfica empresta Vinícius ao PSV com opção de compra obrigatória

  • ECO
  • 31 Agosto 2021

Encarnados vão receber 2,5 milhões pelo empréstimo do avançado Carlos Vinícius ao PSV. Holandeses ficam com opção de compra de 10 milhões de exercício obrigatório caso objetivos seja cumpridos.

O Benfica confirmou o empréstimo do avançado Carlos Vinícius ao PSV, com o clube holandês a pagar uma taxa de 2,5 milhões de euros aos encarnados e a ficar com a opção de compra obrigatória no valor de dez milhões se forem cumpridos determinados objetivos.

Além disso, “a Benfica SAD terá ainda direito a receber 50% do valor de uma futura transferência do referido jogador”, segundo o comunicado enviado esta terça-feira ao mercado.

Por outro lado, o PSV Eindhoven terá o direito a reter o mecanismo de solidariedade para posterior distribuição aos clubes que participaram na formação do jogador.

Segundo a SAD benfiquista, os encargos com os serviços de intermediação relativos a este empréstimo ascendem a 237,5 mil euros. Valor ao qual se pode somar uma verba de 950 mil euros caso a opção de compra seja exercida pelo clube holandês.

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CUF perde dois administradores

  • ECO
  • 31 Agosto 2021

Paulo Jorge Cleto Duarte e Ana Cristina Clarkson renunciaram ao Conselho de Administração, com efeitos imediatos.

O Conselho de Administração da CUF perdeu dois vogais, segundo um comunicado do grupo de saúde enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Paulo Jorge Cleto Duarte e Ana Cristina Clarkson Gaspar renunciaram ao cargo “com efeitos a partir da presente data”.

A informação ao mercado surge um dia depois do grupo CUF ter apresentado resultados do primeiro semestre. O grupo passou de prejuízos de 20 milhões a lucros de 9,2 milhões nos primeiros seis meses do ano, em que se observou uma evolução positiva na maioria dos indicadores assistenciais, destacando-se crescimentos superiores a 40% nas consultas e cirurgias e de 20,5% nos dias de internamento, face ao período homólogo.

A abertura do Hospital CUF Tejo e das novas unidades hospitalares dos Hospitais CUF Sintra e CUF Torres Vedras aumentaram recentemente a capacidade de resposta do grupo.

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ADSE publica novas tabelas de preços que entram em vigor na quarta-feira

  • Lusa
  • 31 Agosto 2021

Com as novas tabelas, o preço das consultas a cargo do beneficiário aumenta dos atuais 3,99 euros para cinco euros, enquanto o valor comparticipado pela ADSE sobe de 14,47 euros para 20.

As novas tabelas de preços do regime convencionado da ADSE, que definem o preço a pagar pelo subsistema de saúde e beneficiários aos prestadores com acordo, foram publicadas esta terça-feira e vão entrar em vigor na quarta-feira.

Com as novas tabelas, o preço das consultas a cargo do beneficiário aumenta dos atuais 3,99 euros para cinco euros, enquanto o valor comparticipado pela ADSE sobe de 14,47 euros para 20.

No caso das teleconsultas, a comparticipação da ADSE é de 14,47 euros, sendo de 3,99 euros o copagamento a cargo do beneficiário.

Entre as regras específicas, as tabelas publicadas referem que as consultas acima dos limites anuais na tabela Consultas Médicas são objeto de autorização prévia ou que a ADSE apenas financia uma consulta médica de Clínica Geral ou da mesma especialidade por dia, independentemente de a mesma ter sido realizada em regime livre ou regime convencionado.

Além disso, sempre que se verifique a realização de um número significativo de consultas médicas, num determinado período, a ADSE poderá exigir a emissão de um relatório médico a justificar a sua necessidade.

Além desta atualização de preços – com a qual se pretende reforçar a rede convencionada evitando o recurso ao regime livre – a revisão das tabelas inclui novos atos médicos e suprime outros que estavam desatualizados e impõe tetos máximos para milhares de procedimentos cirúrgicos, medicamentos hospitalares e próteses.

O objetivo destes tetos máximos é evitar “surpresas” na faturação, como tem referido a ADSE.

O processo de revisão englobou 18 tabelas de regras e preços do regime convencionado, que integram a Tabela do Regime Convencionado do regime de proteção e assistência na doença dos trabalhadores e reformados da administração pública.

A entrada em vigor das tabelas estava inicialmente prevista para o final do primeiro trimestre deste ano, tendo depois sido adiada para o início de julho e novamente para 01 de setembro, tendo sido publicadas no site da ADSE.

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Wall Street sobe pelo sétimo mês seguido

Última sessão do mês terminou com perdas ligeiras para as bolsas de Nova Iorque. Ainda assim, agosto foi um mês positivo em termos acumulados. S&P alcançou a sétima valorização mensal seguida.

As bolsas americanas deslizaram de máximos históricos esta terça-feira. Apesar do desempenho negativo, Wall Street conseguiu fechar o mês de agosto com “saldo” positivo”, naquela que foi a sétima subida mensal consecutiva.

O S&P 500 caiu 0,13% para 4.522,68 pontos na última sessão de agosto, mas acumulou um ganho de quase 3% durante este mês. Foi mais um mês positivo para o índice de referência de Nova Iorque.

Também o industrial Dow Jones e o tecnológico Nasdaq desvalorizaram 0,11% e 0,04%, respetivamente. Nada que não tivesse travado as duas praças no acumulado do mês: subida mensal de 1,2% para o Dow Jones e de 4% para o Nasdaq.

Os analistas explicam este desfecho negativo com os receios dos investidores com o aumento do número de casos de Covid-19 por causa da variante Delta e o potencial impacto na retoma da economia.

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